Aibellee Lenoxx - Ato VII - Births In The Shadows

Seus olhos se chocaram com intensidade. Pareciam duas labaredas vindo da direção da jovem. Rancor e ódio mostravam dominar sua feição. Os dentes revelados lhe desafiavam com muito afinco. Um grito de desafio era solto quando sua besta tomou os teus próprios olhos e se focaram na antiga médica. O confronto se mostrou estático instantes depois. Nada mudava no cenário enquanto os dois olhos confrontavam um ao outro. Até que a besta da jovem cedeu. Derrubando ela aos joelhos. Só que o rosto dela continuava focado em ti. As chamas mais fracas, mas ainda existentes. O que fizeram você mesma andar até a direção dela.

Cada passo que vós dava, ainda com a visão pré-definida, fazia a jovem tremer de leve. Até que suas faces ficaram a apenas um palmo de distância. Podia sentir que a aura da jovem ia clareando e as chamas se apagando. Com feições de alívio tomando seu rosto. Até que o sono a dominou. Tendo esta tombando para o lado e dormindo logo no chão da clareira. A besta estava contida e a quinta criança estava a salvo e pronta para ser entregue. Maka se aproximou de ti com um ar de aprovação. Ela se agacha e aproxima seus dedos apodrecidos e cadavéricos do delicado rosto adormecido. Então ela para de repente.

No instante seguinte um grito absurdamente alto toma conta de toda a floresta. Um urro absurdamente maior que todos os outros. Sons fortes pela grama são logo ouvido e em seguida impactos e mais rugidos se postergam. A criatura que acabara de despertar atacava as outras duas que ainda não haviam se aproximado da clareira. Aquele vulto violento e rápido pela penumbra atacava com ferocidade os outros dois. Era possível ver cabeças sendo arrancadas e as carcaças devoradas até evaporarem em poeira pela escuridão do pântano. Para em seguida a fera recém desperta sumir por entre os arbustos. Assim a voz da mestra do voodoo local foi ouvida por você.

- Essa... É especial... Vá ao encontro dela... Precisa trazer ela aqui antes do sol nascer... Falta pouco tempo...

O confronto de vontades fez com que Aibellee mostrasse as longas presas, mais velha e criadora da médica a cainita tinha que sobrepujar a besta da outra, o colidir contra o ódio e raiva da mais nova fez com que a besta da negra armasse suas presas e garras, os olhos amarelados desta brilharam a cada passo dado na direção da médica.

Quando a mais nova caiu sobre o sono e vencida Aibellee farejou o ar, ainda faltavam 3 de suas crianças e logo o sol acordaria. O som que ecoou pela floresta a sua volta fez com que a negra sorrisse.

“ Uma caçadora nata... Essa sim é perigosa... Muito perigosa...”

Ouvindo as palavras e Maka a negra concordou com a cabeça, farejando o ar Aibellee olhou a sua volta escolhendo a melhor trilha para adentrar no pântano, fazendo com que o sangue corresse por seu corpo a negra rezava baixo na linguá de seus antepassados pedindo a benção para a pequena caçada que ocorreria.

OFF: Gasto 1 ponto de sangue para ligar potencia, 1 ponto de sangue para ativar rapidez, ativo auspícios.

Não era difícil para ti andar pelo pântano. Seus instintos estava a flor da pele. Aquele era seu terreno mais precioso de caça. Mesmo nunca estando nesta área dos pântanos, os mesmos não se mostravam de longe um desafio para você. Era fácil saber onde pisar, onde evitar pisar. Principalmente, era capaz de saber quem havia passado em cada ponto. Seguir rastros em um mangue nunca se mostrou ser uma tarefa difícil. Assim não levou muito tempo até você achar as pegadas femininas da jovem que você buscava. Achar ela era crucial agora. Pois a alvorada estava lentamente chegando, junto com o final da tempestade.

Menos de um minuto seguinte o rastro das pegadas e estas lhe levaram para de trás de uma pedra. Encolhida embaixo daquela rocha estava a jovem albina. Entretanto a mesma não era mais albina. Seus longos cabelos brancos estavam agora tão escuros quanto a noite. As presas dela estavam a mostra e sangue escorria de seus lábios. Dois chifres atípicos vermelhos afloravam em seus cabelos. Os olhos estavam profundamente vermelhos. Não por lágrimas e sim pela cor natural destes. Porém as lágrimas logo faziam pela sua face. O corpo todo da jovem tremia enquanto ela abraçava suas pernas de forma retraída.

Não levaria sequer meia hora para o sol nascer. Estava na hora de terminar aquele ritual de uma vez por todas. Deixar a criança da noite ali seria a morte final desta, o que claramente não era algo que a Mestra do voodoo almejava. Felizmente a garota não mostrava resistência a você. Quando ela sentiu a presença apenas olhou em sua direção. Ela parecia estar forçando a todo custo uma respiração que não mais existia naturalmente. O rosto dela deixava claro sua frustração e seu desespero. Assim, com uma voz absolutamente fraca e trêmula ela lhe responde.

- Me mate... Eu não aguento...

Jovem Abraçada:

Off - Ultima ação para o final do Ato.

A besta pisava com cuidado, os olhos unidos da negra e da besta vasculhavam o lugar com rapidez o arfar dos pulmões da negra eram guiados pela fera, o ar indicava muito mais a ela do que a qualquer respirante.

Os olhos encontraram os rastros, com pressa os passos escolhiam o melhor terreno para se mover, não demorou para que a Sacerdotisa encontrasse  a criança, a besta vendo sua tarefa concluída retraiu-se dando espaço a sua companheira.

“ Pobre criança... Seu destino foi o mais cruel... Força minha querida, apenas tenha força!”

Se aproximando com cuidado a negra ouviu atentamente cada palavra da antiga albina, os olhos vermelhos, o cabelo negro e os dois pequenos chifres marcavam muito mais do que a aparência da jovem. Ajoelhando-se  afrente desta Aibellee tocou de leve na face branca.

- Não lute... Você vive porque foi escolhida para ser uma filha da noite... Sinto que tenha sido eu a faze-la adentrar neste mundo... Ele é cruel minha criança, mais do que podemos esperar... Tenha força por está noite, amanhã se ainda doer, se ainda for demais... O fogo e o sol podem acabar com sua dor... Não posso prometer que será agradável... Mas dará um fim ao seu tormento.

Beijando a testa da mesma a cainita farejou o ar com cuidado antes de se levantar, usando a potencia de seu sangue Aibellee içou a criança da noite começando o caminho de volta, a besta demonstrou seu afeto com a besta da mais nova, guiando a cainita para a clareira.