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Narrativas De World of Darkness Estruturadas Nas Versões de 20 Anos
 
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 Primeiro Arco de Valentina: Ato II - Novas Faces

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Danto
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MensagemAssunto: Primeiro Arco de Valentina: Ato II - Novas Faces   Primeiro Arco de Valentina: Ato II - Novas Faces I_icon_minitime27/5/2017, 11:46


Castel Pietraio:
Local: Monteriggioni,Castel Pietraio.
Data: 16 de Abril de 2016: A Chegada ao Festival.

Dentro do carro já em movimento em direção a propriedade onde o festival iria ocorrer, você e seu Senhor davam sequência a conversa já previamente iniciada:

-Meu irmão chegará amanha. Ele esta vindo de Sicília e já adianto, ele é o melhor músico que já nasceu nesse mundo e é alto feito um gigante!

Dizia seu Senhor de maneira bastante tranquila e até divertida. Havia uma animação diferente nele, ele parecia mais vivo e ativo! O que era interessante, mas infelizmente a sua vergonha pela situação anterior ainda impedia de olhá-lo diretamente nos olhos. E foi em um pequeno silêncio posterior a conversa inicial, quando você observava a janela. Que o som de um pequeno clique chamou sua atenção, seu Senhor havia usado o celular dele para tirar uma foto sua! Ele se divertia com a situação e comentava.

-Vou enviar essa foto pra uma artista e encomendar um quadro!

Soltando risadas baixinhas em seguida, o homem olhava pela janela ainda sorridente e apontava para uma linda propriedade que se aproximava de vocês.

-Estamos chegando! Mas será que vamos precisar conversar um pouquinho antes de entrar ou está tudo bem querida?
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MensagemAssunto: Re: Primeiro Arco de Valentina: Ato II - Novas Faces   Primeiro Arco de Valentina: Ato II - Novas Faces I_icon_minitime28/5/2017, 02:47

Eu estava bastante inquieta no banco daquele carro. No momento meu coração estava pesado e agitado. Pesado pela timidez anormal que me prendia a ficar próximo da janela daquele carro e a ignorar, um pouco, meu senhor e agitado por que aquele era um momento marcante para meu retorno a Itália.

“Acho que não estive tão apreensiva assim em toda minha vida. Se não me engano, a última vez que fiquei desse jeito foi na primeira grande festa que Madame Guil deu quando eu me tornei sua aprendiz… Bem, desta vez eu estou preparada e Bash está ao meu lado, apesar de que não consigo nem mesmo olhar em seus olhos nesse momento. O que eu devo fazer, senhor? Não posso deixar esse gelo continuar entre nos, eu nem mesmo sei se entendi aquilo como deveria… Talvez esteja ficando louca… E mesmo que eu realmente esteja certa do que eu entendi, ainda assim não posso simplesmente ignorá-lo!”

Apesar de não querer fazer aquilo, eu sem querer ignorava um pouco o que Bash falava sobre seu irmão, ainda que tivesse escutado. Naquele momento eu não sabia direito o que responder e acabava ficando em silêncio. Eu apoiava minha mão no descanso de braço da porta do carro e olhava para a janela, admirando a paisagem, enquanto tentava tomar coragem para deixar de ignorá-lo e do nada um som estranho me chamava a atenção.

“O que eu estou fazendo? Como eu posso ignorar este homem? Olhe o carinho e atenção que ele está te dando Valentina e deixe de ser egoísta… Como eu posso perder de ver esse sorriso maravilhoso em seu rosto. Logo agora que ele está com um sorriso mais vivo do que nunca…”

Por um momento eu tive vontade de chorar de novo. Chorar de decepção comigo mesma pois estava sendo o que eu odiava nas pessoas e não estava sendo quem eu era. Rapidamente me aproximava novamente de Bash, sentando-me bem próximo a ele e repousando suavemente minha cabeça em seu ombro para ver como havia ficado a foto. Em um primeiro momento eu não comentava nada, apenas observava a imagem no celular e depois admirava sua risada cativante, que me preenchia com o sentimento que o mesmo sentia.

– Bash, meu querido, está foto está incompleta. Quando chegarmos na festa tiraremos uma foto somente nós dois e ai sim valerá um quadro!

Eu falava o olhando como sempre fazia, mas era cortada pelo mesmo quando ele direcionava minha vista para o exterior do carro, na direção de uma grandiosa construção que ficava cada vez mais próxima. Meus olhos brilhavam com a imagem que viam, porém, aquela sensação não durava muito e ao ouvir o que meu senhor tinha a dizer, aquilo apertava um pouco meu coração e me fazia dar um leve suspiro, para em seguida olhara para o homem ao meu lado.

– Não precisa se preocupar. Sei que estou agindo estranha, mas é que suas palavras mais cedo foram belas de mais e me deixaram tocada. Eu apenas não estava sabendo lhe dar com todo aquele elogio feito por ti, mas não se preocupe, a paisagem do caminho me fez colocar a cabeça no lugar.

Um sorriso contente e animado se colocava em meu rosto, tentando demonstrar que realmente estava superando aquele sentimento de timidez e insegurança que outrora me afetava.
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MensagemAssunto: Re: Primeiro Arco de Valentina: Ato II - Novas Faces   Primeiro Arco de Valentina: Ato II - Novas Faces I_icon_minitime28/5/2017, 16:36

Sebastian não demonstrava nenhum pigo de tristeza ou incomodo com as suas breves perdas de atenção ou sequer seu silêncio para incomodá-lo. Ele estava confiante e radiante como nunca antes estivera! E assim que você finalmente tomava coragem para sentar-se ao lado dele, um largo e incontrolável sorriso surgia na face do homem, esse prontamente a mostrava a foto. Uma foto muito bem tirada e com um grau de intimidade inesperado, havia uma notória tentativa de evidenciar a sua beleza.

-Amei a sua ideia Nina! Faremos essa fotografia quando botarmos nossos pés dentro da linda propriedade de Loretta!

Respondia o seu Senhor, com um tom feliz de voz. O carro agora terminava de fazer uma larga e sinuosa curva, iniciando finalmente uma aproximação direta daquela linda e exuberante propriedade, cujas luzes já atraiam as atenções para as belas árvores na entrada. O festival parecia ter sido preparado por mãos muito habilidosas e de extremo bom gosto!

-Eu sinto muito querida, mas infelizmente eu não serei uma grande ajuda para que sua cabeça se mantenha no mesmo lugar. Afinal, do que será nossas longas existências nessa terra se não formos constantemente inesperados e criativos? Aliás eu esqueci de avisá-la de algo importante... Ficaremos três noites aqui.

Imediatamente após a revelação Bash caia em uma risada divertida, como uma criança que acabara de aprontar. O carro de vocês finalmente fazia manobras mais lentas e adentrava uma fila de carros que adentravam a propriedade.


Última edição por Danto em 28/5/2017, 22:21, editado 1 vez(es) (Motivo da edição : Carros não fazem filhos, mas fazem filas!)
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MensagemAssunto: Re: Primeiro Arco de Valentina: Ato II - Novas Faces   Primeiro Arco de Valentina: Ato II - Novas Faces I_icon_minitime29/5/2017, 02:36

“Nossa, não sabia que tinha sido uma foto tão bonita assim. Eu não imaginava que ele sabia tirar fotos tão boas como essa, mas, agora eu posso ver o quão egoísta eu estava sendo. Quando eu olho para essa foto e olho para o sorriso dele, eu sinto pena de mim mesma… Ah Valentina, você ainda tem muito a aprender e veja se dessa vez você o trata da maneira que ele merece.”

Estava me punindo mentalmente pelo grande deslize com o homem ao meu lado, mas, meu sorriso só não desaparecia por causa da alegria que preenchia a expressão de Sebastian. Eu ainda não sabia explicar como ele conseguia estar daquela maneira, mas, aquilo irradiava e meu coração aceitava todo o sentimento.

“Por mais que tenha vacilado, ainda estou indo no caminho certo. Sei que ainda ha muito para ser feito, mas, vê-lo desta maneira é incrível!”

Assim que o carro começava a fazer a curva, meu rosto se virava para a direção da propriedade e contemplava a decoração que já se iniciava pelas árvores na fachada da casa. Ver aquela obra de arte que nos recebia na festa alfinetava novamente minha animação e me deixava inquita no sofá, me obrigando a olhar para todos os mínimos detalhes, afinal aquele havia sido um habito adotado pelo treinamento intensivo na frança.

“Uau, o festival já está mostrando o seu nível, apesar de que eu não tinha uma expectativa formada sobre o gosto dos Giovannis, devo dizer que eles estão me surpreendendo e isso é só a entrada.”

Entretanto, toda minha atenção era atraída para meu senhor assim que ouvia suas palavras. Naquele momento eu estava me compenetrada em observar e analisar a festa em si, mas o que havia sido dito era uma grande surpresa. Por mais que ele tivesse falado algo em resposta a minha fala, eu simplesmente excluía quase toda a frase, dando o foco total, apenas, nas últimas quatro palavras.

– Perdão… três dias?

Estava perplexa com a situação e confusa vendo meu senhor rir de maneira que eu jamais havia presenciado, como se fosse uma criança pequena que acabara de aprontar. Por um lado eu estava chateada de não ser sido avisada sobre, mas, muito feliz em ver aquela cena. Um sorriso contido se formava no meu rosto e meus olhos serravam em sua direção ao mesmo tempo que meus braços se cruzavam.

– Ora, ora, então você pretendia me deixar com a mesma roupa durante três dias, han? Bem, você quer um motivo para rir né? Então eu vou te dar um!

Um sorriso malicioso e animado se formava em meu rosto e meus olhos miravam em suas costelas. Rapidamente eu descruzava meus braços e avançava para cima dele, levando minhas mãos na direção de suas costelas e indo até o ponto fraco dele, para assim começar a fazer cosquinhas na região.

“Agora ele vai ver! Não me importo de ter que ficar com essa roupa três dias ou de usar qualquer outra, além do mais Henry pode ir buscar roupas para mim, mas não vou deixa barato ser sua chacota! Espero que aquele livro esteja certo! Não vou conseguir deixá-lo sem ar por que ele não precisa respirar, mas vai ter que implorar para que eu pare! Haha!”
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MensagemAssunto: Re: Primeiro Arco de Valentina: Ato II - Novas Faces   Primeiro Arco de Valentina: Ato II - Novas Faces I_icon_minitime30/5/2017, 20:06

-Ei! Não, calma ai!

Dizia Soyer com uma voz fraca quando notava que você estava a atacar ele daquela forma, para sua surpresa e para a do mesmo, as cócegas funcionavam muito bem! O homem chegava a chorar suavemente de tanto rir, deixando pequenas linhas de vitae em sua face. Ele engasgava e até tossia em algumas oportunidades. Vocês dois aproveitavam aquela curiosa e hilária cena até que o carro finalmente parava. Bash a pegava pela cintura, forçando-a para e olhando diretamente no fundo dos seus olhos.

-Chegamos querida, comporte-se está bem?!

O sorriso dele era leve, maroto e contagiante. Ele pelo visto, aceitaria tranquilamente aquelas cócegas por mais algumas horas se fosse possível, o que infelizmente não era. Assim ele se dava ao trabalho de tirar um lenço do bolso frontal do terno e limpar as lágrimas. Para só então sair do carro, do lado de fora ele estendia a mão para ti, convidando-a a também sair.

-Vamos Nina! É hora de conhecer algumas pessoas interessantes e outras nem tanto assim!

Finalmente seus pés tocavam a área externa do carro, você se encontrava agora dentro de muros altos de um verdadeiro e secular burgo italiano. Era curiosamente bucólico e ao mesmo tempo, charmoso devido aos detalhes do festival de vinho que era hospedado ali. Havia mais de três construções de médio porte e um verdadeiro casarão na parte mais alta, além de pequenas edificações menores pelo decorrer daquela propriedade que era construída em um relevo notório e interessante. Vários outros carros também ocupavam o espaço onde vocês agora se encontravam, eram os convidados, todavia, Soyer desejava ser o primeiro a subir aquelas escadas!

A entrada do festival:
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MensagemAssunto: Re: Primeiro Arco de Valentina: Ato II - Novas Faces   Primeiro Arco de Valentina: Ato II - Novas Faces I_icon_minitime1/6/2017, 15:59

“Hahah! Então aquele livro estava certo, não é?! Bom, sendo assim, vou fazê-lo se arrepender de ter me feito de boba!”

Eu quase ficava de pé dentro daquele carro, colocando um dos joelhos no banco e meu outro pé no solo do carro para me inclinar sobre Soyer e focalizar minhas energias para aquela ação. Estava concentrada naquele “ataque” e, ao mesmo tempo, tão feliz que acabava soltando a mais pura risada, como uma criança fazia quando brincava com seus amigos, pois aquela era uma cena que me trazia um excelente sentimento de nostalgia e que aflorava a minha personalidade mais pura e extrovertida de muitos e muitos anos atrás, na época que conheci Mirian. Além disso, eu não me lembrava da última vez que estive em uma situação tao descontraída com Bash e, assim, aproveitava cada momento, até ser bruscamente parada pela minha vitima.

Aquela cena me deixava incrivelmente animada e descontrolada e somente quando Bash me forçava a parar e olhava nos meus olhos eu tentava me conter, colocando a mãos sobre minha boca para segurar a risada e me acalmando aos poucos. Eu afirmava com a cabeça que iria me comportar e retirava minha mão que cobria a boca para me arrumar antes de sair, assim como Soyer fazia, e depois aceitava a mão dele para sair do carro com delicadeza.

– Ahh, Bash, não fale assim, eu acho que todas as pessoas são interessantes, de suas maneiras.

Assim que pisava fora do carro, meus olhos passavam analisando por todos os detalhes que me eram mostrados pela decoração, ao mesmo tempo que eu agarrava o braço de Bash como estávamos antes de entrar no carro. Eu deixava Bash guiar pelo caminho a seu ritmo enquanto eu observava o local pelo caminho percorrido.
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MensagemAssunto: Re: Primeiro Arco de Valentina: Ato II - Novas Faces   Primeiro Arco de Valentina: Ato II - Novas Faces I_icon_minitime2/6/2017, 12:15

Sebastian olhava os detalhes da decoração com calma, haviam flores suficientes para forrar praticamente toda aquela entrada murada e antiga, luzes postas no chão indicavam o caminho que seguia pela escadaria acima. Todavia, o homem pensava duas vezes e dizia:

-Vamos ser os primeiros a chegar, vem comigo!

Sem se preocupar, o homem começava a andar rapidamente. Quase correndo para o lado o oposto que os convidados faziam! Ele contornava pela esquerda a faixada da entrada e começava a caminhar por pequenos corredores escuros e não iluminados! Era uma entrada particular e claramente não preparada para receber convidados, mas Sebastian se comportava ali como se não fosse um convidado! Em questão de poucos instantes vocês estavam a adentrar a mansão por um hall de entrada. Cruzando a sala do primeiro andar até uma varanda externa, nessa varanda vocês seguiam finalmente até uma sala de estar.
Sala de Estar:

A sala de estar estava lindamente decorada com carpetes carmesim bordados com lindos lírios dourados forrando as escadarias, vários caxos de uvas se misturavam a ramos e folhas pelos corrimões das escadas. Existiam muitos belíssimos quadros, todos escolhidos por um extremo bom gosto e postos dentro de uma temática jovial e primeva. O ambiente era inteiramente perfumado por uma inebriante fragrância floral rupestre e estava totalmente vazio! Soyer então apontava uma direção. Para que finalmente vocês tivessem acesso a área do festival.

Vocês dois siam por uma varanda frontal, essa era decorada um arco de mogno pesadíssimo e robusto, mas polido e de superfície tão lisa e envernizada que brilhava intensamente, esse arco estava preparado com tulipas brancas que aromatizavam com potência aquela passagem, violetas roxas e amarelas se entrelaçavam na base do arco e se separavam em duas pequenas estradas, a de violetas de tons frios seguia para cima da propriedade, em direção a uma área ampla que precedia a pscina. Lá estava preparado o palco de dança e música. A pequena estrada de violetas amarelas e de tons quentes, seguia para baixo até chegar no ambiente que seria destinado a degustação de vinho, onde uma enorme e generosa mesa do buffet estava posta e pequenos conjuntos de cadeiras e mesinhas se intercalavam, haviam também namoradeiras que se organizavam em um lindo salão ao ar livre. Os dois ambientes eram separados mais claramente pela presença de uma fonte magnífica de água. Próxima à fonte, estava a anfitriã! A linda mulher prontamente reagia de maneira adorável a presença de Soyer e o recebia batendo três animadas palmas! Seu senhor então corria na direção da mesma sem se importar com mais nada, parando na frente dela enquanto dizia:

-Boa Noite! Oh amada Loretta, como estás magnífica essa noite! Uma dádiva dos Deuses aos nossos olhos! Infelizmente minhas filhas não puderam vir, mas eu tenho que lhe apresentar alguém especial, minha primeira prole... Antes disso, é claro, como estás querida?

Enquanto ele falava com a sogra, você conseguia notar que já haviam algumas pessoas ali dentro. Uma banda inteira pronta no palco e uma decoração magnífica e exuberante por todos os lados! A resposta da antiga Giovanni então vinha da seguinte forma:

- Meu querido Sebastian! Uma pena que suas filhas não puderam vir. Imagino que estão trabalhando arduamente em seus merecidos postos no principado. Mas vamos focar no agora! Estou muito bem. Este dia está maravilhoso e permanecerá maravilhoso. Ontem também foi um ótimo dia. Mas não seja maldoso comigo, pois estou morrendo de curiosidade. Apresente essa linda Rosa com pétalas tão rosas como são em nos sonhos de contos de fadas.

Foi então um sinal de Soyer que chamou sua atenção por completo, teu senhor fazia um pequeno gesto convidando-a a se aproximar para aquela breve apresentação já prontamente requisitada por Loretta.

A Anfitriã:
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MensagemAssunto: Re: Primeiro Arco de Valentina: Ato II - Novas Faces   Primeiro Arco de Valentina: Ato II - Novas Faces I_icon_minitime4/6/2017, 00:49

Como a entrada já havia demonstrado, o local estava impecável de uma maneira que jamais poderia esperar e, por conta disso, eu tinha que dividir minha atenção e esforços para com a decoração e para acompanhar meu senhor em sua corrida pelos caminhos secretos da casa. Não estava incomodada de ter que correr e na verdade até me divertia com a situação, afinal ainda estava de excelente humor pelo que acontecerá a pouco.

– Espere Bash, vá devagar!

Falava entre risos e deixando até de observar, o local que passávamos, do jeito que estava fazendo, apenas vendo de uma maneira mais simples e me focando em acompanhar meu senhor. Apesar de ver por onde estávamos indo, de maneira alguma eu entendia o percusso tomado e quando menos esperava meus olhos se encontravam com uma enorme sala brilhante que tomava minha atenção por inteira. A belíssima decoração do local me deixava boquiaberta e eu reduzia o passo, soltando até mesmo da mão de meu senhor, deixando-o ir a frente, e olhando ao redor, admirando cada detalhe.

“Meu deus! Que perfeição! Eu não poderia estar menos feliz de ter vindo a este festival! Eu sinto como se a parte mais bela da Itália estivesse aqui, na verdade, ela está, é exatamente isso!”

A fragrância do local parecia me prender por um momento como se me levasse em uma viajem temporal de volta as viagens ao interior da sardenha, lá nos primórdios de minha vida, entretanto a visão de meu senhor se distanciando de mais me movia a segui-lo, indo em direção a parte exterior. A passagem era decorada por um lindo arco que indicava a dois caminhos a serem seguidos, onde ambos eram decorados de maneira única para diferenciar os ambientes, no entanto, Soyer ia em direção a uma fonte que ficava no meio das estradas e logo meus olhos encontravam a figura da mulher que tanto fora falado por meu senhor.

“Então está é Loretta, a famosa Giovanni e sogra de Bash. Ela é realmente muito linda, como ele falou, mas estou curiosa para com os filhos deles, afinal pouco ouvi falar deles e jamais vi uma foto ou algo do tipo.”

Apesar de ver Soyer conversar com a anfitriã, meus olhos passavam pela grandiosa banda, já posta no palco, e logo meus pulmões se enchiam de ar e meu corpo ficava excitado para poder aproveitar livremente a festa. Não demorava muito para perceber o sinal de Sebastian e finalmente ir na direção deles. Caminhava a passos longos e rápidos e com uma postura mais leve, me aproximava rapidamente com um largo sorriso alegre, mas com um toque de timidez, no rosto que era a demonstração de toda minha alegria por ter ouvido o elogio feito pela mulher e por estar ali e apreciar daquele maravilhoso festival.

– Agradeço sinceramente pelas palavras, mas eu é quem estava incrivelmente ansiosa de conhecer a mais bela mulher de que tanto ouvi falar.

Assim que falava, eu me aproximava mais ainda da mulher e a cumprimentava como uma verdadeira italiana, dando um abraço curto e completando com um beijo em cada lado da face dela.

– Muitíssimo prazer em conhecê-la Loretta. Me chamo Valentina Segantini, mas sinta-se livre para me chamar do jeito que mais lhe agradar e não posso deixar de dizer o quão encantadora está!
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MensagemAssunto: Re: Primeiro Arco de Valentina: Ato II - Novas Faces   Primeiro Arco de Valentina: Ato II - Novas Faces I_icon_minitime6/6/2017, 11:19

A aproximação inicial com Loretta causou-lhe uma curta sensação de medo, não porque ela oferecia alguma força de resistência ou qualquer postura ameaçadora, era um medo brevíssimo e irracional. Os primeiros segundos do abraço foram marcados por uma única certeza: Ela era uma criatura de enorme poder! Entretanto, isso desaparecia de forma tão efêmera quando surgia, porque nos braços quentes dela você era recebida com carinho.

- Tina então. Você é realmente uma flor muito amável, ainda mais com esses seus traços sardenhos. Você vai me chamar só de Lotta e nada mais...

Sua consciência lhe dizia que a frase da anciã havia seguido por várias outras direções, mas nada parecia importar. Aquele calor tomava seu corpo e a sensação era incontrolável, seus olhos se fechavam e uma deliciosa sensação de ser ninada por ela! Não havia como negar, Loretta era especial! E você provava daquele lindo amor que ela tinha à oferecer, provava com tanta vontade que sua razão sumia, era um poderoso fascínio que tomava conta de ti e ali, entregue ao abraço quente e maternal da mais linda mulher desse mundo, você adormecia.

Seus olhos se abriam instantes depois, talvez haviam se passado minutos, talvez horas. Mas seus olhos ainda desnorteados encontravam o teto da sala previamente passada por vocês dois, você e seu Senhor. O perfume floral e rupestre a puxava fortemente para a realidade e essa era: Seu corpo estava cuidadosamente deitado no sofá, Bash sentado sobre a mesa de centro a observava com carinho e preocupação.
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MensagemAssunto: Re: Primeiro Arco de Valentina: Ato II - Novas Faces   Primeiro Arco de Valentina: Ato II - Novas Faces I_icon_minitime7/6/2017, 00:47

A poderosíssima mulher a minha frente me fazia hesitar por um breve segundo e nesse segundo pude sentir a pontinha da força daquela mulher e havia sido o suficiente para me fazer estremecer internamente, porém, aquela sensação não durou mais do que um piscar de olhos. O medo rapidamente cedeu o lugar para um quente e aconchegante abraço que, diferente do momento anterior, parecia durar uma eternidade e durou. O calor do braços dela despertava uma chama que estava apagada a anos dentro de mim e pouco a pouco meu corpo se deixava levar pela sensação nostálgica que me tragava pelo toque.

“Lotta…”

Seu nome ecoava em minha mente enquanto eu tentava continuar a apreciar aquele maravilhoso momento. A sensação de seu toque abria portas dentro de minha cabeça, que não eram abertas a muito tempo, e me guiava a parte mais profunda do meu âmago buscando pela última vez que havia sido tocada daquela maneira e forma, mas, era uma busca que me arrastava por um tempo maior do que eu esperava. Entretanto, no final do caminho, estava lá, aquela porta de madeira surrada, velha e com a tinta azul descascando, a primeira porta que havia visto em toda minha vida e ao ser aberta a imagem de minha gloriosa mãe me aparecia para me abraçar e eternizar aquele momento.

Eu me aproximava da imagem de minha falecida mãe e a abraçava, sentindo aquele mesmo toque quente e acolhedor, e colocando minha cabeça com os olhos fechados sobre seu peito, porém, um aroma único, e recente em minha memória, me chamava a atenção, como se não fizesse parte daquela cena maravilhosa, e me forçava a abrir os olhos novamente e apagava toda aquela imagem da minha mente, me trazendo de volta a realidade.

O toque quente havia sumido, assim como a imagem de minha mãe, e agora eu estava de volta a sala que estava pouco antes de conhecer Loretta. Desta vez eu estava deitada no sofá e calmamente minha cabeça ia se colocando em seu lugar. Meu primeiro movimento era virar a cabeça para o lado e perceber que ali estava Soyer a me olhar enquanto estava em meu momento mais frágil e ao vê-lo eu não pensava duas vezes e me levantava rapidamente e com a expressão facial totalmente desconcertada.

– Ai meu Deus! Bash me desculpe, não esperava que isso fosse acontecer! Você ficou aqui esse tempo todo!? Por favor me diga que não estou assim a muito tempo!
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MensagemAssunto: Re: Primeiro Arco de Valentina: Ato II - Novas Faces   Primeiro Arco de Valentina: Ato II - Novas Faces I_icon_minitime9/6/2017, 10:22

-Não se desculpe querida, mas agora entendes porque eu digo que Loretta é a mais bela de todas nesse mundo?

Sorria Bash com uma aliviada expressão na face, ele então se colocava de pé e balançava a cabeça positivamente. Estendendo-lhe a mão para te auxiliar a levantar, o homem primeiramente beijava a sua mão e assim que você se levantava ele dizia:

-Não foi nada muito grave querida, fique tranquila sim? Eu a trouxe para cá apenas porque os convidados chegaram e estão se arrumando em frente ao palco, me siga sim?! Temos que ver a apresentação de nossa Lotta!

Abrindo aquele lindo sorriso, o seu senhor a conduzia até a saída da mansão principal, vocês dois então passavam mais uma vez pelo arco e seguiam para a frente do palco na parte superior da propriedade onde já haviam incontáveis desconhecidos alinhados, prontos para ver a banda tocar.


A apresentação então terminava após alguns minutos, você notava que uma convidada se retirava enfurecida e de maneira extremamente rude, mas nada que pudesse de fato afetar a linda apresentação feita por Loretta e uma linda loira que se divertia intimamente com a sua Lotta no palco. Ela era uma perfeita dançarina enquanto a loira uma maravilhosa cantora!

Bash tocava em suas costas de maneira discreta e sussurrava:

-Eu já volto querida! Aproveite um pouco a festa e nada de aceitar convites para conversas particulares sim?

Dessa forma Bash a deixava e seguia até o palco para auxiliar Loretta, nesse meio tempo a voz da moça loira junto ao microfone se fazia presente:

-Senhoras e Senhores, o festival está iniciado! Por favor aproveitem toda a área dessa linda propriedade sim?! Existem taças que serão repostas à todos a cada instante, todas preparadas com cuidado junto das uvas locais! A banda começará e quem estiver disposto à dançar é muitíssimo bem aceito, obrigada e tenham uma excelente noite!

Assim, muitos começavam a se direcionar para o buffet, ficando apenas alguns poucos convidados ali próximos ao palco. Uma figura masculina então se aproximava de ti, cuidadosamente o homem parava a sua frente e como um verdadeira cavalheiro, se apresentava:

-É uma enorme honra conhecê-la, sou Aloísio. Filho de Sebastian, acredito que sejas tu a novíssima prole de meu pai sim?

O Filho de Soyer:
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MensagemAssunto: Re: Primeiro Arco de Valentina: Ato II - Novas Faces   Primeiro Arco de Valentina: Ato II - Novas Faces I_icon_minitime11/6/2017, 23:24

“De fato, subestimei suas palavras e fui pega de guarda baixa e eu devo admitir, mas, agora eu entendi o que ele quis dizer. Lotta é uma belíssima mulher tanto por fora quanto por dentro e apenas a apresentação dessa combinação foi suficiente para me mostrar o quão verdadeiramente bela ela é.”

Um sorriso tímido se formava em meu rosto e levemente inclinava minha cabeça para baixo, deixando cair um pouco de meu cabelo sobre minha face envergonhada, para depois retornar meu olhar diretamente para seus olhos e respondê-lo com um acenar positivo com a cabeça, acompanhado de um largo sorriso. Assim que o respondia, via sua mão estirada para me ajudar e não pensava duas vezes para a tomar como apoio, porém, antes de o fazer, me ajeitava na cadeira, tirando minhas pernas de cima do sofá e colocando-as no chão, para, em seguida, aceitar a ajuda e propriamente me levantar.

– Eu não sei o que eu seria sem você, Bash. E, sim, vamos ver a apresentação dela! Estou super ansiosa para vê-la em ação!

Meus olhos brilhavam ao saber que Loretta faria uma apresentação, pois meu interesse pela anfitriã tinham crescido exponencialmente depois do acontecido e dançar era algo que eu adorava fazer, apesar de não ser uma dançarina tão boa como Soyer falava de Loretta. Ligeiramente agarrei o braço de meu senhor e caminhei com ele até o palco destinado a apresentação. O local agora estava recheado de novas faces e aquilo me deixava ainda mais preocupada com o quanto tempo eu havia ficado em fascínio, mas, assim que a apresentação começava, toda a minha preocupação sumia e minha atenção toda se concentrava para o espetáculo que estava acontecendo no palco.

Minhas mãos iam soltando levemente o braço de Soyer e meus olhos acompanhavam cada movimento feito pela dançarina. Naquele momento eu ignorava tudo ao meu redor, permanecendo praticamente imóvel, para apreciar cada segundo daquela performance. Meu corpo começava a ficar inquieto, desejando aprender aquela dança, a qual só vi em minha infância durante as viagens malucas que fazia com Mirian. Mesmo após o término da apresentação eu ainda parecia ver os passos performados em meus olhos e ficava a imaginar como seria fazer aquela dança, mas, o toque gelado de Sebastian me acordava e me fazia voltar a prestar atenção ao meu redor.

– Certo, Bash. *Respondia com um sorriso bobo no rosto* Mas não demore muito, se não vai perder minha primeira dança da noite…

Soltava uma provocação leve enquanto ele se afastava e logo eu me virava na direção do buffet, mas antes de conseguir ir até o local, eu percebia a aproximação de um jovem belo e muito bem-vestido. Antes dele se apresentar, eu sabia que ele era um dos filhos de meu senhor, mas, esperei calmamente pelas palavras dele para confirmar.

“Até agora só o tinha visto por fotos e nada mais, mas, é inegável que ele puxou ao pai… De qualquer forma, ainda bem que, pelo menos, um deles apareceu cedo, assim poderei ver com meus próprios olhos o motivo de tanto rancor de Bash.”

– Hmmm… Então você é o Aloísio! E sim, sou eu mesma e me chamo Valentina Segantini, mas acho que isso você já deve saber, não é? *Soltava uma pequena risada divertida* Bem, eu estava em dúvida sobre qual dos dois você era, mas é uma grande satisfação te conhecer, entretanto não precisa de toda essa formalidade, venha, vamos pegar algo para beber.

Me aproximava um pouco dele e passava do seu lado esperando que ele me acompanhasse até a mesa do buffet para pegar uma taça.
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MensagemAssunto: Re: Primeiro Arco de Valentina: Ato II - Novas Faces   Primeiro Arco de Valentina: Ato II - Novas Faces I_icon_minitime12/6/2017, 17:32

Bash ouvia a sua suave provocação e a retribuia com um olhar feliz, um curto sorriso e um piscar de olhos. O mesmo então se aproximava de Lotta para ajudá-la nos movimentos inciais junto ao palco.

Posteriormente ocorria a pequena troca de palavras entre você e o homem de cabelos loiros e excelente aparência, era um dos filhos de Soyer e o mesmo se mostrava um gentleman, todavia as recomendações de seu Senhor ainda ficavam na sua mente e confiar demais nos filhos dele poderia ser algo arriscado.

-Na realidade minha cara, não eu não sabia que tinhas um nome assim tão belo. Infelizmente eu e meu pai estamos a passar por um distanciamento, todavia espero poder resolver isso no decorrer desse festival. Sim, claro, vamos sim pegar algo para beber! Acredito que irá se surpreender com as uvas dessa terra...

Caminhando na direção do buffet, o homem ajustava a gravata e dizia.

-A formalidade é um reflexo de segurança, perdoe-me pelo excesso desta, serei mais brando. Aliás, seu sotaque... és sardenha querida? Sempre quis velejar por toda a costa da ilha! Deve ser uma experiência magnífica! Infelizmente não poderia aproveitar do sol...

Vocês dois caminhavam lado a lado até chegarem junto a mesa do buffet, Aloísio pegava duas taças e servia uma delas à você.

-Poderias falar algo no teu dialeto de nascença? Eu sou de Florença lá não há muito diferente do que nossa língua nacional tornou-se.
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MensagemAssunto: Re: Primeiro Arco de Valentina: Ato II - Novas Faces   Primeiro Arco de Valentina: Ato II - Novas Faces I_icon_minitime16/6/2017, 18:33

[Off: Teste de Percepção + Empatia = 7d10]

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MensagemAssunto: Re: Primeiro Arco de Valentina: Ato II - Novas Faces   Primeiro Arco de Valentina: Ato II - Novas Faces I_icon_minitime16/6/2017, 18:33

O membro 'Lugo' realizou a seguinte ação: Rolagem de Dados


'D10' : 9, 4, 5, 5, 2, 6, 5
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MensagemAssunto: Re: Primeiro Arco de Valentina: Ato II - Novas Faces   Primeiro Arco de Valentina: Ato II - Novas Faces I_icon_minitime16/6/2017, 19:43

“Vamos ver como você é, Aloísio, por mais que só tenha ouvido coisas negativas sobre você, estou disposta a tentar te entender e dar uma chance para você…”

Caminhar ao lado daquele homem me deixava ligeiramente desconfortada, não só por causa de toda sua formalidade que me lembrava um pouco do ambiente vivido a pouco na frança, mas também pelo que havia ouvido antes de o conhecer, entretanto, suas palavras acabavam por me deixar feliz e intrigada ao saber que ele estava interessado em ter uma boa relação com o pai.

– Obrigada, Aloísio! Sinceramente, eu gosto muito do meu nome e fico muito feliz em receber este elogio e, também, em saber que você pretende tomar uma atitude em relação a situação com seu pai e se você precisar de alguma ajuda, eu ficaria muito feliz em fazê-la!

“Então ele, pelo menos, sente falta do pai ou valoriza a presença dele. Imagino que agora que ele tem a oportunidade de se reaproximar de Bash ele não vá deixar escapar, o que é bom, tanto para ele quanto para meu senhor. Eu tenho que fazer isso dar certo, mas vamos com calma para não pressioná-lo tanto.”

Falava com um semblante feliz no rosto e, diferentemente dele, caminhava tranquilamente, de maneira mais livre, até a mesa do buffet enquanto o analisava, procurando uma brecha em sua postura para assim poder me aproximar mais e saber em qual caminho ir.

– Hmm… Nem me diga! Estou bem ansiosa para experimentá-las! Faz um tempo desde que tomo algo tão exótico, ainda mais depois de tudo que já presenciei aqui no primeiro festival na volta a meu amado país!

Durante minha fala, eu me aproximava um pouco mais dele e o tocava suavemente no braço, como um ato de aproximação que servia, também, para tentar diminuir a tensão de toda aquela formalidade. Já próximos ao local que nos dirigíamos, seu interesse por minha terra natal me deixava ainda mais à vontade de falar e, de certa forma, mais tranquila.

– Ah sim… Nasci em Castelsardo que, inclusive, é uma comuna costeira maravilhosa! Ainda me lembro de como as águas fortes batiam naquelas rochas e jorravam o cheio do mar por todas as ruas. Era maravilhoso! Mas velejar? Bem, nunca tive essa oportunidade, mas como você mesmo falou, deve ser uma experiência incrível!

“Ai que saudades da minha terrinha. Aquele cheiro de mar que impregnava em todas as coisas definitivamente nunca sairá da minha cabeça, não importa quanto tempo se passe, isso é uma coisa que jamais esquecerei! Porém, ele está realmente ganhando alguns pontos comigo, não esperava que ele fosse ser dessa maneira, pelo menos se for levar em conta o que Bash e Leona me disseram, mas, ainda é muito cedo para se ter alguma conclusão.”

Assim que chegávamos a mesa do buffet, eu recebia a taça das mãos de Aloísio e, logo, tratava de suavemente girar a bebida dentro da taça enquanto o que o mesmo tinha a dizer antes de eu me focar completamente na bebida em minha mão. Deixava um sorriso bobo aparecer em meu rosto e o respondia como requisitado, falando com meu acentuado sotaque e dividindo meu olhar entre ele e a taça em minha mão.

– Seria um prazer falar desta maneira, mas talvez você não consiga entender muito bem. *Ria um pouco* Bem, acho que acabamos falando um pouco de mais sobre minha pessoa, não é!? Por que não me conta mais sobre você? E seu irmão… não estará na festa? Eu adoraria conhecê-lo também!

Depois de falar e girar a taça por alguns segundos, aproximaria meu nariz para perto da taça e inspiraria o aroma liberado pelo sangue, assim como se fazia com o vinho propriamente dito. Inspirando o aroma, eu o guardava dentro de mim por um segundo para depois expeli-lo e dar o primeiro gole. Neste eu segurava o líquido dentro de minha boca para apreciar ao máximo o sabor e depois ingeri-lo. Apesar de me dedicar a sentir o aroma e sabor daquele sangue, minha concentração maior estava no que o homem a minha frente ia me responder.
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MensagemAssunto: Re: Primeiro Arco de Valentina: Ato II - Novas Faces   Primeiro Arco de Valentina: Ato II - Novas Faces I_icon_minitime17/6/2017, 16:59

Aloísio calmamente ouvia as suas palavras e concordavam com elas em leves acenos positivos com a cabeça, o homem que demonstrava uma altura realmente surpreendente parado a sua frente, algo que ninguém havia de fato comentado a respeito. Ele parecia ter facilmente mais de um metro e oitenta de altura!

A sua fala dita no teu idioma nativo arrancava um contido sorriso nos lábios do mesmo, mas prontamente o sorriso era contido e controlado pela etiqueta do filho biológico de Soyer. Ele então dava uma longa golada no sangue dentro da própria taça, sem nenhuma cerimônia e a respondia finalmente:

-Meu irmão? Não, você não quer conhecê-lo Valentina. Além do mais ele está... bem ele está indisponível até quando minha Senhora decidir. E sinceramente, é melhor para todos que continue dessa forma, todavia, perdoe-me o indelicado tom da conversa!

Ajustando os largos ombros Aloísio procurou brevemente por um local onde vocês dois pudessem sentar, encontrando uma namoradeira posta nas proximidades da mesa do buffet, em um local iluminado e onde todos pudessem vê-los sem dificuldades.

-Por não nos sentamos? Aliás, existe um lindo charme no teu dialeto natal, mas eu não consigo entender uma única vírgula! Curioso não? Mas me digas, eu já conheço as outras filhas de Sebastian, porque você demorou tanto a ser apresentada?!
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MensagemAssunto: Re: Primeiro Arco de Valentina: Ato II - Novas Faces   Primeiro Arco de Valentina: Ato II - Novas Faces I_icon_minitime17/6/2017, 22:57

A estatura do homem ao meu lado era, de fato, algo surpreendente que me era percebido apenas quando estava de frente ao mesmo e ao reparar nesse detalhe, o aviso de Sebastian sobre o comportamento violento de seu filho passavam como um flash em minha mente, mas nada que pudesse realmente me abalar ou desviar minha concentração para aquele momento. Além disso, seu tímido sorriso, referente a meu dialeto sardenho, enfatizava a maneira como colocava em segundo plano aquele aviso.

“É uma pena mesmo você se reprimir tanto Aloísio e o pior é que eu ainda não entendo o porque… Bem, uma hora descobrirei, mas, você e seu pai realmente são bem diferentes, mesmo que você ainda esteja me surpreendendo por ser totalmente o contrário do que eu esperava, por mais que ainda seja cedo para confirmar ou não o que foi dito a seu respeito.”

Assim que eu delicadamente tomava uma pequenina parte do sangue em minha taça e via como ele o fazia eu levemente arregalava meus olhos e esboçava um sorriso em meu rosto, achando certa graça, e dando mais um leve gole na bebida enquanto ouvia as palavras do rapaz. Eu estava ficando mais interessada em saber mais sobre ele e em quebrar os muros de segurança que ele havia erguido para descobrir a verdadeira essência dele, afinal eu queria ter uma impressão própria sobre ele para que assim pudesse ajudar meu senhor da melhor forma.

Todavia, meu sorriso não durava muito e minha expressão logo se transformava para uma de dúvida e, certo, descontentamento, me fazendo segurar a taça com as duas mãos enquanto olhava para o mesmo e ouvia suas palavras.

“Não deveria conhecê-lo? Mas isso seria péssimo, eu preciso conhecê-lo. Preciso arrumar esses dois para curar Bash, mas, me pergunto qual o motivo para essa indisposição… Mas, acredito que deva ser um bom motivo, se não, ele certamente estaria aqui.”

Levemente eu abaixava minha cabeça, olhando rapidamente para o líquido escarlate dentro da taça em minhas mãos, limpando aquela expressão atípica em meu rosto e retornando com um sorriso meigo.

– Não precisa se desculpar, eu compreendo e, além do mais, acredito que terei outras oportunidades de conhecê-lo.

Após responder o rapaz, eu olhava para o local que o mesmo havia escolhido e concordava com um acenar de cabeça para, logo em seguida, me dirigir em direção a namoradeira. O local era bem iluminado e, pelo visto, de fácil percepção para todos ao redor. Rapidamente eu tomava mais um gole do sangue em minha taça, desta vez um mais longo, aproveitando para deixar aquele marcante gosto em minha boca. Em seguida eu passava suavemente minha língua na frente dos meus dentes para tirar a coloração avermelhada deixada pelo líquido.

– De fato, é muito difícil, para alguém que nunca o ouviu, entender algo de primeira, ainda mais se eu me esforçar para falar nele.

Um singelo sorriso aparecia em meu rosto sempre que eu falava, ou ouvia, sobre meu dialeto natal e desta vez não foi diferente, mas a sua segunda pergunta foi a que mais me chamou a atenção. Aquilo era uma pergunta bem interessante e que muitos a fariam e as vezes nem eu mesma sabia se a minha resposta estava certa.

– Bem… essa é uma pergunta bem pertinente e nem eu mesma tenho essa resposta concreta. A verdade é que estive viajando por um bom tempo junto de Sebastian para aprender mais sobre o que somos, quem ele é e aperfeiçoar minha arte e, além do mais, eu nasci neste país e por mais que o ame, naquela época, eu queria, e ainda quero, conhecer vários lugares e pessoas diferentes. Enfim, agora estou aqui e estou muito feliz por voltar e finalmente conhecer o restante da família dele.

Enquanto caminhávamos ate o local escolhido, eu aproveitava para olhar mais ao redor e para procurar por Bash com meus olhos, mas ao finalmente chegar, eu rapidamente me sentava, cruzando minha perna direita sobre a esquerda e ao começar a falar, inclinava levemente meu corpo na direção do mesmo, apoiando-me com o antebraço sobre meu joelho e ainda segurando a taça com a mão direita.

“Ai como eu quero ler esse livro que é a família de vocês! Começando com Lotta e indo até os mais minuciosos detalhes! Quero saber tudo, mas tenho que me controlar e ir devagar… vamos do início então.”

– Mas vamos mudar de assunto, por que você não me fala sobre você? Na verdade, me fale como é crescer em um vinhedo!? Aquela dança que Lotta apresentou, você também sabe dançar? Eu particularmente fiquei maravilhada pois não via algo do tipo desde meus quinze anos e fiquei muito animada para dançar!
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MensagemAssunto: Re: Primeiro Arco de Valentina: Ato II - Novas Faces   Primeiro Arco de Valentina: Ato II - Novas Faces I_icon_minitime18/6/2017, 00:31

Os olhos do homem seguiam a prestar atenção em suas ações, havia ali uma curiosidade sutil que parecia se aguçar exponencialmente quando a sua ação de tomar o gole mais longo de sangue. O limpar dos dentes era assistido com um silêncio estranho e inesperado... E em silêncio ele seguiu ao seu lado até você se sentar. O homem parava a um metro de distância de ti e olhava para cima, buscando qualquer tipo de fuga da cena. As mãos dele se abriam e fechavam, tensionando-se severamente, uma respiração longa era simulada e finalmente ele conseguia reunir forças para retomar a caminhada e sentar ao seu lado.

Todavia, ele criava uma distância extremamente respeitosa entre vocês, daria perfeitamente para outra pessoa se sentar ali.

-Minha infância... como foi a minha infância? Ser criado por cainitas é inusitado. Meu pai era uma figura carinhosa mas distante, o falecimento de minha mãe o feriu muito. Minha Senhora, que na época era minha avô... Me desculpe Valentina...

Aloísio prontamente encolhia a postura, fechando os olhos e se retraindo. Todavia, não parecia ser o assunto que estava o incomodando, era algo interno... Um conflito interno!

-Vejam só, meu tio de fato precisa de umas aulas de etiqueta! Onde já se viu, não apresentar a própria prole à sobrinha favorita! E boa noite Aloísio, muito tempo não é mesmo?!

Era uma voz feminina e desconhecida, sua atenção então se virava para a imagem de uma linda mulher de cabelos castanhos, cujo nome sequer havia sido mencionando! Prontamente essa se sentava entre você e a figura envergonhada de Aloísio.

-Prazer, Claudia Caccavale. Prole de Masdela, sabe o irmão mais velho do seu Bash! Primígena Toreador da Toscana, aos seus serviços querida Valentina!

[Off:
-Para entender o que ocorreu com Aloísio:
Teste de Percepção + Empatia, dificuldade 7.
-Para entender a razão que Claudia se aproximou:
-Raciocínio + Etiqueta, dificuldade 8.]


Claudia Caccavale:
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MensagemAssunto: Re: Primeiro Arco de Valentina: Ato II - Novas Faces   Primeiro Arco de Valentina: Ato II - Novas Faces I_icon_minitime18/6/2017, 00:36

[Off: Teste 1: Percepção + Empatia 7d10.
Teste 2: Raciocínio + Etiqueta 6d10]
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MensagemAssunto: Re: Primeiro Arco de Valentina: Ato II - Novas Faces   Primeiro Arco de Valentina: Ato II - Novas Faces I_icon_minitime18/6/2017, 00:36

O membro 'Lugo' realizou a seguinte ação: Rolagem de Dados


#1 'D10' : 1, 8, 3, 10, 10, 9, 1

--------------------------------

#2 'D10' : 9, 1, 10, 9, 2, 4
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MensagemAssunto: Re: Primeiro Arco de Valentina: Ato II - Novas Faces   Primeiro Arco de Valentina: Ato II - Novas Faces I_icon_minitime18/6/2017, 19:14

Aquela conversa estava indo bem, até de mais, e, por conta disso, acabava por me não me policiar da devida maneira para com minhas ações e isso literalmente acarretava em uma péssima situação com o homem ao meu lado. Apesar de ter sido uma ação inocente em minha cabeça, aquilo definitivamente não teve o mesmo significado para Aloísio e provocava uma mudança comportamental abrupta no mesmo.

“Oh céus! O que eu fui fazer!? Eu não queria fazer isso nesse sentido, mas obviamente para ele não foi a mesma coisa… Parabéns Valentina, você conseguiu voltar a estaca zero, ou talvez até pior, parece até que você o quebrou…”

Estava envergonhada pelo que tinha acabado de acontecer, mas, acima de tudo, estava muito curiosa para saber o que havia acontecido com aquele homem, pois, a mudança de comportamento dele não foi somente pela provocação.

“Será que era por isso que ele estava com toda aquela ‘segurança’ em sua pose? Ele parece segurar um impulso dentro dele e isso foi provocado pela minha ação, mas que tipo de impulso seria? Bash me alertou sobre a postura agressiva dele, mas até agora isso não tinha sido demonstrado… Não importa, eu tenho ajudá-lo, isso é culpa minha!”

A distância e suas palavras demonstravam o quanto ele estava abalado e naquele momento eu não sabia direito o que fazer. Eu olhava procurando uma resposta e até levantava minha mão, um pouco, em sua direção para tocar em seu braço, como havia feito, mas o medo de tentar me aproximar dele e agravar a situação travavam os músculos e negavam meu avanço. Minha mente ficava confusa vendo o homem se encolher, naquele local em que estava sentado, e quase se contorcer, me deixando triste pois era como ver um dos vasos, que estava moldando, cair da minha mão em câmera lenta e vendo-o quebrar pedaço por pedaço e, desta maneira, não conseguia ficar calada sem fazer nada.

– Aloísio você nã-

Minhas palavras eram bruscamente cortadas por uma voz feminina que se aproximava com agilidade. Uma mulher aparecia e me fazia recuar, mas, ao mesmo tempo, prontamente aliviava a pressão daquela situação delicada. Eu não a conhecia e nunca havia visto seu rosto, mas suas palavras demonstravam que ela não era uma pessoa qualquer que havia se compadecido com aquela cena. Assim que ela se sentava entre nos, eu me endireitava no banco e fazia uma profunda respiração para retomar minhas maneiras, ligeiramente colocando um sorriso um pouco forçado em meu rosto, apesar de que realmente estava feliz com sua intromissão. Na verdade estava mais surpresa do que feliz naquele momento, após saber que ela era prole de Masdela, minha expressão facial mudava completamente e um sentimento de vergonha me tomava.

“Meu deus, ela é a prole de Masdela e sabe como eu costumo chamar meu senhor… Bash com certeza a pediu para ficar me vigiando, se não ela não teria se intrometido de maneira tão precisa assim e, se ela realmente está aqui a pedido de Bash, então ela viu tudo que aconteceu… Meu deus, o que será que ela deve estar pensando de mim agora?”

Não costumava ficar envergonhada daquela maneira, na verdade não me importava tanto assim com o que as outras pessoas, que também poderiam ter visto aquilo, estavam pensando sobre o que eu havia feito, mas com ela era diferente, afinal ela era a sobrinha do meu senhor e eu tinha acabado de flertar, sem querer, com aquele que seria meu “irmão”. Apesar de estar corada, ainda mantinha minha postura e a alternava meu olhar entre ela e Aloísio. Esperava pela resposta do homem a aproximação da mulher e logo em seguida a respondia.

– Mas que surpresa agradável! Não imaginava que, finalmente, conheceria a famosa sobrinha do meu senhor nesta festa e é um grande prazer e honra te conhecer, Claudia. Aliás, chegastes em boa hora, estava falando com Aloísio sobre o quão bela foi a apresentação de Loretta e como eu estava ansiosa para aprender aquela dança e você, o que achou?
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MensagemAssunto: Re: Primeiro Arco de Valentina: Ato II - Novas Faces   Primeiro Arco de Valentina: Ato II - Novas Faces I_icon_minitime20/6/2017, 11:01

Claudia observava você com uma expressão alegre na face, dando um pequeno toque em sua perna em uma simples e breve transmissão de "segurança", afinal com ela ali seria realmente estupidez qualquer tentativa de Aloisio ou qualquer outra pessoa.

-Seu sotaque é lindo! Ah pequenina rosa eu já vi muitas danças de Loretta nos salões de Florença e eu mesma já dancei em incontáveis situações essa maravilhosa dança. Infelizmente quando ainda era uma mortal, era eu que colhia as uvas para as nobres como Loretta, pudessem dançar. Mas o abraço me trouxe algumas regalias! Aquela mocinha loira que cantou e dançou junto da nossa anfitriã é minha filha, eu a ensinei a dançar veja só! Fui superada!

A mulher se articulava com bastante fluidez e naturalidade. Aloísio no entendo se mostrava cada vez mais arrependido e constrangido, com uma voz baixa e tímida o homem dizia:

-Senhora Caccavale, eu posso me retirar? Não estou a me sentir bem...

Claudia olhou na direção do homem de cabelos loiros e sorriu na direção do mesmo. Para então retrucar o pedido dele:

-Apenas se recomponha. Não vou lhe impedir de sair, normalmente você sabe que essa seria a minha preferência, mas noto que na ausência de seu irmão você está a se esforçar. Dessa forma, eu gostaria de vê-lo tentar se recolocar no lugar. Mas se for realmente a grande falha que sempre fez questão de tentar ser, só se retire de uma vez... É uma noite importante para sue pai e sua avó e não queremos que eles sofram. Correto?

Aloísio olhava na direção de Claudia e concordava com um movimento positivo com a cabeça e fechava os olhos. Para realizar uma tensa esticada de coluna, ajustando os ombros e mergulhando em um silêncio para tentar se recompor.
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MensagemAssunto: Re: Primeiro Arco de Valentina: Ato II - Novas Faces   Primeiro Arco de Valentina: Ato II - Novas Faces I_icon_minitime20/6/2017, 21:59

A presença de Claudia me trazia um enorme sentimento de segurança, o qual era confirmado com o breve toque da Toreador. Eu a respondia com uma simulação a uma breve retomada de fôlego, precedida por um sorriso tímido e um singelo balançar positivo de cabeça. Meus olhos mudavam de alvo de instante em instante, observando tanto o comportamento da mulher quanto do homem que estava encolhido no canto do banco, mas, logo as palavras da cainita me atraiam a atenção. Durante sua primeira frase, eu descruzava as pernas e me virava um pouco mais para a mulher, me fazendo ficar escorada no braço da cadeira, para assim novamente cruzar as pernas, só que invertendo a que ficaria por cima, e manter o contato visual direto com a mesma.

“Então esse é o tipo de relação que ela possui com esta família. De fato a família de Elonzo e Loretta são bem mais ligadas do que eu imaginava.”

Ao ouvir os elogios da mulher sobre meu sotaque, meus olhos brilhavam e um largo sorriso se colocava em meu rosto, junto de um sentimento de graça que me preenchia. Ver aquele primeiro contato dos florentinos com o dialeto sardenho era engraçado e tão belo quanto o que eles falavam sobre minha maneira ‘diferente’ de falar. Além disso, me trazia um pouco de nostalgia esse pequeno momento de choque cultural, me lembrando de quando conheci Sebastian e da dificuldade que tive de falar com ele naquela primeira vez, mas o fato era que eu adorava manter meu sotaque e preservar minhas origens na minha identidade.

– Ah, muito obrigada, Claudia! Na verdade, fico muito comovida com a sua história, afinal eu também de uma situação, de certa forma, parecida pois sou filha de pescadores. Mas falando de sua filha… que voz ela tem! Fiquei maravilhada! Bem, pode até ter sido superada, mas tenho certeza que ela está nesse nível pois teve uma excelente professora e fonte de inspiração para guiá-la até o topo, quem sabe um dia se eu olhar e aprender bastante com vocês três, eu possa acompanhá-las nesta dança.

Novamente minha atenção era tragada para Aloísio. Sua expressão de culpa me deixava da mesma maneira, ou até mais, afetada que ele e logo meu sorriso se quebrava, mas com força eu tentava não demonstrar total tristeza, mantendo uma postura forte. Ouvir as palavras do homem era dificil e uma tarefa dolorosa, mas a resposta de minha prima era ríspida.

“Então ela também o vê com maus olhos. Acho incrível como ele não se comportou dessa maneira que todos falam até o momento e por isso acho que ela está o julgando mal. Não sei o que ele fez no passado, nem o seu irmão, mas o Aloísio que conheci é totalmente diferente do que todos falam…”

A resposta de Aloísio a Claudia me apertava novamente o coração e o silêncio após aquilo me induziam a querer fazer alguma coisa, mas, eu não sabia o que fazer e estava com medo de fazer algo que acabasse piorando. Mais uma vez fazia uma longa respiração, tomando novamente da coragem que me fora fornecida anteriormente, para falar com toda minha sinceridade e empatia para com o esforço do rapaz.

- Aloísio, eu ficaria muito contente se você ficasse conosco. Peço que entenda, eu panejo de agora em diante ser parte dessa grande e linda família a qual seu pai pertence. Logo quero entender melhor sua pessoa, de verdade. Isso não me assusta, pois eu vi você agora, vi você todo e não tenho medo do que eu vi. Entendo que a primeira impressão é a que fica, mas peço que você, Claudia, olhe também e veja que ele já não é mais o que todos pensam, que ele renasceu para alguém que eu já admiro. Pois não há nada em ti, Aloísio que realmente venha a nos causar nenhum tipo de desprezo!
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MensagemAssunto: Re: Primeiro Arco de Valentina: Ato II - Novas Faces   Primeiro Arco de Valentina: Ato II - Novas Faces I_icon_minitime21/6/2017, 20:50

Claudia não escondia o sorriso de aprovação em saber das suas origens mais humildes, divertindo-se com os seus elogios a sua prima se mostrava bastante simpática e aberta para lhe ensinar:

-Você é uma linda criatura Valentina! Claro que será muito divertido poder lhe ensinar tudo que eu sei e inclusive, dançar ao teu lado. Apesar do meu forte ser de fato outra arte, sou fantástica com uma tela embranco, uma aquarela e tempo livre!

As palavras dela e as suas eram observadas atentamente pelos olhos de Aloísio que ainda se mostrava bastante retraído. A presença de Claudia parecia servir de censura para a própria capacidade argumentativa do homem, mas mesmo assim ele falava. Abaixando a cabeça para ver os próprios pés:

-Você não me temer não é seguro para você mesmo querida, eu quero muito... Sinceramente eu quero muito ser um homem melhor, eu me deixei ser guiado por uma horrível condição e fui conivente com muitas ações terríveis. Hoje eu consigo sentir vergonha e asco de todas elas, absolutamente todas elas! Meu maior desejo agora era poder ver o sorriso de orgulho de meu Pai e minha avó me chamando alegremente de "meu neto"... Eu desonrei minha mãe, desonrei minha família e caí na facilidade de ser apenas um monstro. Não há formas de pedir por outra chance, eu sei que ninguém tem a necessidade de me dar ela... E assim mesmo eu irei tentar. Ouviu Claudia? Eu vou conquistar todos vocês! Porque eu sou o neto de Loretta Giovanni!

A parte final da frase de Aloisio era dita com convicção, ele parecia encontrar dentro dele mesmo uma enorme força capaz de desafiar a figura de Claudia. Os dois anciões trocavam olhares, mas o sorriso brando de Claudia dizia que tudo estava bem.

-Eu lhe darei uma chance pirralho mimado. Vamos lá, estou pondo minha mão no fogo... Não me faça errar, eu odeio isso!

Claudia então se levantava e gentilmente se despedia, lhe dando um beijo na face e oferecendo a mão esquerda à Aloísio, dando a ele a permissão de beijá-la. Educadamente, o Giovanni assim fazia e a primogena Toreador se afastava. Deixando você a sós com seu "irmão" mais uma vez.
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