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Narrativas De World of Darkness Estruturadas Nas Versões de 20 Anos
 
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 Ato XII - Três Valetes e um Serafim.

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Danto
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MensagemAssunto: Re: Ato XII - Três Valetes e um Serafim.   Ato XII - Três Valetes e um Serafim. - Página 3 I_icon_minitime26/7/2017, 22:38

Os beijos de Pietra intensificavam ainda mais os sorrisos dos homens, Friederich fazia apenas uma pequena careta quando tinha o nariz apertado e concordava com um movimento positivo de cabeça, para se pronunciar e enquanto o mesmo falava, Francesco já se colocava de pé para seguir até o piano, levantando-se apenas depois de se certificar de que a besta o seguiria.

-Claro, será fascinante ver meu futuro professor em ação. Mas, não existem telas ou muitos materiais disponíveis aqui não é mesmo Cesco?

A resposta do italiano vinha enquanto o mesmo pegava o pequeno caderno de música que guardava algumas tablaturas, a besta então farejava um lápis simples que deveria fazer parte do conjunto ao qual o caderno pertencia.

-Nem todo desenho precisa ser feito em uma tela querido, farei um de punho livre. O grafite vai servir para retrabalhar as dimensões dos tracejares, vejamos... Certo. Por favor, mantenham-se frente a frente no sofá e Fredy pegue as mãos de Pietra, feche seus olhos e imagine Pietra. Pita, querida, apenas sorria olhando para teu amor, sim?!

Dizia o italiano em seu idioma natal, com a voz mais imperativa e coordenativa. A besta prontamente se colocava ao lado de Francesco e apontava as marcações onde cada um dos modelos deste deveriam ficar, e até sorria para que Pietra fizesse o mesmo. Enfim, Francesco sentou-se junto ao piano e começou a desenhar. Um processo ágil, milimetricamente realizado e marcado por pequenas pausas para que após os traços feitos, pequenas fragmentações fossem causadas no grafite do lápis e as sombras pudessem ser feitas como se fossem "sombras" e "esfumaçados" dentro daquele desenho. Em algo em torno de uma hora, o desenho enfim terminava e Francesco dizia satisfeito:

-Feito!

Friedeirch saia da posição, aliviado e esticando a coluna.

-Poderia nos mostrar meu caro?

Francesco sequer dava muito tempo para que a respiração dos seus modelos fosse concluída e já se levantava com o papel em mãos, era o verso de uma das folhas usadas para a leitura de partição musical, revelando então um tesouro! O primeiro desenho de Pietra ao lado de seu grande amor, o primeiro desenho de Friderich ao lado da razão de seu viver! A alma do casal havia sido capturada pelo desenho, havia amor, respeito e admiração. E o sorriso de Pietra simplesmente divino, parecia fazer o cinza do grafite brilhar!

[Off: Fascínio provocado, caso seja requisitado, poderá ser evitado com o gasto de 1 ponto de força de vontade]
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MensagemAssunto: Re: Ato XII - Três Valetes e um Serafim.   Ato XII - Três Valetes e um Serafim. - Página 3 I_icon_minitime26/7/2017, 23:08

Satisfeita com a resposta de Friedrich sobre o desenho, a italiana seguiu com os olhos todos os movimentos de Francesco por seu escritório, as palavras deste a fizeram sorrir, Pietra sabia bem que para um artista o mais parco material já era o suficiente, e as mãos de Francesco eram treinadas para fazerem maravilhas.

“Vamos ver o que Francesco irá criar! Faz tantos anos que não o vejo criando!”

Rindo de leve ao ver a besta ajudar Francesco com os materiais, Pietra ajudou Friedrich a se colocar na posição pedida, quando este fechou os olhos a italiana deu um breve beijo nos lábios deste sussurrando.

– Para te ajudar a me imaginar!

Mostrando de leve a língua para sua própria besta, Pietra suspirou ao olhar seu amado e sorrir, seus olhos castanhos brincavam de estudar a face de Friedrich, estudar cada pequeno detalhe sem se cansar, era um exercício que a italiana sempre fazia quando despertava ao lado de seus amados, era em seu coração que Pietra pintava a tela das faces adoradas e tão amadas.

Acostumada a posar, Pietra não sentiu o tempo passar, mas quando as palavras de Francesco se fizeram a italiana sorriu, esticando-se para beijar a testa de Friedrich, Pietra parou de se movimentar quando viu o desenho.

No peito da cainita o ar parou de se movimentar, seus olhos nem sequer piscaram ou se moveram, seu coração batia forte e descompassado conforme as lagrimas ganhavam vida nos olhos da italiana. Ali a sua frente estava um dos mais belos desenhos já vistos, o amor e o respeito refletidos com precisa realidade pelo grafite, o brilho dos lábios e os olhos fechados de seu amado, tudo simplesmente arrebatou Pietra que não lutou ao fascínio que dominava seu corpo, a italiana apenas se entregou sabendo que estaria segura.
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MensagemAssunto: Re: Ato XII - Três Valetes e um Serafim.   Ato XII - Três Valetes e um Serafim. - Página 3 I_icon_minitime27/7/2017, 10:56

A consciência de Pietra enfim retornava e como a mesma havia acredito, ela estava totalmente segura. Com o corpo totalmente deitado no sofá, Pietra estava com a cabeça deitada sobre o colo de Friderich e tinha as mãos cuidadosamente massageadas por Francesco, o italiano estava ajoelhado em frente ao sofá. Os dois homens logo notavam o retorno dos olhos de Pietra, o primeiro a esboçar uma reação foi Cesco, que não tirava os olhos de Pietra por um único segundo sequer. Beijando as duas mãos da italiana, o homem afirmava:

-Você me fez chorar como uma criança a realizar o seu mais puro sonho, obrigado Pietra, muitíssimo obrigado.

Friderich então complementava, colocando o desenho que estava nas mãos dele sobre a poltrona onde antes Cesco estava sentado.

-Fazem anos que eu não a vejo cair em um fascínio tão poderoso Pietra, acho que sou realmente um homem de sorte. Tantas almas inspiradoras ao meu arredor e agora a chance de aprender com um artista capaz de arrancar os ares dos seus pulmões, incrível. Mas me diga querida, está tudo bem?

Questionava o alemão com uma voz calma e uma expressão um pouco preocupada com o bem estar de sua amada.
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MensagemAssunto: Re: Ato XII - Três Valetes e um Serafim.   Ato XII - Três Valetes e um Serafim. - Página 3 I_icon_minitime27/7/2017, 11:30

Aos poucos Pietra sentiu seu corpo, seus pulmões vagarosamente recomeçaram a puxar o ar enquanto o toque em suas mãos se vazia sentir, um sorriso largo se formou nos lábios da italiana ao perceber o que havia acontecido, e nenhuma vergonha ou temor se apossou de Pietra, afinal ela estava sendo cuidada por Friedrich e Francesco.

“Eu não tive como resistir! Quanto tempo faz?”

Sentando-se com cuidado a italiana sorriu para seus dois amados com carinho, beijando a testa de Francesco, Pietra riu com suavidade, estava feliz e completa como à muito não estava.

– Nem me lembro quanto tempo faz, simplesmente não consegui resistir, mas também não tinhas motivos para fazê-lo. Eu estou bem sim mio Friedrich, só fui pega de surpresa.

Apertando o nariz de Francesco, a italiana riu ao comentar de forma suave.

– Vamos ter que tomar cuidado na hora de trabalharmos juntos, caso contrário eu não conseguirei criar nada!
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MensagemAssunto: Re: Ato XII - Três Valetes e um Serafim.   Ato XII - Três Valetes e um Serafim. - Página 3 I_icon_minitime27/7/2017, 11:53

O sorriso de Friederich agora se mostrava mais largo e alegre, afinal, a preocupação com Pietra havia sido minimizada pelas palavras da própria Toreador, aproveitando para fazer uma curta ação de se espreguiçar, o alemão apenas fechava os olhos e ouvia as palavras de Pietra direcionadas à Francesco e a resposta do mesmo:

-Por sorte eu não sofro profundamente com o fascínio, apesar de conseguir sentir algo que seria como o prelúdio do mesmo. Mas não se preocupe, farei pequenas apresentações da próxima vez e mal posso esperar para fazer uma enorme tela com vocês quatro nela! Mas só depois de fazer os trezentos e vinte e quatro quadros que Eva me fez prometer...

O italiano falava com tranquilidade enquanto colocava-se de pé e ajustava as vestes, desenhando um pequeno sorriso que acompanhava o humor da própria frase, para terminar a mesma com um tom mais debochado e divertido.

-Bom, agora eu tenho que abandoná-los. É com um enorme pesar, mas tenho que me reunir com Althea, claro que essa reunião não acontecerá aqui por motivos de segurança, todavia, assim que retornar irei imediatamente para minha sala, Beth me pediu por uma palavra... Você também estará atarefada Pietra?

Questionava Friderich, trazendo o nome de Althea com bastante cautela. Tamanha era a cautela que despertava a atenção de Francesco, já acostumado com a venenosa corte de Florença, o homem não precisava dizer nada para deixar claro que havia entendido que o tópico era delicado, assim, manteve-se em silêncio e prontamente atendeu ao próprio desenho para evitar possíveis novos fascínios de Pietra. Convidando a besta da mesma para ajudá-lo a achar algo onde o desenho pudesse ser guardado.
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MensagemAssunto: Re: Ato XII - Três Valetes e um Serafim.   Ato XII - Três Valetes e um Serafim. - Página 3 I_icon_minitime27/7/2017, 12:26

Feliz por ver Friedrich com aquele sorriso largo e despreocupado, Pietra não pode deixar de rir diante da brincadeira de Francesco, não quando era bem capaz de Evangeline realmente ter pedido aquela quantidade absurda de quadros.

– Você sabe que ela vai cobrar não é? E quando você cumprir sua promessa ela vai te pedir mais coisas!

A besta ao lado de Francesco concordou com a cabeça sorrindo de forma divertida, já que Pietra dizia a verdade e a besta adoraria participar daquele pedido. As palavras de Friedrich chamara a atenção da cainita, o tom usado para o nome de Althea indicava o quão delicada era a situação, mesmo assim a italiana sorriu com carinho para seu amado.

– Estou ensinando Arda a esculpir, ele me fez o pedido recentemente e eu não posso faltar com minha palavra a ele. Depois disso estarei livre, pelo menos até aparecer algum compromisso.

Vendo Francesco se retirar de forma educada para guardar o desenho e levar a besta junto deu espaço para que Pietra tomasse a mão de seu amado com carinho.

“Uma reunião com Althea, não gosto de como isso soa, mas Friedrich tem seus deveres a cumprir. Ainda mais com o cargo de Arcebispo.”

Beijando a mão de seu amado, Pietra procurou os olhos de Friedrich para aconselha-lo.

– Não vá sozinho, recomendo que leve Beth com você, isso vai manter Althea na linha e você podem conversar durante o caminho. Além do mais sei que Beth não fará mal a Althea se assim você ordenar.
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MensagemAssunto: Re: Ato XII - Três Valetes e um Serafim.   Ato XII - Três Valetes e um Serafim. - Página 3 I_icon_minitime27/7/2017, 15:02

Francesco e a besta de Pietra cuidavam do desenho, guardando-o junto dos livro que ficavam nas prateleiras do escritório para que ele ali ficasse como um pequeno tesouro escondido. Uma ideia da besta que agrava o bom humor do italiano, enquanto isso, o alemão ouvia com atenção as palavras de sua amada, mas acima de tudo, ele ouvia as palavras de seu próprio bispo.

-Althea apresentou um risco para toda a Espada de Berlim, desrespeitando um bispo e seus vassalos. Eu poderia executá-la, mas isso traria muitos conflitos e atritos desnecessários e de fato, será melhor ter a presença de Beth. Afinal, eu não teria paciência para aturar meias palavras, com a simpatia de Beth não haverá direito de resposta. Obrigado pelo conselho minha querida, mas por hora, temo que a necessidade da despedida chegue. Mas, por favor, procure por mim no final desta noite sim?!

Afirma o Arcebispo de Berlim, beijando a testa de Pietra em um sinal de despedida e aguardando as reações da mesma, para então direcionar-se à Francesco. Abraçando o homem e despedindo-se do mesmo com um forte aperto de mãos, assim, Friderich se retirava do escritório.

-Bem, agora você deverá atentar-se à Arda sim?! E eu não sei exatamente o que poderia fazer, talvez procurar por Sebastian... Não tenho o mesmo interesse as jovens, aliás, Pietra você poderia me explicar o que há com Thesa e presas?!
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MensagemAssunto: Re: Ato XII - Três Valetes e um Serafim.   Ato XII - Três Valetes e um Serafim. - Página 3 I_icon_minitime27/7/2017, 16:05

Pelo canto dos olhos Pietra viu Francesco e sua besta guardando o desenho entre os livros, segurando o riso a cainita se concentrou em Friedrich, não podia se dar ao luxo de rir diante de um assunto sério.

"Fredy tem todo o direito de perder a paciência com Althea, mesmo assim seria bom tratarmos ela com um pouco de compaixão. Afinal não é isso que Althea espera de nós. "

Sorrindo com carinho Pietra tomou as faces de Friedrich para beijar-lhe os lábios com carinho, olhando nos olhos de seu amado para então recomendar.

- Seja justo Friedrich, apenas justo, sei que ela não merece, mas os problemas que nos acarretar iam apenas a deixaria feliz. Além do mais Beth já a marcou e ela nunca vai esquecer de Berlim e de sua aranha. Agora vá mio amore, no final da noite estaremos juntos.

Sentando-se mais relaxada, Pietra viu a breve despedida de dos dois homens com um sorriso no rosto, ficando apenas na presença de Francesco a italiana respirou com calma ouvindo as palavras deste, diante das palavras de seu amigo Pietra riu enquanto sua besta gemia deixando claro que ainda não havia perdoado sua cainita pela cena com Thesa.

- Eu recomendaria que você escolhesse um quarto no refúgio para você, Eva já deixou claro que vai usar Yer como travesseiro essa noite. Quanto a Thesa, ela não sabe bem o que as presas são capazes de proporcionar, irei conversar com ela para remediar, antes que aconteça algum acidente. Desculpas Cesco eu já deveria ter me atentado a isso.
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MensagemAssunto: Re: Ato XII - Três Valetes e um Serafim.   Ato XII - Três Valetes e um Serafim. - Página 3 I_icon_minitime27/7/2017, 18:37

-Claro, irei escolher um e deixarei as garotas avisadas. Afinal eu infelizmente não consigo acordar sozinho...

Respondia Francesco com uma expressão um pouco triste, como se mencionar as próprias limitações fossem um pequeno incomodo, nada muito grandioso ou melancólico, apenas um suave pesar por viver em uma rotina estranha devido à avançada idade. Posteriormente, o homem olhou na direção de Pietra, balançando veemente as mãos pelo ar, negando-se a aceitar a fala dela.

-Não não, por favor Pietra! Não me peça desculpas, nada foi feito para que isso seja requerido minha cara. Veja, eu fui capaz de entender que era algo inocente, apesar do meu corpo e meus instintos prontamente clamarem por algo mais específico. O que me fascinou foi a inocência e o prazer que a própria sentiu com a minha reação, é uma sábia escolha instruí-la acerca do assunto. Todavia, não acho que isso irá mudar muito, pude compreender que ela o faz para buscar alguma espécie de alívio.

Francesco fazia um curto carinho nos cabelos da besta de Pietra para então andar na direção da italiana, parando a frente desta e sorrindo ao afirmar.

-As duas jovens tem algo que precisa ser curado querida, uma ferida escondida pelos sorrisos e lindas roupas. Por favor, atente-se à elas no futuro próximo sim? Deixe a mim a tarefe de cuidar de ti, faço questão de atentar a todas suas necessidades, afinal, ao que tudo me indica, muitos precisam de sua atenção agora.
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MensagemAssunto: Re: Ato XII - Três Valetes e um Serafim.   Ato XII - Três Valetes e um Serafim. - Página 3 I_icon_minitime27/7/2017, 22:03

Posso sentir o peso das palavras de Francesco, sei bem que apesar dele querer esconder o sono parecido com o de um cainita incomoda Francesco.

"Também me incomodaria, será que Francesco nunca quis ser abraçado?!"

Ouço atentamente as palavras de meu querido amigo, afinal sei que este tem uma experiência de longa data quando se trata sobre outros vassalos.

A carícia na minha besta ecoa de leve em meus próprios cabelos, isso tira um riso de meus lábios, simplesmente não posso evitar, não que eu queira, Francesco adora meus risos e diante dele eu amo rir.

Me levanto para abraça-lo com carinho, o toque morno do corpo de Francesco me encanta e atrai, colocando-me nas pontas dos pés eu beijo sua testa para então olhar em seus olhos.

- Não se preocupe com seu sono, caso queira posso deixar preparado meu viatae para que Thesa ou Lena o despertem. Mas eu adoraria sempre jantar com você! No mais eu agradeço seus cuidados, irei sim cuidar dessas meninas, não nego as cores e machucados delas e irei cuidar para que essas feridas sarem. E você trate de cuidar de mim, porque eu quero ser mimada!"

Sinto os movimentos dela, sem ver eu os sinto, minha besta nos abraça e morde o pescoço de Cesco sem nenhuma vergonha.
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MensagemAssunto: Re: Ato XII - Três Valetes e um Serafim.   Ato XII - Três Valetes e um Serafim. - Página 3 I_icon_minitime27/7/2017, 22:22

A face de Francesco era tomada por um leve corar advindo do breve beijo que por ti era dado, aquele tom rosado se avermelhava suavemente diante suas palavras e um sorriso alegre escapava dele quando a besta tomava a liberdade de abraçar vocês dois. Levando a mão esquerda delicadamente a sua cintura, enquanto a outra buscava pelas costas da sua besta, Cesco respondia com afeto:

-Como poderia dizer não à isso? Ser acordado todas as noites para jantar contigo, é como se fosse você a me mimar e não o contrário. Mas não se preocupe, vou caprichar para deixá-la confortável como a Princesa que sempre fostes aos meus olhos.

Puxando-as para um abraço mais forte e próximo, Cesco posteriormente as liberava com um sorriso alegre nos lábios. Para enfim olhar para sua besta e comentar enquanto tocava na ponta do nariz da mesma, fazendo-a rir brevemente e tentar morde-lo.

-Bem, existe algo que eu possa fazer por ti por agora Pita? Levar materiais ao ateliê, organizar as ferramentas? Poderia fazer toda a organização enquanto você leciona à teoria a seu aprendiz. Que tal?
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MensagemAssunto: Re: Ato XII - Três Valetes e um Serafim.   Ato XII - Três Valetes e um Serafim. - Página 3 I_icon_minitime27/7/2017, 22:50

O tom rosa que tomou a face de Francesco me deixa animada, simplesmente adoro como ele é tão gentil comigo, sempre tão gentil. O toque em minha cintura e o carinho na besta trouxeram um sorriso carinhoso em meus lábios, as palavras suaves ditas, isso alegra meu coração e faz minha besta reagir ao abraço com carinho.

- Se eu estiver te mimando não é um problema, não mesmo, afinal você sempre me foi querido.

O toque mais forte arrancou um ronronares de minha besta, um arrepio passou pelas minhas costas fazendo me rir, a liberdade do abraço me fez sentar e rir com carinho diante de Francesco a brincar com ela.

- Na verdade era o Lorenz que arrumava meu ateliê, então ele ainda deve estar organizado. Mas eu gostaria de ter blocos de madeira pequenos, dependendo de como Arda estiver com segurança no desenho, posso iniciar com blocos de madeira. O que você acha meu querido?!

Comento a Francesco, ouvir a opinião dele sempre foi importante, afinal ele sempre escutava minhas opiniões.

" Arda tem um incrível controle dos movimentos de seu corpo, se os traços estiverem seguros a madeira será fácil.
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MensagemAssunto: Re: Ato XII - Três Valetes e um Serafim.   Ato XII - Três Valetes e um Serafim. - Página 3 I_icon_minitime28/7/2017, 11:43

-Se teu filho organizava o atelier ele certamente deve ter um acervo, mesmo que pequeno, de bloco de cedro ou alguma outra madeira, até mesmo mármore. Afinal, o pouco que eu pude ouvir sobre o mesmo, vindo de Thesa, me fez ficar bastante tranquilo a cerca da assistência que fora prestada a ti nesses anos em Berlim. Além disso, é possível ver os ecos da aura dele pela galeria e para construir tal ambiente, apenas um olho especial poderia ser capaz.

Respondia Cesco à você com uma voz branda, mantendo uma respiração tranquila e quase silenciosa. O homem então desenhava um brevíssimo sorriso nos lábios, como se estivesse a se recordar de algo, para então, estender-lhe a mão em um convite:

-Isso me faz lembrar das suas aulas com o mármore. Alfonsus recusava o estoque de meu antigo Senhor por achá-lo azulado em demasia e precisava que você aprendesse em algo mais neutro. Assim, me vi atravessando a cidade inteira a procura de um, encontrando apenas um pequeno bloco de no máximo quarenta centímetros, num tom pérola e ligeiramente gasto e velho. O levei ao ateliê, poli e preparei tudo... E a noite então chegou, você adentrou o atelier, olhou para o bloco e disse sorrindo: "Faremos uma ave hoje Alfonsus?". Ele então se divertiu, rindo e afirmando que não era o plano original, mas que agora seria... Enfim, o que eu quero dizer é: Será um prazer poder ajudá-la com isso e de fato, acredito que começar com porções menores de materiais é uma excelente escolha. E poderia sugerir o uso de animais, mas por hora, vamos ao seu atelier!

Havia uma fortíssima nostalgia nas palavras de Cesco, como se ele pudesse simplesmente fechar os olhos e narrar perfeitamente o seu passado em Florença, memórias que para você já começavam a ficar confusas ou que foram deixadas para trás, eram tratadas por Cesco como verdadeiros tesouros.
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MensagemAssunto: Re: Ato XII - Três Valetes e um Serafim.   Ato XII - Três Valetes e um Serafim. - Página 3 I_icon_minitime28/7/2017, 14:23

Sinto o orgulho inflar meu coração diante das palavras de Francesco sobre Lorenz, meu filho havia sido uma peça importante para a criação da galeria, para a criação da Espada de Berlim, Lorenz era mais do que tudo meu legado ao clã das rosas.

Os movimentos calmos de Francesco me chamam a atenção, não é difícil perceber que o homem está relembrando algo, e quando ouço é impossível segurar meu sorriso.

" Ele se lembra disso? É uma pena que eu não lembre de memórias tão lindas de meu início. Meu inconsciente as reempreendeu pelo menos que sentia e o tempo já faz seus efeitos em mim."

Levanto para abraça-lo com carinho, não é difícil esconder o carinho e amor que sinto por Francesco.

- Eu adorei seus conselhos, e sim sei que deve ter madeira no atelie, Lorenz sempre foi cuidadoso com esse tipo de coisa. Será mais fácil iniciar Arda com animais, os traços não são tão complicados quanto os humanos.Obrigada Cesco.
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MensagemAssunto: Re: Ato XII - Três Valetes e um Serafim.   Ato XII - Três Valetes e um Serafim. - Página 3 I_icon_minitime28/7/2017, 16:50

Francesco a conduzia sem nenhuma pressa até a porta de saída do escritório, abrindo-a afim de deixar a sua pequena metade selvagem e inocente sair a correr à frente, indicando o caminho para o atelier e rindo no percurso ao tentar fazer pequenos movimentos, indicando quais animais você poderia ensinar à Arda. A escolha dela parecia estar entre algum tipo de ave e um roedor, era difícil entender aquelas desajeitadas mímicas!

Enfim, vocês três adentravam o atelier. Ligeiramente sujo por causa do último busto que fora esculpido ali e claramente indicando que Lorenz ainda não havia encontrado tempo hábil para limpá-lo apropriadamente. Francesco olhava na sua direção e deixando a animação bem nítida, afirmava:

-Aguarde um pouco enquanto busco no acervo algo que possa ser usado, enquanto isso Pietra, sinta-se a vontade para organizar o plano de aula! Retorno em poucos instantes!

Adiantando-se para ir até a besta, já que a sua outra metade apresentava uma certa irritação por ninguém ter entendido suas mímicas. Afim de agradá-la, Cesco cochichava algo no ouvido esquerdo dela e rapidamente, ela corria na direção do acervo. O italiano ria, olhando outra vez para você e afirmar:

-Se ela achar bons blocos de madeira, ficarei devendo um cacho de uvas... Acho que funcionou, com sua licença, devo correr e evitar que ela destrua tudo né?!

Apressava o seu grande e velho amigo. Deixando-a aproveitar alguns poucos minutos sozinha a preparar a aula que seria dada à Arda, era fácil para você encontrar as suas ferramentas em seu atelier, logo, não seria nenhuma tarefa difícil, pelo contrário, revelava-se bastante prazerosa!

Cerca de quinze minutos se passavam, os sons no acervo indicavam que algo divertido estava ocorrendo ali! Todavia, uma batida na porta se fez presente, para ser posteriormente aberta por você mesma. E lá estava o pequeno Arda, com uma expressão serena e uma pequena curiosidade estampada diante dos seus cabelos cortados.

-Boa noite Lady Rafaldini. Espero não ter chegado em uma hora inoportuna... Bem, vejo que não fui o único a modificar minhas vestes. Elizabeth fez uma verdadeira questão, a qual eu ainda não compreendo, que fique claro, de que eu deixasse de usar meus mantos tradicionais e passasse a permitir que os demais membros da espada pudessem ver a minha face.

Comentava o anciã Assamita com um tom brando de voz, colocando as mãos dentro dos bolsos frontais da calça jeans que estava a vestir e escondendo a pequena vergonha que estava sentindo naquelas roupas mais modernas.

O Serafim:
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MensagemAssunto: Re: Ato XII - Três Valetes e um Serafim.   Ato XII - Três Valetes e um Serafim. - Página 3 I_icon_minitime28/7/2017, 19:27

Cruzo meus braços ao de Francesco, ver meu querido amigo me guiar para a saída de meu escritório de certa forma me deixa feliz, isso significa que ele aos poucos está assumindo seu papel como Vassalo, mas é claro que ele não é só isso.

“Logo Francesco saberá o quão importante nos é, espero que ele goste disso.”

Por mais que eu tente entender minha pequena, eu apenas consigo rir de suas mimicas, sei que ela quer uma ave, mas não consigo dizer exatamente qual, isso parece a deixar enfurecida, o que me cobrará uma maça mais tarde.

Já dentro de meu ateliê, vejo o quão emburrada minha pequena ficou, ainda posso ver o vestígios da última escultura e isso não me incomoda nem um pouco, mesmo assim posso ver o quão satisfeito está Francesco, afinal aquele é um lugar magico de criação, seria estranho não ter alguma sujeira.

Um riso alto escapa de meus lábios sem que eu me dê conta quando Cesco me conta da pequena aposta com minha pequena, posso sentir o eco da felicidade dela e de como ela está diposta a ganhar o cacho de uva, não seguro o beijo que dou na testa de Francesco.

– É melhor você correr mesmo, ela é bem espertinha.

Respondo ao meu querido amigo, a besta podia não se lembrar onde estavam os blocos de madeira, mas eu sabia que ela tentaria de tudo para acha-los e se possível pediria a Arda para fazer o que ela queria.

Voltando minha atenção para as ferramentas sinto meu corpo relaxar, trabalhar sempre foi algo que me animava, usei por muitos como uma ferramenta de escape, mas ali ensinar alguém me dava um novo sentimento, algo que me faltava e se mostrava importante.

“Espero que eu consiga ensinar bem meus filhos, é o que eu mais quero agora!”

Com cuidado eu preparo um pequeno lugar ao chão, separo duas almofadas confortáveis e as ferramentas leves de talhar, o chão me daria a estabilidade necessária de que minhas mãos e as de Arda precisariam, iniciar em uma mesa seria complicado e desnecessário.

O som do deposito me chamou a atenção, um riso suave escapou de meus lábios, podia sentir a diversão da besta mais do que imaginava, mas foi o som de aproximação da porta que me fez agir, é com delicadeza que eu recebo Arda, a diferença de altura entre nós dois é um problema que eu não terei no chão, mas não escondo a surpresa ao vê-lo com roupas modernas.

– Boa noite Arda, entre e fique a vontade. Chegastes na hora certa, estava te esperando. Primeiramente peço desculpas por não ter mantido suas aulas nas noites passadas, e não se preocupe mio amato suas novas roupas lhe cairão muito bem. Eu tenho certeza de que Beth quis lhe ajudar a parecer menos intimidante aos mais novos, talvez agora você seja mais procurado por eles.

Com a máxima delicadeza possível eu o guia até as almofadas, para então me sentar a sua frente e apresentar-lhe as ferramentas ali mesmo.

– Sei que você tem um ótimo controle de sua destreza, então vamos começar a usar pequenos blocos de madeira, isso vai te ajudar a pesar a força na hora de talhar, começaremos com formas de animais, elas são mais simples nos detalhes, com o tempo podemos começar a tentar formas mais complexas e detalhadas.
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MensagemAssunto: Re: Ato XII - Três Valetes e um Serafim.   Ato XII - Três Valetes e um Serafim. - Página 3 I_icon_minitime28/7/2017, 20:45

Arda havia sido abraçado no começo da própria juventude, isso cedia ao Assamita uma constante aparência infantil e até as mãos e músculos dele pareciam e se comportavam de maneiras joviais, todavia, a força do sangue e a experiência filosófica e em combate, faziam dele uma figura muito misteriosa para muitos dos membros da Espada de Berlim. Todavia, ali contigo ele se mostrava bastante interessado e dedicado a aprender, logo então ele aceitava o teu convite e sentava-se a sua frente. Ajeitando-se sobre as pernas e ouvindo com enorme atenção.

-Entendo. Bem, a parte mais estranha na realidade é usar calças de tecidos pesados, mas é algo que eu posso suportar quando não estiver a realizar meus treinos. Aliás, a Senhorita disse animais... Interessante, poderia pedir que fosse uma águia ou um corvo?

Enquanto Arda falava, você conseguia sentir que a sua besta estava à retornar com uma enorme alegria. Saindo ao lado de Cesco do acervo, a pequenina estava com as vestes manchadas com tinta, como se tivesse derrubado uma aquarela sobre a mesma. Cesco trazia consigo quatro blocos de pequeno porte, sendo esses divididos em pares diferentes, a madeira mais rosada e macia seria de melhor utilização para alguém em aprendizado, enquanto a amarelada ajudaria no treino de cortes mais precisos e profundos.

-Boa noite meu Senhor! Lady, esses foram os que eu pude encontrar em melhor estado.

Cesco primeiramente saudava Arda, para então direcionar-se a sua pessoa e já se aproximando para posicionar os blocos ao seu lado. Todavia, a atenção de Arda estava focada em sua outra metade, curioso ele questionava:

-Estou a ter uma visão ou isso é de fato o que está a ocorrer? Posso presumir que enfim aceitastes o teu destino Lady Rafaldini!?

Blocos de Madeira:
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MensagemAssunto: Re: Ato XII - Três Valetes e um Serafim.   Ato XII - Três Valetes e um Serafim. - Página 3 I_icon_minitime28/7/2017, 21:46

A minha frente é a figura de uma criança que está sentada, mas sei bem que Arda é muito mais do que isso, o eterno jovem de pele negra é um ancião poderoso e experiente, alguém a ser temido e respeitado, mas aqui e agora um amigo e aprendiz, devo dizer que um aprendiz muito interessado.

– Entendo essa questão, realmente alguns tecidos são pesado em demasia, mas em contra partida existem tecidos bem leves, podes conversar com Lorenz, ele ficaria feliz em ajudar a sanar esse incomodo. Um corvo ou uma águia, escolhas bem interessantes, geralmente as aves tem proporções fáceis de se moldar, ainda mais quando são aves de tamanho avantajado, são os detalhes que as definem. Iremos começar pela águia então, depois tentamos o corvo tudo bem?”

Explico a Arda com cuidado, posso entender que a nova parencia o deixará mais acessível aos mais jovens, algo que realmente me surpreende ter partido de Beth. A alegria que me invade quase me arranca um riso, porem ao ver minha pequena entrar na sala toda suja e feliz me faz sorrir, Cesco trazia os blocos de madeira e pela cara de minha besta era claro que ela tinha ganhado a aposta.

“Minhas tintas! Nem quero ver a bagunça que ela fez lá dentro!”

O claro interesse de Arda em minha pequena me deixa aflita, algo que passa diante da pergunta do mesmo, não escondo o sorriso diante de meu aprendiz e professor ao concordar com um gesto simples, ao mesmo tempo sinto a vontade de minha besta de abraça-lo e pedir carinho, algo que a deixa bem animada.

– Veronika estava se perdendo, eu não poderia deixar isso acontecer, então para salva-la aceitei o que me foi destinado, eu lhe prometi que minha luz não deixaria ninguém mais se perder.

Simplesmente não conseguir conter o riso quando vi minha pequena se sentar ao lado de Arda e sem cerimonia nehuma deitar sua cabeça no colo deste, chegando a puxar a mão deste para sua cabeça e gemer implorando por carinho, meus olhos se voltam para Francesco ainda me recuperando do riso.

– Acho que ela ganhou não foi? Poderias trazer o premio dessa pequena e cuidar de nos garantir um acervo de blocos de madeira mio amato?
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MensagemAssunto: Re: Ato XII - Três Valetes e um Serafim.   Ato XII - Três Valetes e um Serafim. - Página 3 I_icon_minitime28/7/2017, 22:18

O seu atento aprendiz ouvia com dedicação às suas palavras, concordando com a cabeça antes de responder à sua primeira questão.

-Irei procurar por seu filho, sem dúvida que irei e não se preocupe por não estar presente nas últimas noites, és um Bispo agora, eu entendo. E bem, sim, águias possuem um significado especial, Alamut a grande fortaleza de meu clã é chamada de O Ninho da Águia. E fazem séculos que não piso lá.

Havia um pequeno pesar na fala de Arda, todavia, a expressão dele parecia aos seus olhos à algo muito mais nostálgico do que triste.

Todavia, a besta prontamente roubava a cena. Sua pequena outra metade de sorriso inocente e puro se sentava ao lado de Arda e recebia do mesmo um olhar profundamente curioso. Quando fazia todas as ações de implorar por carinho, Arda não pode segurar uma curta risada divertida. Era a primeira vez que você ouvia o riso do Serafim e era algo encantador.

-Entendi, então finalmente a sua caminhada pela Tal'Mahe'Ra irá começar. Posso compartilhar contigo o que sei enquanto tento aprender as lições de hoje!

Por outro lado, Francesco apenas concordava positivamente e em silêncio fazia uma longa reverência demonstrando que as suas ordens seriam todas prontamente acatadas e executadas. Um floreio típico dos vassalos da corte das rosas de Florença. Dessa forma, o italiano colocou-se em movimentação, saindo do atelier para buscar tudo que lhe fora requisitado por ti. A melhor parte dessa ação de Cesco era vê-lo sorrir, um sorriso forte e orgulhoso pelo simples fato de ter recebido os primeiros pedidos!
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MensagemAssunto: Re: Ato XII - Três Valetes e um Serafim.   Ato XII - Três Valetes e um Serafim. - Página 3 I_icon_minitime28/7/2017, 22:57

Não é difícil de conversar com Arda, de alguma forma isso me deixa satisfeita afinal assim é mais simples dividir nosso conhecimento um com o outro, ouço com atenção as palavras deste, a saudades que o mencionar da fortaleza de seu clã marca sua face de forma única.

“É isso que herdamos do passado? Saudades de um tempo que não irá nunca mais voltar, rostos que aos poucos vão se apagando mas ainda assim nos marcam?”

Ver o riso de Arda me deixa aliviada e feliz, sempre tenho medo por minha pequena e sua coragem única, mas ela parece saber bem quem aceita suas brincadeiras e quem evitar, o pequeno caso com Leona me era a prova única disto, ali deitada ela se diverte em brincar com as mãos de Arda chegando até mesmo a morde-las com carinho e cuidado.

– Então começaremos pela águia sim, os ossos largos e pesados dela serão perfeitos para iniciar, o corvo é uma ave mais delicada e com detalhes únicos, podemos tenta-lo mais tarde. Seria maravilhoso escuta-lo Arda.

Não deixo de sorrir a Francesco quando este faz a reverencia ao se retirar, o sorriso largo e orgulhoso me deixa feliz afinal era claro que Cesco estava se sentido útil, algo que sempre o preocupará, o gemido de minha besta me chamou a atenção, eu sinto uma única coisa nesse gemido, o pedido pelas uvas prometidas.

– Ele não vai esquecer das uvas pequena, se ele esquecer você pode morder ele.

Respondo a minha metade que parece ficar satisfeita com a saída, vi está se sentar ao lado de Arda quando eu movi o bloco de Vinhatico para nossa frente, minha pequena não perdeu tempo em estender o sinzel a Arda sorrindo para este.

– Sinta o toque da madeira, ela é áspera e dura, será difícil dar forma e ainda mais os detalhes, mas depois de trabalhada ela pode ficar maleável o suficiente para receber impressões. Começamos sempre pela forma.

Com um lápis crio três marcas na madeira, entregando-o a Arda incentivo-o a desenhar primeiro antes de começar a esculpir, apontando para cada marco digo o que deve ser feito para dar proporção a ave.

– Começamos pela cabeça, tronco e então a base dela, faça um esboço simples, assim você saberá em que parte está e como a forma precisa seguir.
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MensagemAssunto: Re: Ato XII - Três Valetes e um Serafim.   Ato XII - Três Valetes e um Serafim. - Página 3 I_icon_minitime29/7/2017, 12:06

As pequenas mordidas da sua besta nas mãos de Arda causavam pequenas risadas baixas e contidas do Serafim, esse reagia com bastante cuidado e carinho, como se já tivesse tido que cuidar de alguma criança anteriormente. Todavia, assim que as suas mãos puxavam o bloco de madeira amarelado, o jovem reagia da mesma forma que a sua besta, se ajeitando e sentado sobre as próprias pernas, afim de pegar a ferramenta a ele estendida.

-Bem, como deves saber, a mitologia cainita começa através de um único termo: NoD. O significado desse termo foi perdido à muito tempo, mas ele define que Caim ao ser banido do Éden, percorreu a noite de NoD até formar nesta a primeira cidade. Cidade onde nossa raça começou a existir. E então o dilúvio veio e rompeu as muralhas da cidade, dragando todos os tesouros e mistérios que nela existiram, é em busca dessas relíquias que a Tal'Mahe'Ra surgiu. Enquanto o Inconnu atua na ideia de que esses tesouros devem ser tomados e utilizados para ganho próprio, a Tal'Mahe'Ra defende o legado dos primeiros filhos de Caim, acreditando que eles foram dragados por uma razão... Por muito tempo, acreditou-se que o Sabá e a Camarilla se enfrentavam, mas sempre. Sempre foi o Inconnu contra a Tal'Mahe'Ra. Ambas foram formadas pelos quarta ou quinta gerações, uns interessados no poder de seus Senhores, outros determinados a proteger os legados. Quando os mais jovens notaram essa guerra secreta, a Camarilla se ergueu e a Revolução Anarquista ateou fogo pelas noites.

Explicava Arda enquanto os primeiros passos da aula eram dados, ele só se pronunciava quando a sua falava acabava ou as suas indicações e observações eram feitas. As mãos pequenas do Assamita se dedicavam verdadeiramente as tentativas, primeiramente tímidas, mas que iam ganhando confiança com os incentivos da sua besta. A pequenina apontava as marcações e mostrava com os próprios punhos, as formas mais corretas do manuseio da madeira e da ferramenta.
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MensagemAssunto: Re: Ato XII - Três Valetes e um Serafim.   Ato XII - Três Valetes e um Serafim. - Página 3 I_icon_minitime29/7/2017, 14:13

Ver o carinho e o cuidado de Arda com minha pequena me deixa profundamente feliz, não é estranho tais cuidados vindo do antigo Assamita, afinal Arde sempre foi de demonstrar ter um grande senso familiar, mesmo assim fico satisfeita em ver como essa pequena consegue tirar o carinho daqueles que ela brinca.

Diante do bloco duro, vejo o esforço de Arda, sei que estou dando liberdade demais e ensinamentos de menos, mas preciso saber as limitações dele para então começar a expandir o conhecimento, ver minha pequena incentiva-lo e até mesmo ajuda-lo me faz sorrir, afinal é um cuidado carinhoso da parte dela. Com cuidado eu movo minha almofada para o lado de Arda afim de auxiliar seus movimentos.

As palavras que ouço me fazem refletir, sei que já aceitei meu destino, mas ainda preciso aprender muito sobre o que cerca as velhas lendas e boatos que correm entre os filhos de Caim.

– Então qual o papel da luz? Como o Farol é importante para ambos os lados? É difícil imaginar como essa guerra irá continuar caso a Camarila e o Sabá realmente firmem uma paz, embora eu imagine que nunca haverá uma real paz entre as duas seitas, mesmo assim é bom que eu saiba como esse papel é importante.

Faço está pergunta a Arda enquanto com cuidado tomo a iniciativa de guiar os movimentos deste, com delicadeza uso minha mão para mostrar qual o melhor meio de explorar a madeira, movendo com cuidado a própria mão de Arda ou indicando quais os melhores músculos do pulso a serem forçados.

“Aceitei meu papel nessa guerra milenar, não irei recuar, mas não quero me expor a riscos desnecessários para aqueles que estão a me proteger. Veronika deixou claro que o posto de Farol é importante.”
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MensagemAssunto: Re: Ato XII - Três Valetes e um Serafim.   Ato XII - Três Valetes e um Serafim. - Página 3 I_icon_minitime30/7/2017, 00:21

Arda piscava os olhos algumas vezes, tentando com bastante esmero realizar o melhor possível daquela experiência de desenho livro na madeira, a dificuldade dele não era o talhar, não haviam receios no manuseio e isso era um bom sinal, mas a dificuldade parecia ser mais referente às proporções. Fazendo uma pequena pausa para observar a sua aproximação, o rapaz ouvia as suas palavras e seguia seus conselhos por mais alguns instantes antes de realmente responder.

-A luz representa o legado deixado à nós, herdeiros de Caim. Em teoria, o Arcanjo Gabriel foi o último a amaldiçoar o nosso ancestral, alertando-o de que haveria sempre uma luz para retornar a bênção divina. Muito chamam de golconda, todavia, eu particularmente entendo que o papel do farol é de suma importância para os dois lados. Afinal, a luz pode guiar os perdidos ao sucesso, essa é a função... E convenhamos, estamos todos perdidos á milênios! Acredito que o Inconnu usaria as luzes para remover as trevas que os impedem de alcançar seus objetivos, enquanto a verdadeira mão negra irá proteger o farol, para que o mesmo permaneça a existir e que este ilumine apenas aqueles quer realmente merecem a luz. Mas não me entenda errado Pietra, eu não defendo nem acuso nenhum dos lados, você deverá encontrar seu próprio caminho. Minha função é teológica, acredito que existe razões nos dois caminhos, um preza a força e a liberdade. O outro a honra e a tradição. A luz foi dada à ti, ninguém pode tirar isso! Você é uma das forças de esperança nesse mundo tenebroso em que existimos, uma má índole busca uma esperança deturpada, entendes?

Arda fazia uma pausa quando sem querer acabava por comprometer um dos blocos e sorria para a sua besta, a mesma o abraçava tentando consolá-lo. Nesse meio tempo, a porta enfim se abria e Francesco adentrava com um pequeno carrinho similar aos de hotel, claramente usado na cozinha do Malefice. Trazendo ali tudo que lhe fora requisitado, a besta soltava Arda e corria para receber as uvas. Assim enquanto Cesco cuidava da sua pequenina, Arda comentava algo brevíssimo:

-Consigo crer na paz entre as seitas, porque você realmente pode fazer isso ocorrer e sem o conflito, a guerra secreta se torna fraca.
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MensagemAssunto: Re: Ato XII - Três Valetes e um Serafim.   Ato XII - Três Valetes e um Serafim. - Página 3 I_icon_minitime30/7/2017, 01:05

Os movimentos seguros de Arda me deixam animada, não há dificuldades nos movimentos deste, a fluidez deles me diz que terei apenas outros problemas a sanar, algo que é esperado durante o aprendizado. As palavras deste são aos poucos avaliadas por minha mente, mesmo não me descuidando dos movimentos de Arda meus pensamentos trabalham tudo que eu ouvia a aprendia.

“O farol desempenha um papel importante para os dois lados. Em uma guerra não existe o lado bom e o mal, mas está vem se arrastando a tempo demais e muitos já tombaram.”

A pausa de Arda me traz de volta, com cuidado eu passo os dedos sobre a madeira sentindo-a, é clara a dificuldade nas proporções do tamanho da águia ali talhada e a força natural precisava ser treinada, nada que o tempo não nos ajuda-se.

Com delicadeza tomo a mão de Arda para fazê-lo tocar na parte talhada, com um sorriso gentil no rosto o guio pelo trabalho revelando os pequenos tesouros que ali existiam.

– Não se preocupe, desenhar ou esculpir sem modelo é difícil, muito difícil. Você tem força demais, precisa deixar que seu pulso seja mais delicado, isso vai ajudá-lo a moldar melhor, mas veja como a madeira já está mais macia e a fluidez das linhas, são bons frutos.

Por curiosidade quando falo sobre frutos meu querido Francesco adentra o ateliê, nesse momento posso ver minha pequena abandonar completamente Arda e correr para suas frutas, sinto meu estomago ronronar de leve pelo simples desejo da pequena e isso me deixa surpresa.

– Posso entender suas palavras sobre o que me foi dado. É um presente bonito, mas deve ser cuidado, porque ele reflete quem eu sou. Sei que irei trabalhar pela paz entre seitas, porque tenho queridos em ambos os lados, é um caminho que inclui muitas pessoas, sei que terei a ajuda deles e no fim isso ajudará nessa guerra ancestral.

Sorrio ao dar um leve abraço em Arda, puxando o bloco de madeira dura uso o lápis para desenhar o esboço de uma águia em seus quatro lados, quando termino entrego o bloco a Arda.

– Começamos pelo topo, tente talhar em camadas, isso vai te dar um controle melhor, é bom deixar um pouco de madeira extra entre o molde e o que você quer, assim pode-se corrigir os erros menores, mantenha o pulso leve e tire lascas finas. Estarei aqui para ajuda-lo então não se preocupe.
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MensagemAssunto: Re: Ato XII - Três Valetes e um Serafim.   Ato XII - Três Valetes e um Serafim. - Página 3 I_icon_minitime30/7/2017, 14:54

Arda fazia uma pequena careta quando tinha a mão tomada pela sua, não era uma recusa apenas uma pequena careta que vinha como uma espécie de pedido de desculpas por ter danificado a madeira. Uma pequena reação infantil que não durava muito tempo, afinal, ele realmente estava dedicado a aprender.

-Eu já vi muitas guerras, muito sangue foi derramado e sinceramente, eu não aguento mais ter que sofrer com o luto dos meus guerreiros. Abandonei meu lar justamente por não acreditar mais na violência como o caminho correto a se seguir, por isso eu prefiro sinceramente acreditar na paz entre a Torre e a Espada, somos todos cainitas, independente de nossos credos, nossas políticas ou passados. O problema é que o poder do vitae de Caim cega, cegou o próprio Caim! Porque não cegaria um psicopata como o Gustav ou um bugues vaidoso como o teu Senhor?! Enfim, eu não tenho um pulso delicado? É, não tenho mesmo!

Afirmava o pequeno Assamita, inicialmente com um tom bem sério na voz mas cada vez mais abrindo-se para demonstrar um leve bom humor, terminando até sorrindo para você.

Enquanto ele falava, Cesco servia a sua besta com um cacho inteiro de uvas. Cumprindo a promessa, ele servia calmamente uma uva por vez na boca da mesma e parecia realmente gostar de mimar a pequenina. Essa ação demorava e permitia que você e Arda pudessem seguir a aula. Assim o seu desenho de esboço terminava de ser feito e Arda já se colocava a tentar seguir suas dicas e ensinamentos.

Cesco se aproximava, colocando mais dois blocos amarelados e mais antigos, ligeiramente manchados e aparentemente usados por Lorenz para suporte em alguns manequins, pois haviam pequeninas marcas de furos no topo dos blocos.

-Senhora, entrei em contato com seu filho e irei prontamente ligar para os fornecedores. Precisaremos de mais cedros, vinháticos e madeiras de terras tropicais que servem para maiores precisões e será mais simples, além de serem mais acessíveis. Também irei pedir por mais tintas bases, seu estoque não está farto e isso precisa ser corrigido, por tanto, com a sua licença Senhora.

Francesco prontamente fazia uma reverência, a alegria dele era quase palpável! Diante dos seus olhos, o italiano encontrava um prazer sincero e honesto em servir. Assim o mesmo aguardava apenas a sua autorização para se retirar e fazer as ligações. A sua besta por outro lado, agora atacava o segundo cacho de uvas, retornado ao lado de Arda para observá-lo naquele começo de aprendizado.
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