-Character Sheets: Welcome to the show

A liderança política dos Toreadores Abstratos, é uma figura muito diferente de seus irmãos e irmãs de clã. Sua instrução clássica dentro da uma linhagem tradicional do clã das rosas norte-americano, sua realidade foi transformada por um crime imputado a sua Senhora, resultando em sua morte final após várias humilhações publicas que também se existiam a sua única prole, Leah. Após a destruição de sua Senhora, Leah foi escrava de sangue e transformada em uma pária para a sociedade imortal de Phoenix. Porém, ao se libertar do laço, Leah iniciou uma das mais famosas histórias de campanha de vingança sanguinária que resultaria em seu recrutamento pelo Sabá, onde não só passou várias décadas como uma membro ativa da Seita, como também liderou o bando "Neverborn". E sua conversão ao Anarquismo aconteceu durante as invasões da Espada de Caim sob os territórios californianos, quando a própria esteve entre os poucos invasores que alcançaram o refúgio de Christopher.

Somente por sua história, Leah já é uma figura respeitável e temida. Mas se enganam aqueles que imaginam que essa experiente ancillae é somente uma sobrevivente da guerra das seitas, sua influência se espalha por vários núcleos mortais e imortais, sua arte é sangrenta e brutalmente realista e seus olhos tem uma potencia singular para encontrar talentos disruptivos e rebeldes.

Leah é a mais influente e talvez a última aprendiz direta do próprio Príncipe Vermelho de LA, Christopher. E por isso é vista por seus parentes de clã como um verdadeiro pilar cultural e seus domínios são famosos por serem lar de festividades e celebrações capazes de mudar a existência de que os frequenta. Como herdeira da arte de Christopher, a mesma assumiu o protagonismo dentro dos altos círculos de produtores dos estúdios cinematográficos de Hollywood, o que a concede uma assustadora capacidade de interferir na mídia norte-americana.

O eterno rebelde, MacNeil é um dos mais, se não o mais, famoso membro do Anarquismo. Cofundador dos Estados Livres Anarquistas, primeiro Barão de Los Angeles e grande responsável pelas campanhas de conquista realizadas pelo estado da Califórnia. Seu passado é misterioso, mas existem algumas certezas como a sua herança escocesa e sempre sendo mencionado, através dos registros da corte inglesa, com um poderoso guerreiro sempre em oposição à Camarilla ou as príncipes e líderes britânicos. Desiludido com o destino inevitável das ilhas britânicas, MacNeil migrou para França, onde se juntou ao ancestral bando anarquista chamado Furores, onde acabou por conhecer seu grande amor e consorte: Marguerite Foccart.

Sua história após a passagem pela França é histórica e todos os membros do Anarquismo sabem, porém, poucos são aqueles que conseguiram realmente estabelecer qualquer tipo de relação de proximidade com essa figura lendária do Anarquismo e ainda menos sabem os motivos que o levaram a escolher não ocupar mais nenhum cargo administrativo ou de liderança dentro da estrutura dos Estados Livres Anarquistas. Porém, a realidade é que entre os mais antigos membros, os Barões e os demais lideres, todos eles olham para a figura de MacNeil e encontram no mesmo um modelo a ser seguido. Honesto, justo, sincero e acima de tudo, profundamente dedicado e apaixonado eternamente pela batalha contra os tiranos, e é por sua dedicação a batalha que o grande herói do Estado Anarquista faz atualmente inúmeras viagens para auxiliar os menores e mais despreparados focos de Anarquismo através dos EUA.

Da fundação da cidade de Los Angeles, passando pela chegada dos primeiros trilhos de trem, a eletricidade, os aparelhos de telecomunicações móveis, as rádios, as televisões, os grandes polos de produção cinematográficas, o setor imobiliário, rodoviário, o aeroporto, as novas start-ups de tecnologia e muitos outros investimentos em diversos setores, construiram um verdadeiro legado composto por um mix difícil de ser comparado ou precisamente estimado nas mãos de um só vampiro: Louis Fortier.

Louis gerencia e controla seu próprio império pessoalmente, todas as noites é possível ver a chegada de seu tradicional jaguar verde-escuro estacionar em frente ao Bardbury. As suas empresas e seu capital, concentrados sob o selo da poderosa Edison International, fornecem ao movimento anarquista dos Estados Livres a segurança de um fundo monetário praticamente infinito e dedicado a construção dos Elysium, clubes noturnos, campos de caça e universidades, teatros, escolas e muitos outros investimentos, além de auxiliar outros membros em seus investimentos e segurança.

Como um membro da Edison International, você tem acesso a uma porção do poder que Louis possuí. Seja porque você é apenas um funcionário ou até uma de suas proles ou membro de sua linhagem, você raramente se encontra em qualquer tipo de necessidade financeira, isso é claro, se você mantiver sua lealdade e seus serviços a disposição de Louis, afinal, quem tem Louis ao seu lado parece não viver na mesma realidade que todos os outros que não tiveram essa sorte.

Minha história começa em Denver no ano de 1971, antes mesmo de nascer, quando meus pais decidem deixar a Dinamarca para se mudar para os Estados Unidos. Juntos eles fizeram seus nomes na arquitetura em Copenhage e acabaram aceitando o convite de um magnata que queria abrir um resort em Denver. Sem pensar duas vezes eles embarcaram nessa jornada e rumaram até as terras geladas da américa.

Já nos estados unidos, eles não apenas construíram o resort, como também se especializaram na construção de cabanas e casas de camping na região, que tinha uma demanda crescente a cada ano. Com toda essa mudança de vida, eles acabaram decidindo em permanecer no país e eventualmente acabaram me tendo.

Nasci no ano seguinte a mudança para os Estados Unidos, em 12 de dezembro de 1972, e fui o primeiro e único filho deles. Por serem muito ocupados e atarefados, meus pais não tinham tempo livre e decidiram não ter muitos filhos, mesmo que fosse comum o oposto. Felizmente a falta de tempo e dedicação no trabalho deles não foi algo afetou minha vida e criação, pois posso dizer que nada me faltou, desde comida, roupas e brinquedos até o carinho e cuidado que meus pais tiveram comigo.

Juntando todos esses fatores você pode imaginar que minha vida foi tranquila - e realmente foi. Além de ter uma vida privilegiada pela vida que meus pais me proporcionaram, também fui muito privilegiado com minha aparência e com os genes da família. Desde que era uma criança, sempre era o mais alto e o mais forte da classe, o que me trouxe muitas oportunidades.

Pode-se dizer que minha juventude foi muito parecida com a de um protagonista de seriados adolescentes. Sendo favorecido com um porte atlético e olhos claros, comecei a jogar futebol americano e rapidamente me tornei um dos queridinhos da escola. Por ser bastante conhecido na escola, tive minha primeira namorada muito cedo e logo descobri o problema que me assombraria até os dias de hoje: vida amorosa!

Passei meu ensino médio inteiro namorando, nem sempre com a mesma garota, e por conta disso tive alguns problemas. Já perdi e ganhei jogos por conta de garotas, quase reprovei em uma classe por faltas para ficar namorando e já quase tive um filho antes dos 18. Enfim, foram muitas coisas que me fizeram enfim colocar a cabeça no lugar – com o perdão do trocadilho.

Aquelas situações me deixaram em uma situação complicada com meus pais, que começaram a me ver como irresponsável e quase me proibiram de ir para a faculdade. Quando eu digo quase, digo que eles me proibiram e até me obrigaram a trabalhar com eles na contabilidade do escritório de arquitetura, mas foi justamente no trabalho que descobrimos minha facilidade com números e finanças.

Por meio de elogios do meu supervisor, que era o chefe do setor financeiro, meus pais reconheceram que seria mais vantajoso me enviar para a faculdade do que me manter preso naquele trabalho e assim terminou a primeira parte de minha história: com uma mochila nas costas e um sonho de chegar na faculdade antes dos meus pais se arrependerem.

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A mudança para a faculdade foi mais complicada do que eu poderia imaginar. Por conta da discussão com meus pais, perdi a primeira parte do semestre e somente consegui ingressar após as aulas começarem. O único motivo pelo qual consegui ingressar após o período de inscrição foi por conta de uma bolsa esportiva que recebi para jogar futebol americano pela Texas Christian University (TCU).

A ideia de me mudar para o Texas não agradava muito meus pais, que queriam continuar com a vigilância em cima de mim, mas graças ao Sr. Blinken – obrigado chefe – meus pais aceitaram a ideia de me deixar ir ao Texas, afinal, Fort Worth ficava apenas algumas horas de Denver. No entanto, a aceitação dos meus pais não veio de graça. Para testar se eu estava realmente comprometido, eles me deixaram ir porém sem nenhuma ajuda deles para me manter.

Portanto além de me adaptar ao time de futebol e às aulas que já estavam no meio do semestre, tive que também me acostumar a trabalhar e não ter mais tempo para nada. Acho que qualquer um que tivesse uma mudança tão brusca de rotina como essa se sentiria destruído como estava no começo, porém admito que entendi o porquê meu pai me deu aquela condição. Diferente dele, eu nasci com tudo na mão, então aquela foi literalmente a primeira vez que eu tive que lutar pelo meu futuro, pelos meus desejos e ambições.

Apesar da difícil adaptação, depois de dois anos eu consegui me estabilizar com um bom trabalho de meio período em um banco na cidade, além de já estar familiarizado com os treinos e me saindo bem nas aulas. Tudo aquilo culminou em uma mudança na relação com meus pais novamente. Depois que eu tinha me provado “digno”, eles voltaram a me apoiar financeiramente para que pudesse focar apenas nos estudos e no futebol.

Por mais que minha família tinha mais interesse em formar um futuro contador ou corretor, meu maior interesse estava nos esportes e em me tornar um jogador da NFL, mas, infelizmente, nem sempre temos tudo o que a gente quer. Foi no terceiro ano que tive a maior frustração da minha vida que não envolvia uma mulher: uma lesão grave durante um treino.

Com um rompimento total dos ligamentos do joelho, vi minha curta carreira de jogador sumir diante dos meus olhos. Aquela lesão era tão grave que apenas o tempo de recuperação para poder andar era de quase um ano inteiro, mas além disso, as sequelas tornavam praticar esportes em alto nível praticamente impossível. Portanto tive que fazer uma escolha cruel de abandonar os esportes para me recuperar e ter uma vida “normal”.

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Apesar de não ficar inválido, estava impedido de praticar futebol competitivamente e, ainda durante a recuperação, entrei em uma forte depressão que quase me fez ser expulso da faculdade por faltas. Se não fosse pela intervenção da faculdade em ligar para os meus pais – pois eles acreditavam que eu tinha fugido ou morrido – eles jamais saberiam que estava passando por aquela situação e não teriam ido me resgatar.

Me lembro perfeitamente do momento que meu pai me encontrou na minha casa – alugada – quase morrendo de tanto álcool que havia ingerido para, literalmente, afogar o ressentimento do futuro que não poderia mais viver. Graças à minha família, fui salvo do primeiro episódio de quase morte que iria vivenciar e após isso, fui forçado trancar a faculdade para tirar um ano sabático e me recuperar por completo.

E por falar na recuperação, esta foi mais positiva e tranquila do que eu esperava. Talvez por conta do passado, eu esperava que o lado controlador e desconfiado da minha família fosse aflorar ainda mais, mas dessa vez eles viram o problema com outros olhos e me deram todo o suporte para me reerguer. Foram muitas visitas de amigos da escola, da família, do trabalho e especialistas – também conhecidos como psiquiatras – para me ajudar a superar aquela crise, mas no fim tudo deu certo.

Após me recuperar e já com meus 22 anos de idade, retornei para o Texas para concluir minha faculdade e decidir o que iria fazer do meu futuro. Comecei tentando procurar por empregos no setor financeiro, que era minha área de conhecimento e expertise, e até tive boas propostas, mas foi novamente meu antigo chefe, Sr. Blinken que trabalhava na empresa do meu pai, que me deu a sugestão de entrar para a força policial.

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Sr. Blinken era um antigo policial forense que tinha ido para os alpes do Colorado para se aposentar após a dispensa da corporação, mas, como a maioria dos aposentados, o senhor de idade não conseguia se manter quieto e logo arrumou um emprego na área de finanças em um pacato escritório de arquitetura. Desde então ele acabou se tornando amigo da família e um tipo de tio/avô que eu nunca tive, afinal minha família toda morava na Dinamarca.

Depois de todos aqueles anos, Sr. Blinken finalmente se aposentou de vez acabou voltando para sua terra natal – o Texas – e aproveitou para me fazer uma visita.

Nessa visita ele me apresentou e acabou me convencendo de pelo menos tentar entrar na corporação. Como tive uma lesão no joelho muito recente, tive algum receio de tentar os exames físicos, mas felizmente não tive nenhum problema durante o teste e nos treinamentos que duraram mais dois anos.

Após o longo treinamento – remunerado, diga-se de passagem – fui finalmente aprovado como um cadete da polícia e tive o prazer de reencontrar com minha família mais uma vez. Dessa vez foram lagrimas de alegria que rolaram, não pela escolha de me tornar um policial, mas sim por ter finalmente por ter vencido os obstáculos que a vida tinha me dado.

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Com um ciclo se fechando, outro se iniciava e posso dizer que os quatro primeiros anos desse novo ciclo foram completamente diferentes da minha vida universitária. Se nela durante a universidade eu estava completamente focado em me provar, estudar, treinar e trabalhar, agora que era um policial eu estava realmente aproveitando e vivendo.

Claramente não negligenciava meus deveres e nem mesmo meu treinamento, que foi um dos motivos de destaque no pelotão, mas foi nessa fase da vida que voltei a me relacionar com muito mais frequência e foi por conta disso que acabei cometendo o, provavelmente, maior erro da minha vida. Obviamente era impossível saber que aquilo seria um erro, mas eis o que aconteceu.

Durante esses quatro anos de corporação, consegui me destacar, principalmente pelos treinamentos físicos e táticos, onde me descobri um excelente atirador, e por isso acabei atraindo a atenção de um capitão que era conhecido por recrutar bons policiais e treiná-los para se tornarem Texas Rangers. Para entrar no pelotão dele, me custou apenas alguns meses de trabalho bem-feito e durante meu período lá, eu e outros fomos convidados para alguns eventos que contavam com presenças ilustres da polícia.

Um desses eventos foi uma festa de gala da condecoração desse capitão e foi nessa festa que conheci Alicia Morrison, uma mulher exuberante, única, que já estava próximo dos seus 40 anos de idade, mas que deixaria qualquer mulher mais nova à deriva. Alicia era o tipo de pessoa que rapidamente tomava os olhares de todo o salão para si, e mesmo tento todos os olhares para ela, ela apenas tinha olhos para mim – cheeky bastard.

Apesar de não entender o que Alicia fazia ali, afinal ela não era esposa de nenhum policial e obviamente não fazia parte da corporação, entendi facilmente as intenções da mulher quando ela se aproximou de mim já próximo do fim da festa com a oferta de continuarmos a festa em outro local... mais privado.

Aquela foi a primeira de muitas vezes que nós encontramos e foi uma das poucas vezes que eu lembrava o que realmente acontecia naquelas noites. Por mais que sempre voltasse inteiro para casa, as dores de cabeça e perda de memória eram constantes após nossos encontros, mas a sensação viciante do que tinha acontecido sempre permanecia e me fazia procurar por mais.

Não só a sensação de prazer pulsava em meu corpo, mas a cada visita parecia que um pedaço de mim ficava perdido. As vezes eu me esquecia de partes da minha infância, as vezes eram partes do dia anterior e as vezes eu esquecia até mesmo o que estava fazendo. Infelizmente eu não entendia que aquilo estava interligado com as visitas à Alicia e foi uma segunda mulher que me salvou de um destino de esquecimento.

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Miranda Beldad foi a segunda, e mais impactante, mulher que entrou na minha vida naqueles quatro anos de serviço à polícia, porém ela entrou já no final desse período. A conheci em uma boate do Texas e foi aquele tipo de amor que não precisa de uma palavra, pois a troca de movimentos entre nossos corpos já era comunicação o suficiente.

Diferentemente do que acontecia com Alicia, após a noites com Miranda eu conseguia lembrar completamente do que havia acontecido e esse fato me fez me afastar ainda mais de Alicia. Se antes ia ativamente atrás da mulher mais experiente, agora com Miranda aparecendo em minha vida quase todas as noites eu não tinha mais motivos para voltar para aquele relacionamento tóxico, se é que dá para classificar.

Miranda era o completo oposto da imagem de Alicia. Uma mulher que gostava de viver e compartilhar momentos e extremamente passional. Ela era o tipo de mulher que eu queria que estivesse 24h na minha vida, mas era impossível. Naquele momento eu não sabia o porquê nunca conseguia a encontrar de dia e o porquê ela sempre ia embora no fim da madrugada, mas a verdade veio à tona em pouco tempo.

Certa noite estava voltando para casa após um longo dia de trabalho quando fui recepcionado por um grupo de homens armados dentro de minha casa. Primeiro imaginando que se tratava de um assalto, logo fui surpreendido quando Alicia apareceu anunciando que estaria me mudando para sua casa, para não dizer que estava me sequestrando.

No entanto aquilo não foi a única coisa estranha que aconteceu, pois Alicia também fez questão de revelar sua verdadeira faceta e liberar todas as memorias que havia trancado no fundo de minha mente, me fazendo lembrar de todas as noites que ela se alimentava de mim e me mostrando o que seria o meu futuro.

A partir daquela noite, eu não tinha forças física nem mental para tentar nada. O meu dia inteiro era destinado a dormir/descansar, para acordar antes do por do sol e me alimentar para ser novamente abusado por Alicia, que agora já me via apenas como sua propriedade e não mais como um parceiro.

Apesar de não saber exatamente quanto tempo passei naquela situação, por motivos de minha memória não funcionar corretamente nessa época, sei que passei já estava muito próximo do meu limite e posso dizer que tive minha segunda experiência de quase morte. Quase porque foi Miranda que me salvou.

Lembro-me apenas dos sons de tiros e gritos enquanto Alicia drenava o que pareciam ser minhas últimas forças e lembro da expressão que ela fez quando Miranda entrou no quarto como uma besta enfurecida e incontrolável. Aquelas foram as minha últimas memorias daquela noite antes de apagar, mas quando acordei com a cabeça escorada no colo de Miranda. Foi ela que me contou sobre a verdadeira natureza dela, que também era uma vampira, me contou sobre o porquê Alicia vir atrás de mim e me deu uma terceira chance na minha vida.

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Após ser salvo do cativeiro que vivia, Miranda e sua amiga Agata, que ajudou no ataque a residência de Alicia, fui escoltado de volta para casa mas apenas para encontrar com mais problemas. Assim que chagamos na minha residência, fomos novamente surpreendidos por um ataque que dessa vez foi realizado por militares uniformizados da polícia.

Primeiramente achando que eles estavam atrás de mim para me salvar, as forças de Agata neutralizaram os atacantes, deixando apenas alguns vivos para descobrir que agora eu era um homem procurado em terras Texanas e que havia uma recompensa pela minha cabeça.

Isso por si só já era motivação o suficiente para sair daquele estado e tentar procurar a vida em outro lugar, mas para onde eu iria? Iria para o México começar uma nova vida de traficante? Voltaria para Denver e arriscaria colocar minha família em perigo? De todas as opções que me surgiram na cabeça a mais plausível foi seguir um antigo sonho de ir para Los Angeles, a terra dos sonhos impossíveis.

Pegando uma mochila de roupas, minhas últimas economias que não estavam na minha conta bloqueada do banco, e um carro emprestado para partir o mais rápido possível.

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Foram praticamente três dias de carro para chegar em Los Angeles evitando todos os possíveis pontos de bloqueio policial que poderia encontrar, até porque eu não queria arriscar já que não tinha Miranda ou Agata para me salvar mais uma vez. Chegando em LA, usei o resto do meu dinheiro para encontrar um imóvel para me esconder e imediatamente procurei um emprego que não precisasse de antecedentes criminais.

Mesmo com a ajuda de Agata, que me conseguiu fazer um novo registro social para que eu pudesse viver sem ser perseguido, preferia não arriscar e vivia o máximo possível foram no sistema. Isso significava que eu não tinha cartões de créditos, telefones que duravam mais de uma semana, ou empregos que pudessem me expor.

Dos poucos empregos que tinham disponíveis para minha situação, o que mais me atraiu foi ser segurança de boates e clubes noturnos. Geralmente os empregadores faziam poucas perguntas e pagavam diariamente, além de te dar a oportunidade de conseguir trabalhar em outros cantos em outros horários.

Apesar de ter conhecimento táctico militar e ser bom manuseando armas, além de ser alto e forte, não pretendia trabalhar de segurança para sempre, até porque o salário não era lá essas coisas. Para minha sorte, foi em uma dessas boates que consegui encontrei uma oportunidade de mudar de vida quando o gerente mencionou a dificuldade de encontrar alguém para colocar as contas em ordem.

Depois de ter estudado finanças por quatro anos e ter trabalhado em algumas empresas, eu tinha bastante experiência previa e consegui impressionar para conseguir aquela posição e logo me tornei o braço direito do gerente. Amir al-Nazar, um imigrante árabe, era quem gerenciava alguns empreendimentos de um grupo corporativo e que era dono de algumas boates e outros empreendimentos em LA. Ele sempre era muito amigável e sempre falava com todos com um grande sorriso no rosto, que na verdade servia para disfarçar os golpes que ele aplicava.


Como tinha dito, finanças e gestão de ativos sempre foi o meu forte, desde antes da faculdade, então foi muito fácil entender o que estava acontecendo com as finanças do estabelecimento e notar desvios e superfaturamentos em vários recibos. A medida que os meses se passaram, fui juntando mais e mais provas para apresentar aos donos da boate, porém, só tinha um problema: quem eram os donos?

O nome da holding era tudo que eu tinha, mas todo o contato com ela era feito pelo gerente que monopolizava essa comunicação. Diante dessa situação, decidi então por novamente usar meu conhecimento para mostrar os erros que havia naquele lugar. Chegando no fim do semestre contábil, atrasei a declaração de rendimentos o máximo que poderia até quase ser demitido. Isso me comprou uma razão para enviar a DRE para a holding sem a revisão de Amir e o resultado não poderia ser outro: uma visita do verdadeiro patrão em menos de uma semana.

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A comissão de auditoria chegou de uma forma que lembrava muito filmes de mafiosos italianos. Todos vestindo ternos bonitos, dirigindo Mercedez pretas e com óculos escuros para esconder os olhos sem vidas de um auditor fiscal. Mas o mais diferente foi que eles chegaram no começo do que seria o expediente na boate, vulgo no começo da noite.

Uma comissão formada por pelo menos 7 homens entrou no recinto e tudo que eu conseguia ver era a alma de Amir saindo pelo seu corpo, que por ironia do destino realmente viria a acontecer de verdade. Um dos homens que veio nesse grupo era nada mais nada menos do que o dono da holding inteira e este homem era completamente diferente de todos. Seu nome era Louis e assim que vi bati meus olhos nele eu soube que ele era mais um vampiro.

Naquele momento da minha vida, eu já não me espantava tanto com o fato de um vampiro aparecer na minha frente. Claro que ainda ficava com medo, afinal tinha sido mantido em cativeiro por um deles e tinha visto outra desmembrar humanos como se fossem feitos de papel, e talvez esse tenha sido o motivo pelo qual não me caguei nas calças quando Louis entrou. “Ele não pode ser pior do que os outros.” Pensei naquela época, mas somente o tempo poderia dizer o quão enganado estava.

Assim que Louis e os demais auditores começaram a questionar sobre os problemas na declaração de rendimentos, Amir se perdeu completamente nas desculpas que poderia dar e por isso decidiu se fingir de bobo e colocar toda a culpa em mim. Felizmente estava preparado e assim que o foco se virou a minha pessoa, eu já estava com as provas na mão. Desde então, Amir nunca mais pisou na boate e eu tinha recebido seu posto e muito mais: a confiança de Louis que viu potencial em mim.

Não demorou muito para que fosse transferido para a maior boate do grupo e para trabalhar diretamente com Louis e sua estranha família. A Zombie, que já era uma das mais luxuosas boates da cidade, tinha um público muito específico e foi nesse local que pude ver por de baixo das cortinas que separavam nossos mundos. Vampiros e mais vampiros se alimentando de humanos em meio ao ritmo da música, drogas e poder. Para qualquer um, aquela seria uma cena assustadora, horripilante e tenebrosa, mas por algum motivo eu estava estranhamente calmo, como se estivesse acostumado com a situação e foi essa calmaria acabou chamando a atenção de uma vampira em específico: Breanna Ericson, uma das filhas de Louis e que muito rapidamente criou um vínculo comigo.

Breanna não ia muito a boate para trabalho e somente ia para se divertir ocasionalmente, mas após nossa primeira interação ela começou a ser uma visita frequente e que sempre conseguia o que queria: meu sangue. Meu primeiro relacionamento com uma vampira tinha sido unilateral e abusiva, já minha segunda tinha sido o completo oposto e inteiramente baseada no amor, mas aquela que surgia misturava os dois. Porém, nossa relação durou apenas alguns meses, pois depois de uma inesperada e acalorada reunião na boate, meu futuro voltava a ser ligado a uma cela e ao cativeiro.

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Era mais uma noite normal de organização, sem festas, portanto a boate estava tranquila e eu estava arrumando as garrafas do bar quando um grande grupo de vampiros, liderados por Louis, entrou no recinto para o que seria uma reunião de emergência.

Não sabia do que se tratava aquela reunião e muito menos planejava ficar ali para saber, mas antes que eu pudesse sair um dos vampiros me viu sair e me reconheceu do episódio com Alicia. Naquele momento eu não sabia de onde ele tinha me reconhecido, mas acontece que ele fazia parte do exército de Ágata que chegou depois para tirar Miranda do refúgio da Ventrue. Como ele não viu exatamente o que aconteceu, ele apenas reconheceu meu rosto e me relacionou com uma poderosa Ventrue da Camarilla do Texas.

Depois que ele compartilhou aquela informação, sem pensar em como falar, todos os olhos se voltavam para mim novamente, mas foram os olhos de Louis que furaram minha alma e me tombaram com apenas um comando. Sem poder me defender, sem poder falar ou sequer agir por mim mesmo, fui encarcerado como um criminoso, um espião da Camarilla, e sentenciado sem julgamento a uma morte lenta pelas mãos daquele que antes chamava de Chefe.

Se antes eu imaginava que a Alicia era o pior monstro do mundo, agora eu tinha certeza que Louis carregava essa coroa com maestria. Indo além da tortura física e mental, o sangue azul violou todos os limites humanos da minha existência. Se em uma semana com Alicia meu corpo já estava no limite, ficar três meses torturado por Louis foi um feito que nem eu mesmo conseguia acreditar.

Por mais que eu dissesse que não tivesse envolvimento com Alicia e que ele pudesse entrar e revirar minha memória com toda facilidade do mundo, Louis se recusava a acreditar que eu não era um espião. Mas ainda assim eu sobrevivi por tempo suficiente para o meu anjo da guarda voltar e me salvar uma segunda vez. Acho que por pensar tanto em Miranda, Deus deve ter enviado um sinal para ela, onde quer que ela estivesse, para que ela colocasse Ágata e sua prole atrás do meu paradeiro.

Minha condição física era tão deplorável que quando ela e Friedrich me encontraram, eu não tinha nem mesmo forças para mover o rosto ou formular uma frase para agradecê-los.

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Saindo do meu segundo cativeiro Ventrue em menos de 3 anos, dessa vez não saia andando com minhas duas pernas, mas sim carregado como um corpo morto, ou quase isso. Além de não ter nenhuma força para sequer respirar, me recuperar também foi muito pior do que o esperado e fiquei semanas em coma, mesmo recebendo Vitae para acelerar a recuperação, e quando acordei praticamente não me lembrava de nada, nem de como andar.

Foram alguns meses de reabilitação acelerada pelo poder do Vitae de Friedrich, que virou um amigo estranho nas noites de recuperação e que perguntava mais sobre Miranda do que falava sobre si mesmo. Por mais invasivo que ele pudesse ser em algumas ocasiões, Friedrich foi uma peça fundamental para pois foi ele quem me explicou quem era Miranda, quem ele era e como funcionava era o mundo que estava me envolvendo.

E não demorou para que começasse a receber visitas logo após a minha recuperação, sendo a principal e mais frequente delas a de Ágata, que vivia aparecendo para saber como estava e para contar a repercussão da minha história nesse novo mundo. Mas além de me trazer as fofocas do mundo vampiresco, a mulher também me trouxe um convidado e um convite.

Seu convidado era nada mais nada menos que o futuro Barão de Los Angeles, um homem poderoso e intenso chamado Crispus Attucks e que tinha um convite para me fazer. Honestamente eu esperava muita coisa, desde a ter a memória apagada por completo ou ser isolado do mundo, mas ele me propôs o oposto: trabalhar com o movimento anarquista de LA e treinar os guerrilheiros.

Ágata era uma mulher muito bem articulada e não foi difícil para ela encontrar mais informações sobre minha pessoa nos sistemas da polícia. Lá ela viu que eu era altamente capacitado e com várias recomendações, principalmente no que se tratava de conhecimento tático. Portanto, junto a fome com a vontade de comer, ela vendeu essa ideia ao Brujah.

E foi assim que me tornei vassalo de Crispus, com a missão de treinar soldados de sangue-fraco e humanos para defender os territórios Anarquistas enquanto Rich – o apelido carinhoso que dei para meu novo amigo imortal – me ensinava sobre as virtudes e aspirações do movimento.

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Durante o processo de treinamento, trabalhei em conjunto com um dos sangue-ralos que também tinha bastante conhecimento militar da sua vida mortal. Seu nome era Nathaniel, um homem que aparentava ser um senhor de idade, mas que lutava como um jovem fuzileiro. Nathaniel era um ex-militar que abraçava o espírito de veterano com muito orgulho e esse background nos deu um ponto em comum para começarmos nossa amizade e parceira.

Foram meses de treinamento, várias “unidades” de mortais e sangue-ralos que passaram por nossas mãos até que o primeiro ataque da FIRSTLIGHT aconteceu e quando o primeiro ataque tomou forma, o Barão de LA me fez uma nova proposta que não poderia recusar. Depois de sobreviver os primeiros ataques das forças governamentais, o Barão me abraçou como uma recompensa por todo o meu trabalho até ali, mas também para que pudesse lutar com força total contra os exércitos mortais.

Além disso, meu abraço também teve um efeito especial na comunidade como um todo, principalmente entre os sangue-ralos que viam em mim uma forma de esperança e resistência. Esse sentimento foi muito importante durante nossa luta contra as forças mortais pois muitas vidas imortais foram ceifadas durante aquela longa guerra.

Por mais que guerras nunca sejam algo bom para ninguém, afinal, muitas vidas foram perdidas, pude crescer muito no cenário que havia recentemente adentrado e em pouco tempo o Barão me cedeu um espaço para que pudéssemos organizar os ataques. Esse lugar era uma boate que hoje é meu domínio e refúgio, mas naquela época a boate era apenas uma fachada para abrigar vampiros e coordenar ataques e evacuações de locais comprometidos.

Dessa forma, participei ativamente da linha de frente das lutas, e pude conhecer muitos guerrilheiros de vários clãs e, principalmente dos sangue-ralo, que lutavam mais do que ninguém. Talvez por conta desse motivo eu tenha criado um vínculo especial com a causa deles. Ali eu pude ver a verdadeira força moral deles em lutar por sua sobrevivência, mas também aceitação, afinal, aquela era a primeira vez que uma organização dos vampiros estendia a mão para eles.

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Até 2005 estávamos aguentando as incursões da Firstlight, mas é possível dizer que ninguém estava preparado para que o viria a acontecer naquela semana. Como um furacão descontrolado, as forças mortais invadiram todos domínios e refúgios de praticamente todos os anarquistas da Califórnia e isso não seria diferente comigo. Para minha sorte, o meu refúgio foi invadido apenas no começo da noite e consegui acordar a tempo para fugir com alguns vampiros.

Apesar de fugir ser uma das últimas opções, as forças mortais estavam muito mais preparadas e coordenadas do que das outras vezes, por isso, o melhor curso de ação naquele momento era sumir. Foram anos escondidos, reagrupando e trazendo sangue novo para as fileiras até que os Brujah finalmente decidiram tomar o poder. Liderados por Theo Bell, um caminhão de vampiros apareceu na California e com força total o clã aplicou a vingança e retomou o poder.

Após anos de luta, fugas e noites mal dormidas em locais inapropriados, a primeira inquisição havia ficado para trás. Mesmo cansado, sabia que aquele não era o momento de pararmos para descansar, até porque o inimigo não iria. Porém, mesmo com toda destruição que havia acontecido, algo bom havia aflorado nessa guerra.

Quando, meu senhor, me procurou para reestabelecermos a boate, ele também me mostrou uma visão e um plano que prontamente aceitei. Agora que ele era oficialmente Barão de LA, conseguimos mudar o local da Boate para um espaço maior e mais central e demos um novo aspecto social para o local.

Agora com o intuito de integrar a comunidade dos sangues-ralos na sociedade imortal, a Nightingale surgiu e é o que eu chamo lar. Depois de tantos anos de luta, quase morte e dois cativeiros, finalmente tinha um local que podia chamar de meu e que me dava uma motivação e propósito de vida, afinal, foi nesse lugar que conheci pessoas importantes para continuar minha missão.

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A reconstrução da boate foi feita inteiramente por mim e do jeito que eu queria. Obviamente não era nenhum arquiteto ou engenheiro, mas por conta do meu passado sabia de muitas coisas sobre arquitetura e pude opinar bastante na forma como iria ser. Hoje a boate conta com um primeiro andar exclusivo para clientes Vips com camarotes e acesso exclusivo para saída. Já no subsolo da boate fica minha sala pessoal, que também é meu refúgio e também conta com uma saída exclusiva subterrânea e com um arsenal pessoal.

Mas deixando a parte estrutural e técnica de lado, foi durante a construção da boate que conheci uma pessoa muito especial. Gianna Carr foi uma das primeiras funcionárias que contratei antes mesmo da boate abrir. Ela era uma mulher incrível, resiliente, com uma história de vida difícil e que lutava para conseguir o pão de cada dia para ela e seu filho pequeno. Gianna foi quem me ajudou a organizar a casa desde o começo e, por isso, criamos uma relação especial.

A dedicação que ela colocava no trabalho e em cuidar do seu filho, Brady, foi algo que me tocou. Nunca fui pai e nunca seria, portanto passei a admirar ainda mais Gianna quando conheci a sua verdadeira motivação e força. Foram várias noites fiz a mulher ficar acordada comigo na boate para fazermos balanços, contagem de estoque, e diversas outras coisas que eu não poderia fazer de dia e que ela teria de fazer. E foi durante uma dessas noites que nossa relação evoluiu para o que é hoje.

É difícil definir como nossa relação está hoje, mas, pois, além do amor físico, nutro um sentimento de respeito e admiração por ela e, justamente por isso, lhe fiz uma oferta para receber o meu vitae e ser minha primeira e única “vassala”. Por mais que esse seja o termo usado no mundo antigo, nossa relação não é dessa forma e o único motivo para ter tomado essa decisão é para protegê-la.

Ainda assim, por mais próximos que sejamos, Gianna também sabe da minha fama que se propagou rapidamente e isso complicou nossa relação ao ponto que evitamos a parte física, apesar de ainda nós amarmos e inspiramos um no outro.

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E por falar em relacionamentos, ser o dono de uma boate mudou a forma como eu me relacionava. Talvez juntando o buraco que Tyler deixou em meu peito e pelo valor do consentimento ter crescido em mim, após ser encarcerado duas vezes, agora eu apenas conseguia me alimentar quando me envolvia com alguém e que lugar melhor para encontrar uma parceira do que numa boate, não é mesmo?

Além de ser meu domínio, a Nightingale se tornou meu campo caça, por assim dizer, e lá conheci diversas outras mulheres que tive vários relacionamentos, mas uma delas se tornou uma pessoa tão importante quanto Gianna. Completamente da mulher italiana, Lily Cunningham é uma mulher intensa e de muita personalidade. Ela chegou na minha vida como uma jovem cantora que buscava iniciar sua carreira.

Começando a se apresentar nas noites para novas estrelas, ela rapidamente conseguiu ganhar um nome por si só e também foi um dos motivos pelo qual a boate cresceu e se tornou uma força para revelar novas estrelas em LA. Voltando a falar sobre Lily, a mulher que tinha uma excelente presença de palco conseguiu facilmente conquistar a multidão e, obviamente, me conquistar também.

Logo Lily se tornou parte de minha vida, no começo como uma das pessoas que eu geralmente me alimentava, mas, depois de conhecer sua personalidade e a pessoa que ela era, nosso relacionamento evoluiu e eu não poderia arriscar perdê-la, afinal, ela não tinha mais ninguém para quem recorrer.

Sim, foi somente depois de conhecê-la que descobri a verdade por trás de sua história. Lily foi abandonada pelos pais muito cedo e acabou sendo criada por um tio que tentou abusar dela quando se tornou adulta. Felizmente a tentativa do seu tio foi frustrada e ela fugiu de casa, deixando literalmente a última pessoa da família para trás para viver o seu sonho: se tornar uma cantora. Lily não só representa a resiliência para aguentar as adversidades da vida (e não vida) como também a força de vontade para ir atrás de seus sonhos, mesmo sozinho.

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Além do relacionamento com Lily e Gianna – que já era difícil de controlar – minha condição de caça me levou a outros relacionamentos que também eram de conhecimento das outras duas mulheres.

Um desses relacionamentos é com uma mulher chamada Sara Wallace. Ela é uma caça-talentos e agente de algumas personalidades que já se apresentaram na boate. Além do nosso relacionamento comercial, tínhamos um relacionamento íntimo que fazia a mulher a primeira e mais antiga pessoa que geralmente me alimentava.

A segunda adição nessa lista de pessoas que frequentemente me alimentava era Ivy Canales, uma jovem latina de sangue quente. Há conheci também na boate, quando ela foi o pivô de uma confusão com um dos sangue-ralos e coincidentemente acabamos tendo um relacionamento.

Por fim, mas não menos importante está Kylee Savage, a mais recente e nova de todas. Kylee é muito jovem e acabou de entrar na UCLA, portanto ela e as amigas costumam ir com frequência até a boate e, novamente, foi lá que nos encontramos.