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Narrativas De World of Darkness Estruturadas Nas Versões de 20 Anos
 
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 Ato VIII - Narrativa de Simon: Admirável Mundo Velho

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Danto
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MensagemAssunto: Re: Ato VIII - Narrativa de Simon: Admirável Mundo Velho   Ato VIII - Narrativa de Simon: Admirável Mundo Velho - Página 2 I_icon_minitime12/1/2017, 13:13

Ainda parada de pé no mesmo lugar, um degrau acima, a pequenina filha da lua colocava as duas mãos na frente da boca e contraia levemente o corpo, segurando uma risada deliciosa para não soar mal educada. Posteriormente, ela soltava as mãos e as balançava no ar, enquanto a face ficava totalmente vermelha, os lábios dela desapareciam para o interior da boca para em seguida serem exibidos logo abaixo dos dentes extremamente brancos dela, a mulher sorria de maneira larga e soltava pequenas risadas abafadas pelos dentes fechados, enquanto a língua desta escapava pelas falhas naturais de sua arcada. Esforçando-se para formular uma frase, ela dizia:

-Simon! Bobo! Isso de cultura não existe...inventei! E quem disse que eu vou te levar pro quarto, pra fazer safadezas contigo? Somos amigos, não somos? Sou difícil, desculpe, não faço porque quero! E adoro como você sempre me ouve! Você abriu a porta e me deixou entrar no teu secreto e bestial quarto de segredos.... Sou obrigada a dizer obrigada! Agora venha cá, me segue! Tenho algo para te mostrar...

Virando-se rapidamente ela começou uma caminhada escada acima, para virar o corredor a direita e seguir até outro lance breve de escadas, que levava diretamente até uma porta de madeira com uma cruz talhada no centro da mesma. Delicadamente, ela empurrava com as duas mãos a porta e revelava seu interior.
Capela:

O interior do lugar era ligeiramente simples, um quarto pequenino dentro daquele orfanado de médio porte. Com dois bancos laterias extensos e postos frente a frente, mas lateralmente se considerando a cruz como o centro focal das atenções. Um padrão típico de uma congregação luterana. O altar também era simples, apesar do lindo tecido branco com detalhes dourados e uma cruz de ouro muito antiga e claramente pesada o suficiente para ser imóvel por mãos infantis. Mas o mais belo detalhe era a janela ao fundo, por ela entrava a luz da lua com uma potencia quase sobrenatural. Imaginar esse ambiente iluminado durante o dia, certamente deveria ser uma experiencia magnífica.

-O que achou!?

Indagou a Malkaviana, que prontamente tomava o banco da esquerda como seu lugar de assento.
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MensagemAssunto: Re: Ato VIII - Narrativa de Simon: Admirável Mundo Velho   Ato VIII - Narrativa de Simon: Admirável Mundo Velho - Página 2 I_icon_minitime12/1/2017, 18:38

Durante toda a risada de Lillian o cainita sentiu sua postura relaxar, saber quando a pequena filha da lua estava falando sério ou apenas se divertindo era algo fora dos conhecimentos de Simon. A besta rosnou baixo pelo cainita, ela sim sabia que a malkaviana não diminuiria os abusos, embora não quisesse admitir a besta adorava isso.

- Abri?! Ao meu ver você simplesmente arrombou a porta, agora não posso tentar expulsa-la sem ter que enfrentar alguns dentes e garras no caminho... Não me agradeça por escutar o que você diz. Acho errado não fazê-lo.

Respondia o cainita ao começar a seguir Lillian quando está o chamou, curioso Simon observou os detalhes do orfanato com cuidado, mas diante da porta aberta o cainita parou, a besta rosnou e voltou ao silencio.

“ Quanto tempo faz?! Eu o sei, senti em minha pele e mesmo assim ainda parece ontem...”

Adentrando na pequena Capela o cainita deixou que sua mão direita fizesse o sinal da cruz, andando até o meio desta os olhos negros de Simon tornaram-se amarelos por alguns instantes, a besta encarou em silencio aquilo que um dia havia sido a primeira prisão de seu cainita, uma prisão de medo e fé.

Andando até perto do altar Simon se esticou para ter uma visão melhor da janela, os olhos já haviam voltado para seu tom negro e agora era o homem que sentia a nostalgia bater-lhe em sua mente, houve um controle para que os hábitos de seu tempo religioso não voltassem, há muito que Simon já não era um padre, mas o respeito ainda reinava.

Voltando sua atenção para Lillian este pensou na resposta da pergunta, a simplicidade do local e a luz criavam uma aura de beleza única, algo que até mesmo a besta admitia de bom grado. Sentando-se no bando direito Simon colocou as mãos nos bolsos.

- É um lugar de paz, simples e com um toque de beleza... Faz anos que não entro em um local religioso, simplesmente achei que já não fosse digno, também temia a ira divina. Mas aqui é diferente, talvez agora seja diferente...

Deixando que seus olhos vagassem pelo local Simon não se importou com a demora de suas palavras, seus pensamentos aos poucos se acalmaram dando espaço apenas para o silencio.

- Me foi oferecido o posto de Arcebispo de Nod, junto dele também me foi ofertado a instrução de um caminho... Muitas esperanças ofertadas na noite em que meu senhor despertou... Acho que foi o motivo de minha besta se rebelar com tanta força, agora eu compartilho o desejo dela.
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MensagemAssunto: Re: Ato VIII - Narrativa de Simon: Admirável Mundo Velho   Ato VIII - Narrativa de Simon: Admirável Mundo Velho - Página 2 I_icon_minitime15/1/2017, 18:46

Um enorme sorriso cheio de dentes era exposto por Lilian como reação a suas palavras referentes a ação dela ter arrombado o tal "quarto" metafórico. Ainda sentada no banco a filha da lua agora levantava as pernas, dobrando-as para dentro e apoiando os cotovelos sobre os joelhos, assumindo uma postura bem estranha e exposta. Com enorme curiosidade ela analisava as suas ações e palavras.

-Arcebispo de NoD. Eu até imagino quem tenha lhe oferecido esse cargo, a poderosa rainha dos subterrâneos germânicos... Olha, serei bem sincera... É um posto a ser considerado, algo que irá lhe dar afazeres intensos e o fará ver o mundo que você tanto anseia ver. Entretanto, primeiro, é necessário conquistar a tua liberdade não é mesmo?! Mas antes de aceitar você precisa responder algo a si mesmo, a pergunta é: Estaria você disposto a abandonar a tua humanidade por inteiro? Tua fé e tua essência? Pois um Arcebispo de Caim é literalmente, o farol de uma heresia que põe Caim como o Grande Pai.
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MensagemAssunto: Re: Ato VIII - Narrativa de Simon: Admirável Mundo Velho   Ato VIII - Narrativa de Simon: Admirável Mundo Velho - Página 2 I_icon_minitime16/1/2017, 15:24

Observando e sendo observado Simon permaneceu durante algum tempo em silencio diante de Lillian, a questão abordada pela pequena filha da lua já havia sido imaginada pelo mesmo, embora o próprio cainita não houvesse chegado a conclusão nenhuma ainda.

- Kotlar estava certo quando me disse que tu saberias mais sobre o cargo, e sim estas correta quanto a natureza de quem me fez está oferta.

Comentava o cainita ao dobrar a perna esquerda, apoiando o cotovelo em seu joelho Simon fechou os olhos antes de inquerir Lillian.

- Abdicar de algo que já me foi tirado, isso é realmente possível?! De certa forma estas correta, tenho que conquistar minha liberdade antes de alcançar este cargo, mas se nele fosse possível recuperar o que me foi roubado? Ela mesma me disse que uma de minhas tarefas seria tentar parar a ideia errônea de que a Humanidade deveria ser destruída, que O Pai nos criou para proteger não arrasar e destruir. Isso seria possível Lillian, um Arcebispo de Nod dentro da humanidade? Ou é apenas um sonho ingênuo?!

“ Serei eu realmente tão ingênuo de pensar assim?!”
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MensagemAssunto: Re: Ato VIII - Narrativa de Simon: Admirável Mundo Velho   Ato VIII - Narrativa de Simon: Admirável Mundo Velho - Página 2 I_icon_minitime17/1/2017, 04:19

-Primeiro, eu não sigo o caminho de Caim e nunca irei concordar com ele. Eu tenho total convicção que nosso estado de não-morte e não-vida é fruto de um pecado contra o natural, nos o herdamos porque o merecemos. Seja para sobrepujar ou para entregar-se totalmente a essa maldição...

Fazendo uma pausa na própria frase, Lilian se colocava de pé em um rápido e ágil salto. Para então caminhar até a sua frente e encostar o indicador na sua testa, fazendo com a mão livre um sinal de calma para a sua besta.

-Você só vai ser capaz de ter alguma resposta a tudo isso quando deixar de vestir os sapatos de vítima. Eu fui alvo dos abusos sexuais mais tenebrosos que a perversão de uma herege poderia criar! As vezes envolvia a presença de animais, outras as de outros seres sobrenaturais, mutilações, canibalismo e a lista nunca termina... Eu ainda sinto nojo do meu próprio corpo, de tudo que já tocou nele... Mas é aqui que nós nos diferenciamos, Simon, eu consigo olhar para frente e entender que eu mereci tudo ao que fui exposta. Minha penitencia chegou ao fim, é chegada então a hora de compreender como eu poderei ser após o martírio que vivenciei... Eu quero encontrar a razão, o plano maior, a verdade. E veja só, eu tenho tempo pra isso não é mesmo!? E você, meu querido, o que você quer afinal? Me diga!
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MensagemAssunto: Re: Ato VIII - Narrativa de Simon: Admirável Mundo Velho   Ato VIII - Narrativa de Simon: Admirável Mundo Velho - Página 2 I_icon_minitime17/1/2017, 17:53

As primeiras palavras de Lillian fizeram com que o cainita a olhasse curioso, mas o gesto feito pela filha da lua fez com que a besta rosnasse para seu cainita, era claro que a besta não gostava daquilo, mas não ousaria levantar-se contra Lillian ou machuca-la.

“ Herdamos? Merecemos? Será que somos pecadores tão infames e baixos para merecer tal punição?!”

O peso da história contada pela mesma se abateu sobre Simon, durante todo o tempo este permaneceu parado deixando que o dedo de Lillian continuasse em sua testa, os olhos negros do cainita buscavam os olhos da filha da lua.

“ Sapato de vítima... Eu tenho me martirizado por tanto tempo... Essa maldita corrente de Wotan! Quando eu quebra-la estarei perdido, preciso encontrar um caminho antes de destruí-lo...”

- Ser livre. Mesmo que eu carregue um fardo por isso, quero faze-lo porque é minha escolha e não porque me foi imposto... Acho que nunca fui verdadeiramente livre e agora que tenho a chance sinto medo. Mas não posso recuar, não quando desejo seguir em frente, mesmo que isso signifique ter que rasgar o corpo de meu criador. Na verdade eu quero, quero estraçalhar aquele maldito!


Colocando-se de pé Simon permaneceu com a cabeça baixa para que o dedo de Lillian não se move-se do lugar, os olhos negros ganharam a coloração amarelada de sua besta e até mesmo as presas ganharam os lábios do cainita, mas nenhum sinal de violência foi feito ou esboçado.

- Quero construir algo Lillian, algo que não seja despedaçado por ninguém, algo que possa abrir os olhos dos ignorantes, despertar o mínimo de curiosidade. Mas quero fazer isso com minhas escolhas, reencontrar o homem que já fui sem destruir a besta que hoje eu sou. Temos tempo não?!
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MensagemAssunto: Re: Ato VIII - Narrativa de Simon: Admirável Mundo Velho   Ato VIII - Narrativa de Simon: Admirável Mundo Velho - Página 2 I_icon_minitime29/1/2017, 03:17

Abaixando a mão que pedia por calma, Lilian permanecia apenas com o indicador na sua testa. A diferença de estatura entre vocês era latente e incontestável, ela era obrigada a se manter na ponta dos pés para manter o dedo naquele exato local durante toda a sua fala. E assim ela o fazia, sem desviar os olhos ou sequer recuar.

-Simon. Chegará a noite em que você será capaz de ser o que meus olhos sempre vêem, quando eu olhar para você, eu vejo um verdadeiro Cavaleiro. Não me refiro aos cavaleiros das histórias de Avalon, mas sim aqueles que realmente viveram entre nós. Uma figura de honra, cujo código moral é seu maior norte, que irá nutrir aqueles que ele considera e irá se por diante o mundo que o cerca como uma alicerce de seu próprio senso ético. Você não é um monstro, você não é um humano. Não és um amaldiçoado, tão pouco um iluminado. Simon, você é acima de tudo, verdadeiro consigo mesmo e é dessa honra que eu estou falando... Eu sempre o vi como um homem inquebrável, um homem honesto consigo mesmo, um cainita consciente e dedicado ao auto-controle. A sua liberdade, meu querido, é a sua honra!

Tirando agora o dedo da sua testa, Lilian dava um passo para trás e colocava as mãos na cintura.

-E sim, temos muito tempo, eu diria que a noite toda e o futuro inteiro, de braços abertos para a sua busca. Onde você irá parar, pergunto-me já sabendo a resposta... Afinal, do que vale ser uma louca sem ser capaz de ver além da visão. Não é mesmo?! Agora me diga, eu estou certa em vê-lo dessa forma?
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MensagemAssunto: Re: Ato VIII - Narrativa de Simon: Admirável Mundo Velho   Ato VIII - Narrativa de Simon: Admirável Mundo Velho - Página 2 I_icon_minitime30/1/2017, 11:55

A besta concordou com o pedido de calma vindo da filha da lua, apesar da mesma muitas vezes provoca-la a besta era incapaz de causar-lhe mal, assim como seu cainita, este por sua vez achava engraçado o simples fato de Lillian se preocupar com a difícil besta que habitava seu corpo e alma.

O olhar sério de Simon encarou Lillian, a clara diferença de altura deixava os dois em uma cena estranha porem engraçada, algo que ao ver do austríaco nunca se passaria com o mesmo.

“ O que ela vê?! Como eu a invejo de poder ver o que nós os pobres filhos de outros clãs não podem... Mas ao mesmo tempo tenho medo disso, é o fardo dos filhos da lua, e um fardo pesado.

Ainda em silencio o cainita observou o movimento natural de Lillian, a seriedade havia dado lugar ao ar maroto da mesma, mas nem por isso diminuía a torrente de pensamentos que navegavam pela mente de Simon.

- Como posso saber?! Pela primeira vez irei o caminho que irei seguir, de certa forma estou ansioso e temeroso por isso. Mas sei que não duvidarei de meu caminho ou me afastarei de meus deveres. Estás certa, acho que sempre fui livre, por isso a corrente de meu senhor agora é tão pesada, porque mesmo com isso ele não conseguiu me dobrar completamente. E agora não o fará mais.

Se aproximando da cainita à sua frente Simon depositou os nós de seus dedos na cabeça da mesma, uma leve caricia foi feita em meio as madeixas coloridas da mesma.

- Se um dia eu me desviar do que vês em mim, por favor chame minha atenção. Mais do que qualquer um suas palavras são sempre bem vindas e me fazem refletir.
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MensagemAssunto: Re: Ato VIII - Narrativa de Simon: Admirável Mundo Velho   Ato VIII - Narrativa de Simon: Admirável Mundo Velho - Página 2 I_icon_minitime1/2/2017, 10:38

Lilian fechou brevemente os olhos, aceitando o carinho que era feito por você nos cabelos dela. O toque suave na pele fria da cainita e nos sedosos cabelos coloridos da mesma traziam para a sua besta uma calma rara de se encontrar em algum outro local, não era nada parecido se comparadas as sensações em relação a Beatrice, todavia, era uma sensação curiosa que demonstrava o quanto a sua besta gostava da presença de Lilian, que transitava entre o desafiador e o respeitoso aos olhos bestiais. E foram os olhos de Lilian que esboçaram a primeira reação após o carinho feito, eles buscavam a sua face com ternura e assim ela pode mais uma vez falar:

-És corajoso em depositar teu norte moral as percepções de uma maluca como eu, mas não se preocupe Simon, eu irei guardar essas palavras com fervor e o acolherei sob meu olhar. Só não sei como meus olhos irão funcionar sabe, eles tem vontade própria!

Sorrindo enquanto falava em um claríssimo tom descontraído, a pequena e experiente Malkaviana lhe fazia então um outro convite.

-Já que você vai mesmo passar a noite inteira aqui, porque não praticamos algo que eu não faço a muito tempo e aposto que você também não. Leitura e discussão, usaremos as obras de nosso queridinho Barão como pauta. Que tal? Uma boa forma de passar a noite não é?!
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MensagemAssunto: Re: Ato VIII - Narrativa de Simon: Admirável Mundo Velho   Ato VIII - Narrativa de Simon: Admirável Mundo Velho - Página 2 I_icon_minitime1/2/2017, 11:03

Curioso com sua própria besta e as reações novas que a mesma apresentava, a resposta de Lillian agradou tanto cainita quanto besta, era estranho o modo que a mulher enxergava o mundo a sua volta e mais estranho ainda a confiança que isso inspirava no austríaco.

- Não tenho medo de como seus olhos funcionam, até gosto de como eles são peritos em preparar surpresas. É um dom que não possuo.

Voltando a depositar as mãos nos bolsos Simon sentiu a besta se lembrar de Beatrice, muito provável que não se encontrassem naquela noite, mas o cheiro e o toque da mesma ainda estavam em sua lembrança.

“ Os muros que me cercavam caíram... Não posso negar isso, não posso mais me esconder e mesmo que eu tente, sempre terá Lillian para me chamar a atenção.”

Ouvindo o convite da malkaviana, Simon demonstrou uma leve surpresa, fazendo uma pequena mensura a Lillian este comentou demonstrando seu interesse.

- Tenho certeza de que esta é uma proposta deverás interessante. Kotlar disse que suas obras tiveram que passar por algumas mudanças, eu sinceramente gostaria de ver isso com meus próprios olhos.
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MensagemAssunto: Re: Ato VIII - Narrativa de Simon: Admirável Mundo Velho   Ato VIII - Narrativa de Simon: Admirável Mundo Velho - Página 2 I_icon_minitime1/2/2017, 11:28

-Então, vamos!

Respondia Lilian com uma notória empolgação, chegando até a elevar um pouco mais do que o necessário o tom da própria voz, causando uma pequena reação de surpresa na sua besta que parecia se divertir com o turbilhão de emoções incontroláveis que Lilian representava. A pequenina então colocou-se a frente, saltitando em direção a porta do local e segurando a maçaneta, ela se virava para olhar diretamente na sua direção.

-Você fala muito sobre correntes, mas talvez eu possa oferecer uma perspectiva diferente sobre elas. Eu vejo todas as vidas humanas ou derivadas delas presas à correntes, amor, compaixão, saudades, arrependimentos, desejos e esperanças. Todas são correntes que prendem seu espírito aqui, é assim que funciona com os fantasmas por sinal, as correntes se tornam tão grossas que os impedem de partir seja lá para onde... Entretanto, as correntes silenciosas serão sempre as mais perigosas de todas, aquelas que não se arrastam pelo chão, que não são explicitas ou rangem quando você se move... Eu acho que a sua dificuldade por muitos anos foi encontrar as suas silenciosas correntes, você precisa encontra-las e submete-las ao barulho...

Ela então abria a porta e já iniciava o movimento de sair do local.
[Off: Ultima ação para o Final do ato]
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MensagemAssunto: Re: Ato VIII - Narrativa de Simon: Admirável Mundo Velho   Ato VIII - Narrativa de Simon: Admirável Mundo Velho - Página 2 I_icon_minitime1/2/2017, 11:40

A besta rosnou em reposta a surpresa que a pequena filha da lua era capaz de provocar-lhe, sempre à espreita a besta nunca sabia como Lillian reagiria e de como isso afetaria o austríaco. O rosnado silenciou-se quando a besta voltou a se acalmar, curiosa não havia como permanecer em vigília, não quando a malkaviana era um poço sem fim de controversas reações.

“Nunca nos acostumaremos com essas mudanças bruscas... É o encanto de Lillian e o que a deixa única.”

Ouvindo as palavras da mesma Simon ponderou sobre o significado daquela alusão, era um modo interessante de se pensar e ver.

- Tens razão, mas existe uma diferença entre a corrente de sentimentos que nos guia do que aquela que nos pesa nos músculos e nos aprisiona. Mas acredito que estou no caminho de engraxar as correntes silenciosas que me aprisionam, com isso elas faram barulho o suficiente.

Seguindo Lillian, o cainita deixou-se ser guiado pela mulher a sua frente.
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