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Narrativas De World of Darkness Estruturadas Nas Versões de 20 Anos
 
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 Primeiro Arco de Loretta: Ato III - A Multidão de Solitários

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Danto
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MensagemAssunto: Re: Primeiro Arco de Loretta: Ato III - A Multidão de Solitários   Primeiro Arco de Loretta: Ato III - A Multidão de Solitários - Página 2 I_icon_minitime25/5/2017, 21:59

A sua grande amiga sequer respondeu as suas palavras e em poucos instantes, como em um verdadeiro e lindo passe de mágica. Lá estavam vocês duas no palco a executar com maestria e perfeição aquele primeiro ato da dança. Imediatamente, todos os convidados já presentes se colocavam a frente do palco, atraídos pelo magnetismo que emanava daquele palco.

Lá, vocês duas descalças dançavam e cantavam como poucas pessoas nesse mundo conseguiriam. A tua felicidade era enorme, se seu coração ainda batesse ele estaria totalmente descompassado de tanta felicidade que corria por todo seu corpo! A palidez típica da tua idade avançada como cainita desaparecia devido ao consumo do vitae que esquentava seu corpo inteiro. E assim todos ali assistiam admirados!

Todavia, a sua dança era especial por uma única e nada simples razão. A primeira convidada que descia daquele sedã escuro e caminhava calmamente pela sua propriedade, como se fosse dona de cada centímetro da mesma. Era a primeira vez em centenas de anos, um reencontro estranho que sem nenhuma razão lógica a enchia de alegria.

A Primeira Convidada:

Era a mais bela da família Givoanni da Toscana, com aqueles olhos impecáveis. Um corpo perfeito e uma altura invejável, Deus havia sido generoso em excessos com tua irmã de sangue, Elena.

Os instantes finais da sua apresentação pareciam ser feitos exclusivamente para os olhos dela, porque era uma dança que vocês duas executavam afinco em suas juventudes. Era ela o teu par ideal por muitas tarde e manhãs alegres, fora ela que a acordara nessa especial noite.

Elena caminhava sozinha na direção do palco, mas parava a quase seis metros de distância do mesmo. Um lindo sorriso nostálgico estava na face da mulher, ela a admirava e parecia te olhar como se estivesse a sonhar com algo que jamais poderia ser verdade.

A dança terminava e todos aplaudiam, menos ela. Até a sua querida e amada Olympia batia palmas com alegria e orgulho, todavia, as palmas que você queria ouvir não ocorriam. Teu peito sentia um frio avassalador, algo muito ruim e estranho que lhe era novo.

Todavia, Elena piscava o olho esquerdo. Uma simples ação que ateava um poderoso fogo dentro de ti, era um sinal dos tempos de infância. Significava que ela estava aprontando algo! E sem se dar ao trabalho de esperar por ti, Elena virava-se de costas e andava até a outra extremidade, indo até a mesa onde o buffet estava posto e sentava-se sozinha em uma das cadeiras.

-Você foi perfeita querida! Agora os convidados devem estar para chegar, melhor esperarmos todos para que façamos as duas partes finais certo?!

Afirmava Grazi que havia cantado com todo seu incontestável e fascinante talento. A jovem ancillae prontamente saltava do palco e descalça mesmo corria para conduzir a arrumação final dos músicos que já estavam ali ao lado do palco.

E para sua segunda grande surpresa, a mão que era estendida à ti para ajudá-la a descer do palco era de seu próprio neto: Aloísio. Que ali exibia a postura e a pose galante que eram tipicamente esperadas da figura do pai do rapaz.
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MensagemAssunto: Re: Primeiro Arco de Loretta: Ato III - A Multidão de Solitários   Primeiro Arco de Loretta: Ato III - A Multidão de Solitários - Página 2 I_icon_minitime26/5/2017, 15:46

- É claro querida Grazi. Eu estava apenas animada para matar a saudade. Repetimos mais tarde!

"Elena continua bela como sempre. Se não mais. Nunca vai importar o quanto me esforço, ela sempre será a mais bonita. Só que eu não entendo. Ela chega com tanta prepotência, tratando como se ela fosse dona de tudo, com roupas casuais demais dando a entender que desmerece meu evento, sequer me aplaudindo e eu fico feliz? Porque eu estou feliz em vê-la? Ela é um pacote junto de lembranças tão tristes. As quais sofremos juntas, só que ela ficou para trás, me obrigou a fugir sozinha. Sem falar que nunca engoli a morte de meu irmão... Eramos mais fracas que ele, porque não nos mataram? Possuo algumas suspeitas entre as famílias, mas... Mesmo assim eu estou feliz em vê-la. Profundamente feliz. O que há de errado comigo?"

Minha concentração ficava ofuscada por pesados pensamentos contraditórios. Para só então eu notar a mão de Aloísio me guiando para fora do palco. Eu claramente sorria para ele, tentando recuperar minha compostura após aquela pancada mental que me deixara cercada de dúvidas. Era bom eu pensar com calma. Não agir no impulso. Precisava ser cautelosa. Afinal aquela era minha casa e eu precisava deixar isso claro. Assim abandonei o passado e foquei no agora, observando meu neto por alguns instantes. Me prendendo em seus olhos por alguns instantes. Para finalmente compreender como deveria agir. Assim com uma voz bem baixa, me aproximava um pouco mais dele.

- Obrigada Aloísio, você está um cavalheiro esta noite. Seu pai ficará muito contente... Eu ficaria muito agradecida se você fosse dar boas vindas para sua tia avó. Ela está logo ali no buffet. Apenas se introduza de forma branda e curta em uma breve conversa, unicamente se certifique de olhá-la bem direto em seus olhos. Ela verá algo especial ai...

Assim que Aloísio se afastava eu pegava meu calçado no chão. Andando calmamente até a fonte d'água no centro da praça. Ficava de rabo de olho observando a movimentação de meu neto. Enquanto isso lavava de breve meus pés para poder me calçar novamente. Tirando as impurezas dele. Agindo como se estivesse distraída. Só depois ia lentamente até o lugar que minha irmã estava. Esperando que quando eu chegasse lá, Aloísio já estivesse se retirando.
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MensagemAssunto: Re: Primeiro Arco de Loretta: Ato III - A Multidão de Solitários   Primeiro Arco de Loretta: Ato III - A Multidão de Solitários - Página 2 I_icon_minitime28/5/2017, 17:17

O toque de seu neto era pela primeira vez em anos, carinhoso. Como um verdadeiro cavalheiro ele a conduziu para o solo firme e atentamente ouviu todas as suas instruções. Os olhos do mesmo te olhavam com cuidado, não com o típico olhar que a enojava tanto em situações rotineiras. Suavemente e repetindo o seu tom, ele verbalizava uma simples resposta:

-Obrigado, espero poder conversar com meu pai essa noite. Contudo, farei o que me foi requisitado por ti minha Senhora. Com sua licença.

Afastando-se com suavidade e bastante formalidade, seu neto andava diretamente na direção de Elena. Enquanto aquela caminhada ocorria e você assumia sua posição junto a fonte, Grazi organizava os toques finais dos músicos ao fundo do palco. Outros carros começavam a chegar na sua propriedade e seus familiares garantiam os melhores lugares ali na frente do palco. Todavia, Grazi gesticulava com eles, indicando que seria necessário haver na parte frontal, um espaço suficiente para quatro pessoas. Os carros então faziam uma linha para serem recepcionados por Lucca.

De canto de olhos, você observava a curta interação entre Aloísio e Elena. A mesma se levantava diante de seu neto e uma curtíssima conversa ocorria. Sua irmã demonstrava poucas expressões e seu neto prontamente se afastava após dez ou treze trocas de frases rápidas. Ali estava então o caminho aberto para sua aproximação, Elena seguia de pé e distraída.

Todavia, quando você chegou dentro das proximidades dela. Os olhos lindos e determinados dela encontraram a sua face, o punho esquerdo de sua irmão se fechou em uma forte tensão.

-Isso foi um pouco mais doloroso do que eu esperava, talvez tenha sido de fato uma ideia ruim aceitar o convite...

Piscando os olhos exatas três vezes e relaxando toda a musculatura, Elena desfazia aquele punho e sentava cruzando as pernas e observando agora finalmente a sua face.

-Boa noite irmã, antes que prossiga deixe-me expor minha frustração de não ter sido a tua primeira companhia em sua dança, existe em minha galeria de sonhos sempre a doce memória de nós duas a amassar algumas uvas e eu sempre o nutri com bastante carinho. Acredito que irei demorar a me acostumar com nossa distância, já que ela não poderá mais ser ignorada correto?

Antes mesmo que você pudesse responder, ela completava:

-Seu neto é um homem charmoso, esforçado a esconder algo que o envergonha. Florença não foi apenas um mar de rosas?!

[Off: Teste de Percepção + Empatia, dificuldade 8]
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MensagemAssunto: Re: Primeiro Arco de Loretta: Ato III - A Multidão de Solitários   Primeiro Arco de Loretta: Ato III - A Multidão de Solitários - Página 2 I_icon_minitime28/5/2017, 18:05

Off: Teste de Percepção + Empatia, Dificuldade 8
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MensagemAssunto: Re: Primeiro Arco de Loretta: Ato III - A Multidão de Solitários   Primeiro Arco de Loretta: Ato III - A Multidão de Solitários - Página 2 I_icon_minitime28/5/2017, 18:05

O membro 'King Jogador' realizou a seguinte ação: Rolagem de Dados


'D10' : 10, 5, 9, 5, 4, 9, 8, 4
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MensagemAssunto: Re: Primeiro Arco de Loretta: Ato III - A Multidão de Solitários   Primeiro Arco de Loretta: Ato III - A Multidão de Solitários - Página 2 I_icon_minitime30/5/2017, 18:42

"Realmente isso a afetou. Quebrou um pouco a máscara de defesa que era esperada ser usada aqui. Em cortesia devo ser um pouco sincera com ela também. Afinal necessita de muita confiança vir até aqui. Só não sei exatamente o quão aberta posso ser com minha irmã. Afina Benito está acordado e não teve ter ganhado nenhum escrúpulo nos últimos séculos. Logo não posso garantir a sanidade dela. Pelo menos não ainda. Só que posso sentir como Aloísio a afetou. Isso já é um bom sinal. Agora tenho de ver com clareza como prosseguir."

A observava em total silêncio. Apenas notando com muita serenidade os movimentos e reações dela. Paralelamente já refletia sobre suas profundas palavras. Tentando sentir o quanto de meu passado estava realmente na minha frente. O quanto ela mudara e o quanto ainda era o mesmo. Só que estava difícil de desenhar uma linha desse aspecto. Assim me mantinha a dois passos dela para só quando ela terminada, eu me punha a falar.

- Claro que foi um mar de rosas. Infelizmente nem todas são vermelhas e brancas e existe muitos espinhos.

Falava com um tom um pouco melancólico. Não estava disposta a contar vantagens, não tinha porquê disso. Mas demonstrava força com minha voz. Deixando claro que não me arrependia. Enquanto isso sentava do lado dela na mesa do buffet e virava meu corpo com a perna cruzada na direção dela. Para assim prosseguir falando.

- Eu não esperava que você realmente viria. Mas não se incomode com aquela dança que eu fiz. Aquilo não era Pizzica de verdade como fazíamos. Afinal não tinha nenhuma uva para esmagar. Não que eu não tenha ainda antigos barris feitos para esse propósito. Uma boa forma de recordar do nosso passado antes de toda essa distância.

No meio da minha fala usava minha mão direita para ir até a mesa e segurar um cacho de uvas. A tetando por alguns instantes enquanto a erguia. Para deixar claro meu ponto de vista. Assim, sem largar o cacho, parava por um tempo pensando em palavras profundas para serem ditas. Só que eu falhava comigo mesma. Não conseguindo prover nenhuma palavra de sabedoria, apenas uma sincera reação.

- Nem sei como manter de fato uma conversa com você, irma... Irma... Posso te admitir uma coisa no entanto. Tinha saudade de usar essa palavra.
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MensagemAssunto: Re: Primeiro Arco de Loretta: Ato III - A Multidão de Solitários   Primeiro Arco de Loretta: Ato III - A Multidão de Solitários - Página 2 I_icon_minitime30/5/2017, 20:07

Os olhos de Elena seguiam as suas ações enquanto a face dela mergulhava em uma profunda e inexpressiva ação. Olhando primeiro diretamente para aquele cacho de uvas que repousava nos seus dedos, para então, simular uma expiração e falar:

-Irmãzinha... Porque nós?! É o que seu sempre me perguntei durante todos esses longos anos. Dolorosos e odiosos anos...

Imediatamente, ali na sua frente ocorria algo inesperado. Em todos os cenários que você imaginou na desse reencontro, nenhum deles havia a figura desesperada e arrasada de Elena, mas a verdade era apenas essa. Com olhos tristes ela demonstrava naqueles instantes o quão exausta ela estava e o quão profunda era sua tristeza.

-Eu fico realmente feliz que tenhas construído algo longe daqui e de fato nunca havia entendido as razões do seu retorno até agora. Voltastes para ser líder, querida irmã, voltastes cedo demais... Eu ainda não... desculpe-me eu também não consigo!

Desviando os olhos de ti, Elena se colocava de pé. Simulando novamente uma ação de expulsar com força o ar dos pulmões pelo nariz, a sua irmã mais velha olhou mais uma vez na sua direção.

-Precisamos conversar e aqui não será seguro, apesar de agora o ser, os convidados estão à chegar. Os olhos deles estarão aqui e eu preciso que você me odeie profundamente, pois será essa postura que eu irei exibir para todos os convidados, incluindo o que será os olhos dele. Me digas Loretta, onde poderemos nos encontrar em segurança durante o festival? Há muito que precisas saber!

Enquanto ela falava você conseguia ouvir ao fundo, o som de vários carros adentrando a sua propriedade, o festival finalmente iria começar e ainda haveria muito para ocorrer, todavia, sua irma se apresentava impaciente diante o seu silêncio, aguardando a sua resposta.
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MensagemAssunto: Re: Primeiro Arco de Loretta: Ato III - A Multidão de Solitários   Primeiro Arco de Loretta: Ato III - A Multidão de Solitários - Página 2 I_icon_minitime1/6/2017, 22:24


As primeiras palavras dela me pegavam de surpresa. Não esperava esta conduta. Esta forma de conversarmos precisamente. Era para haver tanta amargura, rancor e desprezo. Sentir que acima de tudo estava ainda aquela lembrança positiva dos sonhos de outrora era muito especial. Assim eu esticava a coluna de forma um pouco desajeitada para a responder com uma voz fraca. Fraca pois se eu a falasse muito alto, poderia chorar.

- Irmãzona... Nunca saberei esta resposta... Mas ainda sonho com aqueles nossos dias no sol...

Eu permaneço escutando as palavras dela. Me surpreendendo com a sinceridade que meus instintos me passavam. Era ela mesma ali. Aquela pessoa que eu tanto conheci e tanto amei. Se ela estivesse tentando me enganar eu seria agora a perfeita vítima, pois ela me soava mais que convincente. Era difícil fazer jogos com as palavras. Fora se esforçar para que o resto da festa não notasse minhas expressões. Logo a respondia calmamente.

- Florença não é minha casa. Não é onde a brisa quente assopra pelos vinhedos. Se eu não fosse tão fraca no passado, teria voltado quando a Arauto chegou. Mas não voltei cedo demais. Esse evento irá lentamente lhe provar o quão pronta eu estou agora.

"Ela se refere no plural, logo o perigo não é apenas Benito. Seria suas outras duas proles? Seria o carniçal de Mário? Ou algo pior? Em todo caso primeiro tenho de me preocupar com quem é o informante dele na minha lista de convidados. Se for apenas um inclusive. Sei muito pouco de dois dos Primogênitos que virão. Mas não posso ser pretensiosa. Todos são suspeito até se provar o contrário. Posso sentir a verdade vinda de minha irmã. Como se ela não fosse alvo de uma dominação e sim escrava só do medo. Talvez eu possa confiar no que ela terá para me dizer. Vale a pena o risco. Por ela vale o risco."

As últimas palavras realmente me deixavam preocupadas. Era muita informação em tão poucas palavras. Havia muito a ser explicado. Verdades que poderia me assustar. Verdades que poderiam ser a razão de eu estar sendo teimosa em persistir em viver naquela terra. Contudo eu serei forte. Ouvirei o que ela tem a dizer e não voltarei a trás. Esta é minha terra afinal. Agora a respondia em uma voz mais baixa ainda, deixando bem discreta minhas intenções e modo de falar. Para que apenas ela e ninguém mais pudesse compreender a conversa.

- Farei mais um número de dança com a Senhorita Graziella em breve quando tivermos mais convidados. Aproveite a ocasião para ficar incomodada e vá esparecer a cabeça atrás da propriedade no depósito ao fundo das vinculas. Ai poderemos conversar em paz.

Terminava minha fala colocando o cacho de uvas na mesa. Indo com a mão de encontro com alguma jarra de vitae para encher uma taça e fazer um breve movimento simulando minha saída caso ela não tivesse mais nada a dizer por hora. Forçava uma expressão falsa de incômodo, afinal eu tinha de jogar conforme ela pediu. "Pelo menos por hora, ela vale o esforço."
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MensagemAssunto: Re: Primeiro Arco de Loretta: Ato III - A Multidão de Solitários   Primeiro Arco de Loretta: Ato III - A Multidão de Solitários - Página 2 I_icon_minitime2/6/2017, 01:07

Elena olhou no fundo dos seus olhos e ouviu todas suas palavras e dentre todas aquelas, a mais potente de todas havia sido a primeira! O corpo dela chegou a estremecer e ela levou uma mão a frente dos lábios, por uma fração de segundos ela não caiu em prantos na sua frente. Havia algo muito doloroso dentro daquele corpo, algo que a obrigava a tremer de medo e ficar paralisada no mesmo lugar.

-Eu a odiei irmã, eu a invejei e rezei para que você nunca voltasse. Hoje eu sei o quanto eu estive errada...

Esticando então a mão para tatear aquelas uvas que antes estavam nas suas mãos. A linda mulher concordou positivamente com a cabeça e respirou fundo, literalmente, dragou uma enorme quantidade de ar com o nariz e expeliu pela boca. Reconstruído uma postura irritada, ela virou-se bruscamente e caminhou para o lado oposto.

Você então provava daquele vitae marcado pelos sabores das uvas da sua propriedade, uma experiencia de fato muito agradável, principalmente por causa da fome que sentia em seu âmago. Todavia, os convidados finalmente chegaram! E o primeiro deles, não poderia ser ninguém menos do que Soyer! Em apenas dois segundos olhando na direção daquele belo rapaz, teus olhos diziam a ti: Ele está diferente.

O seu amado genro prontamente surgia pelo acesso lateral da propriedade, local onde apenas quem conhecia profundamente a propriedade seria capaz de encontrar, o que indicava uma clara opção por tomar um caminho diferente de todos os outros, seu querido Sebastian fazia a entrada no festival pelo mesmo arco que você e Olympia haviam passado e ao lado dele, de braços dados, estava um lindíssima jovem! Ele estava sorrindo de uma maneira que você só havia visto quando ele ainda era um mortal! Ele ficava tão alegre em vê-la que chegava a deixar para trás uma linda jovem que observava admirada a todos os detalhes da decoração. Parando a sua frente ele dizia:

-Boa Noite! Oh amada Loretta, como estás magnífica essa noite! Uma dádiva dos Deuses aos nossos olhos! Infelizmente minhas filhas não puderam vir, mas eu tenho que lhe apresentar alguém especial, minha primeira prole... Antes disso, é claro...

Ele olhava nos seus olhos, indicando que iria abraçá-la e prontamente o fazendo quando sentisse que a autorização havia sido dada para finalmente, carinhosamente lhe abraçar. Para então pegar uma de suas mãos e perguntar:

-Como estás querida?

Logo após a pergunta feita, o homem a sua frente movia a mão livre dele para chamar a jovem de cabelos castanhos para apresentá-la a você, mas sem tirar os olhos da sua face. Afinal, nada nesse mundo faria Soyer a amar menos do que sempre havia feito.

Os primeiros convidados:
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MensagemAssunto: Re: Primeiro Arco de Loretta: Ato III - A Multidão de Solitários   Primeiro Arco de Loretta: Ato III - A Multidão de Solitários - Página 2 I_icon_minitime3/6/2017, 15:59

Eu também estava enganada. Acredito que há ainda mais coisas que irão me surpreender. Só que uma informação de cada vez. A via se distanciando forçando a fazer uma feição de amargura. Contudo eu podia notar em meu âmago o quão falsa era aquela ação minha. Eu tinha muitas dúvidas ainda. Mas conseguia sentir que nunca a deixei de amar. Era doloroso agora relembrar que passei trezentos e cinquenta anos distante. "Não posso permitir que isso ocorra novamente." Então eu me contia a apenas apreciar o sabor daquele vitae com minhas maravilhosas uvas, as quais permitiam eu sentir o sabor do solo ao qual pisava. Lentamente regenerando um pouco da energia que gastei ao liberar meu corpo à uma intensa dança.

"Ele está totalmente diferente. Está novo." Assim observava Sebastian se aproximar. Era claro que ele viria por dentro da casa. Afinal tudo aquilo era um pouco dele também. Sem comentar também o quão prazeroso é poder vê-lo em minha casa. Sempre foi e sempre será. Pois sempre me trará boas lembranças. Ao lado desse homem nunca consegui ter memórias negativas. Assim, notar um genuíno e poderoso sorriso dele era algo surpreendente. Muito lindo e especial. Ao ponto de me fazer bater três palmas demonstrando minha alegria ao vê-lo. Como também à notar aquela pequena joia atrás dele.

- Meu querido Sebastian! Uma pena que suas filhas não puderam vir. Imagino que estão trabalhando arduamente em seus merecidos postos no principado. Mas vamos focar no agora.

Eu notava então o abraço estando para vir. Assim aliviei minha musculatura inteira. Fechando os olhos por um instante e me sentindo positivamente tranquila. Para assim receber o toque afetuoso dele com muita afeição. Correspondendo o abraço com um gesto carinhoso nas costas dele. Para só então lentamente me afastar e observá-lo aproximando a misteriosa jovem. Havia algo ali diferente e muito especial. Pois tratá-la como prole e não filha era algo ímpar ao meu genro. Eu precisava compreender exatamente o que estava acontecendo. Assim sorri o respondi.

- Estou muito bem. Este dia está maravilhoso e permanecerá maravilhoso. Ontem também foi um ótimo dia. *Nesta terceira setença eu esticava de leve a coluna* Mas não seja maldoso comigo, pois estou morrendo de curiosidade. Apresente essa linda Rosa com pétalas tão rosas como são em nos sonhos de contos de fadas.
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MensagemAssunto: Re: Primeiro Arco de Loretta: Ato III - A Multidão de Solitários   Primeiro Arco de Loretta: Ato III - A Multidão de Solitários - Página 2 I_icon_minitime4/6/2017, 01:32

Aos seus olhos a face de Sebastian nunca seria um mistério, era algo reciproco. Ele conseguia ler com perfeição as suas mínimas movimentações corporais e nos olhos dele você sempre encontrava o que ele sentia.

Sua menção as filhas dele pareciam o incomodar de alguma forma, ele arqueava milimetricamente a sobrancelha esquerda, uma reação irracional do homem sempre que enfrentava uma situação de desapontamento. Todavia, era a sua frase seguinte que despertava sua curiosidade. Porque durante ela, Soyer piscava bastante, desviando o olhar dos seus olhos por breves instantes e imediatamente tocava o pulso esquerdo, tudo era rápido! Mas esses pequenos flashes indicavam algo inesperado: Soyer estava finalmente pronto para o novo e estava com uma enorme vergonha na sua frente, disfarçando sem sucesso o desejo de lhe pedir alguma coisa. Os olhos dele então buscavam a imagem da prole, ele via aquele tom de rosa nas pétalas dela, Soyer estava feliz e apaixonado!

Posteriormente, em uma fração de segundos você sentia a força do vitae de seu querido Sebastian fazer algo inesperado, enquanto isso ocorria a linda voz recheada por um sotaque sardenho dizia:

– Agradeço sinceramente pelas palavras, mas eu é quem estava incrivelmente ansiosa de conhecer a mais bela mulher de que tanto ouvi falar.

Era a prole de Soyer, a jovem já se encontrava perto o suficiente para colocar-se a sua frente e abraçar o teu corpo com carinho, posteriormente beijar-lhe as faces delicadamente, enquanto seu olfato era preenchido pelo perfume francês da jovem.

– Muitíssimo prazer em conhecê-la Loretta. Me chamo Valentina Segantini, mas sinta-se livre para me chamar do jeito que mais lhe agradar e não posso deixar de dizer o quão encantadora está!

Enquanto as palavras dela eram pronunciadas, a voz de Soyer chegava até o seu subconsciência. O homem a respeitava o suficiente para pedir permissão antes de adentrar seu âmago daquela forma, mas já sabendo que a permissão seria dada, ele fazia aquele movimento neural com delicadeza e precisão.

Comunicação Mental:

Enquanto aqueles inesperados pensamentos fluíam para dentro da sua mente, o homem seguia como se nada acontecesse! Com um enorme e feliz sorriso na face, ele tocava nas costas da própria prole e dizia:

-As duas mais lindas mulheres desse mundo, finalmente frente a frente! Sou sem dúvida alguma um homem de sorte não é mesmo queridas? Notastes o sotaque de Nina queria sogra? Não é um verdadeiro tesouro?!

Já em toda a postura da jovem, principalmente na forma com que ela olhava para Sebastian, você conseguia notar que ela o admirava profundamente e se sentia feliz pelo simples falto dele também estar. Era um largo sorriso, o que indicava que ambos haviam gargalhado excessivamente no começo da noite! Todavia, havia uma confusão, um incio de uma quebra. Seria de se esperar que Valentina visse Soyer como um pai, mas algo parecia ter quebrado essa imagem perfeita e paterna. Ela se dedicava para ser uma prole impecável, mas havia ali uma secreta vontade de explorar mais aquela sensação, um desejo de ser livre! Uma euforia que precisava de mais estímulos para ser libertada! Era claro que aos seus olhos, Valentina admirava Sebastian... Mas a confusão dela entre ser uma filha ou algo a mais era essa pequena neblina que impedia de atirar-se em algo inesperado ao lado dele.


Última edição por Danto em 4/6/2017, 02:10, editado 1 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: Primeiro Arco de Loretta: Ato III - A Multidão de Solitários   Primeiro Arco de Loretta: Ato III - A Multidão de Solitários - Página 2 I_icon_minitime4/6/2017, 01:51

Off- Testes de percepção:
1º Percepção + Empatia, 8d10, Dif 5, Sebastian Soyer
2º Percepção + Empatia, 8d10 + FV, Dif 7, Valentina Segantini


Última edição por King Jogador em 4/6/2017, 01:56, editado 1 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: Primeiro Arco de Loretta: Ato III - A Multidão de Solitários   Primeiro Arco de Loretta: Ato III - A Multidão de Solitários - Página 2 I_icon_minitime4/6/2017, 01:51

O membro 'King Jogador' realizou a seguinte ação: Rolagem de Dados


#1 'D10' : 7, 7, 4, 6, 8, 10, 2, 6

--------------------------------

#2 'D10' : 7, 6, 10, 4, 4, 9, 5, 6
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MensagemAssunto: Re: Primeiro Arco de Loretta: Ato III - A Multidão de Solitários   Primeiro Arco de Loretta: Ato III - A Multidão de Solitários - Página 2 I_icon_minitime5/6/2017, 23:29

Noto aquele pequeno toque em minha mente. Algo que me pegava de leve em surpresa, só que nada fora do normal de minha rotina de conversa com meu genro. Afinal muitas palavras não se podiam ser ditas em voz alta. Tanto num evento como esse cheio de ouvidos como na cidade da intriga que era Florença. Assim levo a conversa para o nível dele sem expressar nenhuma mudança nas minhas ações externas. Sem sequer olhar diretamente para ele por todo o comprimento de minha fala. Sabia ser bem discreta sobre nossas interações telepáticas. Ainda mais quando o tema era tão surpreendente assim. Não só surpreendente como positivo. Afinal a Arauto provou que nunca me dará créditos, assim preciso de uma nova aposta.

Comunicação Mental:

Brevemente eu desligava a comunicação. Claro que permitindo ele voltar a falar caso este quisesse. Só que as reações faciais deles me traziam muitos pensamentos que eu tinha de cogitar em particular. Afinal havia ali muito para reagir e muito que explicava o que realmente havia acontecido para aquele abraço exótico de fato ocorrer.

"Não há dúvidas. Ele está apaixonado. E de longe sabe lidar com isso. A dificuldade que ele tem de dar um nome para a relação dos dois é complicada e sem querer termina ofendendo as suas duas filhas. Meu Soyer precisa resolver isso. Para tal imagino que a minha benção vai ser crucial. Tenho certeza que ele se sente culpado. Só que este bobo não entende que o quanto já honrou a minha filha ao limite. Eu o amo muito e quero vê-lo feliz novamente. Afinal Soyer, você pode não saber, mas faz muito tempo que não lhe vejo como genro e sim como um filho. Talvez acabando com esse luto nós possamos deixar isso mais claro. Só que antes preciso compreender um pouco mais esta garota. Ela está muito perdida ainda."

Eu retribuía o abraço com muita força e afeição. Queimava fortemente a energia em meus braços acelerando meu sangue para meu abraço soar bastante quente. Assim a apertava por quase um minuto, quase que nanando ela como uma criança pequena em meus braços. Para então ir lentamente largando. Com a mão direita fazia de leve um carinho no cabelo dela enquanto a respondia com um lindo sorriso no rosto. No final de minha fala levava meu sorriso para Soyer também.

- Tina então. Você é realmente uma flor muito amável, ainda mais com esses seus traços sardenhos. Você vai me chamar só de Lotta e nada mais. Notei o quão apaixonada estás pelas belezas do festival. Sinta-se livre para explorar o lugar com meu genro. Mas saiba querido, mais tarde vou sequestrar ela um pouquinho e mostrar as galerias de arte interna da casa. Quero passar um tempinho com sua flor também, se me deixar, é claro.

Quando aquela conversa terminasse por hora, isso se terminasse. Iria lentamente me afastar sem tirar o sorriso do rosto. Para ir na direção de mais uma taça de vinho. Para em seguida ir em busca de Lucca no estacionamento.
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Danto
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MensagemAssunto: Re: Primeiro Arco de Loretta: Ato III - A Multidão de Solitários   Primeiro Arco de Loretta: Ato III - A Multidão de Solitários - Página 2 I_icon_minitime6/6/2017, 11:19

-É claro que eu deixarei querida! Mas acho que terás que controlar o seu abraço!

Comentava Sebastian com um tom de voz divertido, afinal você conseguia ninar a jovem rosa com bastante liberdade como se o corpo dela não possuísse força alguma! Uma sensação gostosa mas que só poderia ter um único significado: Ela havia entrado em fascínio! Cuidadosamente então você a colocava no chão e via que ela estava de olhos fechados e encolhida, ansiando por sentir o seu calor por horas afinco! Sebastian gentilmente recolhia a prole mais jovem nos braços.

-Loretta, com sua licença sim? Mas quero posteriormente uma longa conversa particular contigo está bem amada?!

Cuidadosamente, seu eterno Sebastian Soyer pedia pela autorização de retirar-se de sua presença, algo que nunca foi necessário mas ele adorava fazer mesmo assim. A admiração que ele nutria por ti era uma constante que jamais cessaria, o homem então conduz a prole de volta à sua casa para não expor ela diante os olhos dos convidados que chegavam.

Você fazia então uma breve caminhada até a parte da frente da casa, aproximando-se dos estacionamentos frontais com uma taça cheia em mãos, bebericando da mesma enquanto se movia livremente pela sua belíssima propriedade. Cada passo revelava ao seus olhos o quão específico e belo havia sido o trabalho de Grazi e de seu sócio, não havia um único local por onde os convidados passariam que não estivesse iluminado e perfeitamente decorado! Assim você chegava nas proximidades das escadarias frontais da sua propriedade e lá estava Lucca a organizar uma staff de valetes que gerenciavam os carros dos convidados que se alinhavam ainda na entrada. Haviam vassalos que serviam Grazi a cuidar pessoalmente dos convidados que eram verificados de acordo com uma lista de presença.

-Boa noite Senhora.

Saudava Lucca que prontamente notava a sua aproximação, o homem usava um terno preto com uma camisa social branca e um conjunto discreto de roupas. Ele sempre escolhia os tons escuros e menos chamativos, Lucca era um homem centrado e mais contido em todas suas ações e reações, mas nem por isso deixava de se mostrar valioso e eficiente.

[Off: Ultima ação para o final do ato]
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MensagemAssunto: Re: Primeiro Arco de Loretta: Ato III - A Multidão de Solitários   Primeiro Arco de Loretta: Ato III - A Multidão de Solitários - Página 2 I_icon_minitime8/6/2017, 14:32

Fazia uma pequena risadinha notando que a pequena adormecia no meu colo. Aquilo logo me trazia uma profunda lembrança de minha própria filha. Que mesmo depois de adulta amava dormir sobre mim. Era um sentimento especial e único. Que aflorava em mim uma profunda vontade de intervir naquele relacionamento dos dois e ajudar a trazer um final feliz com todas as minhas capacidades. Pois aquele final feliz, também me deixaria muito alegre. Afinal esta moça de repente me fez me sentir jovem ao lado de minha Hermínia novamente. E eu não poderia deixar que só este segundo agora fosse o único momento à sentir essa sensação.

Eu então andava perdida naquela pensamento. Levemente me distraindo com todos os detalhes da festa. Olhando para cada pequeno apetrecho colocado. Me animando com cada coisa nova que eu via, sentindo a nostalgia de todos os bons momentos de Florença. Saber que eu podia juntar os elementos bons dos dois lugares que eu tanto amava era uma prova que finais felizes poderiam existir. Enquanto isso não hesitava em prosseguir bebericando de outra taça que pegava. Afinal toda aquela diversão de mais sedo me deixara sedenta e nada melhor que matar a sede com o maravilhoso gosto da terra. Finalmente chegava ao lado de meu vassalo e começava a falar depois de um suave cumprimento.

- Boa noite querido Lucca. Primeiramente lhe agradeço pela ajuda prestada ontem, sua pró atividade me é muito bem vinda. Gostaria de lhe fazer um pedido agora. Eu sei que normalmente seria um dos nossos funcionários à apresentar o quarto para a noite para nossos convidado. Mas no caso do Sebastian Soyer e sua prole, peço que você mesmo apresente o quarto. Pois vou pedir que entregue para eles apenas um quarto, a suite maior com apenas uma cama de casal. Caso ele se incomode simule um mal entendido e só então dê a chave para a segunda suíte. Caso nada seja questionado por ele, apenas deixa a primeira chave. Fora isso, vou pedir que você instrua alguns funcionários à colocarem pétalas de rosa de tonalidade rosada sobre a cama de casal.

Ao término da fala ficava mais um tempo ali no estacionamento bebendo do meu vinho com sangue. Enquanto cumprimentava todos que chegassem. Apenas uma simples recepção. Para só então voltar para a festa e poder aproveitar aquela minha querida casa cheia de pessoas diferentes com inúmeros potenciais diferentes para meu futuro na Toscana.
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MensagemAssunto: Re: Primeiro Arco de Loretta: Ato III - A Multidão de Solitários   Primeiro Arco de Loretta: Ato III - A Multidão de Solitários - Página 2 I_icon_minitime

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