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Narrativas De World of Darkness Estruturadas Nas Versões de 20 Anos
 
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 Thea Edgren - Capítulo I - Ato 2 - Old Connections

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Stian - Narrador

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MensagemAssunto: Thea Edgren - Capítulo I - Ato 2 - Old Connections   Thea Edgren - Capítulo I - Ato 2 - Old Connections I_icon_minitime27/1/2020, 14:58



19 de Janeiro de 2008 - 09:15 p.m. - Toronto Pearson International Airport - Toronto

Aeroporto:

Quanto mais anoitecia, mais frio ficava, embora os corpos dos cainitas tivessem muito mais resistência, era facilmente sentido no rosto o vento cada vez mais gélido.

Adentrando o imenso aeroporto, o vento cessava e amenizava o frio que advinha do lado externo. Embora imensos, os painéis de vidro temperado resistiam muito bem as mudanças bruscas de temperatura e o inverno ainda teria muito para mostrar ao longo dos próximos meses.

Apesar de funcionar dia e noite, o ambiente noturno do aeroporto era silencioso e muito menos movimentado.

Os quatro cainitas andavam a passos rápidos, todos estavam em alerta, qualquer outro vampiro que estivesse por lá, não seria um Membro da Espada e possivelmente alertaria a Camarilla. O aeroporto se localizava a quase 30km do centro da cidade, dentro do território Gangrel e de acesso facilitado para aqueles que vinham do centro ou do interior, através de duas grandes autoestradas.

Não demorou muito até chegaram ao setor de desembarque, os últimos dois voo estavam lotados e havia uma aglomeração de mortais com suas enormes malas de viagem. Perdidos, confusos e barulhentos, muitas pessoas atravessavam os corredores, falando alto nos telefones, carregando bagagens maiores que eles próprios. Sienna verificava o relógio e faltavam apenas alguns minutos, no entanto se mostrava preocupada com aquela quantidade enorme de humanos caminhando ao redor antes da chegada do Priscus.

- Já estão aqui.

Disse calmamente Murray, enquanto apontava para um lado mais afastado da ponte de desembarque, onde dois homens de terno observavam tudo aquilo com uma expressão séria. Ambos eram pálidos como a morte, instintivamente e inconscientemente os mortais desviavam seu trajeto daqueles dois homens.

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Última edição por Stian - Narrador em 14/3/2020, 21:50, editado 1 vez(es)
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Jess

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MensagemAssunto: Re: Thea Edgren - Capítulo I - Ato 2 - Old Connections   Thea Edgren - Capítulo I - Ato 2 - Old Connections I_icon_minitime27/1/2020, 20:33

Sentindo o frio natural da noite aumentar era com calma que eu levantava a gola de meu casaco, um velho habito de proteção, mesmo que não fizesse mais sentido faze-lo ainda era algo que eu não abanadora por completo.

Adentrar no iluminado aeroporto me fazia puxar o ar para os pulmões, a iluminação clara e as diversas superfícies espelhadas do local eram o suficiente para me deixar atenta, afinal a minha besta me esperava a em cada reflexo possível, com isso eu tomava o cuidado de puxar mais a gola do casaco para cima.

“Quanto tempo faz que não entro em um aeroporto?”

Era perdida em meus pensamentos que continuava a seguir o grupo, adentrando sem nenhum empecilho no setor de desembarque, a quantidade de mortais que nos circundava me deixava em alerta. Atenta aos humanos a minha volta eu procurava pelas figuras que deveríamos procurar, porem o apontar de Murray me deixou surpresa, algo que não escondia.

“Adelyn não seria louca de nos dar o horário errado... Deus que essa mulher não queira cavar a cova de mais membros da espada.”

Com calma eu tocava nas costas de Sienna ao comentar de forma educada.

– Sienna, é melhor você falar. Possuis o maior cargo e mais experiência do que nós.

Deixando claro que a seguiria apenas quando esta fosse a frente, meus olhos faziam uma breve vistoria a nossa volta antes de seguir a cainita mais velha.
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MensagemAssunto: Re: Thea Edgren - Capítulo I - Ato 2 - Old Connections   Thea Edgren - Capítulo I - Ato 2 - Old Connections I_icon_minitime11/2/2020, 15:04

A visão dos dois Membros entre todos aqueles mortais levou Sienna a um breve momento de hesitação, percebido por todos os três cainitas que a acompanhavam. O Lasombra e o Nosferatu que lhe acompanhavam, ficaram em silêncio e tentavam não cruzar olhares com os dois ilustres recém-chegados, até que as palavras de Andrews cortaram o silêncio daquele grupo em meio ao burburinho noturno dos mortais presentes que começavam a dissipar-se a medida que encontravam seus destinos dentro daquele imenso aeroporto:

- Mas que merda! Chegamos atrasados e deixamos os chefões esperando...? Uma piada muito ruim.

Todos ignoraram aquela reclamação, mas provavelmente se perguntavam o mesmo. A quanto tempo estavam os dois importantes Membros do Sabá, parados em meio a um aeroporto no centro do território da Camarilla?

Sienna cerrou os punhos e começou a caminhar rapidamente até os dois figurões do Sabá, de punhos cerrados, queixo erguido e peito estufado, parecia estar indo para a guerra. O olhar era feroz e decidido, ele acabava por inspirar vocês, afinal o Sabá não era um lugar para reverenciar os antigos e sim para que todos fossem iguais, frente a opressão e manipulação dos anciões, onde um Neófito seria ouvido assim como um Matusalém.

Conforme a comitiva dos quatros membros do Sabá se aproximava, ambos os homens se viravam para acompanhá-los com os olhos, quando a distância era poucos passos, Sienna iniciou sua apresentação de forma breve:

- Reverendíssimo Senhor Blundell e Senhor Schmidt, a Espada de Toronto, através de nós quatro presentes, lhes deseja boas vindas. Me chamo Sienna Castle, Ductus do Bando Las Noches.

O ancião Ventrue sorriu, demonstrando dentes e presas do mais puro branco que você já havia visto, o outro cainita sequer demonstrou alguma expressão, se mantendo apenas analisando e medindo vocês quatro com os olhos atentos.

- Ductus Sienna, com muito anseio que finalmente lhe conheço. Agradeço pela sua recepção e de seus companheiros, embora acredite que não fazem parte de seu bando.

Ele manteve o sorriso perturbador, era como um serial killer próximo a ceifar a vida de sua próxima vitima, a voz era forte e extremamente ressonante, como se estivesse discursando, embora o som não ultrapassasse o limite de uma conversa comum. Ele posicionava a mão no queixo, olhava ao redor e depois para o Demônio que o acompanhava, uma breve troca de olhares e continuava:

- Agora, se me permitem questionar antes de suas próximas apresentações, sem quebrar nossos protocolos é claro, onde está Sua Excelência, a Bispo Adelyn?

Antes que as várias respostas prováveis pudessem brotar em seus pensamentos, o Lasombra Andrews respondeu rispidamente:

- Ela não pôde vir, está esperando todos no nosso QG. Temos que sair logo desse aeroporto, antes que os infelizes da Camarilla nos percebam.

Rápido além do normal, o Demônio de cabelo e barba ruivas andou em direção a Andrews, parando a pouquíssimos centímetros, ele parecia estar muito irritado com o comentário do Lasombra, esbravejou em voz alta:

- ESTAMOS NO TERRITÓRIO INIMIGO? NOSSO VOO CHEGOU QUASE MEIA HORA ANTES AQUI, AGUARDAMOS SOZINHOS EM PLENO TERRITÓRIO DA CAMARILLA? ALGUÉM AQUI DEVE MUITAS EXPLICAÇÕES PARA...

Ele parou ao ver que o Ventrue havia levantado a mão em sinal para que se acalmasse, os mortais começaram a se entreolhar enquanto o imenso homem gritava e alguns seguranças movimentavam seus rádios. Com o mesmo tom de voz firme, mas agora sem sorrisos, o Ventrue disse enquanto gesticulava para que caminhassem para fora dali:

- Adrien, por favor, mantenha a compostura. Sei de que as respostas virão ainda esta noite. Gostaria de ouvir seus nomes enquanto caminhamos para fora desta armadilha falha.
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Jess

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MensagemAssunto: Re: Thea Edgren - Capítulo I - Ato 2 - Old Connections   Thea Edgren - Capítulo I - Ato 2 - Old Connections I_icon_minitime11/2/2020, 18:28

A hesitação de Sienna me fez puxar o ar para os pulmões, era claro que a chegada adiantada dos dois cainitas não estavam em nossos planos, ou informações. O silencio que se instaurava entre nós foi cortado pela reclamação de Andrews, voltando meus olhos para o Lasombra eu apenas balançava a cabeça comentando de forma rápida, quase seca.

– A sua foi fora de hora.

Os movimentos de Sienna me chamavam a atenção, o brusco e forte cerrar de punhos e uma caminhada decisiva de certa forma aliviavam a tensão que havia se tornado palpável, ainda assim não seria o suficiente para concertar o mal-estar da situação.

“Adelyn escolheu quatro sacrifícios... Tinham que ter certo renome caso contrário seria visto como descaso. Aquela vaca acha mesmo que ninguém vai sair vivo! ”

Atenta entre meus pensamentos, e os mortais a minha volta, era com certo desconforto que observava os dentes e presas alvas do Ventrue, um detalhe que deixava claro sua natureza cainita, embora me deixasse intrigada com o fato dele tê-las a mostra, não seria eu a pergunta-lo sobre isso.

A voz possante de Edmund Blundell me chamou a atenção, seus olhos frios e claramente mal-intencionados faziam com que minha besta permanecesse alerta. O questionamento levantado pelo Priscus me fez engolir em seco, não por não saber a resposta, mas pela resposta abrupta de Andrews e sua boca grande.

“Yolai confia nele mesmo?! Um dia Andrews vai morrer pela boca, como um peixe.”

Os movimentos rápidos daquele que seria o Templário de Edmund me fez olhar em volta, seus gritos começavam a chamar a atenção dos mortais e principalmente dos seguranças que existiam no aeroporto, algo que não me deixava confortável ou feliz.

Diante do simples sinal do Priscus nos indicava que seguíssemos, o tom de voz mais sério e a forma como se comunicava deixava claro que ele entendia os pormenores do que estava acontecendo, ou com um pouco de sorte quem era a verdadeira culpada daquele atraso de nossa parte.

Esperando pelas palavras de Sienna, eu tomava cuidado ao escolher o tom de voz usado para me apresentar, assim como dar tempo para que Andrews e Briggs pudessem fazê-lo antes de mim.

– Sou Thea Edgren, me encontro a nove passos de Caim e sou prole do Inquisidor Yolai Kirienko.

Atenta a minha volta minhas palavras eram rápidas, porém calmas, já meus olhos procuravam pela movimentação dos seguranças, algo que eu imaginava que logo seria feito.

“Sobreviva Thea, sobreviva até o estacionamento...”
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MensagemAssunto: Re: Thea Edgren - Capítulo I - Ato 2 - Old Connections   Thea Edgren - Capítulo I - Ato 2 - Old Connections I_icon_minitime17/2/2020, 21:07

Naqueles inúmeros corredores bem iluminados, os seis cainitas desciam diversos lances de escadas rolantes, dobravam corredores que davam em lanchonetes e praças de alimentação já fechadas pelo horário e algumas ainda abriam com a ideia de que os viajantes noturnos lhes deixassem seus dólares ou outras moedas que tivessem.

Ouvindo a sua apresentação, o Tzimisce olhou-a de cima a baixo e sorriu, finalmente assumindo um tom mais brando e parecendo muito mais amistoso com você, embora ele e o Lasombra vez ou outra trocassem olhares de desprezo desde o fatídico incidente de apresentação, comentou entusiasmado:

- Yolai? Oras! Eu e ele somos conhecidos de longa data, será bom revê-lo e pensar que neste maldito continente pelo menos ainda existem membros de confiança à Espada.

Parecendo contrariado, Andrews parecia fingir que não havia ouvido o comentário do Paladino e se apresentava rapidamente:

- Me chamo Timothy Andrews, prole de Ignácio de Madri e assim como ele, na nona geração do sangue.

Você facilmente identificava aquilo como uma menção a famosa e temida diablerie, conhecida também como Amaranto pelos mais antigos, o fato do Lasombra possui a mesma potência sanguínea de seu próprio Senhor, representava que ele havia usurpado isso de outro vampiro de maior poder, embora na Camarilla tal feito fosse tratado como hediondo e punido com a destruição, no Sabá eram comuns tais práticas que representava para muitos, a aproximação ao primeiro cainita, Caim.

Enquanto as faíscas saídas dos olhos do Tzimisce ainda circundavam e fitavam Andrews, Murray disse rapidamente e com as mesma expressão robótica demonstrada antes no hotel:

- Senhores, sou Briggs Murray, Nosferatu e membro do bando BloodAngels. Em nome de meus irmãos, eu lhes presto as boas vindas.

Chegando a saída principal do aeroporto, a enorme limousine estava aguardando e mais atrás, vocês podiam ver que com os faróis apagados estava o veículo com os carniçais armados e de prontidão, conforme o plano de Sienna.

Alguns passos mais velozes, fizeram Murray parar ao lado da porta e abri-la para todos, assim que os demais Membros estivessem dentro do veículo, observava atentamente ao lado de fora e entrava no veículo, fechando a pesada porta, provavelmente blindada atrás de si.

Após o veículo iniciar o trajeto de volta para o que era o território Sabá na cidade, com sua postura firme sentado ao lado de Adrien, o Ventrue falava utilizando o mesmo tom de voz forte e o sorriso perturbador, já não mostrando mais as presas como anteriormente:

- Apresentações feitas, cumprimos com nosso protocolo. Embora eu próprio acredite que isso seja mais adequado para grandes reuniões e celebrações.

Um breve silêncio, fez com que ele observasse a todos, olhando diretamente para os olhos dos presentes, incluindo seu parceiro de viagem. Observou o horário em um relógio prateado, Rolex era possível ver gravado no meio de tantas pedras incrustadas no adereço, e continuou:

- Não posso ocultar de vocês minha insatisfação com a ausência da Bispo em minha chegada e tampouco mentir dizendo que nos deixar em um Aeroporto no meio da Camarilla seja algo no mínimo, amistoso. Embora conhecida como Pacificadora, a Príncipe daqui não ignoraria o fato da nossa chegada tão facilmente. O que me leva a outro questionamento ainda mais enigmático: Como entramos e saímos com tamanha facilidade deste aeroporto?

A pergunta dele ecoava nas mentes recém despertas de todos, mas a velocidade com que ele continuava e sem pausas, assustava. A eloquência do ancião era gigantesca e vocês todos pareciam presos naquele momento com ele, seus questionamentos pareciam os questionamentos dele e tudo que ele falava, parecia ser a mais pura verdade:

- É mesmo, o primeiro questionamento e com certeza o mais importante, como poderia me esquecer. Voar não é algo comum para alguém com o tempo de não-vida que tenho, seria ridiculamente difícil da maneira com que sou acostumado, cruzar dois continentes para estar aqui. Mas sem delongas e não querendo usufruir muito das capacidades e conhecimentos que possuem a cerca desta cidade muito promissora, diga-se de passagem. Gostaria que todos me deixassem a par dos últimos acontecimentos em Toronto, levando em conta, que a última informação que tenho, é de quando Adelyn tornou-se Bispo através do Arcebispo de Montreal.
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Jess

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MensagemAssunto: Re: Thea Edgren - Capítulo I - Ato 2 - Old Connections   Thea Edgren - Capítulo I - Ato 2 - Old Connections I_icon_minitime18/2/2020, 20:32

Percorrendo aqueles corredores iluminados e vazios em meio ao pequeno grupo me deixava em alerta, locais com muita luz sempre dificultavam a manipulação das sombras e embora eu não fosse a melhor, o simples terror que elas causavam geralmente eram o suficiente para impedir um ataque direto.

A súbita animação de Adrien com o nome de meu senhor me deixava curiosa, porém era sem nenhuma exaltação que eu enfrentava o pequeno estudo do cainita, acenando com leveza era com calma que o respondia de forma rápida porem educada.

– Mandarei seus votos a Kirienko.

Voltando minha atenção para o caminho que percorríamos, eu era pega de surpresa pela informação que Andrews compartilhava, o amaranto que era encarado como um crime imperdoável pela Torre, havia se tornado comum entre os filhos da Espada, eu mesma já havia presenciados desafios que levaram ao ato em si, porém descobrir que Andrews havia feito dava um novo contorno ao cainita, e talvez um novo significado para a confiança de Yolai neste.

“A boca grande dele, será um efeito colateral do amaranto?!

O pequeno mal-estar entre o lasombra e o filho da terra, era impossível de ignorar, porém junto com a apresentação de Briggs nós chegávamos ao primeiro destino, a limusine. Esperando com por minha vez de adentrar ao veículo eu segurava a vontade de apreciar o ar frio da noite, ajeitando meu casaco afim de que ele não fosse sentado por nenhum dos membros ali presentes, eu cruzava as pernas mantendo minhas mãos sobre os joelhos assim como a postura ereta.

Em silencio enquanto o carro começava a se mover, as palavras de Edmundo Blundell eram escutadas com atenção, algo que seria impossível não o fazer já que sua presença exalava uma postura natural de liderança. Diante de seus questionamentos e palavras eu permanecia em silencio, afinal eu não era a mais experiente, muito menos a mais ativa da Espada local, embora Yolai fosse relativamente respeitado pelos membros do Sabá, sua fama não era compartilhada, ou eu fazia questão de que fosse.

“Como Edmund irá reagir ao fato de que nenhum movimento foi feito pela espada nos últimos anos?!”
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MensagemAssunto: Re: Thea Edgren - Capítulo I - Ato 2 - Old Connections   Thea Edgren - Capítulo I - Ato 2 - Old Connections I_icon_minitime28/2/2020, 22:20

Um breve silêncio percorreu todos os presentes, Andrews e Briggs se entreolharam e após isso os olhos dos dois buscaram primeiro você e terminaram em Sienna. Apenas a Lasombra e você mantiveram os olhos fixos no ancião Ventrue e seus questionamentos pertinentes ao objetivo da Espada na cidade.

Sentia-se observada e pressionada a falar, os olhos de Edmund passavam por todos e um a um podiam sentir a influência do Sangue Azul impelindo-os a falar o que sabiam. Até que a Ductus do Las Noches, com palavras firmes e decididas rompia o silêncio do veículo que acelerava forte nas ruas escuras de Toronto:

- Sr. Blundell, as ordens que temos, embora que contrárias ao nosso modus operandi, é de manter o perímetro de nosso território e apenas sitiar os demais domínios da Camarilla. Sinceramente, já questionamos mais de uma vez as atitudes e deliberações da Bispo, mas não tivemos sucesso até o momento.

O tzimisce continuava com o ar irritado de antes, no entanto, parecia refletir sobre as ações que tomariam frente a situação atual, até que comentou para Edmund brevemente e sem demonstrar expressão de preocupação:

- Agora faz muito mais sentido, a Camarilla sequer nos teme, por isso que não havia forte segurança no aeroporto. Provavelmente algum lacaio tenha percebido nossa presença e avisado a Camarilla, mas sequer tentaram mandar alguém para nos interceptar. Chega a ser patético.

O Nosferatu, embora muito mais quieto que seu parceiro Lasombra, comentou com seriedade e ignorando as palavras do Demônio:

- Ainda há o problema dos recém abraçados. Vários focos de ataques estão surgindo pela cidade, resultantes de vários Membros recém abraçados e sem qualquer vínculo. Ao todo, já foram registrados mais de cinquenta ataques, sendo o número bem menor em nosso território, não chegando a vinte. Funcionam sempre igual, alguém recém transformado e tomado pela Besta, invade algum local público e tenta saciar sua sede. Os primeiros foram mortos por Membros ativos do Sabá, inclusive por meu bando. E os últimos após interrogatórios, nada revelaram. Há um boato de que possuem sangue Gangrel.

O Lasombra inicou sua fala logo após o comentário final sobre o sangue Gangrel, complementando as informações de Brigss:

- O que não faz sentido algum, porque o clã dos Selvagens é o mais antigo desta região. Dizem que o Senhor de nossa Bispo encontrou um antigo matusalém Gangrel dominando estas terras quando chegou aqui, séculos atrás. E entre os mais jovens, corre a lenda de que o mesmo está adormecido na própria terra e que um dia se levantará para caçar os responsáveis pela destruição de sua prole mais antiga, o Senescal Paytah. E quem destruiu o Senescal em um incêndio? Pois é, Bispo Adelyn.

O Ventrue após ouvir mais informações, observava o lado de fora, as várias luzes de postes refletindo nos vidros blindados e cheios de adesivos espelhados para observadores externos formavam um tom belo no terno caríssimo de provável origem germânica. Ele demonstrava satisfação com aquelas informações e rapidamente se voltava para você, com um olhar sério e orgulhoso questionando:

- Há algo além do que já foi dito por seus companheiros, que tenha conhecimento? Me diga o que sabe sobre as lideranças da Camarilla na cidade.

Sentia que todos os olhares repousavam em você, enquanto do lado de fora, uma curva fechada fazia a limousine balançar fora do comum, Sienna observava a janela traseira e com três batidas rápidas na parede que dividia os assentos, a mesma abria e o aviso da Lasombra era ouvido por todos:

- Estamos sendo seguidos.
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MensagemAssunto: Re: Thea Edgren - Capítulo I - Ato 2 - Old Connections   Thea Edgren - Capítulo I - Ato 2 - Old Connections I_icon_minitime2/3/2020, 12:37

Sentir os olhos de Andrews e Brigs a olhar para a figura de Sienna e a minha apenas me dava a certeza que de que ambos precisavam de figuras de liderança, algo facilmente encontrado na experiente Lasombra ao meu lado.

“Ilusão pensar que minha atual força se compare a de Sienna. Ainda assim abaixar a cabeça aqui e agora pode ser encarado como fraquesa.”

Era com atenção que eu escutava as palavras de meus aliados, assim como a reação expansiva de Adrien, algo que de certa forma eu conseguia compreender, afinal tanto o Priscus quanto seu Templário ficaram expostos em território inimigo por tempo demais.

Ainda assim cada palavra dita por meus companheiros parecia agradar a figura de Edmund, a dança das luzes em sua roupa poderia ter sido um pequeno divertimento, porém a presença natural do ventrue a nossa frente era um aviso constante de que deveríamos nos manter em alerta, um que logo se fazia presente pela pergunta a mim dirigida.

– Não senhor, as informações passadas por meu companheiros são as mesmas que eu possuo. Já quanto a torre, ela é constituída pelos clãs Toreador, Ventrue, Malkavian, Nosferatu, Tremere e Gangrel, sendo o último originalmente senhores destas terras. Existe um conflito velado entre a Bispo Granholm e a torre, algo que já foi questionado antes, mas ignorado pela mesma, e as mais recentes informações indicam que a três dias a Principe desapareceu, alguns boatos circulam esse desaparecimento com os recentes ataques, mas nada foi confirmado.

O movimento brusco da limusine e os movimentos rápidos de Sienna nos indicavam o pior, ainda assim havia uma pequena chance de evitarmos combate se chegássemos ao território da Espada a tempo.
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MensagemAssunto: Re: Thea Edgren - Capítulo I - Ato 2 - Old Connections   Thea Edgren - Capítulo I - Ato 2 - Old Connections I_icon_minitime7/3/2020, 23:50

Os olhos do Ventrue ancião brilhavam com as novas informações sobre a Camarilla e nenhum dos presentes deixou de perceber quando Adrien sorriu e olhou para Edmund ao ouvir sobre o desaparecimento da Príncipe. Sienna olhou para você e assentiu positivamente, representando mais como um "ótimo trabalho".

Quando o movimento brusco da limousine interrompeu a próxima fala do Priscus, ele observou com calma sobrenatural a atitude de Sienna e ouvindo a confirmação acrescentou brevemente:

- Acho que acordamos alguém naquele aeroporto. Srta. Edgren, suas informações foram realmente de extrema curiosidade para nós, assim como o status apresentado por seus demais companheiros. Uma pena que com tantas brechas na Camarilla, nosso território aqui seja tão pífio.

Você sentia que todos com exceção dos três mais antigos ficaram tensos com a situação, buscavam olhar para as janelas e começaram a ouvir os primeiros disparos de armas de fogo, o veículo fazia movimentos muito bruscos, ouviam-se várias buzinas do lado de fora, a iluminação advinda dos postes passando rapidamente pelos vidros negros demonstrava que estavam muito acima do limite normal de velocidade. Um outro carro, grande e preto passou raspando ao lado e você começou a ouvir o som de granizo, mas eram os projéteis atingindo a blindagem do veículo, aprovada por todos até o momento, pois nenhum dos integrantes foi atingido.

A grande caminhonete preta da equipe de Sienna irrompeu de uma rua lateral e chocou-se violentamente contra o veículo inimigo, jogando-o na calçada onde bateu em um poste. Então alguém no banco dianteiro da limousine começou a atirar também, o som era muito mais audível e apesar de não conhecer nada sobre armas de fogo, sabia identificar uma escopeta quando ouvia o som do recarregar.

A tensão aumentava gradativamente até que o Tzimisce soltou uma maquiavélica gargalhada, ele estava eufórico com todo o ocorrido, embora Sienna estivesse de cenho franzido e obviamente preocupada ela passava informações através de um celular, provavelmente chamando reforços até que estivessem em segurança no território Sabá. Adrien então mencionou em um dialeto que você não conhecia para o Ventrue:

- Wir haben jemanden aufgeweckt!

Houve um momento de calmaria, que embora soubesse da velocidade em excesso, não era mais possível ouvir o som de tiros e não era possível ver a caminhonete com o grupo militar da Lasombra, ao cruzar uma grande avenida, como em um relance você conseguiu visualizar rapidamente dois enormes globos de luz se aproximando a uma velocidade alta e o choque então veio. A limousine capotou três vezes pelo que você pôde contar enquanto o mundo girava dentro daquele enorme caixão de metal blindado e com seis Membros dentro.
Quando o veículo parou, podia ouvir o som de metal rasgando uma saída, e a risada do Paladino havia encerrado. Quando a saída ficou visível, você podia identificar o som vindo dos Pubs noturnos da Wicksteed Avenue, isso lhe trazia um pouco de alivio, pois já estavam dentro do território Sabá. O vidro, não era feito para despedaçar-se, então ele se mantinha em grandes aglomerados de fragmentos presos entre si, caídos como chapas dentro de todos dentro do veículo, inclusive de você.

Off: Teste de Absorção de Dano (contusão). Vigor, Dificuldade: 6.




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MensagemAssunto: Re: Thea Edgren - Capítulo I - Ato 2 - Old Connections   Thea Edgren - Capítulo I - Ato 2 - Old Connections I_icon_minitime9/3/2020, 14:44

Sem ao menos desviar meus olhos da figura do Priscus a nossa frente, eu sentia os olhares lançados por meus companheiros, até mesmo o olhar positivo de Sienna era sentido, porém nenhum movimento era feito para demonstrar algo, não quando o próprio Ventrue ainda estava a falar.

“Nada de novo foi recebido recentemente. Ainda assim seria difícil Edmund não ter essas informações, ele deve estar confirmando o que já sabia.”

A interrupção das palavras do Priscus devido os movimentos bruscos do carro me fizeram olhar pela janela, ali o que acontecia não me agradava em nada, porém dentro do veículo em alta velocidade não havia muito o que ser feito, embora fora deste eu também não fosse uma boa combatente.

“Se a Espada começar a mover forças, ninguém será excluído do combate, preciso colocar essa habilidades em dia”

Sentindo o movimento que o veículo fazia era com rapidez que tirava o celular do bolso, um ataque tão aberto contra uma das lideranças da Espada não poderia ficar sem resposta, caso contrário a Espada que já se via em uma situação fragilizada ruiria sobre o peso disto. Escrevendo uma mensagem para Kirienko eu lhe explicava o mais rápido possível sobre o que estava acontecendo.

Citação :
O veículo que transporta o Priscus está sobre ataque, mande reforços antes que as coisas piorem.

Torcendo para que meu senhor compreendesse que aquele não era meu tom usual, eu ainda apertava os cintos esperando pelo pior. Pior que não demorou a vir, o clarão seguido do rodopiar do carro fez com que meu corpo inteiro encolhesse, por fim eu utilizava os braços para proteger a cabeça afim de me manter consciente.

“Aqueles desgraçados! Eles estão quebrando a própria mascará de merda!”

Era única coisa que eu conseguia pensar quando o carro finalmente parava, o som do metal sendo rasgado ecoava profundamente em minha cabeça, ainda assim o som dos pubs do território da Espada me chamavam a atenção, algo que me dizia que dentro de nosso território haveria alguma resposta, isso se Adelyn já não tivesse se preparado para que isso não ocorresse.

“Aquela vaca!”

Tentando me levantar, eu olhava em volta à procura de meus companheiros, saber se eles estavam em posição de se levantar e começar a fuga era essencial.

Off: teste de Vigor 2d10
Off2: Gasto 1 ponto de sangue para ativar Potencia.
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Dados

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MensagemAssunto: Re: Thea Edgren - Capítulo I - Ato 2 - Old Connections   Thea Edgren - Capítulo I - Ato 2 - Old Connections I_icon_minitime9/3/2020, 14:44

O membro 'Jess' realizou a seguinte ação: Rolagem de Dados


'D10' : 1, 8
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MensagemAssunto: Re: Thea Edgren - Capítulo I - Ato 2 - Old Connections   Thea Edgren - Capítulo I - Ato 2 - Old Connections I_icon_minitime14/3/2020, 21:46

Tentando organizar os pensamentos após a concussão que havia sofrido, conseguia visualizar a figura de Edmund abaixado ao lado do enorme buraco que havia se criado onde existia a porta do veículo, do lado de fora alguns gritos de dor e som de tiros. O Ventrue fazia sinal para que os ocupantes que ainda estavam no interior do carro saíssem logo. Além de você, podia ver Andrews arrastando um Murray preso ao sinto e desacordado em direção a porta de saída, nem Sienna e nem o Paladino estavam mais no veículo.

Você soltava o sinto para que o corpo de Murray caísse no teto do veículo, que estava de ponta cabeça, revelando uma forma horrenda do cainita, que parecia muito com um paciente de ala de queimaduras de terceiro grau de algum hospital. Era uma figura horripilante e medonha, saída dos seus piores pesadelos e muito semelhante a figura que habitava seu próprio reflexo.

Andrews fez uma cara feia, mas continuou puxando o Nosferatu até a saída e lhe esticou o braço. O puxão veio forte e você sentia que além de você, a disciplina dos Lasombra estava ativada nele também.

Fora do veículo, a visão parecia um campo de guerrilha, havia um enorme caminhão parado a vários metros da limousine, ele estava muito danificado e provavelmente havia sido utilizado para tirar da pista  o veículo que os Membros do Sabá estavam. Havia duas pickups e cerca de uma dúzia de corpos atirados pela rua, marcas de asfixia e grande talhos na base do pescoço e tórax podiam ser comumente vistos. O cheiro de sangue lhe entrava pelas narinas e colocando a mão na têmpora, você sentia que havia um certo trauma, ocasionado pelo choque dos veículos.

Sienna então brotava por entre as pickups, seu tentáculo feito inteiramente de sombras ordenadas à sua vontade arrastava pelo pescoço um homem praticamente inconsciente. Do outro lado do veículo, surgia Adrien coberto de sangue, uma sorriso maligno estampado no rosto. Andrews havia retirado o sobretudo e colocava por cima do Nosferatu, ficando apenas com uma regata surrada, e após isso colocava o mesmo sobre o ombro.

Ao longe, o som dos pubs cessava e era possível ver que várias pessoas saíam a rua tentando identificar o que havia acontecido.

Off: 1 ponto de dano de contusão.
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Jess

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MensagemAssunto: Re: Thea Edgren - Capítulo I - Ato 2 - Old Connections   Thea Edgren - Capítulo I - Ato 2 - Old Connections I_icon_minitime18/3/2020, 22:16

De olhos fechados eu sentia meu mundo parar de balançar e chacoalhar como um brinquedo na mão de uma criança, abrir meus olhos não melhorou a situação, mas pelo menos me indicava que Edmund estava inteiro, e a clara falta de Sienna e Adrien se fazia claro.

“Eles devem estar fazendo o que sabem de melhor!”

Abrindo o cinto que me mantinha segura no banco, era com certa destreza que eu tocava o chão com os pés sem cair, a visão da face Murray teria me feito chiar, mas a preocupação de ve-lo desacordado era maior do que o medo, embora a face arruinada me lembrasse muito a de minha besta.

Engolindo em seco eu agradecia mentalmente o fato de Andrews cobrir o corpo de Murray, aceitando sua ajuda para sair o carro, o puxão mais forte teria me assustado se o conhecimento das disciplinas de nosso clã não me viesse a mente. Olhando a nossa volta eu estudava a situação chamativa, ainda mais com a aparição de Sienna e seu tentáculo e Adrien com sua louca risada.

– Já estamos em nosso território, uma das áreas de caça fica aqui perto. Pode ser o melhor lugar para reagrupar!

Eu dizia a Edmund enquanto puxava o sobretudo de de Andrews afim de garantir que a face de Murray estivesse bem escondida, olhando para o Lasombra a minha frente eu perguntava de maneira simples e rápida.

– Consegue esconde-lo? Ele vai chamar atenção demais, um brinde pra que já estamos chamando!

Esperando pela resposta de Edmund, eu procurava pelo meu celular, embora não houvessem reais esperanças de que ele ainda estivesse no bolso, embora a sensação incomoda em minha tempora deixassem claro que essa esperança não tinha fundamento nenhum.

“Tomara que Yolai esteja se movendo!”

Passando a mão pela lateral da cabeça eu concentrava o fluxo de sangue na região afim de fazer com que o incomodo cessa-se por completo.

Off: Gasto 1 ponto de sangue para curar o ferimento.
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MensagemAssunto: Re: Thea Edgren - Capítulo I - Ato 2 - Old Connections   Thea Edgren - Capítulo I - Ato 2 - Old Connections I_icon_minitime19/5/2020, 22:26

As cenas de combate ainda lhe chocavam, apesar do bom tempo como cainita, não era apreciadora de combate, era uma Membro mais política da Espada, e lembrava-se de nunca ter entrado em uma briga.

Sentia claramente a diferença de poder dos mais antigos frente aos neófitos, os humanos não passavam de cadáveres espalhados pelo chão inertes depois de encontrarem-se com os dons vampiros.

A Ductus Lasombra ouvia com atenção suas palavras sobre o local de caça e confirmava afirmativamente com a cabeça, os dois Membros recém-chegados não questionavam a solução e Andrews colocava-se a carregar aquele aglomerado de feridas e pústulas encoberto por um casaco que era Murray.

- Este aqui vai conosco, precisamos saber quem ordenou esse ataque. Uma retaliação deverá acontecer.

Disse uma impaciente Sienna, enquanto movia o carniçal capturado com o tentáculo e o jogava sobre o ombro, dissolvendo assim a criação feita integralmente de sombras e sua própria vontade.

O Paladino retirava o terno sujo de sangue e o deixava no chão, dobrava as mangas da camisa social que utilizava por baixo até os cotovelos e apresentava dezenas de tatuagens com significados que você não tinha conhecimento, embora podia entender que remetiam de muitos anos atrás, pelas caligrafias e método utilizado para a "gravação".

Caminhando alguns quarteirões, chegavam a um pub de requinte, que era utilizado muito pelo Sabá como local de Caça, chamava-se ironicamente White Collar Avenger. O segurança do local conhecia alguns de vocês e facilitava a passagem para o local, enquanto entravam, sentia a vibração no telefone no bolso. Verificando a mensagem, era Kirienko:

- Estamos a caminho, aguente firme Thea.

Enquanto acalmavam-se os ânimos, um dos atacantes era arremessado violentamente contra uma cadeira e chutado por Sienna na sequência, havia sido disponibilizado uma espécie de camarote sobre um mezanino fechado para todos os Membros. Um humano gordo e claramente o dono do estabelecimento mostrava-se muito nervoso com a presença de todos ali e também fazia perguntas aos seguranças nas portas através de um comunicador.

O White Collar Avenger era um dos maiores locais de caça do Sabá no pequeno território destinado a eles. Perdia apenas para os domínios da Bispo Adelyn, no SoundGarden Atelier, o maior ponto de encontro do distrito inteiro.

Murray despertava e logo tratava de fazer desaparecer a aparência amaldiçoada do clã, dando espaço a mesma face que adotava antes do acidente. Falava algumas palavras em agradecimento a Andrews e aproximava-se de você, educadamente e objetivo como sempre:

- Srta. Edgren, agradeço pela ajuda. Os BloodAngels não esquecerão seu ato.

Sienna, Edmund e Adrien mantinham-se conversando reservadamente, vez ou outra a Lasombra esboçava uma raiva contida, os olhos de Adrien olhavam para você analisando algo e Edmund tornava a sorrir como se fosse o diabo planejando a próxima profanação. Embora a raiva e as atitudes da Lasombra e do Tzimisce colocassem um certo temor em todos, os olhos de Edmund eram intensos e agoniantes. Era difícil manter contato visual, pareciam ler todos e saber de tudo, e transpareciam maldade encarnada.

Um momento de silêncio e todos olharam para a enorme porta dupla da entrada, a música parou repentinamente e por ela adentraram figuras muito familiares da Espada, mas não significava tranquilidade, parecia que aquela noite não acabaria tão cedo.

Entravam pela enorme porta a Bispo Adelyn, Mark James Ductus dos BloodAngels e David Hall, prole da Bispo e tido como seu braço direito.

Você sentia Andrews chegar as suas costas, colocava o casaco mantendo o olhar firme para as figuras recém chegadas, você sentia a mão dele firme sobre o seu ombro, um gesto de empatia não conhecido ainda e num tom sério comentava com você:

- Dançarina, vamos ver o que o furacão nos trouxe agora...

Membros da Espada:
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MensagemAssunto: Re: Thea Edgren - Capítulo I - Ato 2 - Old Connections   Thea Edgren - Capítulo I - Ato 2 - Old Connections I_icon_minitime1/6/2020, 23:09

O impacto do carro e das mortes a minha volta ainda afetavam meu raciocínio, a diferença gritante de forças e poder entre os mais velhos e as figuras mais próximas de minha geração também não ajudavam a fazer com que meu raciocínio voltasse a sua normalidade, porém o concordar de Sienna sobre o local de reagrupamento me deixava ao menos aliviada, já que ali no meio da rua chamávamos atenção.

“Seria loucura se enfiarem mais dentro do território da Espada, pelo menos ganhamos alguns minutos de descanso antes que mais merda exploda no nosso colo.”

Movendo-me ao lado de Andrews eu não esperava para ver Sienna simplesmente catar um dos caniçais sobreviventes do ataque, minha mente se preocupava em manter a face nada agradável de Murray escondida sobre o casaco, algo que pelo menos nos ajudaria a entrar na área de caça com menos atenção a nossa volta.

“Espero que a casa não esteja muito cheia hoje... Tem chance de cabeças rolarem, muitas cabeças.”

Em silencio meus olhos estudavam o estado daqueles que estavam a minha volta, o simples gesto de Adrien de retirar o paletó cheio de sangue e dobrar as mangas de sua camisa não me passavam despercebidos, principalmente pela coleção única de tatuagens apresentadas em seus braços, ainda assim minha atenção se voltava para o caminho que seguíamos, um caminho ao qual eu conhecia bem.

Chegar no White Collar me teria arrancado um suspiro, porém as presenças a minha volta era um empecilho para que as raras reações humanas fossem feitas sem cuidado, reconhecer a face do segurança, porém me fez relaxar um pouco, o suficiente para não ter que forçar a entrada quando o próprio dono do estabelecimento se mostrava tão nervoso e sem reação.

O vibrar do celular em meu bolso me surpreendeu, retirando o aparelho um meio sorriso era formado ao reconhecer o número e a mensagem de apoio de Yolai, tomando o cuidado de responder, meu próprio senhor, eu enviava uma mensagem rápida porem esclarecedora.

Citação :
Estamos no White Collar.

Adentrar no camarote que nos era cedido me fazia puxar o ar do local apenas uma vez, apenas para que meus pensamentos voltassem a normalidade, indicando a Andrews um dos sofás para que este depositasse o corpo de Murray, eu procurava um lugar para me sentar e pela primeira vez depois do acidente me preocupar com o sangue da ferida que havia sofrido e agora já se encontrava fechada.

Era com um lenço retirado de meu casaco que eu tomava o cuidado de limpar meu cabelo claro, o despertar de Murray e o retorno de sua aparência mais humanizada eram notados enquanto eu executava minha ação, porém quando este se aproximou era com educação que eu guardava o lenço e lhe respondia:

– Não se preocupe com isso Murray, fiz o que qualquer filho da Espada deveria fazer por seus irmãos. Apenas lembre-se de mim quando for necessário.

Com calma eu apertava de leve o braço deste demonstrando meu respeito por sua figura, minha atenção é claro não ignorava os olhares de Adrien ou o sorriso de maldoso de Edmund, algo que me deixava inquieta, me aproximando de uma das janelas eu me apoiava na parede mais próxima apenas para observar o movimento do local, procurando por faces conhecidas e até mesmo os movimentos dos seguranças em uma tentativa de ignorar a presença perturbadoramente forte de Edmund e seu Templário.

“Que bela recepção de boas vindas eles tiveram...”

O silencio da boate me fez arrumar a postura, já que ele era acompanhado por presenças muito especificas, a entrada da Bispo Adelin e sua prole me deixavam mais inquieta, porém o toque em meu ombro me surpreendia e de certa forma me ajudava a concentrar meus pensamentos, olhando para Andrews um sorriso sarcástico se formava em meus lábios ao retirar sua mão de meu ombro com um gesto leve.

– Vamos torcer para que nossas mentes fiquem intactas depois desse furacão, porque os dois vendavais que estão para se chocar são especialistas em dominação, as chances de respingos caírem em nós é grande.

Verificando meu celular em busca de algum sinal de Yolai, era com um suspiro que eu fazia um sinal para Andrews afim de nos aproximar dos demais membros ali a espera.

“Será que ela vai ter a cara de pau de nos culpar?”
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