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Narrativas De World of Darkness Estruturadas Nas Versões de 20 Anos
 
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 2º Arco - 3º Ato: Narrativa de George Deschamps

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Danto
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MensagemAssunto: 2º Arco - 3º Ato: Narrativa de George Deschamps    2º Arco - 3º Ato: Narrativa de George Deschamps   I_icon_minitime6/11/2022, 00:01


Domínio da Linhagem de Severus:
12 de Maio de 1580 (Fim de Noite)
Marselha - Chateau de Severus

Os passos em direção aos prédios militares das terras de Severus começaram de uma maneira inesperada, a notícia apresentada como uma surpresa confusa e sem contexto por Lucinde o pegava desarmado e desatento, haviam incontáveis perguntas assombrando sua mente, todas elas sem respostas. E a ausência de clareza piorava quando seus questionamentos direcionados a Lucinde eram respondidos unicamente com um erguer e recolher de ombros, indicando indiferença e desconhecimento.

-Eu sinceramente não sei, não tive muito interesse em saber as origens dela. A mesma chegou a duas noites, faminta, ferida e com muitas informações importantes, a situação pelas regiões distantes dos centros urbanos parece violenta e perigosa, especialmente nos campos. Escute o que ela tem a dizer...

Indicava a jovem Ventrue que você havia conhecido a pouco tempo, antes de se direcionar a porta da entrada da armoraria e a abrir, revelando o interior de madeira do local. E seus elementos típicos de uma forja adaptada para a produção e reparo de itens exclusivamente militares.

Armoraria:

A porta era aberta e o os detalhes do interior do ambiente pareciam desfocados, menos importantes, adereços que apenas faziam composição para uma visão que abalava seus joelhos e colocava o seu cerne em cheque... Pois das sombras próximas do centro daquele salão, a figura feminina se esgueirava curiosa para observar a entrada de vocês.

Um corpo que você conhecia, era sua esposa ou melhor... O corpo que outrora fora da sua primeira esposa, pois agora o corpo trazia consigo uma pintura de guerra, marcas de batalhas violentas, manchas de sangue por todas as partes. Segurando uma lança em mãos os olhos da mulher pulsavam e vibravam com os olhos de um lobo, amarelados e selvagens, eles pareciam reconhecer a sua face imediatamente e como um animal acuado, a mulher se armava em uma postura defensiva, apontando a lança na direção de vocês.

-Que tipo de traição é essa? É um algum tipo de truque sórdido? Explique a presença desse homem!

Era a voz de Louise! Mas a mãe de família havia se transformado em uma guerreira, uma criatura selvagem e aparentemente furiosa!

-Eu sei, eu sei, pode parecer estranho demais. Porém, é verdade. Me perdoe pela falta de delicadeza com essa situação, mas não temos tempo suficiente para desvios de percursos... Sim Louise, esse é o próprio George.

Dizia Lucinde que se virava para você e dizia praticamente a mesma fala:

-Sim, é verdade, essa a Louise. Me desculpe, mas eu não estou fazendo nenhum tipo de jogo com vocês dois. A realidade é que nós temos o mesmo inimigo a derrotar...

A figura selvagem, suja e ensanguentada de Louise abaixava a lança vagarosamente, sem tirar os olhos da sua face.

-É quase como olhar diretamente para minhas memórias refletidas nas margens do rio, porém, com essas roupas e postura... É como olhar para meus pesadelos mais reais das recentes noites. Então foi por isso que você abandonou tudo? Para se transformar em algum tipo de nobre herdeiro ou carregar o brasão da casa dos bruxos usurpadores? Sempre um soldado.

As palavras amargas de Louise atravessavam o ar com a pressão de uma flecha, cortando seus ouvidos em uma velocidade atordoante. Fechando um dos punhos ele erguia a cabeça e o encarava, começando a andar na sua direção e parando a sua frente, mais perto do que você esperava.

-Nenhum deles sobreviveu.

Eram as palavras mais pesadas que caiam dos céus como trovões anunciando uma verdadeira tragédia. A mão direita de Louise que antes segurava a lança agora era estendida e tocava o centro do seu peito, abrindo totalmente a mão por cima do seu coração, ela esticava os dedos e olhava no fundo dos seus olhos.

-Na noite do meu abraço, um grupo de mercenários invadiram a nossa casa. Ninguém esperava, foi brutal e rápido. Entre os mercenários havia uma face conhecida, aqueles malditos olhos... Guilles estava com eles... Ele estava a sua procura. Se meu Senhor não tivesse farejado o cheiro de sangue naquela madrugada eu também teria encontrado meu fim, pois ele fez questão de não me executar.

Ela falava com uma dor profunda de uma mãe e então fechava o punho por cima do seu coração e olhava no fundo dos seus olhos.

-Todos vão pagar pelo que fizeram!

Lucinde então completava:

-Guiilles tem movimentado uma tropa de vampiros autarcas na região, como um bando de monstros, eles tem realizados ataques sistemáticos e devorado alguns membros. Com o apoio do Sabá, esses ataques tem ganhado simpatia entre muitos jovens e os números deles só cressem nas ultimas noites...
Louise Guyot:
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MensagemAssunto: Re: 2º Arco - 3º Ato: Narrativa de George Deschamps    2º Arco - 3º Ato: Narrativa de George Deschamps   I_icon_minitime12/11/2022, 18:05

Em silencio, caminhava com afinco na direção da armoraria que Louise estava. Naquele momento, meus pensamentos estavam unicamente focados no fato da minha antiga esposa estar no recinto e no porque ela estava ali. Em alguns momentos, eu até mesmo pensava se aquilo não seria uma armadilha de Lucinde e, por isso, não a respondia e nem mesmo reagia ao que ela dizia no caminho.

Fazia muito tempo que eu não sentia aquele tipo de emoção. Uma ansiedade sem igual me dominava e quase me fazia disparar com minha rapidez na direção da armoraria. Usando toda minha força de vontade, eu conseguia me segurar, mas isso não me impedia de ser o primeiro ao chegar no local e abrir a porta do mesmo com força.

Para minha surpresa, Lucinde não estava brincando ou muito menos me emboscando com uma mentira. Apesar de ser uma mulher completamente diferente, aquela ainda era Louise e a visão da mesma me petrificava. Parado, olhando na direção da mesma, minha cabeça trabalhava para processar aquela informação. “Não pode ser. Ela realmente está aqui. Não só isso, ela realmente é uma cainita  e com a mesma aparência de trinta anos atrás.  Isso significa que…”

Por um momento, eu não conseguia falar e nem reagir ao que as duas estavam falando. Assim como ela mesma falava, era como olhar para uma assombração que nem em meus piores pesadelos poderia acontecer. Louise havia realmente sido abraçada e muito provavelmente na mesma época que eu. Além disso, uma dúvida não saia da minha cabeça, mas eu não precisava pensar muito para saber a resposta dela.

“Não. Não!” Abrindo a boca em descrença, as palavras de Louise soavam como a própria morte, no caso, as dos meus filhos. Minha mão esquerda inconscientemente alcançava a mão dela que formava um punho em meu peito enquanto minha mão direita tocava-lhe o rosto e por muito pouco eu não chorava. Olhando-a diretamente nos olhos eu ouvia toda a história enquanto minha expressão de sofrimento se transformava em raiva.

Mordendo meu próprio lábio, as veias do meu rosto saltavam e minhas presas apareciam. Apesar de saber o desenrolar da noite do meu abraço, eu nunca tinha ouvido sobre esse lado da história e toda a culpa das minhas ações recaiam sob meus ombros de uma só vez. - Essa luta não é só sua e pode ter certeza que Gilles vai sofrer… - As palavras saiam de maneira ríspida de minha boca. Falar o nome daquele ser agora era mais do que desprezo, era uma repulsa igual a que sentia por Kadira.

No entanto, era a fala de Lucinde que me trazia para a realidade e me acalmava um pouco, ou melhor, me ajudava a retomar o controle do meu corpo para me acalmar e voltar a ser o homem calmo e concentrado que era. Soltando Louise, me afastava um pouco, virando de costas, saindo da porta da armoraria para olhar na direção do céu. Ali eu ponderava por um momento para em seguida voltar a falar. - Peço desculpas por ter abandonado-os em um momento como aquele, mas nunca havia passado em minha cabeça que ele faria isso e eu sempre imaginei que meu distanciamento seria mais benéfico para você e para nossos filhos.

Me virando de volta para as duas mulheres, meus olhos ficavam-se nos de Louise para continuar a falar. - E como você falou, eu não sou mais o mesmo homem de antes. Não sou mais um escravo do meu senhorio e sou dono do meu próprio destino. Assim como você, hoje eu escolhi e luto pelo meu destino. - Já bem mais controlado, eu voltei minha postura mais nobre que Louise havia criticado há pouco tempo. - Pelo visto Gille já está em ação a muito tempo. Temos que ser ainda mais rápidos e felizmente eu acredito que temos provas mais do que necessárias para alertar e movimentar a Camarilla.

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MensagemAssunto: Re: 2º Arco - 3º Ato: Narrativa de George Deschamps    2º Arco - 3º Ato: Narrativa de George Deschamps   I_icon_minitime13/11/2022, 17:23

Lucinde observava as interações entre você e sua antiga esposa com atenção e preocupação. A mesma parecia confusa e incerta em como lidar com a intensidade das primeiras trocas de olhares e especialmente quando vocês se tocavam daquela forma, a Ventrue estava inquieta e por reflexo dessa tensão, a mão dela não deixava a bainha da espada, nem por um único segundo.

As duas mulheres olhavam o seu deslocamento para a entrada da armoraria e reagiam de formas distintas, enquanto Lucinde permanecia parada nervosamente atenta, Louise desenhava um pequeno sorriso no rosto e o acompanhava para atravessar a porta, passando pelo seu lado e ficando totalmente exposta ao lado externo, caminhando descalça por cima do gramado ela abria cinco passos de distancia enquanto ouvia as suas palavras, para retornar e se posicionar na sua frente.

-O nosso passado foi marcado pela servidão. Eu entendo perfeitamente isso, mas essas mágoas e cicatrizes hoje alimentam a minha fúria, existe uma violência primal dentro do meu coração, todas as noites que fecho meus olhos me lembro da invasão daqueles homens covardes, da voz do seu antigo Senhorio... Eu não escolhi lutar pelo meu destino, George, eu fui forjada no sangue dessa guerra.

Lucinde enfim se manifestava.

-Nós precisamos ser inteligentes em nossos próximos passos. Sim, temos provas suficientes para levarmos até a corte, mas nossos inimigos também sabem disso. Eles tentarão nos impedir de acessar a corte, por tanto, posso presumir que eles estejam armando emboscas e se estruturando em torno das entradas rurais da cidade. Temos a sorte de hoje sentar sobre o trono da nossa corte uma Guerreira implacável, mas antes dessa força começar a se movimentar, precisamos apontar com precisão os inimigos.

Fazendo uma curta pausa, Lucinde tomava a liberdade de se aproximar.

-Por isso enviamos o convite a vocês, da Casa Tremere. Acreditamos que tenhamos uma feiticeira, mas precisamente, uma necromante poderosa localizada dentro de Marseille e através dela, usando meios mágicos e não convencionais, possamos trocar informações diretas com a Príncipe. Essa Necromante se chama Isabella Rossellini. Aqui, nas zoans rurais, já temos contatos firmes com a linhagem Ventrue de Alexander e uma forte aliança. Eles estão em contato com vários antigos aliados de poder. Eles vão fornecer a ajuda política necessária, nós estamos fornecendo as forças militares e estratégias de ação. Por isso eu preciso fazer essa pergunta...

Com cuidado, Lucinde então perguntava:

-Cecile, é prole do Barão Anarquista de Provença. Gilles Broullat é prole do Arcebispo de Provença... Ambos são nossos inimigos. Mas o Sabá é um inimigo muito pior e desumano... George, existe alguma possibilidade de usarmos Cecile e sua posição ao nosso favor? Você teria o estômago para esse jogo? Pois em teoria, as forças do Anarquismo respeitam as leis da Camarilla e o Barão Anarquista quer maior reconhecimento para seus subordinados, enquanto o Arcebispo do Sabá quer dominar e conquistar nossas terras.
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MensagemAssunto: Re: 2º Arco - 3º Ato: Narrativa de George Deschamps    2º Arco - 3º Ato: Narrativa de George Deschamps   I_icon_minitime19/11/2022, 19:11

Quando Louise se aproximava de mim, colocando-se ao meu lado do lado de fora da armoraria, meus olhos logo encontravam com o rosto dela para acenar em concordância após ouvir sua fala. - Essa guerra forjou muitos de nós, incluindo você e eu, mas também será o fim de muitos outros. Gilles é um daqueles que verá o futuro, pois sua cabeça vai rolar. - Além de Kadira, Gilles agora era uma das minhas maiores prioridades antes mesmo da guerra começar, agora, além da rivalidade entre nossos clãs, existia algo muito maior e somente um de nós poderia sobreviver.

Após minha resposta a Louise, era a vez de Lucinde se aproximar e falar e mais uma vez, a mulher mostrava quem realmente era. Diferente da impressão inicial que havia tido dela, Lucinde era muito mais Ventrue do que aparentava ser. Claro, ela possuía o estilo diferente dela, mas o sangue azul ainda falava muito alto. Calmamente, sem expor nenhuma expressão, eu a observava falar.

“Por isso que ela tinha mencionado Cecile antes. Ela já estava ponderando sobre a situação de todas as peças do tabuleiro desta guerra. Mas ela não está errada, a influência e o poder do barão é importante e pode ser o desequilíbrio ganhador dessa guerra.” Era somente após pensar com calma no que estava acontecendo que a sensação de ter sido manipulado finalmente batia.

Lucinde não era alguém que dava um ponto sem dar o nó e era exatamente aquilo que ela estava fazendo. Um leve sorriso surgia no canto de meu rosto, mas eu prontamente tratava de esconder colocando a mão sobre a boca e queixo enquanto pensava. “Ainda assim, usar Cecile não é algo tão simples e que vai trazer a certeza do Barão ao nosso lado. Tudo bem que o clã Ventrue possui uma das maiores influências na Camarilla, se não a maior, mas não podemos negociar em nome de toda a seita.”

Depois de ponderar, o ar enchia meus pulmões em uma respiração pesada e minhas mãos voltaram a se entrelaçar atrás de meu corpo enquanto meus olhos se voltavam para Lucinde. - Como você está pensando em usar Cecile? Porque se você está pensando em usar o vínculo que eu e ela tivemos no passado para influenciar sua decisão e, consequentemente, a do barão, eu não acredito que isso possa realmente funcionar. Como eu falei antes, minha relação com Cecile era uma troca. Eu a usava e ela me usava, não existiu amor alí… foi apenas uma necessidade de ambos. Mas se você estiver pensando em algo mais, eu não me incomodo nem um pouco em te acompanhar até eles. - De uma forma fria eu falava a verdade.

Se Lucinde realmente queria explorar algum laço que eu tivesse com Cecile, ela estaria perdendo tempo e eu era o mais honesto possível naquela situação. - Além do mais, se o barão quer mais reconhecimento por parte da Camarilla, nenhum de nós aqui está em posição de negociar isso, a menos que você também tenha uma carta na manga. - Respondia mais uma vez na direção de Lucinde. Porém, após falar, um sorriso empolgado surgia no meu rosto e minha mão encontrava a bainha da espada.

- Agora… se você me perguntar o que devemos fazer, além de toda movimentação política, eu sugeriria atacar imediatamente. Veja, Gilles e o Sabá já estão esperando uma movimentação em conjunto da Camarilla, então eles já estão esperando que fiquemos em nossos palácios aguardando os reforços enquanto eles estão por aí emboscando e reduzindo nossos números. - Fazendo uma pausa, meus olhos alteravam entre Lucinde e Louise. - Sabemos que Gilles está usando a região de Arles como seu domínio e o Sabá com certeza tem interesse na região. Minha sugestão é encontrar potenciais alvos e causar o caos na região, nem que isso signifique queimar o porto por inteiro para impedir reforços ou encontrar os pontos de encontros desses cultos e atear fogo com eles dentro ou pior. O ponto é, Gilles não é o unico que conhece a região… - Meus olhos novamente se voltavam para Louise, afinal, eu e ela fomos criados na cidade e vimos os dois extremos dela.

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MensagemAssunto: Re: 2º Arco - 3º Ato: Narrativa de George Deschamps    2º Arco - 3º Ato: Narrativa de George Deschamps   I_icon_minitime26/11/2022, 03:08

-Não tenho a menor paciência pra tanta política, sangue demais foi derramado para que essas curvas e desvios sejam considerados. É matar ou morrer.

Afirmava Louise com um tom sério de voz, olhando seriamente na sua direção e em seguida voltando a face na direção de Lucinde, passando a encarar a pequena e loira herdeira de Serverus. Lucinde se mantinha calma, movimentando levemente a cabeça, ela indicava que ouvia todas as suas manifestações e recuando um passo para trás, ela começava a falar.

-Não, eu não imaginaria usar nenhum tipo de sentimento como o amor para essa situação, não é algo que faz parte da minha índole. Porém, eu devo concordar com vocês...

Levando a mão até a própria espada, a jovem Ventrue afirmava com convicção:

-Precisamos atacar o mais rápido possível e de maneira definitiva. Porém, eu tenho sim um trunfo, por assim dizer. Mas antes disso, esclarecendo sobre Cecile, meu objetivo real era de usá-la para desequilibrar o nosso inimigo, afinal, ela deve ter maiores informações pessoais sobre o mesmo. E não somente isso, eu sei que essa luta é pessoal para vocês e ela fez parte dessa história, acredito que seja mais inteligente ter ela e os anarquistas locais ao nosso lado contra o Sabá e realizar esse ataque com o máximo de reforços possíveis. Ou seja, meu objetivo era usar seu nome da mesma forma que usei o nome de Louise para conseguir essa reunião. Entende?

Questionava Lucinde.

-Mesmo sem terem me perguntado, eu sou contra. Por mim, que os anarquistas e os Sabá tenham o mesmo destino, são covardes e ardilosos.

Afirmava Louise.

-Precisamos ser estratégicos e lidar com uma ameaça por vez, os Sabá tem transformado a nossa terra, os nossos lares, em verdadeiros campos de sangue e corrupção. Deixamos o futuro guardado onde ele pertence e vamos dedicar nossas forças no presente.

Contrariada, Louise sinalizava positivamente com a cabeça, indicando que havia entendido e concordado com a situação.

-Podemos cavalgar agora na direção de Cecile, sim eu sei onde ela alguns outros Anarquistas fazem seu refúgio. Chagariamos em menos de vinte minutos e de lá, podemos marchar ainda essa noite contra Gilles... Mas talvez seja inteligente levar a sua feiticeira conosco.

Afirmava Lucinde, que agora esperava sua resposta final sobre o assunto.
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MensagemAssunto: Re: 2º Arco - 3º Ato: Narrativa de George Deschamps    2º Arco - 3º Ato: Narrativa de George Deschamps   I_icon_minitime3/12/2022, 16:13

A reação inicial de Louise dizia muito sobre quem ela era desde antes do abraço. Uma mulher cabeça dura que não tinha paciência e muito menos interesse em determinados assuntos. Ouvir a resposta dela me trazia lembranças e me fazia esboçar um sorriso no rosto. “Mesmo depois do abraço ela não mudou nada. A teimosia e determinação dessa mulher são admiráveis, para não dizer temível.”

Ainda em silêncio, deixava os pensamentos nostálgicos para trás para ouvir a resposta de Lucinde sobre meus questionamentos. Era com uma expressão neutra e séria que a ouvia. Apesar de não demonstrar uma reação mais expressiva, não deixava de balançar a cabeça positivamente, para confirmar que estava entendendo o que ela dizia. “Os anarquistas podem facilmente desequilibrar a balança da guerra e por se manterem neutros eles ainda podem agir com mais descrição que o Sabá. Mas será mesmo a melhor opção irmos até Cecile?”

Antes mesmo de poder expor minha opinião, era Louise que tomava a dianteira para se recusar e se colocar contra a ideia. Honestamente, aquela também não era minha ideia preferida, afinal eu confiava pouquíssimo nos anarquistas e ainda menos em Cecile. Por fim eu me abstive de responder e esperei Lucinde terminar o raciocínio e de falar todo o plano que ela tinha em mente.

Colocando as mãos atrás do tronco, eu olhava na direção das duas mulheres enquanto pensava sobre o que havia escutado. - Muito bem. Não sei que tipo de trunfo você tem sobre ela, mas deve ser algo realmente muito bom para estar confiante que ela vai se juntar a nós com isso. Também não gosto da ideia de entrarmos num refúgio de Anarquistas, ainda mais sem sermos convidados, mas compreendo que tê-los do nosso lado é melhor do que contra. Além disso, toda informação sobre Gilles é muito bem vinda. Ainda assim, temos uma coisa para fazer aqui antes de irmos até Cecile. Vamos voltar para Soleen e Victoria para resolvermos a situação da comunicação com a Camarilla.

Terminando de falar, esperava pela resposta de ambas para saber se eles concordavam ou se tinham algo mais para discutir antes de voltarmos à mansão principal.

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MensagemAssunto: Re: 2º Arco - 3º Ato: Narrativa de George Deschamps    2º Arco - 3º Ato: Narrativa de George Deschamps   I_icon_minitime6/12/2022, 02:21

-Estamos apenas perdendo tempo, sabia que seria um erro tentar ajuda com a Camarilla, sempre muita política antes de realmente levantar e fazer algo!

Esbravejava Louise assim que Lucinde fazia um sinal positivo com a cabeça após ambas ouvirem a sua fala. Os olhos verdes de Lucinde prontamente se viraram na direção da sua antiga esposa, atravessando o ar como verdadeiras espadas a postura de Lucinde mudava drasticamente.

-Atenção com as suas palavras. A minha já foi dita, a destruição dos nossos inimigos começa essa noite. Não irei tolerar nenhum tipo de afrontamento a que foi dito e juramentado e agora, vamos resolver o que precisa ser resolvido.

A fala de Lucinde terminava com a mesma iniciando uma marcha firme na direção da mansão. Louise não abaixava a cabeça, mas parecia realmente ouvir e reconhecer as palavras de Lucinde ao ponto de se calar e seguir em silencio para o interior da mansão. A caminhada era curta e Louise olhava vez ou outra na sua direção, alguns olhares pareciam carregar ainda sentimentos verdadeiros e amargos, outros, pareciam olhares de raiva e frustração, provavelmente ela estava aproveitando o caminho silencioso para lidar com a sua presença depois de tantos anos.

Retornando ao interior da mansão, vocês seguiam pelos corredores até voltarem para a sala onde você haviam sido recebidos por Victoria. E ali estavam presentes as duas mulheres que vocês já haviam interagido nessa noite, sua companheira de clã e viagem, Soleen e a própria anfitriã da ocasião, Victória do clã Ventrue. Porém, havia outra figura feminina presente no cômodo, uma figura que prontamente atraia seus olhares masculinos e a sua atenção total por alguns instantes. Usando vestes escuras e exibindo um exuberante cabelo ruivo, a mulher jovial parecia preocupada quando vocês faziam a entrada de vocês, que era inevitavelmente abrupta já que Lucinde invadia o local ao dizer:

-Sejamos rápidas e eficientes, precisamos nos comunicar com a Camarilla, o ataque precisa acontecer imediatamente!

Afirmava Lucinde que somente após falar notava a figura desconhecida de pé na sala. A mulher desconhecida de cabelos ruivos prontamente fazia uma reverência e se apresentava:

-Boa noite, perdão pela intrusão. Lisette Bianchi-Giovanni, ao dispor de vossas senhorias.

Louise arqueava a sobrancelha e encarava todas as demais mulheres. Victoria não conseguia esconder o estranhamento ao ver o estado em que Louise se encontrava e se colocava de pé, porém, quem conduzia a cena era a sempre inquieta figura de Lucinde.

-De fato, é uma instrução. Não temos nenhum tipo de trato com a sua linhagem. O que queres interrompendo uma situação tão importante quanto esta?

A irritação de Lucinde parecia agradar Louise, mas enfurecia Victoria que batia o sapato de madeira com firmeza no chão, chamando a atenção de todos. E enquanto ela falava, Soleen te olhava intrigada com a situação.

-Basta! Recomponha-se Lucinde, não existe nenhum motivo para esse comportamento. Eu entendo a sua urgência, porém, a civilidade é fundamental e não deve nunca ser desprezada ou seremos tão selvagens e ignorantes quanto nossos inimigos.

Lucinde cruzava os braços, murmurando algo como "Está bem" ou algo muito mais mal educado enquanto virava os olhos. Victoria então sinalizava a convidada, pedindo que ela falasse:

-Novamente, me perdoem. Meu nome é Lisette Bianchi-Giovanni e a pedido de minha Senhora, venho até vocês, nobres membros da Camarilla local para noticiar o que está acontecendo conosco nessa cidade. Veja, entendo o receio em tratar com minha linhagem familiar, mas nós, somos os herdeiros do clã da morte e é nosso dever, como herdeiros desse legado, dizer que uma catástrofe está prestes a acontecer. Nosso Senhor, Rafaello Giovanni tentou intervir, porém seu desaparecimento nos fez entender que não houve sucesso em sua diplomacia. Então, por favor, me concedam a chance de lhes explicar. Vejo que temos a presença do Clã Tremere, isso será ainda mais oportuno, eles poderão entender com maior precisão o que tenho a dizer.

Lucinde fazia um sinal de "tanto faz com os ombros" enquanto Victoria afirmava positivamente com a cabeça.

-Nosso Senhor, Rafaello, tomou para si a missão pessoal de encontrar e destruir um feiticeiro terrível chamado Achilles Vallée. Em Veneza, esse sórdido homem profanou incontáveis tumbas e tesouros de nossa família em nome da própria ganancia e perversidade. Um verdadeiro infernalista como não existia nessas terras a séculos! Silenciosamente nos instalamos na região e pudemos descobrir que Achilles havia sido abraçado por um Lasombra local, chamado Fabrizio Canyelles. Porém, esse patricida chamado Fabrizio havia acordado com uma Baali poderosa dessa região uma troca: A destruição de seu Senhor, por um herdeiro direto desse novo vitae poderoso. Assim, Fabrizio devorou Constantius, um matusalem Lasombra, quinto de seu nome. E após usurpar a força do vitae de Constantius, transformou Achilles e o entregou a bruxa Sahnoun!

Victoria não escondia a surpresa. Já Lucinde fechava os punhos em demonstração de raiva e desaprovação. Louise parecia perdida com tantos nomes, mas não deixava de olhar inquieta para a figura afoita de Lisette. Todavia, eram as reações de Soleen que o preocupava. Sempre muito firme e confiante, os olhos de Soleen tremiam levemente assustados e aterrorizados. Uma das mais experientes feiticeiras do clã não conseguia esconder o medo do que poderia estar por vir.

-O principal desejo de Achilles sempre foi apenas um: Trazer um dos primeiros malditos de volta. E com a ajuda de sua nova tutora, eles estão orquestrando uma guerra! O tabuleiro é a cidade e os peões são os jovens herdeiros das grandes linhagens, grande parte dos abraços mais recentes nessa região foram influenciados por essas mentes podres. Você... George Deschamps, certo? És a prole da grande  Elaine de Calinot. Tu sabes o quão poderosa é a bruxa Sahnoun, certo, já que ela é uma usurpadora de vossa herança. Por favor, não deixe que o sacrifício da minha família seja em vão, nosso Patriarca morreu para que eu pudesse chegar aqui, diante de vocês e mudar o rumo dessa tragédia! Custe o que custar, os planos de  Sahnoun e Achilles precisam ser parados!

Enquanto falava, Lisette se movimentava pela sala, indo diretamente na sua direção e tomando as suas mãos com firmeza para implorar olhando diretamente nos seus olhos. Havia verdade nos olhos da linda ruiva, mas também havia dor, desespero e o desejo mais verdadeiro de vingança.
Lisette Bianchi-Giovanni:
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MensagemAssunto: Re: 2º Arco - 3º Ato: Narrativa de George Deschamps    2º Arco - 3º Ato: Narrativa de George Deschamps   I_icon_minitime11/12/2022, 12:26

Era em silêncio que observava atentamente a interação de Lucinde e Louise. A diferença entre as duas mulheres era bem visível, mas ambas tinham uma intensidade que chegava a ser palpável. Assim que Lucinde terminava de falar e tomava a dianteira, esperava Louise se mover para andar ao seu lado.

Tentando não ficar muito próximo, caminhava em silêncio no começo do trajeto o que me dava tempo e a oportunidade de notar os olhares misturados de minha ex-mulher. Depois de algum tempo, finalmente me aproximava um pouco mais dela para falar mas reservadamente. - Entendo o seu senso de urgência e falta de confiança na Camarilla, mas, esta guerra não é baseada em você, ou em mim, ela é muito maior do que podemos imaginar e por isso precisamos agir como uma unidade, em conjunto com a Camarilla. - Ao terminar de falar, meus olhos se direcionaram para a mulher e um sorriso de canto de rosto aparecia, tentando acalmar a situação.

Não demorava muito para chegarmos e assim que entramos na mansão principal já fomos recebidos pelas duas mulheres que já haviam ficado e uma nova convidada. A princípio eu não exibia nenhuma reação com a chegada dela, na verdade até ficava curioso para saber quem ela era, mas Lucinde claramente não gostava nada e fazia questão de externar.

Mais uma vez observando em silêncio agora eu ouvia Lucinde ser chamada a atenção pela sua relativa enquanto Soleen me olhava intrigada. Meus olhos rapidamente se voltavam na direção de minha companheira de viagem para expressar uma micro reação de tranquilidade. "Parece que a presença de Louise foi mais difícil de aturar para Lucinde do que para mim.” Apesar da situação tensa, ela não deixava de ser cômica, mas, obviamente, eu tentava manter minhas expressões tão fechadas quanto as portas da biblioteca restrita da capela.

Apesar de conseguir me controlar pela maior parte do tempo, as revelações da nova convidada me surpreendia tanto quanto aos demais presentes na sala. Era possível ver a emoção que a mulher do clã dos mortos carregava em seu testemunho, afinal, se estivesse na situação dela eu também estaria dessa forma, mas, mais importante do que isso, eram as revelações sobre o nome mais obscuro e importante da noite: Achilles Vallée. “Mais uma vez esse nome Achilles apareceu, já é a terceira vez só essa noite. Mas agora está explicado o porquê, se esse foi o acordo entre Kadira e Fabrizio… Então Kadira agora tem um herdeiro com a mesma força de sangue que ela.”

Assim como Lucinde, meu punho se fechava de raiva e apertava o cabo da espada em minha cintura, mas quando a mulher avançava em minha direção, eu a deixava segurar minhas mãos enquanto falava. Ao terminar a fala, eu balançava a cabeça positivamente, em resposta a última parte de sua fala, para então falar de uma forma tranquila. - Primeiramente, muito obrigado por ter vindo até nós. No que depender de mim, esses profanadores não irão viver para ver o sonho deles realizado. Mas vamos com calma e por parte.

Fazendo uma pausa, eu guiava a mulher até uma das poltronas e a ajudava a se sentar para tentar acalmá-la. - Sobre Achilles… Você disse que o plano dele era trazer os primeiros malditos de volta, mas quem seriam esses malditos? - Ao fazer a pergunta, deixava um espaço para que ela respondesse e em seguida continuava. - E agora falando sobre vossa família, você mencionou que o seu patriarca estava desaparecido e depois falou que ele estava morto. Afinal, vocês já tiveram notícias dele? Sabem onde ele foi? Eu digo isso pois existem formas de encontrá-lo e se existir a possibilidade, nós ainda podemos resgatá-lo. - Com toda calma e empatia possível eu tentava conseguir mais algumas informações sobre o que havia acontecido. “Se o patriarca dela ainda estiver vivo nós devemos encontrá-lo, não apenas para salvá-lo mas sim porque ele é, provavelmente, quem mais tem informações sobre Achilles.”

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MensagemAssunto: Re: 2º Arco - 3º Ato: Narrativa de George Deschamps    2º Arco - 3º Ato: Narrativa de George Deschamps   I_icon_minitime16/12/2022, 02:35

Sentada, Lisette olhava primeiro para as próprias mãos, focando os olhos nas mesmas a dama parecia se recompor ou se esforçar ao máximo para que isso pudesse ser realizado com celeridade. Levantando com calma a cabeça para olhar diretamente na sua direção, ela fazia um curto sinal positivo com a cabeça, como se indicasse que realmente havia dito to que você havia questionado.

-Vou começar a responder pelas perguntas sobre o Patriarca da minha linhagem. Não, nós não temos notícias dele dês de sua saída, não temos confirmação alguma de seu paradeiro, mas eu o conheço o suficiente para acreditar verdadeiramente que ele jamais desapareceria dessa forma, somente diante de uma destruição ou destino ainda pior ele poderia nos abandonar sem maiores notícias. Ele foi a duas noites atrás em uma reunião, segundo o próprio, com Achilles e um jovem neófito do clã Lasombra, representando o Sabá. Eles estariam interessados em ofertar uma proposta ao Clã Giovanni, meu Senhor tinha como objetivo convencê-los a desistir ou alterar a metodologia dos planos, em pior dos casos...

Fazendo uma curta pausa ela então olhava rapidamente para todos os presentes, para por fim olhar diretamente na sua direção e completar.

-Eu não entendo o suficiente, sobre esses tais malditos, porém, me recordo de meu Senhor mencionar o termo Decani.

A palavra mencionada por fim pelos lábios de Lisette soavam com algum título, porém, não carregavam para seus ouvidos nenhum tipo de sentido. E seus olhos logo notavam que também não pareciam conectar coisa alguma para as demais mulheres presentes naquela luxuosa sala de estar, todavia, após uma fração de segundos a sobrancelha esquerda de Soleen arqueava-se e a mulher levantava de maneira brusca.

-Repita! Digo, por favor senhorita, repita o termo mais uma vez...

E como exigido, ela assim dizia:

-Decani.

Imediatamente, todos os olhos se voltavam para a figura de Soleen. A face dele se transformava em uma expressão preocupante de pavor e medo. E antes que qualquer um perguntasse, a própria feiticeira se pronunciava:

-Os Decani são os ditos 36 demônios das pragas, sendo assim, as facetas do grande caído nomeado Namtaru, o mais poderoso ser abissal a ser venerado em nosso plano de existência, foi essa criatura chamada Namtaru que o progenitor dos Baali tentou evocar milênios atrás. Uma analogia herética e infernalista a se fazer é considerar os Decani como Antediluvianos e Namtaru por tanto, seria Caim. Existem passagens dentro dos estudos das feitiçarias abissais que apontam Namtaru como o primeiro a cair, ou seja, o primeiro a se levantar diante da tempestade do final dos tempos, o arauto da Gehenna.

Lucinde cruzava os braços e perguntava:

-Sinceramente, me desculpem a forma franca de perguntar mais. Até onde isso é possibilidade real e até onde isso é um registro de um culto desconectado da realidade? Ou seja, quanto dessa ladainha toda é possível?

Lisette respondia:

-Me perdoe, porém, sendo um culto baseado em lendas ou fatos. A realidade é que esse culto se transformou em uma seita e tem pretensões políticas, eles querem usar o Sabá como uma espada para sua causa: Ofertar Marseille as grandes sombras para pagar o preço de trazer Petaniqua, quinta entre seus iguais, a Vespa da Corrupção, ela é a senhora da Bruxa Sahnoun.

Victoria indagava:

-Então estamos perdidos, é isso?

Soleen respondia de imediato:

-Não, não ainda e não de maneira tão simples assim. Concluir um ritual desse exigem muito preparativos, muitos sacrifícios e muitas profanações. Precisamos impedir os planos políticos e o culto infernalista. O mais rápido possível!

Lisette então finalizava ao falar:

-Meu Senhor fez um convite a uma cainita de muita importância antes de interferir ativamente no problema desse culto. Ele convidou Adara Ehrenburg para Marseille, sob a promessa da construção de um verdadeiro polo de poder da Camarilla na França. Soubemos que ela já enviou seus emissários para determinadas localidades, afim de estabelecer alianças... Mas podemos ir até ela e pedir por ajuda.

Assim que a fala de Lisette, todos os olhos se voltavam a você. Curiosos pelas suas expressões e reflexões. Para ser acompanhada diretamente por sua companheira de clã.

-Então George, como devemos agir? Iremos direto a guerra? Iremos até os Anarquistas? Iremos até Adara Ehrenburg, uma das anciãs de maior poder e influência no Sacro Império Romano e representante do clã Lasombra?
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MensagemAssunto: Re: 2º Arco - 3º Ato: Narrativa de George Deschamps    2º Arco - 3º Ato: Narrativa de George Deschamps   I_icon_minitime25/12/2022, 22:57

Assim que Lisette tomava seu lugar, eu prontamente me sentava em uma cadeira próxima e a observava atentamente. Da mesma forma como todos, eu estava apreensivo para saber do que ela estava falando e para entender melhor toda a situação. Após ouvir a primeira fala da mulher, meus olhos se estreitaram e minha testa franzia.

“Gilles mais uma vez envolvido e de uma forma diferente. Quão à frente de nós eles estão?”

A sensação de estar perdendo para Gilles era amarga e me fazia apertar o cabo da espada de raiva. Ainda assim, meu foco se mantinha na conversa e quando a mulher repassava informação do senhor dela, meus olhos imediatamente procuravam por Soleen, afinal se alguém entre nós sabia o que era aquilo, definitivamente era ela.

E como o esperado, Soleen não só sabia como ela explicava exatamente do que se tratava aquele termo. Porém, a resposta dela não era agradável, na verdade era assustadora e todos os presentes pareciam responder da mesma forma apreensiva.

“Então esse é o plano dos infernalistas. Era de se esperar que seria alguma profanação, mas acho que ninguém imaginaria que eles tentariam trazer algo tão assustador quanto isso. Temos que informar isso para a Camarilla o mais rápido possível.”

Continuando em silêncio, meus olhos encaravam a situação com bastante seriedade e intensidade enquanto a conversa fluía entre os presentes na sala, até que Lisette tomava a palavra para revelar algo tão assustador e menos hipotético: a volta de Petaniqua. Assim que ouvia aquilo, me levantava em silêncio e lentamente, caminhava na direção de uma das janelas para pensar enquanto ainda continuava ouvindo a conversa.

“Agora nós temos uma noção da agenda dos nossos principais inimigos. Gilles vem fazendo o que sempre fez de melhor e está usando o poder e influência que o seu senhor lhe deu para manipular o culto infernalista e expandir o sabá. Khadira por sua vez quer trazer de volta sua senhora enquanto sua prole propaga a palavra desse culto maligno com a intenção de dar vida a um ser mitológico.”

Somente após realizar tudo aquilo, um calafrio subiu em minha espinha e em um sorriso nervoso aparecia em meu rosto, afinal, se deixássemos que aquilo acontecesse, o verdadeiro apocalipse cairia sobre essas terras e sobre todo o mundo. Perdido em meus pensamentos, era somente quando todos terminaram de falar e quando meu nome era pronunciado que eu me virava para encarar a todos e falar.

- Para os mortais, a nossa existência por si só é uma lenda, portanto não devemos menosprezar esse culto e os objetivos deles, mesmo que eles remetam a uma lenda, e também não podemos assumir que tudo está perdido. Como Soleen falou, eles ainda precisam realizar muitas coisas para que isso possa acontecer.

Minhas primeiras palavras, respondiam Lucinde e tentavam acalmar a todos.

- Além disso, agora sabemos como esse culto vem ganhando força e como eles estão conectados com o Sabá.

Andando de volta ao local da conversa, eu olhava mais uma vez na direção de cada um presente para terminar com meus olhos na direção de Soleen.

- Primeiro vamos fazer o que já estava estabelecido. Precisamos nos comunicar com a Camarilla para informá-los do que descobrimos aqui e saber se eles já estão se movimentando de alguma forma.

Apesar de não mencionar o nome dela ou dar uma ordem explícita, falava com um tom de urgência e olhando fixamente na direção de Soleen para que ela soubesse o que precisava fazer. Após isso, minha atenção se voltava para Lucinde e Louise.

- Enquanto Soleen prepara o ritual, precisamos ter certeza que a propriedade está completamente protegida, afinal temos mais alvos do sabá do que esperávamos aqui. Louise, você é nossa principal rastreadora e a melhor que temos para verificar os arredores da propriedade e ver se nenhum inimigo está se esgueirando pela floresta. Mas não vá muito longe, afinal, nós ainda temos um compromisso hoje.

Em seguida, minha atenção se voltava para Vitória e direcioná-la a palavra:

- Vitória e Lisette, vocês duas vão entrar em contato com o emissário de Adara. Se não me engano, Florens está com nossos amigos Nosferatus, que também estão na zona rural. Se conseguirmos trazê-lo aqui seria o ideal. Além disso, precisamos pensar numa forma de reunirmos as linhagens que estão na zona rural para que não sejamos atacados um por um separadamente, infelizmente isso terá de esperar pela volta dos nossos patriarcas da corte. O que podemos fazer por enquanto é informar a cada uma dessas linhagens o que está acontecendo e instruí-los a se reforçar e mandar um representante para discutirmos e planejar a guerra.

Por fim, mais uma vez olhei na direção de Soleen, Louise e Lucinde para terminar minha fala.

- Assim que terminamos o que temos que fazer aqui iremos até os Anarquistas. Com sorte conseguimos trazê-los para nosso lado e ainda conseguiremos mais informações sobre Gilles para atacá-los diretamente.

Ao terminar de falar, meus olhos passavam por todos os presentes para enfim falar.

- Estamos entendidos? Então vamos que não há tempo a se perder!

Apesar de não ter nenhum rank superior a nenhuma delas, eu sabia que pela minha posição na capela e pelo motivo do meu abraço, elas ainda iriam esperar uma posição minha, portanto, não só tomava a posição como assumia ela.

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MensagemAssunto: Re: 2º Arco - 3º Ato: Narrativa de George Deschamps    2º Arco - 3º Ato: Narrativa de George Deschamps   I_icon_minitime29/12/2022, 03:23

Talvez movida por suas palavras ou por não ter mais nenhuma paciência para o falatório que havia se transformado aquele encontro inesperado, a primeira a agir era a inquieta Louise que sem pestanejar apenas marchava para o lado de fora sem olhar para trás uma vez sequer, passando pela porta de acesso ao exterior enquanto você ainda estava a falar. Quase que em sincronia com a saída de Louise, você notava a figura de Soleen se levantar e caminhar na direção da janela mais próxima, se ajoelhando diante da mesma para então puxar os tecidos de seu vestido, afim de alcançar sua pequena bolsa de reagentes amarrados na própria perna, dando inicio a um ritual de comunicação que envolvia algumas ervas, pequenos ossos e uma pedra branca de mármore do tamanho de uma moeda.

-Enviar Victoria e Lisette até os territórios do senhor Aymeric Cordonnier do clã Nosferatu, autal algoz da nova corte, é uma excelente ideia. Eu só tenho o receito de colocar as duas em perigo, especialmente porque não temos conhecimento de como essas tropas inimigas estão se movimentando pelas matas locais. Não seria prudente enviar junto delas alguns soldados?!

Indagava Lucinde, olhando na sua direção enquanto repousava as mãos na própria cintura. Nessa altura, Soleen já estava a iniciar propriamente a comunicação através da rocha que parecia ser o catalisador daquele ritual de curta execução.

-Acredito que podemos enviar emissários, isso agilizaria bastante a comunicação e enquanto os antigos não retornam da corte, nós conseguimos espalhar a notícia. Só precisamos ser inteligentes nessa comunicação, algo como enviar cartas codificadas por uma rota e uma carta com a codificação dessa mesma carta por outra rota ou usar estratégias de rotas falsas e mensageiros em nenhuma mensagem importante de fato... Posso ficar responsável por essa resolução.

Afirmava Victoria, se colocando de pé e olhando na direção de Lucinde, indicando que seria exatamente aquilo que iria fazer, mas que precisava de uma autorização mínima da verdadeira regente daquele território e linhagem. A pequena e sempre altiva Lucinde sinalizava positivamente e caminhava apreensiva para o centro da sala, com a atenção voltada para Soleen.

-Boa noite minha Senhora, temos notícias preocupantes a compartilhar.

Dizia Soleen, de olhos fechados e a segurar com firme a rocha que era direcionada ao vidro da janela fechada.

-Fascinante...

Murmurava Lisette, admirando o poder místico de Soleen se manifestar através do vidro da janela que vibrava como se um vento forte estivesse a se chocar pelo mesmo, reverberando até produzir de fato uma voz engarrafada e feminina que você prontamente identificava: Lorraine.

-Estou a ouvir tua mensagem, minha aprendiz.

Soleen então se pronunciava:

-Seus maiores temores podem se realizar, vossas suspeitas sobre as motivações verdadeiras do culto infernalista se encaminha para a verdade. Recebemos informações inesperadas vindas dos Giovanni recém chegados, o objetivo é o retorno de Pentaquia. E para alcançar isso, tem tateado e prometido grandiosidades ancestrais de profanidades impensáveis por nós, todavia, o despertar de Pentaquia seria acima de tudo, uma vitória do Sabá. Uma vitória que colocaria todas nossas aspirações políticas em risco... O que devemos fazer?

Lucinde e Victoria observavam a conversa com atenção, claramente ambas não conseguiam sequer imaginar como aquilo poderia ser possível, porém o tópico do assunto era impossível de ser ignorado, afinal, era a primeira vez que até você ouvia sobre as aspirações políticas do seu clã, talvez a chegada da linhagem de Soleen não tivesse sido somente um reforço para a fundação da capela, o grande jogo político começava a se apresentar.

-Primeiramente, não se preocupe.

Respondia a voz distante, repleta de ecos e distorções de Lorraine, que parecia se originar do espelho da janela onde Soleen tocava com a mão esquerda.

-Petaniqua, esse é o nome correto. A prole de Cybele. Estamos falando da própria figura mitológica, a Princesa de Eprius. Olympia, Myrtale e por fim, Petaniqua "Os Olhos Negro da Wyrm". A lista vermelha de vampiros mais perigosos e maiores ameaças a máscara foi criada justamente para conter essa amaldiçoada e corrompida criatura no passado. Seu retorno seria uma tragédia incomparável e uma assinatura confortável demais para nossos rivais. Sejamos racionais nesse momento, o Sabá é o responsável pela manutenção desse culto? Se sim, ele deverá ser erradicado...

Soleen prontamente respondia:

-Sim, o Sabá terá muito a ganhar com essa conquista do culto de Kadira.

Lorraine então apresentava o plano que mudaria totalmente a sua percepção da capacidade do seu próprio clã para toda eternidade e que faria os olhos de Lucinde e Victoria demonstrarem uma surpresa assustadora, além é claro, de fascinar por completo a figura de Lisette.

-Pois então, tens a minha autorização como Regente da Capela Tremere de romper os selos de adormecimento dos nossos gárgulas e além disso, expresso a ordem direta para que você use o vitae da nossa matriarca para despertar nossas víboras infiltrados nas linhas inimigas: Marine Toussaint, Cecile Hemart e Alejandra de Castille. A ordem é de destruição.

Soleen, sinalizava com a cabeça de forma positiva, como se Lorraine fosse capaz de vê-la de alguma forma. Para então olhar diretamente na sua direção e fazer um sinal claro de convite:

-Aproxime-se, herdeiro de Elaine. As ordens da Regente foram dadas, todavia, vossa herança o coloca como superior a todas nós diante a casa Tremere, qual é a tua voz nessa ação? Tire suas dúvidas, o conhecimento esta apresentado enfim ao teu acesso e expresse vossa decisão, entraremos nessa guerra com todos nossos recursos ou não, meu Senhor?
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MensagemAssunto: Re: 2º Arco - 3º Ato: Narrativa de George Deschamps    2º Arco - 3º Ato: Narrativa de George Deschamps   I_icon_minitime3/1/2023, 21:39

Era com o canto do olho que via Louise sair do recinto para fazer o que lhe havia pedido. Mesmo estando contente pela minha ex-esposa ainda me ouvir e cumprir aquela pequena missão, eu sabia que muito dela fazer aquilo tão passivamente era porque ela não aguentava mais todo o falatório.

Apesar disso, não deixava que aquilo tirasse o foco de minhas palavras e continuava a falar com convicção. Somente ao terminar de falar tudo, era minha atenção se dividia entre observar Soleen e Lucinde que me respondia e levantava questões importantes.

“Ela está certa, não podemos negligenciar a segurança delas e mandá-las sem proteção para a propriedade deles, mas na verdade eu não esperava ter que enviá-las diretamente, e sim um emissário mortal. Ainda assim, isso não seria a melhor solução, tendo em vista que ele poderia ser facilmente interceptado.”

Enquanto eu ainda pensava na resposta para Lucinde, continuava observando Soleen e os preparativos que ela fazia para iniciar o ritual, portanto, era surpreendida pela fala de Victória. Ouvindo-o com atenção, eu me surpreendia mais pela ideia que ela dava do que por ela ter tomado a iniciativa e com um sorriso no rosto eu apenas via Lucinde permitir Victória em sua missão.

“Perfeito, codificar as mensagens será de grande utilidade e mesmo que nossos inimigos coloquem as mãos nessas mensagens ainda vai ser difícil de saber o que há nelas”

Depois de ver a resolução daquela situação, era a voz de Soleen que me chamava a atenção mais uma vez e assim que a voz de Lorraine surgia, eu imediatamente colocava as mãos para trás, assumindo uma postura formal, e focava no ritual.

Com atenção ouvia o relatório de Soleen e a reação inicial da regente da capela de Marseille. Apesar dela dizer para não se preocupar com nossas aspirações políticas, aquela era a primeira vez ouvindo aquilo e, portanto, meu corpo tremia de excitação de tanta curiosidade.

“Então realmente existe um motivo maior pelo qual a linhagem deles foi trazida para essas terras também. Mas faz sentido, afinal Elaine e Etrius não iriam se mover sem um objetivo claro."

Por mais curioso que eu estivesse para saber os verdadeiros objetivos políticos do Clã, as palavras seguintes de Lorraine me causavam espanto ao revelar a história de Petaniqua. Muito mais do que apenas a senhora de Khadira, ela era uma ameaça ainda maior e mais real do que podíamos imaginar. Porém, aquela não era a única surpresa da fala de Lorraine.

“O quê!? Marine, Cecicle e Alejandra! Como…”

Era impossível não ficar surpreso com o que acabava de ouvir, mas, eu tentava ao meu máximo me controlar e tentava me limitar a exibir um sorriso ardiloso no rosto.

“Elaine… O quão à frente você estava!? Mas… Será que essas ordens são realmente as melhores para o momento? Cecile é prole do Barão Anarquista e pode ser de muita ajuda para assegurar a cooperação dos anarquistas com nossa guerra. Já Alejandra, prole do próprio diabo, pode ser muito mais útil por ter informações das movimentações desse culto de infernalistas e pode facilmente nos dar a dianteira nessa guerra.”

Assim que Lorraine expunha aquele fato, minha cabeça começava a pensar em novos planos e novas hipóteses. Era somente quando Soleen me chamava que minha mente parava e sem pensar duas vezes eu me aproximava da feiticeira que performava o ritual.

- Minha regente, é com bastante alegria que ouço sua voz. A única dúvida que tenho é com relação a vossa segurança e dos nossos familiares, tendo em vista que o Sabá está ativamente realizando emboscadas na nossa zona. Além disso, como Soleen falou, o Sabá e o culto infernalista estão trabalhando em conjunto não somente para despertar Petaniqua, mas também os Decani. Gilles usa do poder que lhe foi dado para estimular o crescimento desse culto e para reforçar o Sabá, portanto a destruição deles deve ser nossa prioridade. No entanto, eu tenho ideias diferentes para duas de nossas víboras.

Após falar, fazia uma pequena pausa para colocar todos os pensamentos no lugar e enfim dizer o plano.

- Cecile é a prole do Barão e pode ser usada para assegurar a cooperação deles nessa guerra, então eu sugiro que o comando seja de “cooperar com a nossa causa”. Já Alejandra deve possuir informações valiosas sobre esse culto infernalista e pode nos dar a vantagem necessária para atacá-los de forma mais eficaz. Por isso devemos mudar o comando para que ela venha até nós. Na verdade, eu já até pensei em um local: o vilarejo de Bauduen que fica a poucas horas daqui. Devemos instruí-la a “Fugir secretamente para o vilarejo de Bauduen”. Dessa forma, mesmo que ela seja perseguida pelos seus iguais, nós podemos montar uma emboscada e assegurar a captura dela e, possivelmente, provocar baixas nos inimigos.

Mais uma vez fazia uma pausa para deixar a regente processar a ideia e terminava falando e esperando pela resposta da mulher.

- O que acha?

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MensagemAssunto: Re: 2º Arco - 3º Ato: Narrativa de George Deschamps    2º Arco - 3º Ato: Narrativa de George Deschamps   I_icon_minitime15/1/2023, 23:24

Era obviamente confuso demais para os membros que observavam o andamento do ritual e daquela comunicação nada ortodoxa, talvez suas mentes ainda estavam tentando operar linhas de racionalidade para a explicação daquela situação enquanto vocês conversavam sobre assuntos importantes e de altíssima prioridade.

-Suas palavras foram ouvidas, George.

Respondia a regente da capela através do ritual, você sentia o peso dos olhos sempre poderosos da mulher mesmo nessa incrível distância. Porém, era na expressão de Soleen que você via que havia tocado em pontos importantes, pois a jovem feiticeira sorria na sua direção e fazia um sinal de aprovação com a cabeça.

-As ordens serão dadas as nossas cobras. Agora, eu mesma realizarei um busca pela presença do herdeiro dos necromantes de Veneza. O ritual está por acabar, por isso, lhe desejo sabedoria e força. Até logo George.

Havia apenas um curto intervalo para que você pudesse responder e prontamente Soleen murmurava as palavras de ordem estipuladas por vocês na conversa, batendo as duas mãos vigorosamente e assoprando por entre elas logo em seguida, simulando um arremesso de algum objeto em três direções diferentes, para então se levantar, caminhar com calma na sua direção e oferecer um punhal.

-As pontes de conexão da comunicação estão abertas, corte a palma da sua mão e empunhe sua herança. Comande as cobras, elas se manifestarão de imediato. As escolhas foram muito inteligentes, devo admitir que você me surpreendeu.

Afirmava Soleen que olhava na sua direção com uma expressão diferente da habitual, havia uma certa admiração e um reconhecimento.

-Temos quartos disponíveis lá em cima...

Dizia Lucinde com um tom de voz debochado que prontamente atraia os olhos de todos.

-Não entendi muita coisa, mas enquanto você faz essas ordens acontecerem, o que precisamos adiantar? Quem vai até essa vila encontrar essa mulher mencionada? Quantos cavalos vamos precisar pra esse deslocamento? Depois de ouvir o que ela tem a dizer, o que faremos? A executaremos?!

Victoria prontamente respondia parcialmente à Lucinde.

-Não é muito sábio executar membros dessa forma, mesmo os culpados. Acredito que iremos precisar de testemunhas para um possível julgamento, se ele ocorrer, então talvez seja inteligente a manutenção dessa fonte. Mas a decisão é de vocês, eu estou indo preparar o que combinamos, com a licença de todos...

Victoria iniciava assim seu movimento para se retirar da sala. E tudo era observado com atenção e fascínio pelos olhos atentos da bela jovem de cabelos avermelhados que de pé, não deixava nenhum único detalhe escapar.
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MensagemAssunto: Re: 2º Arco - 3º Ato: Narrativa de George Deschamps    2º Arco - 3º Ato: Narrativa de George Deschamps   I_icon_minitime18/1/2023, 21:26

Depois de expor as minhas ideias, eu honestamente não esperava que elas seriam acatadas sem nenhum questionamento. Apesar de saber que minha “posição” na hierarquia sanguínea era maior do que a de Lorraine, ela ainda era a regente. No entanto, a expressão que Soleen fazia ao ouvir minhas ordens mostravam que talvez Lorraine compartilhasse da mesma reação.

- Para todos nós, minha regente!

Ao ouvir os votos de sabedoria e força, aproveitava o último momento que o ritual ainda estava ativo para retribuir educadamente. Quando Soleen terminou o ritual, eu continua observando-a realizar os procedimentos seguintes que enviava as ordens para as cobras.

“Se o plano der certo, nós teremos uma grande vantagem sobre nossos inimigos. Já temos só por ter essas cobras em nossas mãos, mas se conseguirmos usá-las da melhor forma possível o estrago será ainda maior.”

Recebendo o punhal das mãos da feiticeira, eu a olhava nos olhos e realizava um aceno positivo de cabeça com um esboço de sorriso para agradecer o reconhecimento dela. Assim que tinha o punhal em mãos, posicionava a lâmina sobre a palma de minha mão esquerda para realizar um corte profundo o suficiente para abrir e escorrer meu vitae, mas não tão profundo para causar um ferimento desnecessário.

- Pelos poderes a mim conferidos, eu, George Deschamps, prole de Elaine de Calinot, dou vontade às ordens expressas por Soleen Thévenet aos seus destinatários e determino que elas sejam executadas imediatamente!

Falando após realizar o corte, fechava a mão, apertando o ferimento com a força de minha vontade, reforçando os sentimentos que corriam em meu corpo, para em seguida puxar um lenço de meu bolso para limpar o punhal e o ferimento antes de regenerá-lo com o poder do vitae.

Era então que a voz de Lucinde se fazia presente. A frase que era falada com um tom de deboche me pegava desprevenido e me custava alguns instantes para entender o motivo pelo qual ela falara aquilo. Assim que eu entendia, um sutil sorriso aparecia em meu rosto enquanto a observava e ouvia a troca de palavras entre ela e Victoria.

Quando as duas terminaram de falar, me virava na direção delas para falar antes da saída de Victoria e para respondê-las propriamente.

- Não iremos executá-la. Nosso principal objetivo é obter informação depois de capturá-la, depois disso ela será julgada. Mas, se por acaso ela vier acompanhada, nenhum dos outros é necessário e cada baixa no lado inimigo é uma pequena vitória para nós.

Após fazer aquela pequena introdução, eu me aproximava das duas um pouco mais e falava primeiro na direção de Victoria.

- Bauduen é um vilarejo ao norte daqui e a propriedade do Algoz fica na mesma direção e relativamente próximo do vilarejo. Portanto o emissário que levará a mensagem irá conosco na maior parte do tempo, portanto faça essa mensagem primeiro para que possamos sair o mais rápido possível.

Depois de falar com Victoria, meus olhos e foco mudaram para Lucinde para sanar as suas dúvidas.

- Eu, você, Soleen e Louise iremos até o vilarejo acompanhados de dez homens, os que vieram comigo e o resto da sua guarda, além dos dois que irão para o domínio do Algoz. Obviamente iremos todos a cavalo e de preferência todos nós deveríamos vestir roupas da guarda para que os potenciais espiões ou inimigos na estrada saibam quem somos. Depois que capturamos o alvo nós iremos até a residência do Algoz para interrogarmos Alejandra.

Assim que falava essa parte, fazia uma pausa na fala para voltar a atenção rapidamente para Victoria e falar novamente.

- Por favor, inclua isso na mensagem, diga que iremos passar por lá após concluirmos essa missão. Por fim, Lisette irá ficar aqui para te ajudar e se tiver mais algum membro da sua linhagem aqui, esta é a hora de avisá-lo do que está acontecendo.

Ao terminar de falar, meus olhos passavam por todos os presentes na sala para, enfim, terminar de falar com uma pergunta.

- Estamos todos de acordo? Alguém tem alguma sugestão? Se não, vamos ao trabalho.

Caso todos concordassem com as ordens que havia dado, esperava eles se moverem para falar para Lucinde e Soleen, que estariam na mesma missão que eu.

- Soleen, caso conheça algum ritual que possa nos ajudar na emboscada ou em uma eventual escapada essa é a hora de recolher e separar os recursos necessários. Enquanto isso, eu e Lucinde iremos resolver a questão dos cavalos, soldados e das roupas, além de encontrar Louise e ver se ela achou algo. Certo?

Mais uma vez terminava com uma pergunta para confirmar que a mulher havia entendido tudo para enfim focar completamente em Lucinde, olhá-la nos olhos, e falar.

- Vamos, madame?

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MensagemAssunto: Re: 2º Arco - 3º Ato: Narrativa de George Deschamps    2º Arco - 3º Ato: Narrativa de George Deschamps   I_icon_minitime26/1/2023, 17:36

Não havia muito mais o que ser debatido ou acordado, todas as mulheres já tinham o que fazer e sabiam como fazer, não necessariamente significava que as suas palavras eram ouvidas como ordens absolutas mas serviam certamente para solidificar a divisão das tarefas de maneira ordeira e clara, assim, as divisões aconteciam e as movimentações de cada um desses grupos de ação começava a agir.

-Monsieur...

Respondia Lucinde que havia, ao contrário das demais mulheres ali presentes, permanecido de pé e com os braços cruzados, olhando diretamente na sua direção e fazendo questão de encará-lo, olho no olho, por alguns instantes após a própria fala. Para então, enfim, interromper a falta de reações para apontar na direção da saída da casa e iniciar uma caminhada, onde ela conduzia a direção com o nariz levemente empinado e uma postura inesperada que dificilmente seria interpretada de outra forma além de "birra".

Já do lado de fora, após as portas da mansão serem abertas pelas mãos de Lucinde, vocês dois olhavam para uma noite silenciosa e de poucos ventos. A lua discreta no céu profundamente escuro e cheio de nuvens que obscureciam a presença das maioria das estrelas. E era com fácil atenção que seus olhos notavam pequenas marcas feitas no chão, riscos que sua memória prontamente reconheciam: Louise costumava fazer essas mesmas marcas quando saía para caçar. As marcas guiavam para fora dos muros que circundavam o território e após alguns poucos minutos de caminhada, era possível ver a silhueta de Lousie. Sua lança estava cravada no chão ao seu lado e a mesma parecia segurar nas mãos alguma coisa muito similar a um pedaço de tecido.

-Bom, parece que ela encontrou algo.

Comentava Lucinde que ainda não havia lhe dado nenhuma única abertura para conversa até o momento. Louise ainda estava a alguns metros a frente de vocês, na entrada para a floresta e de costas, aparentemente procurando ativamente por alguma coisa.

-Não sei se é prudente confiar em tudo que a tal Giovanni falou, é melhor manter a guarda alta com esse tipo de gente por perto.

Falava Lucinde em deslocamento até Louise, aguardando a sua resposta para em seguida adiantar o passo e assim vocês pudessem chegar onde a caçadora se localizava.

-Alguém esteve observando essa propriedade nas noites recentes, alguém a mando daquele verme... Olha só o que eu achei aqui...

Dizia Louise assim que os notava, olhando diretamente para você e esticando um lenço de bolso velho e sujo, seus olhos imediatamente reconheciam o brasão da família de seu antigo Lorde.
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MensagemAssunto: Re: 2º Arco - 3º Ato: Narrativa de George Deschamps    2º Arco - 3º Ato: Narrativa de George Deschamps   I_icon_minitime26/1/2023, 17:52

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MensagemAssunto: Re: 2º Arco - 3º Ato: Narrativa de George Deschamps    2º Arco - 3º Ato: Narrativa de George Deschamps   I_icon_minitime26/1/2023, 17:52

O membro 'Lugo Narrador' realizou a seguinte ação: Rolagem de Dados


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MensagemAssunto: Re: 2º Arco - 3º Ato: Narrativa de George Deschamps    2º Arco - 3º Ato: Narrativa de George Deschamps   I_icon_minitime8/2/2023, 21:26

A birra de Lucinde mostrava o verdadeiro temperamento da garota e provavelmente a sua verdadeira natureza por trás do rosto perfeito e da postura impenetrável da mulher. Um relance de sua personalidade que gerava um genuíno sorriso divertido em meu rosto.

Seguindo a mulher, ficando um pouco para trás dela e deixando-a liderar o caminho, nós começamos a procurar pela minha ex-mulher que havia saído para verificar os arredores da propriedade. Enquanto caminhamos pelo local, eu aproveitava para dar mais uma olhada minuciosa para tentar encontrar possíveis fraquezas que poderiam ser exploradas pelos nossos inimigos.

Ao mesmo tempo que procurava por essas tais falhas, nós encontrávamos as marcas que Louise fazia quando partia para suas caças. “Ela está perto” Seguindo a direção das marcas, nós dirigimos para os muros da propriedade e, durante nossa caminhada, Lucinde aproveitava para externar suas preocupações.

- Eu concordo com você, não devemos baixar a guarda, afinal a linhagem dela não faz parte da Camarilla. E por mais que ela realmente tenha parecido estar falando a verdade e por ter nos passado informações que parecem ser coerentes, nós devemos ter cuidado, afinal pode ser que seja parte do plano dos nossos inimigos para nos confundir.

Respondendo-a antes de chegarmos até Louise, assim que nós aproximávamos da Gangrel, meus olhos prontamente iam na direção do lenço que a mulher mostrava. Era impossível não reconhecer aquele brasão mesmo que sujo de sangue e terra.

- Muito bem, deixe-me ver.

Aproximando-me da mulher, observava o lenço para ver se conseguiria encontrar alguma pista nele. Se eu apenas usasse minha sentidos normais eu, com certeza, não encontraria nada nele, afinal o lenço estava sujo e velho demais para indicar qualquer coisa, mas com os olhos treinados eu enxergava muito mais do que apenas pano, sujeira e sangue. Trespassando a barreira espiritual que ainda residia no pedaço de pano, meus olhos me levavam para o momento exato que o lenço havia sido deixado ali.

- Ele não mandou ninguém. Ele mesmo esteve aqui com mais um homem. Ele deixou o lenço cair após se limpar da discussão acalorada que ele teve com essa pessoa, que eu não consegui ver quem era. Mas o mais importante é: ele deixou isso cair há poucas noites quando veio reconhecer o terreno.

Após falar aquilo, meus olhos imediatamente se viravam na direção de Lucinde para ver a reação da mulher e para continuar a falar.

- Isso muda um pouco as coisas. Gilles esteve aqui para observar a vossa residência. Não temos como ter certeza de qual era o plano dele, mas é provável que vocês fossem o próximo alvo deles. Isso aconteceu alguns dias atrás, no máximo cinco dias, portanto é difícil pensar que eles iriam demorar muito mais tempo para agir, mas com Marine sob o efeito do comando de destruir, talvez os planos deles tenham mudado. Ainda assim a residência está em mais risco que o normal.

Fazendo uma pausa, eu aproveitava para bater um pouco no pano e retirar o excesso de sujeira do mesmo antes de voltar a falar.

- Nós podemos deixar Soleen aqui para que ela faça as proteções mágicas e ajude na defesa com Victoria e Lisette, caso alguém realmente apareça hoje, mas a palavra final é sua, Lucinde, afinal você é a regente desse domínio. O que você quer fazer?

Perguntava e esperava pela resposta da mesma antes de tomar qualquer outra ação.

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MensagemAssunto: Re: 2º Arco - 3º Ato: Narrativa de George Deschamps    2º Arco - 3º Ato: Narrativa de George Deschamps   I_icon_minitime12/2/2023, 23:28

Loiuse observava as suas ações com atenção, mas em total silencio. Ela parecia estar com a guarda alta e pronta para qualquer tipo de situação, assim que você começava a falar a mesma iniciava uma curta caminhada circular e olhava na direção das árvores como uma criatura naturalmente predadora, seus olhos começavam a brilhar em um tom amarelo bem firme e notório, como duas lamparinas poderosas. Por outro lado, Lucinde estava pensativa e analisava o objeto que você manipulava, se aproximando para olhar com brevidade o mesmo.

-Saber que nossos inimigos estiveram aqui a tão pouco tempo é ainda mais preocupante, especialmente porque eles vão saber que nossos membros mais antigos e poderosos não estão presentes por motivos políticos. A verdade é que o Clã Ventrue perdeu o trono de Marseille e essa nova corte liderada pelos Brujah trouxe uma maré complicada de inquietações e questionamentos internos... Enfim, as reuniões estão cada vez mais intensas na cidade e por isso, estamos a tanto tempo sozinhas aqui. E me pergunto o quanto disso não pode ter sido causado por esses mesmos inimigos e suas maquinações... Eu acredito que devemos...

A fala de Lucinde era interrompida pela voz de Louise que prontamente anunciava:

-Atenção! Nós não estamos sozinhos!

A fala da Louise era acompanhada pela iniciativa da mesma de assumir uma posição de combate e abrir bastante os dedos das mãos, transformando a ponta dos mesmos e as unhas em verdadeiras garras negras assustadoras e afiadas. Lucinde prontamente levava a mão na espada que carregava e firmava os pés no chão, em uma postura tradicional de combate armado. Tudo parecia ocorrer em uma fração de segundos! Seis vultos se apresentavam a frente de vocês, saindo literalmente de dentro das sombras como criaturas macabras e sobrenaturais. Logo uma voz se pronunciava, uma voz que fazia Louise tremer de ódio e despertava a fúria do seu vitae.

-Boa noite... Veja só! Se não são meus antigos servos reunidos em família novamente. Como o destino é cruel não é mesmo? Vamos ser objetivos aqui, afinal, não temos tempo para perder com a ralé nesse momento, então, queridos, apenas abaixem suas armas e deem passagem pois temos que levar a herdeira de Severus conosco.

Era a voz do próprio Gilles Broullat! O rapaz logo surgia entre em uma posição de liderança em relação aos homens escondidos nas sombras. Ao lado dele, como dois capatazes e guardiões, haviam dois cainitas que vestiam armaduras de anéis e espadas longas. Vocês se encontravam sobrepujados numericamente e a sua sensação de ter caído em uma armadilha começava a crescer rapidamente! Afinal, vocês estavam expostos, além das muralhas de proteção e em uma distancia arriscada.

-Eu vou arrancar as suas tripas seu desgraçado!

Urrava Louise com o corpo inteiro tremendo em puro ódio, o frenesi da mulher perecia inevitável e era recebido por Guilles com um sorriso de deboche.

-Sinceramente, George. Nunca entendi como você foi capaz de abandonar uma mulher como essa! Tanta raiva, tanta intensidade, deve ser incrível cavalgar sobre ela todas as noites!

A fala abusada e desrespeitosa de Guilles fazia Louise começar a avançar sem sequer pensar direito na situação em que vocês se encontravam. Porém, era a figura de Lucinde que surpreendia a todos os presentes.

-Silencio.

Falava Lucinde com a naturalidade de uma autoridade inquestionável, a voz de comando da Ventrue quebrava as estruturas da moral de todos os presentes, o próprio Guilles olhava para Lucinde e se calava, perdendo o sorriso debochado da face. Louise interrompia sua caminhada e ficava em posição de espera, até mesmo você! A ordem era simplesmente impossível de ser ignorada.

-Francamente, você acredita que eu não estaria a sua frente? Criança insolente. Eu posso ser jovem, uma donzela aos seus olhos. Mas eu não trouxe essas duas especificas pessoas até aqui essa noite sem a certeza que você não iria resistir em agir. Por isso, primeiramente, não tenho tempo para lidar com suas crias e servos, que eles caiam mortos.

As palavras de Lucinde ressoavam como as palavras de uma poderosa Ventrue, uma verdadeira líder, uma titã do sangue como você havia visto apenas em sua Senhora! Imediatamente, os homens escondidos nas sombras caiam mortos! Guilles olhava assustado e questionava:

-Como? Como isso pode ser possível?

Lucinde tirava a espada da bainha e a cravava no chão a frente dos próprios pés, firmando as mãos no cabo da mesma ela dizia:

-O Poder de Severus se manifesta através do meu corpo e sangue. Meu Senhor se faz vivo e presente a todos os instantes enquanto eu estiver de pé e firme. Esse é o poder do Clã Ventrue, esse é o poder que você falhou em julgar. Agora o seu destino e o de seus companheiros está nas mãos dos seus antigos servos e vassalos. Que Deus tenha piedade de sua alma.

Os guarda-costa de Guilles prontamente tiravam suas espadas e Guilles olhava surpreso, confuso e acuado como sempre se comportava quando perdia o controle de suas próprias artimanhas! Ele havia de fato estruturado uma armadilha contra vocês, porem, a verdadeira mestre do tabuleiro era Lucinde!
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MensagemAssunto: Re: 2º Arco - 3º Ato: Narrativa de George Deschamps    2º Arco - 3º Ato: Narrativa de George Deschamps   I_icon_minitime14/2/2023, 15:57


Assim que eu terminava de falar e entregava o pano rasgado para Lucinde, minha atenção ficava dividida em ouvir a resposta da herdeira de Severus e em acompanhar a movimentação de Louise com curiosidade. Ao mesmo tempo que meus ouvidos captavam a resposta, meus olhos observavam minha ex-esposa.

“As preocupações de Lucinde são verdadeiras. Honestamente eu levaria quem está aqui para outro local mais seguro, mesmo que isso signifique perder esse ponto estratégico.”

Quando a Ventrue terminava de falar, eu estava pronto para respondê-la com algumas sugestões do que poderíamos fazer, mas era Louise que respondia primeiro e sua resposta não era nada do que estávamos esperando.

“O quê!? Quem!?”

Assim que Louise falava aquilo e entrava em posição de combate, expondo suas armas, Lucinde e eu assumimos uma postura defensiva praticamente ao mesmo tempo. Olhando ao redor eu hesitava um segundo, ponderando se deveria amplificar meus sentidos para detectar os inimigos, mas a ideia logo sumia quando as cinco figuras começavam a sair das sombras.

“Muito tarde, eu deveria ter ficado atento para-”

Vendo as figuras sair da escuridão, meu corpo e minha mente travavam completamente quando Gilles aparecia. Dentre todos eu não esperava que ele fosse aparecer agora e, por isso, ficava surpreso ao ponto de congelar por alguns segundos. No entanto, eu não congelava de medo, mas sim tentando suprimir a besta que agonizava e tentava escapar de dentro de mim.

“É ele mesmo. Ele realmente está aqui!”

Por um momento eu até chegava a imaginar que a presença do meu arqui-inimigo fosse uma ilusão, mas quando a ficha caia eu começava a reagir em silêncio, enquanto ele e Lucinde conversavam.

Sem prestar muita atenção ao que estava sendo dito, eu me mantinha na posição de guarda, segurando no punhal de minha espada, o vitae começava a se mover dentro do meu corpo, estocando poder em meus músculos de uma forma que eu jamais havia imaginado.

Depois de distribuir o vitae pelo meu corpo, meus olhos escancarados encaravam Gilles como um predador via a sua presa. Aquele era o meu alvo, não importava se havia dois, três ou mil capangas ao redor dele, toda minha vontade e ódio estava concentrado naquele ser.

Foi então que o comando de Lucinde derrubava dois capangas e Gilles mostrava sua, pouca vista, expressão de medo, ou melhor de frustração por seus planos não terem saído da forma como ele queria. Assim que eu via aquela expressão em seu rosto, um sorriso diabólico surgia em meu rosto com minhas presas mais do que expostas.

- Oh Gilles… eu esperei por esse momento por MUITO tempo!

Concentrando toda minha energia naquela ação e usando toda minha velocidade eu avançava na direção de Gilles, ignorando completamente os outros dois guerreiros, para atacá-lo. Sacando minha espada no meio do movimento, meus olhos miravam com precisão o inimigo, e com toda minha habilidade e com o poder do meu sangue eu brandia minha espada contra o pescoço dele para tentar decapitá-lo.

Não importava quantos golpes seriam necessários, mas eu não pararia até que a cabeça daquele demônio se desprendesse e sua alma saísse de seu corpo.

[Off: Gasto 5 pontos para aumentar 2 em Destreza e 3 em Força. Gasto 1 Ponto para ativar Rapidez.]

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MensagemAssunto: Re: 2º Arco - 3º Ato: Narrativa de George Deschamps    2º Arco - 3º Ato: Narrativa de George Deschamps   I_icon_minitime18/2/2023, 23:33

Que Deus tenha piedade de sua alma...

Assim que as últimas palavras de Lucinde cortavam o ar como uma lâmina afiada o suficiente para destruir totalmente e convicção de Guilles, era possível ouvir um urro de pura fúria e violência. O corpo pequeno e rápido como um animal descontrolado de Louise passava na frente dos seus olhos enquanto o seu vitae ainda fervia. Movimentando-se praticamente como um animal de quatro patas, a mulher saltava na direção de Guilles mas era interceptada pelos dois guarda-costas que ainda estavam de pé. Atracando-se com o maior deles, para já com as próprias presas abrir a jugular do alvo, Louise era acertada pela lâmina do segundo e mesmo ferida, caia no chão e girava o corpo, para cravar as garras de ébano na panturrilha do segundo alvo, levando o mesmo ao chão.

O cheiro do vitae dos inimigos, seus gritos de dor, os urros de fúria de Louise e o olhar assustado de Guilles, todos esses estímulos faziam seu peito pulsar de uma forma diferente. O vitae que amaldiçoava seu corpo morto parecia soprar novamente dentro dele alguma espécie de sensação viva pela primeira vez em vários anos, suas mãos tremiam de ansiedade, sua mente calculava toda a movimentação necessária e sua experiência em combate lhe colocava a frente de qualquer erro de execução, o caminho estava aberto, era a melhor oportunidade, seria impossível errar ou dar a Guilles qualquer chance de revidar. Na sua memória, os vários abusos absurdos do mesmo voltavam como se estivessem acontecendo naquele exato momento, seus momentos de luxúria, seus momentos de covardia, seus momentos de violência. Guilles sempre foi um monstro, ele não precisou se transformar em um cainita para isso, pelo contrário!

Seus joelhos então se flexionaram, era o momento! Empunhando a espada você avançava com toda sua força e velocidade, quebrando os limites possíveis para qualquer humano, projetando-se como uma flecha em pleno voo... Porém, algo não parecia ser possível de ser controlado, um tremor que havia iniciado, aquela sensação de estar vivo, a ansiedade, a gana pela vingança, o prazer em saber que aquele seria o fim do maldito Guilles! Assim, como um piscar de olhos, você sentia um estalo no fundo da sua cabeça e um mar vermelho invadia sua visão, tingindo tudo que você era capaz de ver em um tom rubro violentíssimo. O gosto de cinzas dominava seu paladar, o cheiro de sangue controlava seu olfato e uma fúria incontrolável dominava suas mãos. A besta adormecida havia acordado pela primeira e estava faminta! Era o seu momento de romper todas as amarras com seu passado, enfim seu momento de conquistar a sua liberdade chegou! Com suas próprias mãos você iria construir sua liberdade, com suas próprias mãos você traria justiça a todos que aquele monstro havia feito sangrar! Finalmente, o momento que você desejou sua vida inteira! E a besta iria lhe entregar tudo, não havia como duvidar! O som de ossos quebrando eram como melodia para seus ouvidos, a sensação do romper da carne e seus estalos estimulavam o tato das suas mãos que encharcadas de sangue seguiam a talhar, torcer e partir. Suas veias pareciam em chamas e seus lábios rachados pela sede da vingança amargavam uma intensa sensação de brasas e cinzas. A violência era um prazer quase sexual, a intensidade lhe fazia perder a conexão com o real, o êxtase parecia infinito! O perfume de Lousie se fazia presente, o toque gélido da pele da mesma, seus lábios sedosos e úmidos trazia o sabor do vitae que inundava seu paladar e preenchia as rachaduras que lá haviam... Tudo parecia transcorrer como flashs rápidos de uma memória escarlate e sanguinária, a violência da sua besta era tão intensa que sua sanidade era perdida por completo. Restavam apenas sensações, tremores, satisfações e impulsos.

-Já é o suficiente... eu disse, BASTA! Recomponham-se!

A voz de Luncide ressoava como uma poderosa ordem que destruía pro completo o transe daquele frenesi vermelho de ódio e destruição. Olhando a seu arredor, você notava que sua espada estava caída no chão a muitos metros de distancia, totalmente limpa. Já você estava de joelhos de frente pra Louise, vocês dois estavam encharcados de sangue, suas presas a mostra e entre vocês havia o corpo triturado de Guilles, vocês haviam separado a cabeça do tronco do mesmo, aberto o tórax do mesmo com suas próprias garras e estavam prestes a devorar o coração do mesmo! A cena era tão terrível e impossível de ser ignorada, já que haviam marcas evidentes em vocês dois, além da marca de mordidas e beijos que vocês pareciam ter compartilhado em meio a todo aquele sangue e carne espalhados para todos os lados. O coração de Guilles estava nas garras de Louise e mesma olhava na direção de Lucinde e fazia o puxão final, arrancando o órgão inoperante dos restos mortais destroçados de Guilles.

-Esse é um direito meu!

Evocava Louise.

-No meu território, quem decide sobre qualquer direito sou eu! E na frente dos meus olhos, nenhum amaranto irá acontecer!

Ordenava Lucinde que continuava a surpreender a todos com sua verdadeira face autoritária. A pequena loira marchava na direção de vocês e prontamente tomava o coração de Guilles com as próprias mãos e olhava para vocês dois.

-O caminho do sangue e da fúria não possuí retorno, a besta jamais poderá ser saciada, cuidado com o que vocês querem oferecer a ela como alimento.

Deixando o coração cair no chão como se fosse algo completamente asqueroso e repugnante, Lucinde olhava com reprovação para ambos e virava de costas, iniciando uma caminhada em direção ao casarão de onde vocês haviam saído minutos atrás.

-Deixarei que vocês se resolvam, minha missão aqui já foi realizada, estarei a espera de ambos, caso queiram prosseguir com as ações dessa noite, no interior da mansão do meu Senhor. Ainda temos muito a fazer!

Lucinde passava pelos corpos esquartejados dos antigos guarda-costas de Guilles, tomando todo cuidado do mundo para não pisar sobre o sangue dos mesmos e fazendo uma curta pausa para cuspir um punhado de sangue na direção de um deles em sinal de desprezo. Enquanto isso, Louise começava a respirava e passava a mão no rosto afim de tirar o excesso de sangue que ali havia.

-Finalmente... ver Guilles assim, é uma mistura de decepção e alivio... Mas enfim, aqui estamos... O que você vai fazer agora George? E o mais importante, o que será de nós daqui para frente?
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MensagemAssunto: Re: 2º Arco - 3º Ato: Narrativa de George Deschamps    2º Arco - 3º Ato: Narrativa de George Deschamps   I_icon_minitime19/2/2023, 15:07

O desejo do sangue e da carnificina acordava após um longo período de hibernação da besta, que ao longo dos anos havia se alimentado do meu sofrimento e ódio por aquela pessoa. Ao ver a oportunidade de se vingar daquela pessoa que era uma das origens de todo esse sofrimento, a besta não deixava passar a oportunidade e crescia sobre todas as minhas tentativas de contê-la.

Se eu não conseguia impedi-la, apenas me restava me entregar para a onda de dor e prazer que a besta me dava. Sendo guiado pelas sensações e prazeres que o momento trazia, ignorava todo o resto e me deixava, o que mais tarde se mostraria ser um erro meu. Era somente as palavras de Lucinde que conseguiam parar o frenesi que estávamos e se ela não o tivesse feito, algo mais do que terrível teria acontecido.

Olhando ao redor e vendo todo o estrago que havia sido feito, juntamente com o quase amaranto que teria acontecido, eu abaixava a cabeça e socava o chão.

- Merda!

Por mais que eu quisesse minha vingança contra Gilles, essa não era a forma como eu queria concretizá-la. Mesmo que Gilles estivesse morto, a sensação era de que ele havia morrido pelas mãos de outro ser, e na verdade foi exatamente isso que havia acontecido. Ainda assim, aquilo não tirava o fato de que era uma vitória.

“Fui completamente dominado pelo poder da besta. Preciso me concentrar para que isso não aconteça novamente. Eu quase manchei a minha herança por esse desgraçado.”

Levantando minha cabeça, meus olhos viam Lucinde deixar a cena com todo desprezo, mas logo voltavam para Louise que havia entrado em frenesi comigo. Ouvindo suas palavras, eu cuspia um pouco do sangue sujo que estava em minha boca para em seguida tocar seu rosto com minha mão e aproximar nossos rostos.

- Nós conseguimos nossa vingança. Nossa história mortal está finalmente resolvida. Nossos filhos foram honrados e agora nosso futuro é um livro em branco. Cada um de nós seguirá um novo caminho começando do zero, pois a nossa história passada está enterrada. Este foi o ato final.

Olhando dentro de seus olhos enquanto falava, eu não piscava nem vacilava.

“O passado há de ficar no passado.”

Levantando-me, primeiro caminhava até a espada para pegá-la. Assim que estava com ela em mãos, eu passava pelo local da batalha e analisava os corpos. Usando a espada eu revirava e abria as roupas a procura de algo que identificasse os outros vampiros que estavam com Gilles ou qualquer outra coisa que pudesse nos dar mais informações.

Por fim, eu me dirigia até onde estava a cabeça de Gilles. Pegando-o pelos cabelos, levantava a cabeça até a altura do meu rosto para falar para o resto que um dia já foi meu senhor.

- Você teve o que mereceu, mas o que é da sua linhagem ainda está guardado.

Sim, ainda havia uma guerra para ser vencida e com isso em mente, eu pegava um pedaço de roupa dos inimigos que fosse grande o suficiente para envolver a cabeça de Gilles. Quando tivesse terminado de enrolar, eu começava a caminhar na direção da mansão, porém ao passar pelo coração que havia sido derrubado por Lucinde, eu imediatamente esmagava o mesmo com meu pé.

Após isso, eu olhava para Louise e falava para, enfim, seguir o plano e me dirigir até a caserna para trocar de roupas e partir para Bauduen.

- Vamos Louise, temos uma guerra para lutar ainda.

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MensagemAssunto: Re: 2º Arco - 3º Ato: Narrativa de George Deschamps    2º Arco - 3º Ato: Narrativa de George Deschamps   I_icon_minitime19/2/2023, 22:58

A sua resposta para Louise era ouvida com atenção e observada com intensidade pelos olhos opacos da mulher que não desenha nenhuma única reação além de um profundo silencio que delicadamente fazia o sabor das cinzas retornar a ponta da sua língua. E era ainda em completo silêncio e antipatia que ela se levantava e permanecia de pé, olhando as suas movimentações e ações.

Com atenção, você revirava usando a ponta da sua lamina para investigar as roupas dos caídos, localizando sem muita dificuldade símbolos que os conectavam ao clã dos demônios da carne, os Tzimisce. O brasão estava nas vestes internas do tórax dos dois homens de grande porte e corpos esquartejados e era usando esses panos mais preservados e de alta qualidade que você envolvia a cabeça do seu antigo suserano, para enfim caminhar junto de Lucinde na direção da caserna onde os últimos preparativos seriam feitos. Por outro lado, Louise não movimentava nenhum músculo, permanecendo na floresta e o único sinal de Lucinde indicava que não havia tempo para esperar.

Assim, os próximos eventos se passavam com uma facilidade inesperada e de certa forma, incomoda. Toda preparação para a ida até Bauduen era feita em completo silencio, dentro da caserna você conseguia trocar de roupas, limpar todos os resquícios do recente descontrole, mas não encontrava nenhuma forma de se livrar daquela sensação arenosa e seca que ainda dominava o interior da sua boca. Lucinde estava fria como nunca antes esteve, a sua impressão era a de que ela havia entrando em alguma espécie de "concentração" ou até que talvez aquela fosse sua verdadeira personalidade. Mas o fato é que a jovem loira se preparava como um verdadeiro guerreiro faria em seu lugar e instantes antes de vocês estarem completamente prontos, você ouvia um leve toque na porta da caserna chamando a sua atenção. Era a figura de Soleen que sinalizava com a mão esquerda, lhe chamando.

-A mensagem para o Algoz já está pronta e com seus emissários, mas tenho uma notícia inesperada. Não podemos mais contar com Louise em nossos planos. Todavia, Lisette fez questão de nos auxiliar com o interrogatório com a maldita que iremos encontrar...

Falava Soleen, que logo em seguida desviava o olhar para o interior do local, de onde Lucinde marchava na direção da saída e dizia:

-Já estamos prontos, correto? Devemos partir o mais rápido possível para não deixarmos essa situação esfriar, com a queda de Guilles as peças começaram a girar fora de controle, sem um pulso firme e uma organização impecável, o caos prosperará.

Soleen, que estava ao seu lado, tocava gentilmente na sua mão esquerda e murmurava algo que só os seus ouvidos eram capazes de ouvir.

-Lucinde parece acompanhada por uma outra entidade...

E logo em seguida a própria Lucinde olhava na direção de vocês e questionava:

-Então, vamos? Já consigo ouvir os cavalos de nossos soldados junto do portão, estamos a esperar por alguma coisa?
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MensagemAssunto: Re: 2º Arco - 3º Ato: Narrativa de George Deschamps    2º Arco - 3º Ato: Narrativa de George Deschamps   I_icon_minitime19/2/2023, 23:07

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MensagemAssunto: Re: 2º Arco - 3º Ato: Narrativa de George Deschamps    2º Arco - 3º Ato: Narrativa de George Deschamps   I_icon_minitime19/2/2023, 23:07

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MensagemAssunto: Re: 2º Arco - 3º Ato: Narrativa de George Deschamps    2º Arco - 3º Ato: Narrativa de George Deschamps   I_icon_minitime

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