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Narrativas De World of Darkness Estruturadas Nas Versões de 20 Anos
 
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 1º Arco: Ato V da Narrativa de Elliot O’Reilly

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Lugo Narrador

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MensagemAssunto: 1º Arco: Ato V da Narrativa de Elliot O’Reilly   1º Arco: Ato V da Narrativa de Elliot O’Reilly I_icon_minitime23/1/2024, 19:47

1º Arco: Ato IV da Narrativa de Elliot O’Reilly

Segunda-feira - 19 de Abril de 2021 - Melbourne


Por muito tempo a vida tinha lhe guiado por um caminho sem dor, mas também sem muito sentimento. Na mesma proporção que você se blindava do sofrimento que o caos da vida moderna lhe trazia, você também se blindava dos verdadeiros sentimentos e prazeres que ela poderia oferecer. Foi assim por muito tempo e mesmo com várias pessoas tentando te mostrar um jeito diferente de viver, apenas agora você conseguia entender.

Por mais que o prazer viesse majoritariamente de uma forma diferente no passado, dessa vez você teve a oportunidade de sentir algo diferente, mas que, de certa forma, se assimilava com a onda de sensações e emoções que a droga lhe oferecia. Sem saber exatamente quanto tempo havia passado desde que você chegara no apartamento de Robyn, o seu corpo ainda vibrava com a sensação remanescente do corpo da mulher, que permanecia despida e em um profundo sono na cama.

Nos seus lábios, o gosto doce da boca dela ainda se fazia presente; no seu olfato, o cheiro irresistível e inebriante do perfume de seu corpo; e em suas as cenas apaixonantes que você havia compartilhado há poucos minutos. Tudo aquilo ainda estava vivo dentro de ti e de uma forma muito mais intensa do que você já havia sentido antes. Seria aquilo tudo devido a sua mudança recente? Seria essas alterações da percepção da realidade um efeito da sua nova realidade? Bom, até então você não sabia, mas a única certeza que você tinha era sua vida jamais seria a mesma.

Infelizmente, essa mesma nova realidade que havia lhe dado esse momento ímpar era quem lhe tirava de lá antes mesmo de poder dizer tchau para a mulher. Após suas roupas e pertences do chão do quarto, você ainda conseguia tirar um breve momento para deixar uma mensagem de despedida antes de finalmente descer as escadas e coletar o resto de suas coisas e sair do apartamento.

Deixando o apartamento para trás, a sensação dos prazeres carnais começava a se esvair e uma sensação diferente parecia ocupar seu lugar. Descendo pelo elevador as palavras enviadas por sua amiga chamavam sua atenção e lhe fazia pensar: por que ela estaria tão preocupada? E afinal, qual seria o motivo dessa reunião com o Jasper?


Os sentimentos positivos que você tinha vivenciado no apartamento rapidamente surgiam quando você chegava no estacionamento do subsolo. Assim que as portas se abriam um sentimento diferente tomava conta de ti. Forte e carregado de más intenções, parecia que alguém te observava, porém ao olhar ao redor você não encontrava nada além de carros estacionados.

Com aquela sensação predatória lhe perseguindo, você se locomovia até seu carro e somente quando você chegava na porta do carro era a voz de um certo cowboy lhe chama a atenção.

- Garoto, não estamos sozinhos.
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MensagemAssunto: Re: 1º Arco: Ato V da Narrativa de Elliot O’Reilly   1º Arco: Ato V da Narrativa de Elliot O’Reilly I_icon_minitime29/1/2024, 13:31

[Off: Percepção + Prontidão]
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MensagemAssunto: Re: 1º Arco: Ato V da Narrativa de Elliot O’Reilly   1º Arco: Ato V da Narrativa de Elliot O’Reilly I_icon_minitime29/1/2024, 13:31

O membro 'Danto Jogador' realizou a seguinte ação: Rolagem de Dados


'D10' : 2, 9, 1, 9
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MensagemAssunto: Re: 1º Arco: Ato V da Narrativa de Elliot O’Reilly   1º Arco: Ato V da Narrativa de Elliot O’Reilly I_icon_minitime31/1/2024, 01:54

A experiência vivida a poucos instantes ao lado de Robyn ainda ressoava no meu corpo, nos meus sentidos e pensamentos. Apesar de não ser a minha primeira experiência tão intima quanto essa, era indiscutível e impossível de não entender que ela havia sido diferente. Não sabia se era por causa da minha mudança, afinal, eu não era somente o mesmo Elliot de sempre, eu era um garou e isso poderia ter mudado completamente a minha forma de viver e reagir a minha própria realidade. Não era comum carregar comigo aquela quantidade de sensações que eu ainda tinha, certamente esses pensamentos e sensações me perseguiriam por dias se a minha própria realidade não voltasse para girar meu foco.

"É foda, eu vacilei com o Jasper e o cara me salvou de graça. Fora que Grace tá bolada, deve ter acontecido alguma parada muito séria e eu nem me toquei... Mas só se vive uma vez né? Também não da pra viver uma vida de vacilão, vamo melhorar!"

Minha mente era sempre um ambiente muito mais fértil e divertido do que eu era pessoalmente, mas não havia muito tempo para continuar no debate mental, porque logo a presença misteriosa do cowboy me fazia entender algo fundamental: Eu não estava sozinho!

"Caralho isso não pode ser boa coisa!"

De maneira instintiva, puxava ar para encher os pulmões e brevemente olhava ao redor, por cima dos meus ombros enquanto iniciava a ação de abrir a porta do meu carro.

"Beleza, não é só a minha impressão, tem mesmo um par de olhos na desgraça daquela sombra ali no fundo do estacionamento e esse par de olhos tá me encarando! Que porra é essa? Impossível ser de um cachorro tão grande po, será que é um lobisomem também? Se fora, eu não posso deixar que algo perigoso aconteça aqui e também não sei porque caralhos ele me seguiu até aqui! O que eu faço?"

Certo que o Elliot de alguns anos atrás entraria no carro e pisaria no acelerador como se não houvesse amanhã! Era o típico comportamento egoísta que me fazia realmente destravar o carro e me imaginar pilotando feito um maluco desesperado para a saída. Porém, eu havia recebido a chance de mudar e ser melhor, sobrevivendo ao tratamento e passando agora pela transformação. Eu não poderia simplesmente ser um covarde para aqueles olhos que me observavam a distância.

"Não seja um herói, mas não seja um covarde."

Me virando, diretamente para ficar de frente para o par de olhos, cruzava meus braços e encarava eles de volta, confiante e determinado em indicar para a criatura que me observava que ela havia sido sim notada!

"E seja o que tiver que ser!"

Sorrindo, literalmente na cara do perigo eminente, eu falava alto o suficiente para me fazer ser ouvido:

-Vai ficar ai, feito um estranhou ou vai ficar de pé e me explicar o motivo desse drama todo? Tá me seguindo porque?

Imediatamente eu voltava para meu interior, procurando diretamente pela ajuda da figura do cowboy.

"Eu não sei o que você é, mas agente tá nessa juntos! Me ajuda ai!"
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MensagemAssunto: Re: 1º Arco: Ato V da Narrativa de Elliot O’Reilly   1º Arco: Ato V da Narrativa de Elliot O’Reilly I_icon_minitime18/2/2024, 17:16

A sua experiência com Garous era ainda muito crua. Na verdade, você não tinha tido uma interação concreta e cem porcento consciente com Garous hostis e talvez isso nublasse um pouco do seu julgamento, ou pelo menos isso é o que alguns iriam dizer. Ao te alertar sobre a presença de alguém nas sombras, o espírito do cowboy que lhe seguia se mostrava surpreso quando você escolhia não correr e, ainda por cima, decidia falar diretamente com aquele que te observava.

Assim que suas palavras ecoavam pelo estacionamento, o par de olhos vermelhos vibrava de raiva nas sombras e imediatamente se movia, saindo lentamente do local em que estava e se revelando por completo: um lobo gigantesco surgia. Maior do que um carro, com uma pelagem completamente negra, olhos vermelhos ameaçadores, garras e presas no tamanho de faca, e com saliva escorrendo de sua boca, o lobo se aproximava rosando e aumentando cada vez mais a sensação de perigo dentro de ti.

Lobo:

- Garoto, é melhor você se transformar para lutar ou entrar nesse carro e fugir. Não acho que ela vai querer conversar com você!

Com os olhos vidrados em você, o animal gigante caminhava com bastante intensidade até ficar a uns 10 metros de você. Mesmo com uma intenção assassina latente e evidente, o lobo parava e praticamente fincava as garras extraordinariamente grandes no chão para esperar por algo.

- Eu acho que ela está esperando você se transformar.

As palavras do cowboy faziam sentido. Mesmo sem ouvir uma única palavra daquele lobo, até porque lobos não falam, você conseguia sentir com facilidade a intenção dele e o desejo de sangue que ele tinha. Naquele momento, você sentia como uma presa sendo olhada de frente pelo seu predador, mas não apenas isso, você sentia como se o seu predador estivesse lhe dando uma chance de lutar pela sua vida.

E era exatamente isso que parecia ser. Talvez fosse algum tipo de regra? Talvez apenas uma cortesia? Ou seria desrespeito de alguma forma? Muitas dúvidas surgiam em sua cabeça para com o motivo do lobo não ter simplesmente te atacado, mas o animal gigante, que claramente não era um lobo qualquer, ficava imóvel e com os músculos prontos para agir a qualquer segundo, esperando pela sua reação final.
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MensagemAssunto: Re: 1º Arco: Ato V da Narrativa de Elliot O’Reilly   1º Arco: Ato V da Narrativa de Elliot O’Reilly I_icon_minitime24/2/2024, 22:43

"Já tive ideias ruins na vida, já cometi muitos erros, mas caralho, agora eu me superei!"

Se aquela imagem de um lobo gigantesco completamente terrível e ameaçador não fosse uma verdade tão concreta, eu certamente estaria no chão de tanto rir da minha própria estupidez. O desespero deixava de ser cômico quando a reação do cowboy também era de medo e a voz dele fazia meu julgamento ser completamente modificado, afinal de contas, eu não só não tinha muito conhecimento sobre a sociedade e os costumes dessas criaturas gigantes e lupinas, eu não sabia nem como começar a transformar, mal entendia a ideia disso!

"Mas o que foi que eu fiz? Porque essa desgraça tá querendo me matar?"

Nada fazia sentido, não era uma situação para ser resolvida com lógica, não era uma situação para qual eu havia sido preparado para lidar. Não tinha referência, não havia arcabouço emocional, era tudo instintivo demais e toda a minha coragem, construída na minha experiência humana, era desconstruída e levada ao chão quando o monstro ficava perto demais para ser ignorado pelos meus olhos. E era assim, aceitando meu papel de caça e engolindo meu orgulho que eu decidia correr pela minha vida!

-Que se foda!

Nesse momento, eu fazia uma corrida para entrar no carro e acelerar com tudo para conseguir fugir, usaria de tudo a meu favor, meu medo, a adrenalina, a minha vontade de continuar vivo, o peso das minhas promessas para todas as pessoas que eu queria proteger e acima de tudo, a minha mais sincera e profunda raiva pela humilhação sem igual a qual havia me submetido, uma raiva que fazia meus dedos queimarem, que pulsava meu coração e impulsionava todos meus músculos! Uma raiva que eu nunca mais iria sentir! Se havia algo que ainda me faltava para me convencer que eu deveria aprender a ser um garou, o combustível não havia somente chegado ao seu destino, ele estava explodindo fora de controle!

"Eu vou me transformar num monstro, fodasse, eu vou ser ainda pior que esse lobo desgraçado! Eu não vou NUNCA mais fugir! Nunca mais!"

Todas as memórias ruins do meu passado, todas as minhas falhas, todos os meus demonios, todos eles eram simplesmente pequenos demais se comparados com o terror que eu sentia quando meus olhos se chocavam contra a imagem dos dentes daquele lobo pronto para terminar com a minha vida!Era horrível o sentimento de vergonha por não ser capaz de ser algo além de uma garoto com medo de morrer.

"Eu vou abraçar isso, não vou fingir que não aconteceu e me afogar naqueles facilitadores de outrora, eu vou enfrentar essa merda de frente! Se hoje eu sou incapaz, fraco, impotente, eu vou sobreviver para me transformar em algo ainda maior, melhor e incomparável! Vou fazer esse putos todo se ajoelharem!"
[Off: Uso do Fúria]
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MensagemAssunto: Re: 1º Arco: Ato V da Narrativa de Elliot O’Reilly   1º Arco: Ato V da Narrativa de Elliot O’Reilly I_icon_minitime4/3/2024, 21:20

Off:
1º Teste: Esportes + destreza = 5 Dados
2º Teste: Condução + destreza = 5 Dados
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MensagemAssunto: Re: 1º Arco: Ato V da Narrativa de Elliot O’Reilly   1º Arco: Ato V da Narrativa de Elliot O’Reilly I_icon_minitime4/3/2024, 21:20

O membro 'Danto Jogador' realizou a seguinte ação: Rolagem de Dados


#1 'D10' : 5, 4, 4, 8, 5

--------------------------------

#2 'D10' : 7, 3, 6, 7, 10
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MensagemAssunto: Re: 1º Arco: Ato V da Narrativa de Elliot O’Reilly   1º Arco: Ato V da Narrativa de Elliot O’Reilly I_icon_minitime7/3/2024, 19:58

Quando o lobo saía das sombras e revelava toda sua grandiosidade, você não apenas tinha o choque visual de ver um lobo daquele tamanho mas também sentia uma onda de emoções amedrontadoras te consumir. O tamanho era apenas uma parte do problema e talvez a menor deles, pois assim que o “animal” começava a rosnar e lhe direcionar toda a intensão mortífera que estava escondida nas sombras, seu coração acelerava, sua boca secava em um segundo e um calafrio tenebroso subia pela sua espinha. Não precisava de muito para entender que aquele lobo não era amigável e assim que você entendia isso, o seu corpo agia mais rápido do que sua mente.

Em uma fração de segundos o seu sangue era bombardeado dentro de seu corpo de uma forma completamente diferente. Algo completamente instintivo fazia seu corpo mover como nunca antes visto. O mundo ao seu redor parecia desacelerar por um brevíssimo segundo que era mais do que o suficiente para você se mover, pular o capô do carro com maestria e abrir a porta para entrar no carro. Sem olhar para trás, você fazia toda essa movimentação e deixava o gigantesco lobo sem reação, ou pelo menos era aquilo que você pensava.

Em uma fração de segundo enquanto você abria a porta, seus olhos se levantavam e viam a figura do gigantesco lobo pulando por cima do carro com a boca completamente aberta, salivando, e com as presas brancas, quase de marfim, vindo na direção de sua cabeça. Aquela fração de segundo que você tinha tomado para olhar era o que salvava sua vida, pois no momento seguinte você abaixava sua cabeça apenas o suficiente para esquivar da mordida e fazer o lobo para direto e deslizar por alguns poucos metros.

O ar voltava a entrar pelo seu nariz, lhe dando mais um impulso para terminar sua ação de entrar no carro e conseguir colocar a chave para ligar o automóvel com uma agilidade impressionante. Novamente você sentia que o mundo não parecia acompanhar você na velocidade que se movia pois o carro simplesmente demorava um século para terminar de ligar. Esse tempo que o carro ligava, dava ao lobo uma nova oportunidade de avançar com um pulo que cobria metros em milésimos de segundos, porém, para sua sorte o seu pé já estava pressionando o pedal de gasolina com todas as forças.

Se por um acaso o seu corpo tivesse se movido um pouco mais lento em algum momento, o lobo teria arrancado sua cabeça, ou talvez algo ainda pior, mas com sua rápida reação você colocava o carro para andar com uma inexplicável habilidade. Ainda assim, você sentia o choque do animal contra a lataria do carro e ouvia o som de algo cortando metal a medida que você acelerava e deixava o animal atroz para trás.

Cantando pneu, deixando uma sólida marca de borracha no chão da garagem, você partia sem olhar mais para trás e, por um milagre divino, aproveitava que o portão estava se fechando depois de um carro acabar de entrar na garagem. Sem pensar uma segunda vez, você enfiava o carro por debaixo do portão (que se fechava de cima para baixo) e por muito pouco não batia no mesmo. O carro saia já praticamente de lado na rua, fazendo um alto barulho de derrapagem enquanto você usava toda a sua habilidade para manobrar o carro e não perder o controle totalmente dele.

De alguma forma você conseguia controlar o carro e simplesmente acelerar, deixando o estacionamento do prédio para trás e apenas olhando para o mesmo pelo retrovisor do carro na esperança do lobo não aparecer. Infelizmente esse não era o caso, mas diferentemente de antes, o lobo que saia da garagem não chegava nem perto do tamanho que tinha antes. Dessa vez, o lobo era realmente um lobo e quando ele via a distancia que você colocava no carro, ele simplesmente parava e ficava lhe olhando até você dobrar a esquina e sumir.

- Caralho, essa foi por pouco.

Dizia o cowbow sentado no banco do passageiro e segurando uma pistola na mão enquanto olhava para trás, à procura do lobo.

- Mas da próxima vez se transforma logo e arrebenta a fuça dela.

Logo depois de concluir a fala e enquanto você tirava os olhos dele para prestar atenção na estrada, o cowboy desaparecia e lhe deixava sozinho no carro novamente. Ainda com os ânimos a flor da pele e com seu alerta ligado no máximo, você se focava na missão de chegar inteiro no tal parque que Jasper e Grace haviam falado. Como você mesmo já sabia, o apartamento de Robyn não era distante do local e você demorava menos de 10 minutos para chegar nele.

Entrada do Parque:

Assim que você chegava e estacionava o carro, você também não demorava para encontrar um rosto conhecido: Grace! Sentada em um banco bem na frente do parque, a garota parecia estar olhando o celular e não percebia a chegada do seu carro. E por falar em carro, ao sair dele, você finalmente olhava na direção da porta e via uma marca enorme de cortes na lataria do carro, como se facas gigantes e afiadíssimas tivessem cortado a porta dele.
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MensagemAssunto: Re: 1º Arco: Ato V da Narrativa de Elliot O’Reilly   1º Arco: Ato V da Narrativa de Elliot O’Reilly I_icon_minitime9/3/2024, 19:08

Era como um filme de ação, mas não havia nenhum tipo de "mentirada" envolvida e muito menos câmeras, dublês e telões verdes para a produção do fantástico na edição. A realidade era muito mais intensa e meu corpo inteiro era tomado por uma potente onda adrenalina, minha respiração se tornava eufórica e minha pupilas dilatavam por completo. Cada reação acontecia quando deveria, não era uma simples agilidade ou reação no tempo certo, era uma luta para sobreviver! Aquele monstro em forma de lobo gigante queria muito arrancar a minha cabeça e estava se esforçando para conseguir, por tanto, qualquer tipo de razão deveria ser deixada de lado e eu faria de tudo para sair vivo daquele encontro.

Meu coração pulsava como uma verdadeira maquina, a adrenalina me empurrava como um verdadeiro motor de combustão e meus olhos nem piscavam, uma coragem fora do normal nublava meus julgamentos e se algo não desse certo, eu faria dar! Conduzindo o carro como um verdadeiro piloto de fuga, eu acelerava mesmo ouvido o impacto da criatura contra a lataria, diante do portão semi aberto, pisava ainda mais fundo e abaixava a cabeça para no caso de qualquer catástrofe, apenas o teto do carro ficasse no portão, porque eu não iria ficar nem mais um segundo na frente daquele monstro em forma de lobo.

E era com as mãos fixas no volante e com o corpo inteiro ainda pulsando adrenalina que eu me virava para olhar na direção do cowboy armado ao meu lado e por mais absurda que aquela imagem pudesse ser, eu já não me importava mais com qualquer tipo de lógica ou razão e imediatamente eu gritava na direção do mesmo:

-E eu lá sei como é que se faz essa merda de se transformar?!

Indignado e entendendo instantes depois que eu havia acabado de gritar com absolutamente ninguém, deixando o nervosismo enfim se manifestar e a onda de sentimentos fluir, começava a rir sozinho por alguns instantes e terminava por soltar mais alguns gritos enquanto dirigia em direção ao parque para conseguir encontrar algum equilíbrio novamente... Até finalmente estacionar o carro e sair do mesmo para olhar o estrago que havia sido feito na lataria.

"Como é que eu vou explicar essa marca no carro? Que merda! O conserto não vai ser nada barato!"

Passando as mãos pela cabeça enquanto refletia sobre o que havia acabado de acontecer, me virava e olhava na direção do parque, já encontrando a figura de Grace e caminhando com passos acelerados na direção dela.

"Ela sentada assim, tão fácil de ser encontrada... Como as coisas mudam não é mesmo?"

Esboçando um sorriso constrangido na face eu chegava perto o suficiente de Grace para chamar a atenção dela:

-Cheguei! Desculpa o atraso, mas pelo visto meu atraso deixou muita gente nervosa né, até mandaram um lobo gigante pra me matar! Não tinha entendido que era algo tão sinistro assim!
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MensagemAssunto: Re: 1º Arco: Ato V da Narrativa de Elliot O’Reilly   1º Arco: Ato V da Narrativa de Elliot O’Reilly I_icon_minitime31/3/2024, 01:07

Seu corpo ainda reverberava com os sentimentos intensos que havia vivido há pouco tempo, nesse caso, não apenas os sentimentos ruins. As cenas protagonizadas por você e Robyn se misturava com os sentimentos predatórios e com o medo que havia sentido daquele lobo gigante. Você já tinha passado por vários turbilhões de emoções, alguns até mesmo fora do seu controle quando era criados pelos alucinógenos que costumava usar, mas dessa vez não havia nada de irreal no que havia acabado de acontecer – por mais que poderia facilmente ser.

Ainda assim, ver Grace estranhamente ascendia uma emoção de paz e segurança dentro de você. Talvez por ser uma amiga de infância que estava voltando para sua vida, talvez por ela ser uma Garou mais experiente ou pela soma dos dois. Após estacionar o carro e respirar por alguns minutos, você descia do veículo e caminhava até a mulher que não reparava na sua aproximação até você se anunciar.

Ouvindo sua voz, a mulher abaixava o celular que estava segurando e olhava na sua direção, virando o rosto rapidamente e com uma expressão de surpresa. Mais surpresa ainda ela ficava após ouvir sua rápida explicação do motivo que havia lhe atrasado.

- Como é que é!?

Indagando com os olhos arregalados no começo, a expressão dela mudava para algo entre frustração e preocupação. Pressionando os dedos de uma das mãos contra a testa dela, a garota para pôr alguns segundo, provavelmente processando aquela informação, até que enfim ela levantava a cabeça para olhar na sua direção e continuar a falar.

- É por isso que a gente falou para você ter cuidado. Por isso que o Jasper disse para vir o mais rápido possível para cá! Muita coisa aconteceu desde ontem... desde que... – ela hesitava por um momento - vocês se encontraram com o irmão do Jasper e a matilha dele. Merda, ele me avisou que algo assim poderia acontecer, mas não achei que eles seriam tão precipitados.

Depois de praticamente desabafar com você, Grace parava para respirar e suspirar pesadamente antes continuar.

- Afinal, onde você estava? Por que demorou tanto? É bom você ter uma ótima desculpa, se não o Jasper vai arrancar sua cabeça... Enfim, não me responda aqui, ainda não estamos seguros, principalmente agora que eu sei que você já foi atacado.

Se virando de costas, a garota fazia um sinal com a mão para você segui-la para dentro do parque. Caminhando calmamente, ela seguia o caminho principal não demorava para que vocês finalmente ficassem mais isolados de possíveis curiosos.
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MensagemAssunto: Re: 1º Arco: Ato V da Narrativa de Elliot O’Reilly   1º Arco: Ato V da Narrativa de Elliot O’Reilly I_icon_minitime8/4/2024, 00:47

De pé, observa as reações de Grace com cuidado e curiosidade, sem exatamente entender como a presença dela era capaz de me acalmar daquela maneira, talvez a ponto de silenciar a minha mente ainda muito carregada de diversas emoções extremas e sensações que certamente mudaria a vida de qualquer homem para sempre.

"O quão conectados nós realmente somos? Até onde o minha razão realmente vai importar nessa nova sociedade e pera ai que ela falou uma coisa meio maluca agora!"

Arregalando os olhos e deixando a expressão tranquila para trás, me certificava de controlar a respiração a de relaxar as mãos, abrindo-as e fechando-as em uma ação letárgica. Se havia um tópico que ainda tinha um verdadeiro poder de me emputecer era exatamente esse: Aqueles covardes desgraçados que haviam sequestrado a Maddison.

"Eu jurei colocar cada um daqueles desgraçados de joelhos na minha frente e fodasse se um deles é irmão do Jasper ou não. Eu vou me vingar!"

Balançando a cabeça negativamente, eu me centrava antes de falar:

-Matilha do irmão do Jasper... Eu vou guardar essa informação com bastante carinho, prometo.

Dizia fazendo um sorriso amarelo nos lábios e então enfiava as mãos nos próprios bolsos e dava com os ombros quando era indagado sobre onde eu estava.

-Jantar em família e muita conversa pra colocar em dia, afinal, eu não tive muitas interações com a minha família depois da internação.

Comentava de maneira evasiva, tinha meus motivos para não revelar o que havia realmente acontecido.

"Acho que Grace pode até suspeitar como é minha relação com as minhas primas, incluindo a Robyn, mas eu não vou abrir esse assunto agora, sinceramente não faz muito sentido né, fora que só daria mais razão pra ela ficar puta da vida."

Em seguida, tentava me defender:

-Mas assim, eu realmente nunca iria conseguir imaginar que era uma situação tão mortal assim, fora que ainda to me acostumando com esse novo celular e demorei mesmo pra ver as mensagens, ainda não to entendendo muita coisa pra ser sincero contigo Grace, não sei porque eu to sendo caçado dessa forma, afinal, foram eles que fizeram merda!

Enquanto eu me defendia, usando um tom de voz calmo e até mais baixo que o habitual, caminhava logo atrás de Grace, deixando ela guiar o destino daquela caminhada.
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MensagemAssunto: Re: 1º Arco: Ato V da Narrativa de Elliot O’Reilly   1º Arco: Ato V da Narrativa de Elliot O’Reilly I_icon_minitime22/4/2024, 22:25

Caminhando pelos jardins, você tomava o seu tempo para contar o que precisava para Grace. A mulher, por sua vez, prestava bastante atenção em suas palavras e por mais de uma vez ela te olhava com uma sobrancelha erguida e um olhar curioso. Ainda assim ela não questionava nada do que você havia dito e apenas suspirava pesadamente antes de falar.

- Internação? Você foi internado? Por gaia... você estava mesmo segurando essa transformação por muito tempo. Mas enfim, eu deveria ter ido te buscar de manhã cedo para evitar isso, até porque você acabou colocando sua família em perigo. Felizmente nada aconteceu, mas é melhor não vacilar com esses caras.

As palavras da garota saiam mais rápido do que os pés dela se moviam para guiar vocês até o interior do parque. Por falar nisso, desde que vocês chegaram, Grace havia apenas acelerado o ritmo da movimentação, não deixando você parar para olhar a paisagem, se assim quisesse fazer.

Rapidamente vocês seguiram para o interior menos movimento do parque, que já estava bem pacato, e praticamente haviam se livrado de qualquer presença não desejada. Porém, a falta de pessoas naquele local não o deixava mais tranquilo. Desde a entrada do parque você havia sentido algo diferente vindo dele e a cada metro que davam ao interior essa presença crescia cada vez mais até finalmente se tornar em uma energia que praticamente pairava no ar.

- Você pode não saber agora, mas vai saber daqui a pouco. O Jasper esta cuidando disso com outros Garous, por isso era importante você vir para evitarmos que o pior acontecesse.

Finalmente reduzindo a velocidade, Grace saia do caminho asfaltado para ir até uma construção abobadada que ficava no começo de um grande campo aberto.

Local:

Seguindo a garota, você notava que a construção não tinha nada de mais além de uma superfície prateada circular e que estava tão polida que refletia a imagem com perfeição. Na borda dessa superfície circular você via símbolos irreconhecíveis que, após olhar uma segunda vez, também estavam esculpidos nas pilastras que cercavam vocês.

- Aqui você vai ter sua primeira lição do mundo Garou. Nós vamos cruzar a película, o véu que separa o mundo físico e espiritual. – Ela falava já se posicionando na beira do circulo e ficando de frente para você. – Não sei se você percebeu, mas nós não estamos em um local normal. Esse parque possui o que chamamos de Caerns, que são basicamente locais abençoados com o poder de Gaia e que devem ser protegidos. Aqui a energia espiritual é muito mais forte do que o normal e muitas matilhas se reúnem aqui. Esse local que estamos é uma das “portas de entrada”. Venha, fique na minha frente, próximo ao circulo no meio.

Pedindo para que você se aproximasse, ela estendia as duas mãos na sua direção antes de continuar a falar.

- Não existe um manual para te explicar como fazer isso, mas existem coisas que ajudam. Como o mundo espiritual é um reflexo do nosso mundo, estar olhando para uma superfície que reflete, tipo um espelho ou uma poça d’água, facilita essa transição. O resto que posso te dizer é, deixe seu espírito agir. Sinta a energia ao seu redor, olhe profundamente no reflexo do espelho e se imagine mergulhando na imagem. No pior dos casos eu te puxo, mas é importante que você consiga por si só. – Após explicar, a mulher fazia uma pausa e abria as mãos para segurar nas suas. – Quando estiver pronto, basta segurar nas minhas mãos e fazer o que eu disse.
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MensagemAssunto: Re: 1º Arco: Ato V da Narrativa de Elliot O’Reilly   1º Arco: Ato V da Narrativa de Elliot O’Reilly I_icon_minitime4/5/2024, 00:35

"Interessante ela falar isso ai de "por Gaia", já to começando a entender que Gaia seria algo como Deus ou até maior..."

Após já ter explicado o que eu queria explicar por motivos óbvios, me restava apenas aproveitar um pouco daquela sensação de estar novamente, depois de tantos e tantos anos, ao lado de Grace. E era dentro desse silencioso prazer de acompanhá-la que eu também me dedicava a prestar atenção aos detalhes, as palavras e ao que parecia ser uma explicação verdadeiramente inusitada.

"Quem será que ficou polindo esse treco aqui eim? Que trabalho desgraçado e surpreendente viu."

Com um pequeno sorriso no canto dos lábios, fazia com os olhos uma varredura pelos detalhes, incluindo os símbolos que não pareciam significar nada mas que ainda assim me deixavam curioso.

-Portas de entradas através de reflexos para o mundo espiritual... Me desculpa o palavreado, de verdade Grace, mas que desgraça maluca eim!

Coçando a nuca, olhava para os lados, era difícil esconder o desconforto gerado por uma situação tão inesperada daquele jeito! Todavia, não havia outro caminho e eu já havia causado atrasos e transtornos suficientes. Assim, respirava fundo, dava um passo a frente e segurava as mãos de Grace, olhando primeiro diretamente nos olhos dela e sorrindo de maneira charmosa.

-Eu sei que não é o momento. Mas eu estou realmente feliz em te ver... Agora vamos lá!

Sem deixar muitas brechas para a respostas de Grace, me concentrava em olhar para a superfície espelhada, realizando assim exatamente os passos que a jovem havia acabado de me ensinar.

-Por sorte, criatividade não é uma limitação... mergulhando no reflexo...

Encarando profundamente a superfície espelhada, começava a construir uma imagem na minha mente. Inicialmente eu ia construindo pequenas imagens que eu desejava ver, como a cena da Maddison nos meus braços ou uma imagem minha de mãos dadas com Heidi.

"Ela sempre foi meu sol, meu guia para sentimentos melhores... Talvez seja por esse caminho..."

E assim, me esforçava para realmente me entregar as sensações e focar minha atenção, pela primeira vez em muitos anos em meu próprio reflexo ao ponto de conseguir não sentir mais nenhuma raiva ou vergonha daquele reflexo, eu era muito mais e ali eu realmente acreditava estar pronto para mergulhar dentro do meu próprio eu.
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