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Narrativas De World of Darkness Estruturadas Nas Versões de 20 Anos
 
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 Ato VI - Narrativa de Kiril: Dilúculo

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Danto
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MensagemAssunto: Ato VI - Narrativa de Kiril: Dilúculo   Ato VI - Narrativa de Kiril: Dilúculo I_icon_minitime18/3/2016, 16:27

Março de 2002, Berlim.
Segunda Noite


Liberdade é classificada pela filosofia, como a independência do ser humano, o poder de ter autonomia e espontaneidade. Uma utopia diante dos seus olhos antigos, cansados e acusados de tantas falácias e tradicionalismo ignorante. A semi-deusa de cabelos serpenteados ofereceu algo grandioso sem pedir praticamente nada em troca, ela pediu por algo que ela poderia ter simplesmente tomado quando desejasse. Mas a liberdade era uma utopia que para ela, significava realidade. Talvez fosse essa a grande razão, a grande força que moveu o nome da setita para o mais alto grau de prioridade da Lista Vermelha da Camarilla, ela era um grande símbolo de liberdade.
As memórias do encontro com ela ainda estavam intactas, mas naquele exato instante que as presas dela encontraram o seu pescoço, seus olhos se fecharam. E quanto se abriram, viram algo familiar, calmo e tranquilo.

Ato VI - Narrativa de Kiril: Dilúculo Livros10

Você estava dentro do seu refúgio, nas profundezas do seu laboratório e de frente para uma estante de livros e reagentes alquímicos. A voz de Hamlin se fazia presente, ele lia um verso específico de algum dos livros de filosofia.

-Povos livres, lembrai-vos desta máxima: A liberdade pode ser conquistada, mas nunca recuperada... Perdoe-me meu Senhor, mais como essa frase podeira nos ajudar? Estrastes com tanta urgência pelo laboratório, exigindo o livro de Rousseau que lhe foi dado por Amélia na ultima consulta. Bom esse é o trecho que o Senhor pediu para ler, além disso, tenho boas noticias. Gunther foi devolvido por um homem horrível chamado Sebastian, ele só esta desacordado e um pouco ferido.

As palavras de seu carniçal eram claras, mas de certa forma assustadoras. Tão assustadoras quanto a presença das suas duas mãos. A semi-deusa ofereceu tanto à você que lhe faltavam palavras para agradecer ou para compreender a profunda modificação que ela havia causado em seu intimo. Em uma breve reflexão, você se percebia sozinho, havia dentro de você apenas o seu próprio vitae. O lanço havia sido rompido por Ela.
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MensagemAssunto: Re: Ato VI - Narrativa de Kiril: Dilúculo   Ato VI - Narrativa de Kiril: Dilúculo I_icon_minitime19/3/2016, 20:46


Liberdade... Estou livre? Não sou mais um escravo búlgaro, nem a escória do exército Ottomano, nem um seguidor de Kahra, nem um prisioneiro do Castelo de Berlim e nem um servo de Katarina. Eu sou Kiril da Bulgária, um cainita livre. Livre... Liberdade, doce liberdade. Posso estar sozinho agora, mas a solidão nunca me foi oferecida antes, é como uma amiga que sempre tive falta em conhecer. Solto uma leve risada para Hamlin.
- Eu estou livre meu querido Hamlin. Acabo de conquistar minha liberdade, e não serei tolo em perdê-la, afinal como dissestes, nunca poderei recuperá-la novamente.

Me levanto da cadeira ao qual estava para me aproximar de Hamlin, o observo como nunca antes o observei. Era um olhar severo e muito analítico. Permaneço em silêncio por alguns instantes refletindo sobre o mesmo para finalmente fala.

- É um grande alívio saber que Gunther está a salvo. Planejava ir em busca dele, caso fosse necessário. Mas agora temos algo importante para discutir. Eu estou livre. O que significa que você e Gunther também estão. Logo dou para vocês dois uma escolha. Façam suas malas e partam livres pelas terras de Deus buscando uma vida nova para vocês ou venham ao meu encontro dentro de uma hora aqui em meu laboratório, caso almejam aprender mais sobre o ocultismo e todos os segredos que eu possuo. Essa é uma escolha que cada um de vocês fará individualmente. Então acorde meu querido Gunther e diga para ele sobre a escolha que dou para vocês dois. Partir em liberdade, ou se encontrar comigo em uma hora para ampliar seus conhecimentos. Agora vá cuidar de seu amigo. Tenho trabalho a se fazer. E mais uma coisa, obrigado por ter lido esse trecho do livro.

Adaga de Madrepérola:

Minha Adaga de Madrepérola, presente de Katarina, outrora de Gustav. Logo que o carniçal sair pela porta vou de encontro com a mesma. Não poderei mais me comunicar com minha antiga senhora com essa adaga. Mas talvez a mesma tenha outras utilidades. Afinal eu estou livre, mas o que sinto por aquela que cuidou de mim por todos esses séculos não mudou. A carne de meu amor ainda será minha. Provarei para a sociedade cainita que o verdadeiro amor ainda existe.

Está na hora de compreender melhor a história desta adaga. E mais que isso. A história de minha antiga senhora. Devo saber o que o futuro aguarda para ela. Para então saber como agir nesse novo mundo que surgiu para mim. Existe tantos novos aliados e inimigos em potencial, preciso saber como eu vou entrar novamente neste tabuleiro. São muitas dúvidas para eu apenas ficar me lastimando ou celebrando minha liberdade. Devo agir com pragmatismo e muita concentração.

Constelação:

Pego um mapa estelar de minha instante e abro o mesmo para marcar a constelação de Corona Borealis, a constelação dos reis do hemisfério norte. São sete estrelas... Então abro espaço em minha mesa retirando lápis, caneta e frascos de cima dela para posicionar o mapa. Abaixo dele coloco um tapete búlgaro pequeno de coleção. Algo de nossa terra natal.

Tapete:

Furo meu dedo da mão esquerda que eu havia perdido com a ponta da adaga. Era estranho voltar a sentir dor nesta mão. O que me fez sorrir de leve. Sabia que em breve eu iria caçar livros sobre NOD para pesquisar sobre aquela que me salvou, afinal a minha não vida acabara de mudar para sempre. Espero um dia ainda me encontrar com aquela semi-deusa. Mas voltando ao foco. Com o sangue em minha mão faço seis marcas fortes no tapete. Cada uma posicionada como na constelação de Corona Borealis. A última estrela a eu desenhar é a de Alpha Coronae Borealis, a quinta estrela da esquerda para direita. Esta faço apenas um esboço. E então com tudo pronto começo meu ritual.

Pego a adaga e mais uma vez coloco meu sangue sob a lâmina da mesma e medido tentando me relacionar com a aura e até mesma o alma daquela adaga e conseguir saber tudo que aquela adaga sabe. Fecho meus olhos no processos. Para quando finalmente as imagens começarem à fluir em minha mente eu enfiar a adaga dentro do tapete bem no meio do desenho da constelação. Assim volto a meditar, Junto todo o meu conhecimento sobre Katarina Schoenherr Kornfeld e peço que as estrelas me digam sobre seu futuro. Assim permaneço com os olhos fechados esperando os astros iluminarem minha mente.

OFF:
Gasto 4 Pontos de Sangue
Conversar com a Lâmina: 8d10, dif 4
Ler os Planos do Paraíso:  8d10 + FV
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MensagemAssunto: Re: Ato VI - Narrativa de Kiril: Dilúculo   Ato VI - Narrativa de Kiril: Dilúculo I_icon_minitime19/3/2016, 20:50

Rolagem de Dados:


A adaga de madrepérola foi tingida pelo seu sangue, a feitiçaria do sangue de Caim fez a aura daquela lâmina emergir das profundezas do metal. A alma do feiticeiro unificou-se com a alma da adaga, suas memórias seriam dela e as dela as suas. E foi através dos olhos da alma daquela adega de madrepérola que você finalmente pode ver, o quão cruel foi o passado daqueles que a empunharam...
A primeira impressão era o calor, o fogo da forja que a fez. Seguido pelo frio, o couro e a sensação terrível do desuso, até que por fim ela foi posta nas mãos de Gustav. A Adaga foi criada para ser um presente para alguém, mas o primeiro a empunha-la foi o próprio Príncipe de Punhos de Ferro. E assim o primeiro sentimento se fez presente na lâmina da adaga, ódio.
Gustav agarrou com tanto ódio que causou a única rachadura na base da empunhadura da adaga, algo tão natural que muitos poderiam simplesmente crer que ela fora forjada daquela maneira. A realidade é que foi a mão direita de Gustav que a marcou eternamente. Com a lâmina ela feriu uma mulher, alvo de seu ódio, dilacerando a carne do pescoço da mulher. Ela caiu no chão e sangrou, ódio tornou-se desejo e o desejo foi corrompido em fome, a fome dos amaldiçoados. Ilse Reinegger era o nome da mulher. Ilse Reinegger era o nome do veio negro eternizado na cicatriz da adaga e em sua alma. E foi a partir daquela fome profana que o poderoso Príncipe se ergueu, a adaga em sua mão direta inundada do sangue de Isle, a força do jovem que viria a ser o grande príncipe aumentou e se eternizou nos solos de Berlim.
Nas mãos de Gustav ela permaneceu durante vários anos, inclusive foi ela que feriu de morte o jovem cavaleiro do ducado de Frankfurt, Willhelm. Uma ferida causada pelo descontrole da fome do portador original da lâmina, a adaga partiu vários corpos, de mortais e imortais. Mas por fim, foi arremessada no fundo de um baú e lá ficou durante séculos. Até ser encontrada por mãos suaves e delicadas, cheias de esperança e carinho. Katarina a encontrou e a removeu do esquecimento, curiosa com a própria resistência de seu corpo, Katarina usou a lâmina para ferir a própria mão e ver seu próprio sangue verter e curar a ferida auto infligida.
Uma mulher de fibra, mas idealista e com um grandioso espírito. Ela sofria, todas as noites, dormindo com a lâmina escondida em seu travesseiro enquanto o Príncipe de Punhos de Ferro montava em suas costas e deleitava-se com seu íntimo. Sorrisos falsos e demonstrações de falso afeto, a lâmina sentia, todas as noites em que Katarina adormecia, o toque da jovem sob seu metal. Ela agarrava-se a lâmina e deseja usa-la para se libertar. Mas quando a voz de Seu Senhor era ouvida, o medo a fazia se acovardar, a lâmina era escondida e o sofrimento eternizava-se sob a cama, mesa, chão, carpete e pedra. Seu corpo era propriedade de outro ser, a lâmina desejava libertar sua mestra, afinal, ela havia a retirado das trevas daquele baú. Mas a mestra era fraca, muda, impotente.
Com a adaga em mãos, a mestra recorreu ao cavaleiro de Frankfurt, apresentou a ele a lâmina e compartilhou seu sofrimento com o cavaleiro, mas o cavaleiro nada podia fazer a não ser oferecer a mestra um conforto e palavras gentis. Nenhum dos dois eram capazes de enfrentar o Príncipe de Punhos de Ferro, nenhum deles. O medo de cada noite transformou-se em força, as lágrimas que corriam pelos travesseiros forjaram um espírito poderoso que empunhou a adaga e declarou-se como Rainha. A mestra aceitou sua posição e dela fez o melhor... vários desafiaram sua nova posição na corte, vários tiveram suas vidas terminadas e suas gargantas cortadas pelo metal da lâmina, Katarina forçou todos a olharem para ela como uma Rainha, inclusive o monstro que lhe possuía à força todas as noites.

E a esperança finalmente teve um lugar em seu espírito novamente, um feiticeiro havia sido capturado e seria executado pelo Príncipe, a mestra imediatamente soube que com o uso da feitiçaria ela poderia um dia punir o seu Senhor. Ela nutriu o feiticeiro com seu sangue, pois esse era fraco, armou o mesmo com a adaga, pois esse precisava de uma proteção e o colocou sob sua tutela, pois esse nunca havia sido instruído ou querido. Seria ele o que a auxiliaria, não seriam seus irmãos, nem qualquer outro. A mestra escolheu dar a lâmina para o feiticeiro e é ao feiticeiro que eu sirvo dês de então.
Somos próximos, eu e você, feiticeiro. Similares em nossos deveres, eu permito que você fale com a mestra pois é ela a minha verdadeira dona e é ela a sua verdadeira mestra. Servos fieis porque ela precisa de nós e não porque ela nos obriga, precisamos salva-la porque ela é torturada, abusada e silenciada. A força dela é grande, mas o medo é ainda maior. E eu sei, eu sinto, o Príncipe retornou. Ela precisará de nós!

...

O elo entre você e a lâmina se rompe, com as informações você poderia agora seguir com seu ritual e com a constelação de Corona Borealis, o destino da grande rainha poderia ser revelado. Em um movimento rápido, a adaga cruza o carpete e o chão de madeira, o seu vitae que estava em outras estralas brilha em tons esverdeados, o sangue de Haquim ruge e para sua enorme surpresa, sua pele branca é invadida por uma tonalidade enegrecida. A constelação então diz:
“Respondo aos filhos de Haquim, herdeiros do sangue que corre pelo ninho da águia, a fortaleza de rochas negras. O grande feiticeiro acordou e minha fidelidade a ele me obriga a trazer a ti a tua verdadeira natureza, perguntas a mim, Kiril da Bulgária. Qual é o destino de Katarina Schoenherr Kornfeld, herdeira do vitae dos grandes Reis e que caminha pela trilha dos antigos reis do Norte, aqueles que outrora eu fui e que eternamente representarei. Sua resposta segue, atente-se a ela. Katarina será o foco da grande revolução, sem proteção ela cairá e não haverá jamais a possibilidade de liberdade. Sem ela, o grande mal é vitorioso. O destino de Katarina é o destino de todos, a queda dela é a vitória de um tirano. Ela não governará, ela não reinará, ela não dominará. Ela é o que os líderes precisam para derrubar os ferros encrustados nos punhos de uma maldição que aprofundou suas raízes no mais fundo dos solos de Berlim”.
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MensagemAssunto: Re: Ato VI - Narrativa de Kiril: Dilúculo   Ato VI - Narrativa de Kiril: Dilúculo I_icon_minitime22/3/2016, 08:46


Entre aquela pele escura como ébano uma lágrima vermelha cresceu dentro de meu olho direito para então escorrer pelo meu rosto e finalmente pingar no tapete búlgaro. Nunca antes chorei em minha vida. Mas agora era um sentimento diferente. Era um sentimento que nunca soube de verdade que existia. Nem saberia o nome do mesmo.

Então essa é a verdade. Katarina é como eu fui. Ela é uma escrava, ela é uma vítima. Não somos apenas iguais por nossas terras natais. Somos gêmeos de dor. Ela é o que resta de mim. ... Como eu pude?! Como pude almejar destruir a alma dela?! Eu fui um monstro pedindo isso de Karla! Eu fui um monstro! Mas me recuso a continuar sendo! Eu a salvarei, não importa se ela é ou não minha Senhora. É meu objetivo, é minha sina! Está escrito nas estrelas.

Pego a adaga novamente. Olho para a discreta rachadura que tem na mesma. Depois analiso cada camada de aço que existe na mesma. Talvez ela seja como uma ávore, onde cada camada é um ano a mais de história. O que significa que a mesma é tão antiga quanto essa cidade. Seguro a adaga com bastante força para voltar a falar em voz alta e em tom forte.

- Ó Adaga de Madrepérola, a "Viajante da Dor". Nós dois estamos juntos em nossos objetivos. Traremos paz para nossa Senhora. Custe o que custar. Não destruirei sua alma, mas destruirei a maldição que corre em sua lâmina de Damascos. Como a maldição que lhe trouxe à terra, farei a mesma para finalizar essa maldição. Juro por meu sangue e minha alma! Eu destruirei Gustav Breidenstein e transformarei sua alma em pó do esquecimento! Juntos terminaremos com a sina desta cidade! Que sua lâmina me guie até que nosso objetivo estiver completo! Não falharemos por nossa Rainha! Por nossa Rainha salvaremos este reino, eu e você, "Viajante da Dor".

Agora preciso ir aos fatos... Ilse Reinegger, esse é o verdadeiro nome daquela que a alma foi roubada pelos Punhos de Ferro. Amaranto apenas serve para almas penadas decididas à viver uma não vida de dor e tormento. Esse é o Gustav que as histórias nos contam. Mas então chegamos para katarina. Katarina Schoenherr Kornfeld, ela chegou a amar Willhelm, mas o mesmo se mostrou fraco em oferecer ajuda a mesma. O Príncipe dos Justos é apenas mais um fraco dentro da maldição desta cidade. Gustav que é o grande empecilho, preciso ter certeza sobre seu verdadeiro nome. Mas mais que isso. Preciso conhecer melhor suas história, suas proles e seus aliados.

São muitas dúvidas ao qual possuo. Afinal Katarina me mandou para um cilada ontem. Qual era o verdadeiro plano dela? Mark não tinha chance de sucesso, eu só consegui sair dali vendendo verdades... Mark Hencke, mais um mistério nos planos da Rainha... Mas porquê ela faz aquilo? Mais tarde na mesma noite Rasputin disse que não era ela passando ordens sobre o castelo ter entrado em quarentena. Havia ela mesmo ter sido controlada por alguém superior para ruir os planos de Gustav? Kemintiri poderia ter a manipulado, mas porque? Haveria mais alguém por detrás dos planos? O próprio Gustav? O que me faz notar mais uma coisa que a adaga me disse. Ela falou que Gustav acabou de acordar. Eu pensei que ele estava sobre o controle dos Brujah, estaria ele em torpor então antes disso? Isso explicaria como a Katarina conseguiu o seu reinado com mais facilidade. Mas também sustenta o perigo do despertar do mesmo.

Está na hora. Preciso me planejar para a destruição de Gustav. Minha empreitada será difícil, mas é como a profecia de Corona Borealis me disse. "Ela é o que os líderes precisam para derrubar os ferros encrustados nos punhos de uma maldição que aprofundou suas raízes no mais fundo dos solos de Berlim”. Alguém, talvez Karla Aach, almeja usá-la como ferramenta para destruir o Punho de Ferro, Gustav e assim acabar com a maldição de Berlim. Mas não posso permitir que minha Rainha seja feita de alvo desses oportunistas amaldiçoados. Aquele snescal terá de ser desmascarado também... Eu mesmo devo comprir com os sonhos de Katarina e desta Adaga. Eu irei destruir o Rei de Berlim. E para isso preciso estudar. Preciso saber mais sobre sua história. Sobre suas proles. Sobre sua primeira derrota. Até saber sobre os filhos do último líder germânico me seria positivo, afinal Hardestadt deixou um legado para trás.

Assim vou até as minhas estantes. Busco em meus livros. Nos diários que já consegui no passado. Em livros de história de linhagens. Caço informações em meus livros de Heráldica. Deveria ali em algum canto haver alguma dica sobre mais verdades de Gustav Breidenstein. Preciso saber o nome verdadeiro de sua alma ou confirmar o que já sei. E mais que isso. Conhecer bem suas proles, pois ele as usará para se proteger. Qualquer informação ali será útil em minha nova busca. Agora como um verdadeiro herdeiro de Haquim, eu honrarei a Fortaleza de Rochas Negras e oferecerei para o Senhor da Ásia a alma mais podre do coração europeu.

OFF - Teste de Percepção + Cultura de Família (7d10) + FV, Dif -2(Hab. Secundária)


Última edição por King em 22/3/2016, 11:07, editado 4 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: Ato VI - Narrativa de Kiril: Dilúculo   Ato VI - Narrativa de Kiril: Dilúculo I_icon_minitime22/3/2016, 08:46

O membro 'King' realizou a seguinte ação: Rolagem de Dados


'D10' : 9, 1, 8, 4, 10, 8, 10
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MensagemAssunto: Re: Ato VI - Narrativa de Kiril: Dilúculo   Ato VI - Narrativa de Kiril: Dilúculo I_icon_minitime22/3/2016, 13:37

A procura por informações foi difícil, durou longos minutos e se passou por várias anotações, livros e pergaminhos antigos. Mas havia muito pouco sobre a linhagem de Gustav ali, afinal, o próprio Gustav nunca se demonstrou muito favorável a sua existência na corte e era o sangue de Katarina que o impedia de simplesmente arrancar a tua cabeça e pendura-la em uma estaca na entrada do castelo de Berlim.
Mas sua atenção se prendeu a um livro pequeno, de capa azul escura, que nunca esteve antes em sua estante mas que sempre esteve presente no quarto de Katarina. Era na realidade um dos vários diários que a anciã costumava escrever, a capa era forrada por um tecido de cetim azul já bem velho e desgastado, com algumas falhas na parte de trás e nas laterias. Ao abrir o diário, seus olhos se depararam inicialmente com várias páginas em branco e por fim, quase no final do mesmo, surgia a caligrafia da própria Katarina. Ela havia deixado um presente, há quase cinquenta anos atrás para você em sua biblioteca, mas sua obsessão pelo corpo dela era tão incontrolável que seus olhos estavam cegos para os pequenos gestos dela.

A leitura revelava a própria pesquisa de Katarina sobre a linhagem de  Ilse Reinegger, trazendo inicialmente algumas informações sobre a própria progenitora de Gustav:

"Isle foi uma jovem nativa das terras de Munique abraçada no ano de 42 d.C., prole de Erik Eigermann, sua aparência era a de uma jovem de cabelos loiros e olhos verdes, foi escolhida pelo antigo lorde Eigermann para ser eternamente sua filha e unica herdeira de seu vitae. Isle então, anos depois abraçou os irmãos Gustav e Magnus."

Vários outros fragmentos de texto então se seguem, todos escritos de maneira informal, parecendo simplesmente anotações feitas durante vários anos.

"Isle afirmou em um pergaminho antigo que esta na posse de Wilhelm que Gustav simbolizava a força de do Lorde Eigermann e Magnus a inteligência, os dois juntos seriam os melhores líderes bávaros e carregariam com honra a herança do primeiro lorde dessas terras. Isle, onde Magnus se encontra? Nunca vi esse homem em toda minha vida, muito menos Wilhelm!"

"Existe muito pouco sobre Isle, o que significa que ela morreu muito cedo. Talvez nem chegou a se tornar uma anciã, uma lástima. De qualquer forma, também não existe mais nada sobre Magnus em qualquer lugar, apenas informações sobre Gustav. Ao que me parece, após tantas leituras, Gustav era o filho mais velho de um lorde bávaro, seu abraço ocorreu no ano de 1329 d.C... Chegou ainda jovem sob as terras que um dia seriam Berlim e nela ele construiu seu império."

"Gustav abraçou seis proles em seu total. A primeira prole é meu amado irmão, Wilhelm. A segunda prole sou eu, Katarina. A terceira prole é o orgulhoso Frederich. A quarta prole é Peter o guerreiro. A quinta é meu querido Thomas e a mais jovem prole é  Bernhard, o idealista. As datas dos abraços são: Wilhelm Waldburg (1440) , Katarina Kornfeld (1497) , Friedrich von Köln (1595), Peter Kleist (1607), Thomas Hettinger (1633) e Lukas Bernhard (1702)."

O trechos a seguir são pequenas descrições das proles de Gustav, sob a ótica de Katarina:

"Wilhelm é o mais antigo dos filhos de Gustav. É o único que o mesmo considera como filho legítimo e é claramente instruído por ele a liderar e a ser seu grande herdeiro. Wilhelm foi um cavaleiro de um nobre de Frankfurt, de personalidade forte e personalidade inabalável. Por vários anos eu desejei ter sido abraçada por ele, assim, seria sua esposa e não a esposa de Gustav. Acredito que teria sido muito melhor para todos nós..."

"Frederich é impertinente, audacioso e indisciplinado. Ouvi uma vez Gustav o punir, enquanto o chicote açoitava suas costas, meu Senhor o acusava de ser como Magnus. Na época eu não sabia nem sequer quem era Magnus e apenas rezava a Deus para que Gustav não me encontrasse e me colocasse de joelhos ao lado de Frederich. Apesar de nossas diferenças, crescemos juntos sob as torturas mais severas de nosso Senhor".

"Peter é um soldado único e inquebrável. Sua lealdade e honra são suas grandes máximas e Gustav o abraçou para ser uma extensão de seus punhos, minha relação com Peter é nula. Mas ele e Wilhelm são grandes amigos, sempre juntos em combates, duelos e práticas militares".

"Thomas é meu querido e doce irmão, sinto saudades enormes de Thomas. Acredito que todos as proles mais antigas sentem, afinal, ele era naturalmente carismático, belo, audaz e brilhante. Nunca entendi exatamente o que Gustav viu em Thomas, ele não era nenhum tipo de líder ou companhia que meu Senhor costumava valorizar. Mas Thomas era capaz de amenizar os conflitos entre Wilhelm e Frederich, por exemplo, além de cuidar de minhas feridas e ser o único sensível o suficiente para me compreender".

"O mais jovem de todos é Bernhard, que detesta seu primeiro nome. Devo assumir que pouco conversei com o mesmo, mas ele foi abraçado por Gustav com a intenção de expandir seus lucros, terras e influência, já que Bernhard é herdeiro mortal das terras de Munique. O jovem é um estudioso das formas de liderar, da história humana e da cartografia. Ele teve toda a sua instrução como cainita dada por Wilhelm e acredito que o convivo fez os olhos de Wilhelm se mudarem para sempre".


Última edição por Danto em 18/5/2016, 15:01, editado 1 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: Ato VI - Narrativa de Kiril: Dilúculo   Ato VI - Narrativa de Kiril: Dilúculo I_icon_minitime23/3/2016, 20:49

Algo está errado... Muito errado inclusive. Como ninguém notou isso antes? Gustav executou as três proles mais novas dele. Minha profecia se mostrou correta. Eu vi com os olhos de uma de rapina a clara visão do príncipe matando seus três filhos mais jovens. Todavia Peter Kleist está vivo, ou pelo menos é o que nos foi dito dês de Napoleão. Friedrich von Köln é tido como sábio e ardiloso. Poderia ser ele disfarçado esse tempo todo? Ele ganharia toda a desatenção do mundo para poder manipular as coisas por detrás dos panos. Mas isso é apenas uma teoria.

Agora eu volto para o dilema de Gustav. O mesmo foi dito pela Lâmina de Madrepérola que acabou de despertar. O que não faz o menor sentido. Afinal dês de quando eu fui libertado sempre me encontrei com ele de tempos em tempos. Esse suposto torpor seria dês de quando? Dês da queda do muro? Da Segunda Guerra? Ou antes disso? Em todo o caso, se ele adormeceu alguém tomou seu lugar. E alguém que o sangue seja de sua similaridade. Mas quem teria mesmo sangue e mesma potência?

Magnus... Este poderia ser o único à substituir Gustav em sua ausência.Grande inteligente, como dito por Ilse, faria sentido para o mesmo ter arquitetado todo o seu poderoso plano na Segunda Guerra, afinal tal plano só falhou por ajuda de Karla Aach e do atual Senescal. Mas como Magnus poderia ficar tão poderoso quanto seu irmão? Teria ele feito amaranto no próprio Erik Eigermann? Mais uma teoria sem provas algumas. Apenas mais considerações. Afinal concluo claramente que derrubar Gustav não será nada comparado com derrubar todo o sangue corrompido da linhagem dele. Apenas Katarina se salva.

Eu tenho de salvá-la a todo custo. A adaga me disse que me permite ainda falar com ela, o que será muito bom em breve. Outra boa notícia é que em nenhuma dessas anotações mostra algum outro nome se referindo a esses cainitas. As chances de eu possuir o nome verdadeiro, pelo menos de Gustav e suas proles é muito positivo. E pensar que esse tempo todo essas informações estiveram ao alcance de minhas mãos. Erick estava certo, o laço de sangue estava me deixando cego. Agora posso agir com mais pragmatismo.

Preciso de aliados para invadir o castelo. Assamitas poderão me receber como um irmão agora que eu abracei totalmente a maldição de Haquim. Da mesma forma que um novo contato com os Tremeres será muito positivo, afinal temos um inimigo em comum. Para tal preciso falar com Amélia, pois eu não possuo contatos. E depois requiro de alertar a Katarina dos perigos que a rondeiam e marcar um ponto de encontro seguro.

Só que antes de mais nada já passou a uma hora que eu estimulei. Está na hora de ver se meus carniçais aceitaram a liberdade que lhe foram obtidas ou permanecerão sozinhos comigo neste ninho de serpentes ao qual estou me metendo. Assim sendo saio do meu laboratório a procura de meus carniçais. Não tiro a Adaga de Madrepérola de meu bolso de forma alguma. Nem o diário, ambos se tornaram importantes demais.
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MensagemAssunto: Re: Ato VI - Narrativa de Kiril: Dilúculo   Ato VI - Narrativa de Kiril: Dilúculo I_icon_minitime24/3/2016, 22:23

A saída do seu laboratório era feita através de um corredor simples, pequeno e estreito. Terminando em na única sala do seu refúgio, a sala era na realidade uma especie de confluência dos corredores do seu refúgio, dela era possível pegar um corredor para o laboratório, quartos, cozinha, banheiro e finalmente, para o sua querida "casa de espelhos" onde eram realizadas as consultas.
Gunther estava sentado em uma das poltronas da sala, com a face repleta de arranhões e pequenas escoriações, um braço direito imobilizado e segurado por um protetor de tecido que passava pelo pescoço e assegurava-se que o braço se mantivesse imóvel e firme. Em pé, de frente para Gunther estava seu outro carniçal, Hamlin. Ele imediatamente notava a sua entrada e sorria de maneira simpática.

-Meu Senhor... se me permitir gostaria de expor os meus desejos em relação a sua proposta... Não irei embora, mas também não irei permanecer sob o laço. Ao mesmo tempo, mesmo sem o laço, eu me sentiria honrado em ser acolhido por você como seu auxiliar e aprendiz. Entendo que devido a vossa maldição, o sol é para ti um martírio, gostaria de agir em prol de suas necessidades e estudos durante o raiar da grande estrela. Gostaria também de atender ao público mortal durante o dia, na sua casa de espelhos, oferecendo a eles instrução e guia em suas angústias espirituais.

Gunther se levantava enquanto Hamlin estava falando, calmamente esperando o seu companheiro de longa data terminar. O seu carniçal dá um passo a frente e diz.

-Senhor, eu decidi que só permanecerei aqui se o Senhor me transformar em sua prole. Acredito que eu só possa expandir meus conhecimentos e capacidades mágikas se me tornar um semelhante à você.
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MensagemAssunto: Re: Ato VI - Narrativa de Kiril: Dilúculo   Ato VI - Narrativa de Kiril: Dilúculo I_icon_minitime25/3/2016, 16:36


Adentro a sala com um olhar analítico. Observo a feição de ambos e reparo em suas determinações. Nunca antes vi os dois com tanto espírito assim. A liberdade realmente nos deixa mais fortes e potentes. Bastou apenas eu acordar e me senti mais habilidoso que nunca antes. E isso também se aplica para esses dois. Mas mais que isso, se aplicará a toda Berlim quando eu transformar Gustav em pó. Não sei se eu serei a lâmina ou o cabo da arma que o destruirá, mas eu farei parte da mesma. Pois a liberdade é algo que darei para todos que o meu caminho foi cruzado.

Depois de uma curta meditada e já no meio da sala, numa distância equivalente dos dois carniçais, abro um sorriso e meus braços tirando toda a aura pensativa que eu estava exaltando. Começo a falar com um tom messiânico.

- Senhores... Se permitirem olhar para minha pele verão que a mesma não demonstra mais a tonalidade dos antigos anciões europeus. O ébano tocou minha casca e o espírito de Haquim olhou para mim. Eu estou livre. Depois de mais de três séculos, eu sou um homem livre! Livre! Mas eu não sou um hipócrita.

Pego a Adaga de Madrepérola. Seguro o cabo invertido com força para então posicionar lâmina sobre meu braço esquerdo e tensionar na medida que continuo a falar.

- Juro pelo meu sangue liberto que jamais o usarei para prender nenhuma alma em um destino que não lhe pertence. De agora em diante nós três somos homens livres. Donos de nossos próprios destinos. Ofereço aos dois seus mais íntimos desejos.

Termino o leve corte em meu braço me ajoelhando no meio da sala de cabeça abaixada por alguns instante, demonstrando um nível de respeito que os dois jamais esperariam de mim. Termino me levantando e encarando Hamlin com um sorriso amigável no rosto.

- Hamlin, seu desejo será cumprido. Da alvorada ao crepúsculo este estabelecimento é seu para cuidar e guiar aqueles mortais que buscam sabedoria conosco. Prepararei para você toda lua nova um Receptáculo de Transferência com quatro doses. Uma para cada faze lunar. Assim meu sangue não lhe acorrentará, mas irá lhe manter fortalecido. Então já poderei confiar a vós dois favores, um que necessito de imediato e outro que o tempo estará do seu lado para cumprir. Preciso que ligue para a Senhorita Amélia, afinal eu não sou bom com tecnologia e a mesma está acostumada com sua voz. Diga a ela que eu adoraria me encontrar com a mesma na Sala dos Espelhos o mais breve possível. Fale que eu planejo fazer uma troca de informações por uma profecia importante. Sobre o segundo pedido... Quando tiver a oportunidade almejo que contrate, sim contrate, um astrólogo para ajudar à crescer nosso acervo oracular. Com o tempo daremos para ele mais verdades sobre o mundo. Só que tudo ao seu tempo... E tome este presente, afinal o mesmo faz parte do ritual que farei a vós todo mês.

Entrego para Hamlin minha Adaga de Ouro. Meu ritual não era necessário de fato usar aquela adaga em específico. Mas é um símbolo que será importante para meu querido ajudante de agora em diante. Agora me viro para Gunther. Meu olhar demonstra uma pequena angústia pelo estado que o mesmo ficou, foi um erro meu. Mas luto em não demonstrar alguma melancolia, por outro lado, mostro um olhar de energia e satisfação.

- Acredito em sua consciência o suficiente para saber que você esta de total ciência das consequências de tal maldição. Assim sendo cumprirei seu desejo como prometido. Andaremos como irmãos no caminho da imortalidade. Passarei para ti todo o conhecimento das capacidades de meu sangue que em breve será seu também. Logo peço que me siga para o laboratório para podermos terminar nosso acordo. Mas antes também lhe tenho um presente. No seu caso será minha Adaga de Rubi. Utilizada por mim em momentos de confronto, ao qual sei que será usada por você com sabedoria.

Entrego para ele minha outra adaga. A de rubi desta vez. Por mais que meu ritual da Lâmina Ardente é com a mesma, não hesitarei em usar a Adaga de Madrepérola para o mesmo, afinal esta agora se tornou algo muito mais importante para mim. Então farei um gesto para que Gunther me acompanhe enquanto espero que Hamlin faça o que lhe foi pedido. Pretendo terminar com o abraço em pouco tempo, afinal ainda devo me contactar com Katarina e Amélia depois.
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MensagemAssunto: Re: Ato VI - Narrativa de Kiril: Dilúculo   Ato VI - Narrativa de Kiril: Dilúculo I_icon_minitime25/3/2016, 20:44

Os dois homens observaram surpresos a sua reação, o primeiro a reagir foi o primeiro a ser presenteado. Hamlin sorria de maneira espontânea, algo que você jamais havia visto, era uma felicidade sincera. Com as duas mãos ele segura a Adaga de Ouro e responde.

-Fico muito grato, será uma enorme honra para mim auxiliar os vivos da alvorada ao crepúsculo de todos os dias que os Deuses ainda me permitirem respirar. Agora, Kiril, com sua licença. Irei realizar a ligação para a Senhorita Amélia.

Enquanto Hamlin caminhava em direção ao telefone que ficava na parede do mesmo cômodo, Gunther recebia a adaga de Rubi e fazia uma enorme reverência. Aquele homem havia passado incontáveis terrores e torturas nas mãos dos membros do Sabá, mas mesmo, assim, continuava firme como uma rocha a sua frente.

-Irei para a eternidade ao seu lado, Kiril, não como um servo, mas como um herdeiro do sangue de Haquim, assim como você é agora. Essa adaga será o simbolo máximo de toda a honra que possuo e toda a gratidão por ter finalmente nos libertado.


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MensagemAssunto: Re: Ato VI - Narrativa de Kiril: Dilúculo   Ato VI - Narrativa de Kiril: Dilúculo I_icon_minitime25/3/2016, 23:32

Apenas um sorriso ameno infligia minha pele. Minha determinação de ter um novo começo estava começando à ter frutos. Sentia infinitas possibilidade em minha frente. Um novo mundo de esperanças e tragédias me aguarda. Nada mudo fora da casca, mas tudo mudou dentro e fora por minha perspectiva. Agora eu sou um cainita de verdade. Agora irei trilhar minha maldição.

Teste de Percepção + Acuidade + FV
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MensagemAssunto: Re: Ato VI - Narrativa de Kiril: Dilúculo   Ato VI - Narrativa de Kiril: Dilúculo I_icon_minitime25/3/2016, 23:32

O membro 'King' realizou a seguinte ação: Rolagem de Dados


'D10' : 4, 9, 3, 3, 2, 6, 10, 7
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MensagemAssunto: Re: Ato VI - Narrativa de Kiril: Dilúculo   Ato VI - Narrativa de Kiril: Dilúculo I_icon_minitime26/3/2016, 00:49

Um pequeno ruído ecoava no fundo da sua capacidade auditiva, era muito suave e imperceptível para qualquer audição comum. Você rapidamente compreendia, o ruído era de origem mágika, mas não era apenas isso, aquele ruído era conduzido e possuía formas, padrões, repetições e uma construção complexa. Era uma verdadeira sinfonia de pequenos sons, alguma magia realmente poderosa estava sendo executada no coração de Berlim.

-Meu adorável Kiril, escute-me com atenção. Seja ágil, avise com antemão aquela que da sua proteção precisa... O feitiço está pronto e será rogado sobre todos, assim como havia contato a ti. Um grande sono devorará a cidade, os pecadores serão postos diante seus pecados, para que cientes de quem verdadeiramente são, possam finalmente serem julgados. A purificação virá através de duas noites intensas dos mais terríveis pesadelos.


Aquela voz. Inesquecível. Cravada em sua mente junto com sua face. A semi-deusa egípcia estava a falar em sua mente, não havia como saber a distância em que ela se encontrava, mas você a sentia falar por entre os ruídos mágikos que circundavam toda Berlim, a magia dela estava tocando todos os seres imortais daquela cidade. Pois nenhum dos seus carniçais aparentava ser capaz de ouvir ou perceber aquela anomalia.
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MensagemAssunto: Re: Ato VI - Narrativa de Kiril: Dilúculo   Ato VI - Narrativa de Kiril: Dilúculo I_icon_minitime28/3/2016, 12:26

Imediatamente paro e fico sincronizado com as palavras em minha cabeça. Mostro um semblante sério enquanto ouço cada palavra da semi-deusa do Nilo. Então logo demonstro pressa, afinal o tempo estava correndo e preciso ser rápido. Preciso alertar Katarina. Minha futura prole terá de esperar um pouco. Espero que a mesma seja compreensiva.

- Gunther, temo lhe dizer que nosso preparativo deverá ser adiado. Um grande ritual está para ser feito na cidade. Preciso fazer minha parte antes que o mesmo comece. Mas não se preocupe que minha promessa será comprida a seguir. Apenas tenha um pouco da paciência, mas já deguste da liberdade que lhe dei enquanto isso.

Assim que Gunther concordar, partirei. Me adianto para o laboratório e sento em uma cadeira segurando a Adaga de Madrepérola com a mão direita. Faço um corte na ponta do meu indicador esquerdo e medito enquanto o sangue escorre pela lâmina. "Preciso falar com nossa senhora e alertá-la. Ó grande Adaga "Viajante da Dor", permita-me falar com Katarina." Então medito o tempo necessário para conseguir sentir que meu canal está completado. Assim sendo não esperarei nenhuma palavra dela. Preciso soltar minhas sentenças na mente dela o mais rápido possível. Por mais que seja muito informação, o que fará eu falar com calma e pontuado, não pararei de profetizar até que tudo que eu sei esteja na mente de minha amada.

"- Minha amada Katarina, este profeta vem de seus devaneios para lhe trazer um alerta. Ouça com atenção estas palavras, pois a verdade e o perigo estão depositadas nas mesmas. Saiba que sua vida e alma estão em ameaça. Muitas das informações que lhe darei você já deve saber ou suspeitar, todavia é necessário a transparência das mesmas. O Príncipe Gustav que esteve presente entre nós nas últimas décadas é um plágio. Provavelmente o seu irmão Magnus, também diablerista, está se disfarçando do mesmo. Além de tal fato, o verdadeiro Punhos de Ferro acabou de despertar. E mais, aquele que se diz ser seu irmão Peter também é um impostor, o verdadeiro morreu, e tem grandes chances de ser Friedrich von Köln por detrás da máscara. Tome cuidado com esses três. Mas o verdadeiro perigo vem de outro lugar. Heinrich Himmler, o senescal. O mesmo já foi um mortal de sangue faérico, o que faz dele um Kyasid. Ele esteve por trás da derrota de Gustav na Segunda Guerra Mundial e está até hoje se preparando para destruir toda a linhagem do principado de Berlim. E seu maior aliado nesta empreitada é a Própria Karla Aach. Esses dois nomes são os inimigos que irão atrás de você. Mas minha profecia não termina agora. Existe um novo elemento na cidade. Kemintiri, a Matusalém do Egito, ela está na cidade com o objetivo de lutar contra a corrupção da mesma. Ela preparou um grande ritual de purificação em toda a Berlim. Se prepare para esse ritual e encare todos os seus pecados, pois assim você poderá acordar pura e preparada para enfrentar seus verdadeiros inimigos. Saiba que Wilhelm em sã consciência sempre será seu aliado, por mais impotente que ele seja, e claro, quando puder venha a mim que lhe ajudarei em sua busca. Darei fim para seu tormento. Por hora, fique atenta e boa sorte minha senhora."

Teste de Ritual: Int(4) + Ocu(5), Dificuldade: 4
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MensagemAssunto: Re: Ato VI - Narrativa de Kiril: Dilúculo   Ato VI - Narrativa de Kiril: Dilúculo I_icon_minitime28/3/2016, 13:15

O membro 'King' realizou a seguinte ação: Rolagem de Dados


'D10' : 7, 7, 8, 10, 3, 5, 2, 10, 1
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MensagemAssunto: Re: Ato VI - Narrativa de Kiril: Dilúculo   Ato VI - Narrativa de Kiril: Dilúculo I_icon_minitime28/3/2016, 15:20

O fiel carniçal não fez nenhuma oposição as suas ações, apenas confirmou positivamente que havia entendido. De fato, ele não tinha razões para ter pressa e sabia que haviam prioridades, sempre haveriam. Ele então apenas aguardou pacientemente a realização bem sucedida do seu ritual de comunicação.
Sua palavras foram mentalizadas e ao final das mesmas, você sente a presença da mente de Katarina novamente. Dessa vez havia algo diferente, provavelmente resultado da quebra do laço entre vocês dois. Você era capaz de sentir a verdadeira força da Rainha de Berlim e principalmente, uma enorme confiança emanando da mesma.

-Boa noite meu fiel feiticeiro. Escuto com atenção as suas palavras e ofereço algumas respostas. Eu acordei essa noite com a presença de Gustav saindo das catacumbas do palácio de Berlim, apesar de nunca ter revelado isso à você por incontáveis razões, Gustav estava em torpor dês das invasões francesas. Quem assumiu seu lugar foi Frederich, que está com o sangue tão potente quanto o do próprio Gustav... Frederich forçou um laço sobre mim e contar isso à você era simplesmente impossível. Mas finalmente estou livre de todos os laços e dominações que foram impostas à mim, algo ou alguém fez isso e esse algo ou alguém assumiu minha imagem na noite passada. Tudo me leva a crer que foi a própria matusalém de nome Kemintiri tenha agido com minha face em Berlim durante as últimas noites... De qualquer forma, precismos conversar pessoalmente sobre tudo isso. Fico muito grata pelas palavras e preocupações, irei me proteger da melhor forma possível, afinal, estou atualmente em Berlim Ocidental. Meu irmão Wilhelm desapareceu e é minha obrigação sentar em seu trono.
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MensagemAssunto: Re: Ato VI - Narrativa de Kiril: Dilúculo   Ato VI - Narrativa de Kiril: Dilúculo I_icon_minitime28/3/2016, 15:55

Então foi por isso que eu consegui noite passada lutar contra o laço de sangue. A vontade de Katarina estava dobrada. E então eu nunca conheci Gustav depois do meu carceres. Sempre foi Frederich... Se ele tomou o cargo de Gustav, quem teria ele diablerizado? E seria Magnus por detrás da máscara de Peter? Teria nexo, afinal Magnus foi tido como o inteligente e conseguiria ser o mestre das marionetes por detrás do Ocidente de Berlim. E Frederich como o impertinente, audacioso e indisciplinado, faria sentido o mesmo ter sido manipulado pelo Senescal na Segunda Guerra e sido preso ao laço de sangue em 61.

"-Minhas profecias sempre tangenciam a verdade, não são unidas com a mesma, mas percebo que a verdade está a tona dentro dela. Mantenho meu alerta sobre esses três parentes de sangue seu como perigos. E enquanto isso busque defesa contra qualquer carniçal ou Nosferatus. Karla almeja agir em breve e você precisa estar um passo a frente... E como vós não esteve conciente ontem, temo lhe ter uma desastrosa notícia. Aquela que tomou sua aparência ontem enviou Mark Hencke para uma missão suicida no reduto do Sabá. Ele foi empalado pela braço direito do Arcebispo e está sendo mantido como moeda de troca. Mas não se preocupe, quando a maldição de Kemintiri terminar irei lhe ajudar á salvá-lo. Como lhe ajudarei à se proteger de seus parentes diableristas e de Karla. Estarei ao seu lado quando a luta começar, e irá. Mas por hora, apenas se prepare, pois o ritual que a Matusalém criou, está prestes a amaldiçoar a cidade inteira."
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MensagemAssunto: Re: Ato VI - Narrativa de Kiril: Dilúculo   Ato VI - Narrativa de Kiril: Dilúculo I_icon_minitime29/3/2016, 00:23

-Hencke está empalado no Sabá?!

Indaga imediatamente Katarina, com uma voz preocupada e assutada. Essa sempre foi a preocupação que Katarina exibiu em relação a sua única prole direta, a ausência do laço de sangue realmente estava permitindo sua atenção mais elaborada e precisa dos atos e das variações de humor da sua Senhora, ela então finaliza.

-Não sei se essa maldição é positiva ou negativa mas ela não irá me derrubar e sei que ela também não o derrubará. Afinal, você possui consciência sobre a mesma e isso me faz crer que de algum modo, você colaborou com isso. Agradeço pelo alerta, Kiril, estou a caminho de um lugar seguro. E quando essa maldição for quebrada, irei resgatar meu filho da Espada de Caim. Custe o que custar!
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MensagemAssunto: Re: Ato VI - Narrativa de Kiril: Dilúculo   Ato VI - Narrativa de Kiril: Dilúculo I_icon_minitime29/3/2016, 01:08

"- Antes que a maldição comece e eu termine nossa conversa, há mais uma coisa que preciso falar para vós. Nosso laço de sangue foi desfeito. Sim, Kemintiri está envolvida. Mas não temas minha rainha, pois nunca foi seu sangue que me fez servi-la. Ele apenas embaçava minha mente e impedia o desempenho total de minha performance. Tenho agora forças e capacidades maiores do que jamais tive. E será com essas novas forças que lhe acompanharei em sua jornada. O sangue de Haquim agora corre em minhas veias e graças as forças dele abrirei com minhas lâminas o caminho para purificar essa cidade das trevas. E poder prover a ti a coroa que lhe é de direito. Esteja preparada para seu teste absoluto. Sobreviva à maldição e iremos nos encontrar. Até em breve, minha amada rainha."

Corona Borealis, sei do futuro que me falas-te. Mas graças ao poder de nosso senhor das dunas eternas, eu cortarei as linhas do destino desta cidade. Darei a verdadeira rainha sua coroa de justiça, seja esta simbólica ou não. E quando minha missão estiver completada, irei abraçar o meu próprio destino. Seja ele qual for. Pois agora estou preparado.


Última edição por King em 29/3/2016, 01:37, editado 1 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: Ato VI - Narrativa de Kiril: Dilúculo   Ato VI - Narrativa de Kiril: Dilúculo I_icon_minitime29/3/2016, 01:36

A comunicação mágica chega ao seu fim. Como naturalmente chegaria após uma breve conversa, seus olhos calmamente analisam tudo ao seu arredor, Gunther não estava mais ali, havia saído para deixar você conduzir a sua conversa com sua Senhora de maneira mais privada, ele sempre foi um educadíssimo carniçal e extremamente sensível a pequenas etiquetas da corte. Você estava sozinho dentro do seu íntimo laboratório, mas se encontrava incapaz de sentir-se abandonado ou solitário. Porque você tinha certeza de que alguém muito querido estava para chegar...
Você sentia apenas o seu próprio vitae correndo dentro de suas veias, algo simplesmente magnífico. Seus olhos então se voltaram para seus braços, agora enegrecidos pelo passar dos anos como apenas os verdadeiros filhos de Haquim eram. Aquele tom de pele, vivo, real. Uma pequena memória então despertou, o nanquim que era usado para escrever várias informações sobre a magia Tremere que você lia em sua prisão nas masmorras... Eram escritas por alguém que você sempre considerou como superior à você, talvez um grande feiticeiro Tremere, ou um grande mago. Mas a verdade era outra, a superioridade realmente era verdadeira e era interpretada assim pelos seus olhos por uma única razão: O laço de sangue.
Os estudos que você passou anos lendo, eram todos escritos em alemão, por uma caligrafia feminina. Porque os Tremere estudariam em alemão e não em latim!?

-Senhor...existe alguém na casa de espelhos....

Diz Gunther que abria a porta de onde você se encontrava. Ele estava claramente surpreso e simplesmente apontava a direção com a mão livre. Claramente incapaz de explicar quem era, você se viu na obrigação de simplesmente caminhar na direção. Passando pelo corredor e chegando a sala, passando pela sala e adentrando outro corredor. A porta de acesso ao ambiente místico dos espelhos, estava seu outro carniçal, Hamlin. E ele estava terminado de realizar uma reverência e se retirar.

-Ela esta aqui meu Senhor...

Diz o carniçal que seria o guardião diário de suas posses. Com uma voz calma e cheia de respeito, ele só se direcionava daquela maneira a uma única pessoa em toda corte de Berlim. E a resposta estava estampada em todos os vidros, reflexos e locais da sua mística casa de espelhos. Tantas previsões do futuro foram feitas ali, mas nenhuma delas era a previsão do seu futuro. Futuro esse que parecia cada vez mais brilhante e livre.

-Boa noite, Kiril. Pergunto-me se há um lugar aqui onde eu possa passar a noite.

Ato VI - Narrativa de Kiril: Dilúculo Katari10

Seus olhos estavam vendo a poderosa imagem de Katarina se formando no centro da sua sala de previsões, sendo refletida em todos os espelhos e ela estava literalmente se transportado para o seu refúgio. Esse ritual possuía um nome, "Fuga Para Um Amigo Verdadeiro" e apenas o mais experientes e versados na Taumaturgia Hermética eram capazes de realiza-lo, além de exigir uma enorme preparação de horas. Era surpreendente saber que ela havia preparado sozinha tal ritual, assim como era magnífico ver que ela considerava você o maior e mais seguro aliado em toda Berlim e todo mundo. A resposta então vinha em sua mente, quem fornecia o estudo da feitiçaria para você era a própria Katarina.
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MensagemAssunto: Re: Ato VI - Narrativa de Kiril: Dilúculo   Ato VI - Narrativa de Kiril: Dilúculo I_icon_minitime29/3/2016, 02:43


Um sorriso natural tomou meu rosto quando a vi ali na minha frente. Eu achava que alguma parte de mim guardaria rancor dela, afinal a mesma me prendeu por tanto tempo. Mas não existe um pingo de mágoa em meu coração agora. Apenas preciso protegê-la. Como ela sempre fez comigo. E a mesma ainda consegue me surpreender. Ela então era versada nas feitiçarias... Foi ela esse tempo todo... Foi ela que me fez ser quem sou agora. Kemintiri pode ter me dado a liberdade, mas foi Katarina que me deu a vida. E digo vida, pois não vejo maldição na trilha que escolhi. Não há arrependimentos ou mágoas. Há apenas a certeza, certeza que esse é meu caminho. Que é meu destino, afinal como não posso ler meu futuro, significa que eu mesmo devo criá-lo.

Assim faço uma curta, mas significativa mesura enquanto me aproximo. O meu sorriso não podia ser mais sincero. Ofereço meu braço para a mesma me acompanhar até um quarto digno em meu refúgio. Nunca antes tive coragem de fazer um ato tão íntimo, mas agora não há hesitação. É como se eu soubesse o que deveria ser feito. Pois não vou mais cobiçá-la pelas sombras. Não há mais o que esconder.

- Minha pele não espelha mais a nossa terra natal. Mas minha alma sempre será de um búlgaro que lutará contra todos os demônios e atravessará todo o tártaro para lhe buscar. Aqui você estará segura de todos os males, minha amada. Meu refúgio não possui dos confortos do palácio, mas poderei lhe oferecer uma boa cama para seu sono. E saiba que estarei sempre para lhe proteger. Meu amor...

A última palavra dá uma travada em minha boca, mas é proferida de forma não intencional. Como assim eu disse isso? Eu sei que estou agindo de forma mais natural. Mas existe um limite. Ela é minha rainha. Como diabos eu disse isso em voz alta? Minha feição fica totalmente hesitante, envergonhada de certa forma. Sentimentos tão distintos do que jamais revelei. Temo o pior pelas palavras que eu disse. Haverá uma punição por meus desejos, afinal ninguém pode ter tudo o que almejas. E sei que o coração de minha rainha pertence ao príncipe dos justos...
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MensagemAssunto: Re: Ato VI - Narrativa de Kiril: Dilúculo   Ato VI - Narrativa de Kiril: Dilúculo I_icon_minitime29/3/2016, 03:25


Katarina sorriu e caminhou até você, para sua surpresa ela não só aceitava a oferta de seu braço, entrelaçando os seus braços, como também toca a leveza de uma pluma o teu braço com a mão livre. Era uma demonstração incontestável de carinho. Caminhando então ao seu lado ela ouviu suas palavras e fez uma breve pausa para olhar diretamente para você.

-Me orgulha tanto vê-lo dessa forma. Me orgulha porque eu sinceramente desejei ver tua liberdade em tantas ocasiões... Hoje olho para um espírito livre que encontrou seu próprio caminho, que finalmente se libertou de sua Senhora mas que por escolha coloca-se ao lado dela. Entendo que fui terrível, entendo que fui distante e dominadora. Mas vejo que também és capaz de entender que fiz o necessário para mante-lo vivo... Fico lisonjeada com teu amor, saibas que tens eternamente o meu amor. Mas não posso ferir tua alma com tamanha crueldade, não mais. Você é a prole que eu desejei ter criado, Kiril. Você é aquele que eu desejo que seja meu herdeiro... Eu não sou mais capaz de amar um homem como uma esposa deve fazer, acredito que a adaga tenha contato à ti as razões. Mas sou capaz de ama-lo como uma verdadeira Senhora é capaz de amar sua primeira prole.

Comentou Katarina de forma sincera, profunda e com o alemão único que saia de seus lábios como a mais pura das poesias. Para logo em seguida você sentir o corpo dela fraquejar, encostando-se no seu como se estivesse próximo de um sono sobrenatural imposto à todos os cainitas pela maldição dos arcanjos. Era a feitiçaria da Semi-Deusa, ela colocaria todos para dormir. Katarina não seria poupada, mas aparentemente, você seria...

[Off: Ultima ação para o final do Ato]
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MensagemAssunto: Re: Ato VI - Narrativa de Kiril: Dilúculo   Ato VI - Narrativa de Kiril: Dilúculo I_icon_minitime29/3/2016, 12:11


Meu braço ser acariciado com suavidade traz para mim um sentimento estranho. Algo nostálgico. Algo perdido no tempo, no fundo de minha memória. Uma lembrança corre em minha cabeça. Era um sentimento muito familiar e puro. A minha mente começa a ficar rica, trazendo elementos daquele sentimento. Um cenário surge em minha mente lentamente até tomá-la por completo.

Era 1644. Minha pele clara e minha juventude estava em seu auge. Tinha apenas dezessete anos. Eu estava nervoso. Olhava para o sol se pondo no Mar Negro. Era a última vez que veria aquilo. No dia seguinte eu partiria com o exército do sultão para invadir a Hungria. Mas aquele sol estava tão belo que me fazia sorrir. Só que meu olfato chamou minha atenção. Era o cheiro de um guizado. Era um guizado de lebre silvestre. Como eu amava aquilo. Assim eu me virei e a vi. Minha mãe, loira como os campos de lírios, estava logo atrás de mim. Ela também estava vendo o sol se pondo. Então me disse que minha comida favorita estava pronta. Eu apenas consegui abraçá-la naquele momento. Foi o último sentimento de amor que eu tive.

Mas agora me sentia como se estivesse vivo novamente. Era impossível segurar aquela gota de sangue em meu olho esquerdo. E então Katarina lentamente adormece. Não me era uma surpresa, logo agi com calma. Forço o sangue em meu corpo para ter forçar para pegá-la no colo. Seguro ela como se fosse uma delicada peça de porcelana. Tão delicada e bela quanto. E então caminho para a única cama de meu refúgio. A coloco dentro da coberta, apenas tirando a sapatilha de seus perfeitos e brancos pés. A arrumo com cuidado dentro da coberta de seda. Coloco dois travesseiros de pena abaixo da cabeça da mesma. E então me aproximo.

Fico a apenas dois palmos do rosto dela. Fico paralisado. Pois sinto algo que não faço a menor ideia ao certo o que é. É como um frio no estômago. Mas a dor do mesmo é prazerosa. E em vez de me fazer me sentir frio, me sinto mais quente. Por um segundo podia achar que senti meu coração pulsando. Meus olhos não se tiravam o foco do lábio da mesma. Aqueles lábios. Como queria tocar no mesmo. Como se fosse um leve toque de duas borboletas na primavera... Talvez um dia. Talvez um dia quando eu limpar a corrupção dessa cidade, eu poderei. Mas esse dia não é hoje. Então apenas dou um beijo na testa dela. Me afasto sorrindo. A observo dormindo por mais uns instantes para finalmente ir de encontro com Gunther.

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