Danto Admin
Mensagens : 4857 Data de inscrição : 04/06/2012 Idade : 32
| Assunto: A Cultura do Sabá: Caminhos, Éticas, Fundamentalismos e Heresias. Sáb Jun 13, 2020 3:03 am | |
| Cainitas são criaturas das trevas, isso é irrefutável. Porém os membros do Sabá seguem uma filosofia de fundamentos complexos, cujo maior pensador e influenciador dessas premissas é o Eterno Cardeal de Madrid, Ambrosio Monçada. Monçada foi em sua vida mortal um bispo da Igreja Católica e sua fé irrefutável era o que o definia enquanto os demais buscavam por poder e terra. Monçada raramente abandonava sua paróquia e seguia pregando para todos que precisassem ouvir as palavras de Deus, independente desses serem humanos ou não.
Durante a Reconquista das terras ibéricas pelas forças cristãs, Monçada teve sua primeira experiência com o derramar do sangue em nome de Deus, uma guerra santa que violentamente perseguia e punia humanos e cainitas que acreditavam em valores diferentes, mas não completamente incompreensíveis aos seus olhos. Foram nas noites que seguiram essas batalhas que o Bispo Monçada, ainda neófito, pode refletir e iniciar a formulação de uma ideologia. E assim que os reinos cristãos se formaram nos territórios ibéricos e os novos Príncipes de Sangue surgiram, Monçada usava seu privilégio para propagar palavras de tolerância e fé, afinal, enquanto seus maiores aliados eram guerreiros conquistadores, abraçados na primazia de suas juventudes, Monçada já possui-a uma idade avançada e uma mente afiada.
Por fim, quando o Sabá foi criado após a grande Revolução Anarquista, os líderes da nova seita procuraram dentro de suas cidades e aliados os membros capazes de auxiliarem na estruturação cultural que representasse com precisão os valores que os levaram aos campos de batalha, honrando as vitórias e derrotas. E naturalmente os olhos de todos se voltaram para a figura do Bispo de Madrid, nesse momento da história, Monçada havia ascendido ao patamar de "Príncipe de Madrid", mas renegava o título e se apresentava com seu título eclesiástico. Madrid era o refúgio mais seguro para qualquer cainita que desejasse liberdade, a tolerância para a diferença de opiniões e culturas era garantida pela influência de Monçada que mantinha a inquisição distante de seus aliados.
A Reformulação Ética: Os verdadeiros estudiosos e fervorosos membros do Sabá atribuem a criação do Caminho da Luz a duas figuras: Monçada e Roque. Monçada era um expoente no Caminho do Paraíso, uma estruturação arcaica de moral e fé cristãs que configuravam os cainitas como seres eternamente amaldiçoados e Caim como um pecador incurável, dentro desse código ético, a figura do cainita era de eterna penitencia e caberia as criaturas das trevas o peso da dor do pecado para que os humanos pudessem viver em liberdade. E no fim, diante do julgamento divino, os membros do Caminho do Paraíso seriam perdoados e seu martírio recompensado.
O Malkaviano chamado Roque, antigo Príncipe de Navarra, era um membro de uma exótica variação da Humanidade, o Caminho da Comunidade. De acordo com os registros antigos, os membros desse Caminho não negavam o monstro que eram e o perigo que significavam aos humanos, por tanto, a única forma de tornar-se maior e melhor que o monstro que todo Cainita naturalmente é, seria assumindo todas as responsabilidades dessa nova condição e cercando-se completamente por mortais, tornando-se parte do convívio rotineiro desses e se atentando a suas necessidades, pesares, medos e alegrias.
Ao invés de arrebanhar os mortais ou prendê-los em jaulas como animais a serem abatidos, o objetivo seria alterar o impulso de arrebanhar os mortais que está na natureza do Cainismo, assumindo a responsabilidade pelas vidas que alimentam a sua. Assim, as necessidades desses mortais passaria a ser igual as necessidades do Cainita, o crescimento tonar-se-ia fundamental para o bem estar da comunidade ao qual o Cainita está inserido e por fim, um importantíssimo alerta: Uma pessoa que saiba quem ou o que a beneficia tende a se rebelar contra esse benfeitor, por tanto, a manutenção do segredo é indispensável para o alcance do bem maior.
A amizade entre esses dois membros resultou na construção do Caminho da Luz, o caminho que posteriormente seria dividido em várias vias populares dentro do Sabá, sendo que o próprio Caminho da Luz se tornaria uma espécie de filosofia antiga e mais comum de ser representada por membros de linhagens de Status ou anciões remanescentes da paróquia de Monçada.
O Caminho da Luz: Não há luz sem trevas e não há trevas sem luz. Primordialmente, não há Cainita sem o Humano, mas há Humanidade sem Cainitas. E é essa a fundamental estruturação da filosofia que rege a estruturação ética dos seguidores do Caminho da Luz. Antes de alcançar, da forma que seja, o estado de não-vida que é a maldição do cainismo, todos foram humanos e viveram suas vidas sob os paradigmas e culturas mortais. Acerditar que quaisquer resquícios de humanidade é uma manifestação de fraqueza ou inferioridade é uma mentira, uma mentira contra sua essência e uma mentira para toda a comunidade de seres que o cerca. Entretanto, um Cainita jamais será um humano novamente, não importa o quanto esse Cainita se esforçar, seu estado é eterno até o Dia do Julgamento Final chegar, algo que claramente não irá ocorrer nos próximos milênios.
E é importante que a natureza monstruosa existe, pois abdicar ou ignorar totalmente esta é, não somente uma ignorância, como também uma aposta arriscada. Os membros desse Caminho compreendem que a Besta existe e é um mal que precisa ser constantemente posto em observação, contestação e análise. Afinal, uma besta aprisionada, negligenciada e faminta, se torna um mal desconhecido, uma verdadeira ameaça que pode se manifestar e devorar a tudo e a todos que consiga alcançar.
A ética que nós aprendemos em vida é vital para compreender quem nós somos após o Abraço, por isso, aqueles que seguem neste caminho valorizam sua comunidade, sua cultura e os mortais que seguem sendo essenciais para sua existência.
Codinome: Conservador, Velha Guarda, Autarca.
Éticas do Caminho da Luz: * A necessidade dos outros é igual a necessidade do Cainita. * Uma pessoa que toma conhecido a cerca de quem ou o que o beneficia, tende a se rebelar-se contra, portanto o segredo é importante. * O Cainismo é uma existência que faz parte de um plano divino. * O direito de escolha de uma Fé é fundamental e cabe a cada Cainita determinar qual será a moral que ele deverá manifestar. * Venerar e regozijar dos prazeres vis exigidos pela Besta é entregar-se ao tenebroso mal intrínseco à existência Cainita, ou seja, é repetir os erros de Caim. * Existe uma esperança, uma redenção. Aprenda com os erros do passado e incentive o crescimento da comunidade, dos mortais e dos Cainitas. A bênção de Gabriel chegará.
Iniciação: O Caminho da Luz é a fundamentação ética e moral para os cainitas do Sabá. Assim que um verdadeiro membro da Seita é submetido aos rituais de criação, cabe ao Sacerdote que conduz os rituais a ação de lecionar, reforçar e transformar o Cainita em um verdadeiro Sabá. Lecionando o jovem membro a compreender que suas ações, assim como durante sua vida, causam consequências e que sua natureza agora está eternamente atrelada a uma sombria maldição. Reforçando que crimes, roubos, violências e corrupções causam fricções verdadeiras e por muitas vezes severas a barreiras pessoais, geográficas e políticas, assim como, é capaz de ofender e censurar as liberdades de outros Membros do Sabá. E por fim, transformar a humanidade remanescente dentro desse novo membro do Sabá em uma perspectiva realista, abandonando a adoração a figura mortal da humanidade e passando a compreender quem ele é, o que é a Besta que ele tem e como ele poderá ser alguém diante essas novas condições de existência.
Organização: A estruturação dos Membros desse Caminho é diferente se comparada as antigas estruturas dos Caminhos de Ética e Moral durante os tempos ancestrais da cultura cainita. Devido a Humanidade ter se tornado a forma padronizada pelos anciões aos mais jovens, através dos mecanismos de poder da Camarilla, os Membros do Caminho da Luz se fecharam inicialmente com exclusividade dentro do Sabá e em especial, seguindo as tradições católicas do centro cultural da Seita: A cidade de Madrid. Entretanto, existem outras vertentes não cristãs dentro do Caminho da Luz, como a fé islâmica ou judaica. E o avanço dos estudos e o aprimoramento do espírito desses membros é categorizado de acordo com sua fé, um Arcebispo do Caminho da Luz é equivalente ao Mulá e Ulemá do Islã ou Rabino para o ramo judeu do Caminho da Luz.
Rituais e Dogmas: O principal ritual para os membros do Caminho da Luz se confunde com um fundamental Ritual do Sabá. O Ritual de Iluminação é tradicionalmente realizado durante o Ritual de Criação, ou seja, quando um "Cabezas" ("Shovelhead") é apresentado ao Sabá, este precisa atravessar o Ritual de Criação. E por muitas vezes durante os primeiros anos do Sabá, o Caminho padrão para todos esses novos membros era o Caminho da Luz. E caberia a um Bispo do Caminho da Luz a função de realizar o Ritual de Iluminação durante o período de transformação desse novo membro. Em um período de três meses que antecedem o Ritual de Criação, o Bispo leciona ao futuro novo membro do Sabá. E cabe ao Bispo notificar o Sacerdote sobre a habilitação do possível novo membro e assim que o Bispo fazia a notificação, se inicia a semana de purificação, onde várias privações são impostas ao apóstata, que culminam na ação do Sacerdote do Sabá, tudo em busca do renascer físico, espiritual e moral do novo membro do Sabá.
Aura: Pequenas faíscas prateadas. Os membros da Velha Guarda manifestam em suas auras pálidas pequenas faíscas prateadas que iluminam como pequenos vaga-lumes. E quanto mais iluminados dentro desse caminho, mas frequentes são essas faíscas que simbolizam a purificação espiritual alcançada por esses membros. E a manifestação dessa aura facilita a ação dos seus devotos em prol das vidas mortais que o cercam ou no enfrentamento as provocações e corrupções sombrias dos cainitas heréticos.
Virtudes: Consciência e Autocontrole. - A Primeira Trilha:
Trilha da Nova Aurora:
Estruturado pela figura de Anne-Marie Sandoza, prole do Eterno Cardeal de Madrid, Ambrosio Monçada, a Trilha da Nova Aurora é uma variação do Caminho da Luz que busca a expansão da busca de um caminho mais iluminado e não necessariamente tão centralizado no catolicismo, passando por vertentes mais modernas e práticas, discutidas e inspiradas pelos movimentos iluministas espanhóis nos anos dourados (Siglo de Oro).
As principais bases que fundam a ética dos membros da Trilha da Nova Aurora partem de uma sensação de constante desafio entre as forças das sombras e as forças da luz que se manifestam constantemente ao arredor de todas as formas de vida e morte.
A vida e a morte são portanto, figuras fundamentais da essência de um Cainita. A besta, a violência, o sangue, os horrores e as dores de ser uma criatura sombria, eternamente anormal e monstruosa, são manifestações dessa força tenebrosa da morte que nunca deixarão de fazer parte do ato de existir como um Cainita. Todavia, existem possibilidades de encontrar alegria dentro da dor de ser um eterno amaldiçoado.
A arte, o duelo, a dança, o desafio, a batalha, a causa, não importa o que pode trazer um respiro, que possa ser considerado como uma luz no fim no túnel, é importante e precisa ser valorizado. E aprender, assim como ensinar, a encontrar o que deve ser valorizado dentro da existência de cada Cainita é a verdadeira função daqueles que Trilham esse caminho.
Codinome: Iluminados, Mediadores, Tutores.
Éticas da Trilha da Nova Aurora: * Negligenciar as suas necessidades é alimentar as trevas que existem em seu âmago. * Negligenciar os pesos das suas ações é censurar seu próprio desenvolvimento. * A violência é necessária para romper o obscurantismo que nos aprisionam. * Viver uma vida sem esperança é tão sombrio e triste quanto dedicar a vida inteira à uma mitológica redenção. * Viver é caminhar sob o fio de uma navalha vil e as feridas causadas pelo caminhar são rachaduras pelas quais a luz pode entrar. * O Cainita é uma dualidade, entre a sombria besta e o iluminado humano. Ignorar essa dualidade é negar a própria existência.
Iniciação: A Trilha da Nova Aurora não tem uma iniciação muito diferente do que a já tradicional iniciação do Caminho da Luz. A essencialmente modificação no Ritual de Criação é que o ato de enterrar de fato o então "não-membro" não é praticado, sendo substituído por uma experiência em uma caverna escura, algo similar ao mitos da caverna de Platão. Onde durante um período de uma semana o "não-membro" será exposto aos seus maiores medos dentro das sombras, para então ser receber mais uma chance de encontrar seu caminho pela luz.
Organização: Anne-Marie Sandoza é a figura de máxima liderança dessa trilha, sendo não somente uma líder moral, mas também uma espécie de Ductus/Bispo para os membros dessa Trilha. Assim, o bando liderado por Anne-Marie acabou por se tornar uma força de proteção e suporte para todos os Cainitas que escolher seguir essa trilha. - Os Pecados da Trilha:
- A Segunda Trilha:
Trilha da Primazia Criada por Danièle Bassot, prole de Silvester Ruiz, a Trilha da Primazia é inspirada na criação filosófica estruturada por Anne-Maria Sandoza e tornou-se popular no início do século XX. Sendo escolhida por Xavier, como a trilha exemplar para o novo Sabá, a Trilha da Primazia é focada na expansão do valor individual de cada Cainita e herdeira de Caminhos e Trilhas Ancestrais dos Altos Clãs.
As principais bases que fundam a Trilha da Primazia se aproximam da herança do Caminho dos Reis, onde os Cainitas eram por sua essência responsáveis pelo poder que possuem e por tanto, seriam irrefutavelmente criaturas superiores. Por tanto, os membros dessa Trilha se consideram superiores aos demais, não por serem mais poderosos, mas sim por serem os que verdadeiramente conseguem lidar com o ato de liderar em prol de um futuro melhor e justo.
A busca pela superioridade é presente no cerne da filosofia da Trilha da Primazia, ao invés de sentir-se membro de uma comunidade, os membros dessa trilha precisam se ver como líderes dessas comunidades e usar suas capacidades, habilidades para a manutenção dessa figura de liderança. Eles reconhecem e valorizam hierarquias, incentivam comportamentos competitivos e compreendem que a mudança precisa ser uma força constante e rigorosa, impedindo que sua existência se congele e assim, se frágil e insegura.
Todavia, não é somente sobre "ser o líder", os seguidores da Trilha se dedicam a um constante e severo clico em busca do "mais-que-perfeito". São profundamente críticos a suas próprias ações e pensamentos, inquietos e até mesmo intolerantes diante aqueles que levam suas vidas sem compreender a importância que permeia o ato de ser um Cainita.
Codinome: Protagonistas, Conquistadores, Facistas.
Éticas da Trilha da Primazia: * A inércia e a acomodação são demonstração de incapacidade e fragilidade. * É necessário compreender sua essência, seus limites e suas fraquezas para ser um líder verdadeiro. * Forças desconhecidas e externas jamais devem controlar seus desejos e ideias. * Um Cainita digno é um eterno guerreiro em busca de se tornar melhor e maior do que foi na noite anterior, por isso é imortal. * É um dever divino liderar, mas tornar-se lider é uma conquista alcançada apenas pelos dignos dessa bênção.
Iniciação: Além da iniciação tradicional do Sabá que é considerada fundamental para separar verdadeiros Cainitas de falsos Cainitas aos olhos dos membros dessa Trilha, a iniciação de um jovem membro da trilha é marcada por um período de três anos de ensinamento e tutoria após o ritual de criação. Durante esses três anos o iniciado é deposto de todos seus privilégios, recursos, posses e contatos, vivendo sob a tutela de seu Mentor e obedecendo a todas as suas regras e leis. Para assim, serem capazes de compreender o que é ser alguém sem nenhum direito ou liberdade, e assim valorizar verdadeiramente cada aprimoramento e conquista.
Organização: Anteriormente, a organização dos seguidores dessa Trilha foi coordenada pelas forças de Xavier e seu exército. Os valores dessa trilha eram tão extremos durante o franquismo que até os militares de alta patente operavam dentro de sua filosofia e tradição. Porém, a antiga hierarquia que existia ruiu e hoje reside na figura de Óliver Zorita, rival de César Miralles e prole de Danièle Bassot. - Os Pecados da Trilha:
- Terceira Trilha:
Trilha de Junos Criada por Marcello, Deacon de Los Reyes, o primeiro Tremere a se estabelecer discretamente em Madrid em meados dos anos 1200. Marcello foi por décadas e séculos uma misteriosa figura, sempre silencioso e tratado como um "pária" por muitos anos antes de conseguir algum reconhecimento. Esse estranhamento era nutrido pela herança cigana de Marcello e seus costumes estranhos e verdadeiramente diferentes do sempre forte Catolicismo Espanhol.
A Trilha de Junos tem laços fortes com conceitos de liberdade, parcimônia, comunidade e deleite. Compreendendo os cainitas como criaturas eternamente amaldiçoadas a viver o presente, nascidos para esperar, cantar, amar, odiar e chorar. Não há razões para sonhar com um nação para sí, em dominar, controlar, pois a verdadeira pátria que cada um possuí está exatamente abaixo de seus próprios pés.
Os autointitulados, herdeiros da lua se compreendem como criaturas escolhidas a trilhar uma vida de eterna peregrinação, sendo essa física ou espiritual, fazendo de suas moradas temporárias experiências positivas, vibrantes e marcantes para todos ao seu redor. Porém, apesar da catártica alegria que os impulsiona, os herdeiros da lua não são bufões a orbitar sem razão pela vida.
Essencialmente marcados por uma herança cultural dos povos massacrados, excluídos e marginalizados dos Romani, a Trilha de Junos é fortemente familiar, protetiva para com seus e misteriosa por natureza, incentivando mentiras, falsas verdades e uma cultura oral que os faz ainda mais incompreensíveis aos olhos dos outros.
Codinome: Filhos/as de Diana, Herdeiros/as da Lua, Ciganos.
Éticas da Trilha de Junos: *A necessidade dos outros é importante, ao menos que esta ameace a necessidade de outros. *O Cainismo é uma bênção/maldição, vivemos assim como a Lua vive para a Noite. *Existem noites sem Lua, por isso, dê valor as pausas, as criações, ao que lhe é especial. *Tua família é teu maior tesouro, nada é mais sagrado ou importante. *Posses materiais são passageiras, as verdadeiras riquezas são culturais. *Não estamos neste mundo para ensinar, mas sim para viver.
Iniciação: Existe uma complexa e ancestral herança de iniciação aplicada aos iniciantes dessa trilha que se assemelha com um batismo. Em primeiro ponto, o novo membro precisa abdicar de todas as suas posses e esse processo tende a durar entre uma a duas semanas, dentro desse, o membro é considerado uma criatura impura. Assim que o período da impureza termina, o Sacerdote responsável, deve banhar o impuro em uma banheira de água do mar com cravos e flores, para posteriormente deixar o iniciado por 24 horas submerso. Assim, durante a primeira lua cheia após esse batismo, o iniciado recebe três nomes: O primeiro nome é mantido em segredo para toda a eternidade, sendo revelado somente em momentos sagrados e de extrema importância. Apenas o iniciado e o Sacerdote tem acesso ao verdadeiro novo nome do novo membro. O segundo nome é construído com base do nome mortal e tem como objetivo se tornar o novo nome popular e apresentado a todos os demais membros do Sabá. O terceiro e final nome é um apelido, uma definição, um título, algo simples que defina o iniciado para sua verdadeira família, os demais membros da Trilha.
Organização: Como organizar uma Trilha que se estrutura na ausência de hierarquia e formas de liderança ou governo?! A realidade é que essa trilha pertencente ao caminho da Luz e se organiza em torno de grandes reuniões que celebram a vida, a existência, festas de reconhecimento e encontros familiares. Os mais antigos são naturalmente tomados por sábios, por terem vívido mais e por tanto, seriam os os "líderes" ou representantes dessa trilha, porém, não existe nenhuma motivação ou intenção nestes de assumir tamanha responsabilidade fútil. - Os Pecados da Trilha:
| |
|