A Corte de Provença: Os Cainitas

O legado do Grande Patriarca de Constantinopla é eterno, não somente para o clã das rosas, mas para toda a humanidade e a cultura dos povos europeus modernos. Porém, ao contrário do que seus inimigos planejaram durante as violentas e sangrentas invasões dos muros da Cidade de Ouro, o legado do Sonho persistiu no interior do coração de uma rosa: Adela Reinewif. E seu retorno inesperado à sociedade cainita atraiu os olhares de todos, tanto inimigos, quanto antigos aliados. O ressurgimento das Rosas Douradas renovou a promessa antiga do Sonho, uma forma diferente de viver a maldição de Caim, algo que pode ser visto como uma heresia ou afronta à máscara, porém, tem se tornado cada vez mais difundida pela corte de Provença.

As Flores-de-Lís são os Toreadores herdeiros da linhagem real francesa, representantes diretos dos símbolos da alta cultura de Paris. Modernistas, inventores, fascinados pela arte e pelo belo. Os membros dessa linhagem reinam sobre a França e suas terras à séculos e colhem os frutos do fortíssimo Império que possuem sob seu domínio. Bernard, um dos filhos do Eterno Imperador, foi enviado à Provença após o renascimento das Rosas Douradas. A presença de Bernard e suas proles é um aviso formal ao principado de Provença e iniciou o jogo de intrigas na corte das rosas.

Ao contrário do que a crença popular acredita, a figura de Villon e sua família real não é hegemônica em território francês. Os antigos Ventrue, herdeiros do antigo Príncipe de Paris, se refugiaram em Lyon e forjaram uma aliança com um jovem e solitário idealista: Rafael de Corazon, então exilado na cidade. Inevitavelmente, com o crescimento da Camarilla e o protagonismo de Rafael junto da mesma, a rivalidade entre as Iris e As Flores-de-Lis se tornou forte, agressiva e por muitas vezes, sangrenta. E na mesma noite da chegada do Arauto de Paris, o Arauto de Lyon aportou em Marseille, intensificando as rivalidades.

Florença foi o lar dos maiores pintores e artistas, o talento, a inspiração e a arte fazem parte do dia a dia da população dos vilarejos e cidadelas da belíssima região costeira italiana. Porém, as noites de Fogo e Sangue promovidas pelo Movimento Anarquista foram impiedosas por todo território italiano, Florença não foi uma exceção! Assim como Milão, Turim, Veneza e outras grandes regiões, muitos antigos do sangue foram executados, caçados e devorados. E o próprio Duque de Florença, Elonzo, antigo Príncipe da região, buscou refúgio em Provença, aliando-se as lideranças Brujah locais. Os Lírios são recém chegados e são considerados peças importantes nos joguetes de influência da corte das rosas.

Herdeiros de um patrono das artes, paixões e belezas, Alexander de Paris era confundido por muitos como um Matusalém do clã das rosas. Porém, as marés das guerras dos Príncipes que culminou na Grande Revolução Anarquista e nas Noites de Sangue e Fogo, arrancaram os herdeiros de Alexander de sua terra natal e grande parte de sua linhagem fugiu das terras francesas, exceto alguns mais corajosos que se fincaram suas raízes em Lyon e estruturam um dos maiores centros urbanos da Europa. Doran, um desses bravos resistentes contra a força dos Toreador de Paris, aceitou o desafio de recompor a presença do seu Clã nas terras de Provença.

Serverus foi em seus anos de glória um dos poderosos titãs da Grande Roma e seu vasto império. Irmão próximo de Antonius, Serverus era um engenheiro de grandes planos extremamente elaborados e estruturados, um político fantástico e um guerreira implacável. Seus herdeiros na região são liderados pelo experiente Jules Cormier, um guardião das tradições e um verdadeiro lorde. Jules é defensor dos ideias de Hardestadt e muitos acreditam que ambos foram aliados no antigo passado da Guerra dos Príncipes. A corte de Provença só sobreviveu graças ao Conclave convocado por Jules e seus aliados.

A linhagem de Collat tem suas raizes nos Etruscos e sua grande Rainha da Noite, Tínia. Ou seja, são os herdeiros de Collat os Ventrue que reinaram e estruturam o maior e mais importante de todos os Impérios que já conquistaram e avançaram pelas terras Europeias, O Império Romano. Sendo assim, os Grandes Reis e Rainhas de Roma, a linhagem se orgulha de seu passado e olham para o futuro como resultados de suas grandes glórias. Porém, apesar de todo prestigio, aos poucos, a linhagem desaparece nas areias do Tempo e das memórias dos Membros. Orgulhosos, tradicionalistas, profundamente conectados as leis e ao clã, os herdeiros desse legado são dedicados e fieis ao Clã.

Herdeiros de um vitae poderoso, ancestral e perigoso, os vizires têm uma origem conturbada, violenta e aristocrática. O antigo Patriarca da linhagem era um apoiador da antiga Corte e um ultraconservador, defensor da soberania dos antigos e dos laços de sangue. Porém, após a queda do Castelo de If para as forças revolucionárias de Altamira, a linhagem se reconstruiu em uma nova imagem. Assim os antigos herdeiros do altíssimo poder Romano do clã da lua, passou a ser conhecido como os “Vizires” por suas várias visões e premonições, que rapidamente tornaram-se populares entre os mais jovens e supersticiosos. Liderados publicamente pela jovial figura de Martial, os vizires são defensores da renovação, dos novos ciclos e da defesa dos mortais da soberba dos vampiros.

Os herdeiros da Malkavian que acompanharam os ilustres convidados do Conclave de Marseille escolheram permanecer na região, mesmo sem cargos ou títulos, foram prontamente conhecidos por “Cassandras” por suas estranhas e complexas falas e posicionamentos diante do público. Defensores da Camarilla e herdeiros de uma das figuras responsáveis pela sua estruturação inicial, os Cassandras de Marseille são indivíduos de bom humorados, apaixonados por histórias, intrigas e mentiras. Liderados por dois irmãos de abraço, a linhagem tem se destacado por seus talentos naturais com a Corte e os joguetes protagonizados pelo Clã das Rosas.

Resistentes, resilientes, sobreviventes e inteligentes. Esses são os membros conhecidos pela alcunha de "Les Parisii", uma linhagem de Nosferatu exilados de Paris a séculos atrás e que encontrou nas ruelas dos portos de Marsielle seu lar, refúgio e reinado. Muitos dos seus arderam nas chamas das varias batalhas, são eles os mais próximos do povo comum e seus olhos estão em todos os lugares. Com o despertar de Varros, a linhagem expurgou os seus filhos sórdidos e passou a caminhar juntamente dos Brujah locais em busca da construção de uma Provença melhor à cada noite.

O maior de todos os Impérios que a Europa já viu, Roma, deixou seu legado eternamente enraizado em todas as civilizações que o sucedeu. Ainda dentro desse passado imperial da cidade italiana, uma figura reinou absoluta: Cassius, o lorde das catacumbas romanas. E seus herdeiros, se espalharam pelas sombras e reinaram abaixo das ruínas da queda do império. A linhagem recebeu a alcunha de "Os Eternos" por serem sempre encontrados nas maiores cidades, sempre a apoiar a Camarilla e o sonho de Hardestadt.

A Casa Calinot é estruturada em homenagem a eterna figura da Matriarca da Linhagem que não somente foi a primeira Tremere de toda Provença, como também, defendeu incontáveis feiticeiros, hereges, revolucionários e estudiosos. Considerada por toda comunidade magika de Provença como uma entidade semi-divina, Elaine de Calinot deixou seus herdeiros para liderar a Capela fundada pelas mãos do próprio Etrius, arauto do grande Tremere.
Liderados por Clara e sua prole Lorraine, a Casa Calinot ascendeu dentro da política regional após a queda do antigo principado e recebeu incontáveis agradecimentos por seus esforços para a contenção dos ataques e massacres que ocorreram na época. Clara, prole direta da mitológica fundadora da Casa, é a líder política e a face de toda linhagem. Lorraine é a grande feiticeira, altíssima sacerdotisa, Regente e mestre dos rituais da Capela. Lado a lado, elas são apoiadoras diretas do novo Principado de Provença.

Os bruxos são membros de uma tradicional linhagem de feiticeiros herméticos formados na maior e mais famosa Capela de todas as Capelas Europeias: A Capela de Viena. Liderados por um tradicionalista e conservador feiticeiro de práticas herméticas fervorosas, Augustine d'Erlette, os feiticeiros foram enviados sob ordens da Grã Capela de Viena para auxiliarem a construção e a estruturação da primeira Capela Tremere em território Francês. Soleen Thévenet, herdeira direta de Augustine é a mais nova aprendiz de Lorraine, a Regente da Capela de Provença. Estabelecendo uma relação de proximidade e cooperatividade entre as linhagens]

Herdeiros de um legado revolucionário e cartaginense, os Brujah alcunhados por “Conquistadores” são herdeiros diretos da Matusalém Altamira, que foi responsável direta pela ruptura dos poderes ancestrais que governavam a cidade de Marseille com punhos de ferro e sangue. Essa linhagem se posiciona com ideias próximas aos conceitos que ascenderam as chamas da Primeira Revolta Anarquista, são essencialmente progressistas e defensores de uma Camarilla aberta aos mais jovens e capaz de habitar em conjunto positivo com os mortais. Liderada pela figura de Violette Delcroix, eleita pelo último grande conclave, Príncipe de Provença, uma guerreira hábil e implacável de herança gaélica. Os “Conquistadores” se apresentam como defensores de uma Corte Progressista e Humanitária da Camarilla, sendo fervorosos defensores de uma relação igualitária para com a humanidade e seus líderes.

Originados dentro das mais altas famílias da poderosa Milão, os Tradicionalistas representam diretamente os anciões do clã Brujah que defenderam as primeiras tentativas da fundação da Camarilla e da unificação dos Clãs em uma nova sociedade imortal. Liderados pela figura carismática e popular de Vivienne De Valois, uma líder acessível que conquista os corações dos mais jovens e especialmente, dos “outros” e “independentes”. Membros conectados com os mais antigos anciões e altíssimos patamares da Camarilla, os Tradicionalistas são em sua essência Vampiros que se compreendem como criaturas amaldiçoadas que precisam existir em paralelo e jamais em conjunto com os mortais. Representantes da força da mudança e da racionalização dessa mudança, orgulhosos representantes da alta herança do Clã e dedicados a defesa por uma Camarilla forte, evoluída e resiliente.

Os membros do clã Gangrel chamados de "Romanos" são figuras de destaque dentro dos grandes centros urbanos europeus, herdeiros de um poderoso general do finado Império Romano, essa tradicional linhagem da Camarilla empilha conquistas, vitórias e batalhas contra as forças inimigas da Torre de Marfim. Liderados pela figura de Ariadne, irmã de abraço do atual Justicar do Clã Gangrel, a linhagem chegou junto do Conclave e prontamente assumiu o protagonismo defensivo da nova corte.

Os verdadeiros herdeiros ancestrais dessas terras, os Selvagens são em primeiro lugar, sobreviventes. E essa natureza isolada e intimista, afastou a linhagem da Corte e seus membros. Porém, a lealdade junto à Camarilla segue firme sob a liderança de Marie, uma guerreira intolerante aos anarquistas.

Os chamados "Guardiões" são os filhos da noite que se ergueram como pilares da nova sociedade forjada com sangue e guerra, o Sabá. Comandantes de tropas, influentes membros da Igreja Católica, esses guardiões são os responsáveis diretos pelo sucesso do Anarquismo na Europa Ocidental. Liderados em Provença por Fabrizio, o Regicida. Um homem violento, ardiloso e famoso por devorar o próprio Senhor em busca de poder e controle do Sabá regional.

Silenciosos, misteriosos e sempre vigilantes. Essa linhagem de Lasombra tem sua origem em territórios africanos e aos poucos tem retornado à Europa como resposta aos idealistas violentos do Sabá. Afiliados a Camarilla por motivos obscuros e misteriosos, esses membros são liderados por uma princesa abraçada, Adara.

Aristocratas, burgueses, líderes, dominadores. Entre os vários líderes que passaram pelas ruínas de Marsielle durante suas noites de fogo e sangue, um deles deixou para trás o seu legado que ao contrário do esperado, se rompeu em duas moedas de pesos e medidas, completamente distintas. Os Dragões são o representantes de uma dessas moedas, ainda afiliados ao movimento independente e liberalista, os Dragões não pertencem ao Sabá e se afirmar com orgulho, seres independentes, livres e donos de seus próprios destinos.

Aristocratas, burgueses, líderes, dominadores. Entre os vários líderes que passaram pelas ruínas de Marsielle durante suas noites de fogo e sangue, um deles deixou para trás o seu legado que ao contrário do esperado, se rompeu em duas moedas de pesos e medidas, completamente distintas. Os demônios são lealistas do Sabá, guerreiros dedicados à causa, uma força terrível de destruição e violência. São os Demônios os principais defensores dos refúgios da Espada de Caim em Provença e é graças a sua força que a nova Camarilla ainda não os expulsou.