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Narrativas De World of Darkness Estruturadas Nas Versões de 20 Anos
 
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 2º Arco - 1º Ato: Narrativa de George Deschamps

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Danto
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MensagemAssunto: 2º Arco - 1º Ato: Narrativa de George Deschamps    2º Arco - 1º Ato: Narrativa de  George Deschamps   I_icon_minitime21/12/2021, 21:00


Capela Tremere:
Imagem Referencial do Ambiente:
12 de Maio de 1580
Marselha - Capela Tremere

Sangue, tradição e proteção. Eram palavras que não deixavam a sua mente descansar como deveria nesses últimos anos, afinal, a transição da casa de campo para um casarão dentro de Marselha trouxe vários desafios de segurança a serem tratados e resolvidos. Ronda de soldados, coordenação de rituais, construções adicionais, reformas em muros e portões. Muito foi feito e o resultado agora estava enfim pronto para ser transformado em algo verdadeiro, forte e seguro para toda linhagem e seus novos aliados enfim fundarem a Nova Capela de Provença, uma ação importantíssima que foi fortemente apoiada por Etrius e os recursos da Casa Tremere.

Você, como soldado e responsável pela segurança não poderia deixar de se colocar dentro das rotinas de atenção e monitoramento pelos interiores da Capela no começo de cada noite. Aos poucos você pode entender a verdadeira importância das rotinas dentro da sua nova família e era durante uma dessas padronizadas rotinas que mais uma noite se iniciava.

Passo a passo você seguia pelos corredores, encontrando os vassalos determinados a monitorar janelas e passagens, recebendo seus relatórios diurnos e coordenando a troca de pessoal. Tudo seguia padronizado, até a sua chegada aos andares superiores, em uma das torres você passava por uma pequena galeria de livros que culminava em um ambiente de leitura estruturado a frente de uma janela que dava visão para o pátio interno das propriedades da Capela.

Sentada sozinha naquele pequeno cômodo aberto e exposto, posicionado ao lado de tantos livros, estava a figura de Thérèse Boffrand. Com um olhar distante, ela parecia suspensa em um transe profundo a observar a janela escondida por uma cortina branca levemente transparente. Movimentando os lábios de maneira delicada e quase completamente silenciosamente, a sempre bem vestida e confiante mulher parecia ofegante, seus dedos tateavam a parte mais alta de seu corselete de maneira apressada, como se estivesse com reais dificuldades de respirar. Seu longo vestido avermelhado estava desalinhado, com alguns rasgos nas laterais próximas as pés e esses pareciam descalços. Assim que você se aproximava da cena, seus ouvidos ouviam as palavras de Therese:

-Absque sudore et labore nullum opus perfectum est

Uma fala pronunciada em um tom baixo, ofegante e embaralhado que lhe fazia presumir ser algo dito em Latim. Porém, prontamente os olhos da jovem se abriam em uma reação de susto e a mesma olhava diretamente na sua direção e em uma única ação desesperada, ela clamava:

-George... Socorro... A janela... Ela estava na janela! Sahnoun...
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MensagemAssunto: Re: 2º Arco - 1º Ato: Narrativa de George Deschamps    2º Arco - 1º Ato: Narrativa de  George Deschamps   I_icon_minitime1/1/2022, 23:10

Trinta anos haviam se passado em um piscar de olhos. Apesar da rotina parecida que mantinha de minha vida mortal, o meu passado era apenas uma lembrança e uma sensação que ainda se fazia presente em minha cabeça. Ainda existiam assuntos inacabados com o meu passado ao qual eu trabalhava para resolvê-los no futuro, mas tirando isso, minha cabeça funcionava apenas para o presente e futuro.

Durante os trinta anos de minha nova vida, ou melhor, não-vida, muito havia sido feito. Assumindo a posição que era-me esperado, e em conjunto com Clara, Lorraine e os recursos de Etrius, nossas defesas foram erguidas aos poucos.

Infelizmente, isso ainda não era motivo de relaxamento. Eu sabia que o inimigo ainda estava a procurar formas de nos atacar todas as noites e dias, portanto, era importante que todos estivessemos atentos a tudo que acontecia ao nosso redor. Com isso em mente, eu mantinha minhas rondas como uma das primeiras tarefas após meu despertar. Com minha espada embainhada e presa em minha cintura, eu seguia uma roda de ronda que mudava sempre que possível.

Tudo ia bem durante minha ronda até então. Meus olhos avaliavam tudo e todos, principalmente quando encontrava algum mortal novo que estava a serviço. Esses eu gostava de fazer uma nota mental diária sobre o comportamento deles para identificar possíveis ameaças.

Assim que chegava nos andares superiores, acabava por encontrar uma cena estranha. Ao longe via Therese quieta em um cômodo da casa e aquilo me chamava a atenção. “Therese quieta desse jeito… o que deu nela essa noite para acordar desse jeito?” Apesar da brincadeira com a personalidade de Therese, existia uma preocupação com a mulher e, por esse motivo, começava a caminhar em sua direção.

Foi então que, após me aproximar um pouco, mas ainda longe dela, eu consegui perceber o que estava acontecendo. Meus olhos viam que Therese estava em algum tipo de transe e, há princípio, eu imaginava que ela estava fazendo algum tipo de ritual, mas o fato dela esta com parte das roupas rasgadas e lutando para tirar o seu corselete, eu entendia que havia algo errado. Minha mão direita imediatamente ia até o punho de minha espada com uma ação de reflexo enquanto eu ainda me aproximava com cautela, mas o pedido de socorro da mulher me mostrava o que realmente estava acontecendo.

Imediatamente após sua fala, meus olhos iam até a janela e encontravam a silhueta de uma figura perturbadora. Sem pensar duas vezes, meu corpo reagia de prontidão e começava a bombear sangue para aumentar minha agilidade no meio de minha disparada até a janela. Sacando a espada no meio do caminho, meu corpo se projetava o mais rápido que podia e, ao me aproximar da janela, eu usava a pequena mesa como apoio para um salto em direção a janela. Minha intenção era usar a espada para dar uma estocada na silhueta que estava do outro lado da janela.

Usando toda a precisão de minha habilidade com a arma, dos poderes de meu sangue e de minha rapidez, a estocada iria ser feita contra o vidro para atravessá-lo e, na continuidade do movimento, atacar o ser que estava do outro lado. Para isso, era fundamental acertar o vidro em seu ponto mais fraco, que seria exatamente no meio dele, para não quebrar a espada no movimento. Assim, se conseguisse trespassar o vidro com minha espada, iria continuar o movimento e praticamente colocar meu braço para fora por onde o vidro estava quebrado, mas não iria atravessar a janela com meu corpo inteiro.

Minha intenção era, obviamente, acertar o ser que estava do outro lado, mas principalmente quebrar a atenção dele para interromper o quê quer que estivesse acontecendo ali. Tendo acertado ou não aquele ser, imediatamente após o movimento, eu recuava e puxava Therese pelo braço e pela cintura, quase como um movimento de dança, para tirá-la da janela e colocá-la contra a parede à direita do espaço que ela estava. Ali ela ficaria com cobertura da criatura e não estaria em contato visual direto, caso ela estivesse sendo manipulada de alguma forma. - Therese! Você está bem? Acorde, estou aqui!

Ao mesmo tempo que falava, com uma das mãos eu dava leves tapas em sua bochecha para tentar acordá-la do transe que estava. No entanto, não iria perder muito tempo, naquele momento, para tentá-la acordar do transe. Portanto, logo inclinava meu corpo para a esquerda para ver com cautela se a silhueta ainda estava ali.

Depois de conferir e mais uma vez olhar para Therese, para ver se ela já estava melhor, eu rapidamente pensei em uma forma de subir no telhado para ver quem estava ali. Imediatamente minha cabeça começou a mapear o local e com facilidade eu encontrava uma janela que poderia me levar até o telhado. Sem pensar duas vezes, eu disparava na direção da janela e, assim que chegasse até ela, iria abri-la e usaria para acessar o telhado e procurar pelo ser. “Onde você está!”

Uso de sangue:
Roupas:

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MensagemAssunto: Re: 2º Arco - 1º Ato: Narrativa de George Deschamps    2º Arco - 1º Ato: Narrativa de  George Deschamps   I_icon_minitime5/1/2022, 10:58

As mãos de Therese buscavam pelos seus ombros assim que você a pegava em seus braços, com os olhos esbugalhados, a mulher parecia reagir positivamente ao som da sua voz e assim que o os primeiros tapas eram desferidos, ela balançava a cabeça e os cabelos para então piscar os olhos, confusa e perguntar:

-George? O que está havendo?

Em seguida ela olhava para o próprio estado em que se encontrava e dizia assustada:

-Ela esteve nos nossos jardins, é uma ameaça direta!

Dizia Therese ainda assustada, que logo procurava um assento quando você iniciava a sua correria pelos corredores. Tudo se passava em uma fração de segundos para que o seu corpo passasse por uma das janelas altas do casarão e seus pés se firmassem por cima das telhas. O vento frio da noite prontamente atingia com força as suas vestes e seus olhos, por mais atentos que pudessem ser, não encontravam mais nenhuma figura humanoide nos arredores.

Porém, a amaldiçoada não havia simplesmente desaparecido, ela havia feito questão de deixar claro que estava ativa e pronta para atacá-los a qualquer momento. Afinal, no jardim da mansão onde vocês todos haviam dedicados anos para estruturar a nova Capela Tremere, havia agora um pentagrama queimado por cima do gramado central!

-George, volte aqui, ela não esteve de corpo aqui foi algo diferente...

Dizia Therese, agora de pé na janela por onde você havia acabado de passar, a mulher ainda estava ofegante e com o corselete com vários fios rompidos.

-Droga! Eu adorava esse vestido!

Dizia a mulher ao olhar para o estado do próprio vestido que estava realmente completamente comprometido e revelando muito mais do que deveria naquele momento. Porém, a situação ainda era tensa demais para quaisquer outras possibilidades, nem mesmo o humor ardiloso e cheio de segundas intenções de Therese estava presente.

-Venha, preciso lhe contar o que aconteceu... Eu estava sozinha nos jardins, acredito que tenho sido a primeira a acordar já fazem duas noites, sempre com essa estranha sensação de estar esperando algo, despertando por ansiedade pela chegada ou retorno de alguém. E hoje eu pude sentir o calor, o desejo, a luxuria e a força da vingança, não pode ser ninguém além dela, George. E eu pude sentir, como se estivesse junto dela em uma celebração, que ela possuí um culto e aliados dessa vez.
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MensagemAssunto: Re: 2º Arco - 1º Ato: Narrativa de George Deschamps    2º Arco - 1º Ato: Narrativa de  George Deschamps   I_icon_minitime14/1/2022, 08:53

Após tanto correr em uma fração de segundos, eu percebia que meus esforços haviam sido em vão, pelo menos parte deles, afinal, o lado positivo era que Therese havia realmente despertado do transe que estava e prontamente me chamava. Ainda assim, antes de adentrar pela janela, meus olhos vasculharam ao redor mas não para encontrar o ser que havia aparecido, mas sim a obra de arte que ele havia nos deixado. “Traidora desgraçada… Você realmente decidiu começar a agir, não é!?” Uma marca em nossa porta, um sinal, um alerta… A guerra havia começado.

Com as veias saltando em minha face pelo uso abrupto de vitae e com minhas presas latejando de raiva ao ver aquele ultraje, eu recolhia meu corpo para dentro da residência e parava por um momento. Naquela fração de segundo, eu tentava me acalmar um pouco para, pelo menos, retrair minhas presas. Depois que tinha me acalmado, guardei minha espada e me coloquei a caminhar na direção de Therese.

Sem muita demora e, assim que chegava até a mulher, eu imediatamente indagava-a de forma assertiva, mas contida e cuidadosa, afinal, ela havia acabado de sofrer um ataque. - Therese, o que foi isso? O que aconteceu aqui? - Minha pergunta acontecia antes mesmo que ela pudesse realmente explicar o que havia acontecido. Assim que ela começava a falar, eu a ouvia com muita atenção e, assim que ela explicava o que estava acontecendo nas noites recentes, a imagem que havia surgido no jardim logo me vinha a cabeça.

- Therese, você por acaso se lembra desses passeios nos jardins? Tem certeza de que estava sozinha e não estava acompanhada por nenhuma criada ou soldado? - Assim que falava, eu tentava me manter próximo dela e me mostrando afetivo, colocava minhas mãos nas laterais de seus ombros e até mesmo em seu pescoço, como se estivesse checando a mulher na procura de alguma ferida, marca ou apenas para ver se ela estava bem. Nisso, minhas mãos desciam até os pulsos dela de uma forma muito sutil e gentil, e ali eu virava os braços dela para ver suas mãos e conferir se não havia nenhuma ferida ou algo do tipo.

Sem que ela percebesse, eu tentava examiná-la ao mesmo tempo que ouvia o que a mesma tinha para dizer. - Certo, vamos fazer o seguinte. Precisamos avisar Lorraine e Clara sobre isso com urgência. Vá até a capela e traga ela para o jardim central, certo? Se ela não estiver lá, traga Potros. - Apesar de terminar com perguntas, minhas falas eram claramente assertivas e praticamente uma ordem. Assim que ela confirmava, com um gesto ou verbalmente, eu imediatamente me dirigia até o jardim central, onde havia visto o pentagrama, com a máxima agilidade que  meu caminhar apressado poderia chegar. “Por mais que eu não queira perturbar Lorraine logo no começo da noite, isso não é algo que eu possa resolver sozinho.”

Assim que chegava no local, começavam a analisar o local com a força sobrenatural do meu vitae e meus olhos treinados. Tentando preservar o máximo do pentagrama, praticamente nem tocando no mesmo, eu o circulava a procura de qualquer pista ou traço de quem havia feito aquilo. Pegadas, pedaços de roupas, qualquer coisa era válida. - Quem fez isso deu a ela uma forma de nos atacar. Essa pessoa deve estar infiltrada nos nossos criados, soldados ou qualquer mortal que passe por aqui e temos que encontrá-lo o mais rápido possível! - Pensava alto enquanto examinava o local e esperava por Therese e Lorraine.

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MensagemAssunto: Re: 2º Arco - 1º Ato: Narrativa de George Deschamps    2º Arco - 1º Ato: Narrativa de  George Deschamps   I_icon_minitime20/1/2022, 11:23

Therese olhava na sua direção com seus grandes olhos claros que não escondiam a desorientação e o medo que a mulher sentia enquanto permitia que você a tocasse da forma que precisasse. Atentamente ela sinalizava de maneira positiva ao dizer:

-Sim, sim eu estava sozinha! Quer dizer, eu estava sozinha durante o passeio mas não fui aos jardins sozinha, não essa noite. Estava com um pouco de fome e acabei por me encontrar nos braços de um lindo e jovem rapazote da guarda, mas ele não me acompanhou para os jardins. Seu nome é Armand!

Respondia Therese que ficava de pé a sua frente e até oferecia tanto os pulsos quanto o próprio pescoço para que você pudesse olhar, era certamente uma demonstração profunda de confiança e intimidade, mas não era um momento para isso, já que seus olhos buscavam sem sucesso por feridas. Ela não havia sofrido nenhum tipo de ataque físico ou apresentava qualquer machucado.

-Perfeitamente, irei buscar por elas, acredito que Lorraine esteja no interior da Capela. Clara provavelmente está na corte, mas tentarei entrar em contato com ela.

Respondia Therese logo após as suas ordens claras serem feitas, ela parecia mais calma e antes que vocês se separassem ela fazia questão de interromper a sua movimentação para tomar sua face e depositar um beijo na sua face esquerda.

-Obrigada, meu protetor.

Soltando sua face, Therese piscava na sua direção com um sorriso grato na face e prontamente acelerava os passos para o interior da capela em busca de Lorraine. Isso o dava a liberdade de enfim caminhar até o pentagrama traçado no jardim, naquele lugar, prontamente seu corpo sentia um calafrio intenso. O ar parecia rarefeito, a temperatura muito mais baixa, pequenas aglomerações de reagentes alquímicos eram facilmente notados aos olhos nus, dentro das linhas que formavam o pentagrama, especialmente o enxofre. Porém, seu treinamento o fazia sempre procurar por outros detalhes, por mais informações, por rastros e demais detalhes que poderiam lhe ajudar a compreender a natureza desse ataque.

[Off: Realize por favor, um teste de estendido: Percepção+Investigação. Você poderá realizar até 3 testes seguidos até a chegada dos demais npcs em cena. A quantidade de sucessos acumulados determinará a quantidade e o valor das pistas encontradas.]
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MensagemAssunto: Re: 2º Arco - 1º Ato: Narrativa de George Deschamps    2º Arco - 1º Ato: Narrativa de  George Deschamps   I_icon_minitime20/1/2022, 11:39

[Off: 3 Testes de Percepção + Investigação = 4d10.
Teste de Raciocínio + Acuidade = 4d10.
Teste de Inteligência + Ocultismo = 5d10.]
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MensagemAssunto: Re: 2º Arco - 1º Ato: Narrativa de George Deschamps    2º Arco - 1º Ato: Narrativa de  George Deschamps   I_icon_minitime20/1/2022, 11:39

O membro 'Lugo' realizou a seguinte ação: Rolagem de Dados


#1 'D10' : 6, 7, 8, 3

--------------------------------

#2 'D10' : 6, 10, 8, 3

--------------------------------

#3 'D10' : 2, 1, 5, 10

--------------------------------

#4 'D10' : 1, 7, 6, 2

--------------------------------

#5 'D10' : 6, 7, 6, 1, 6
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MensagemAssunto: Re: 2º Arco - 1º Ato: Narrativa de George Deschamps    2º Arco - 1º Ato: Narrativa de  George Deschamps   I_icon_minitime28/1/2022, 20:33

Assim que Therese fazia o costumeiro flerte dela e saia, eu levava uma das mãos até o centro de minha testa e balançava negativamente a cabeça, em uma forma de negação com as atitudes da mulher. De certa forma eu me divertia com a forma que Therese agia, mas o fato dela não se cansar de minhas negativas era de fato uma dor de cabeça. “Essa mulher não tem jeito mesmo”

Após brevemente remoer aquilo, meu corpo e mente voltavam para o assunto principal e imediatamente me movia para o local de profanação. “É impossível eles não terem deixado alguma pista nesse local.” Enquanto minha cabeça pensava e meu corpo andava, ainda no meio do caminho, eu abordava um guarda qualquer que estivesse em minha rota e o dava uma ordem direta:

- Procure Tobias e mande-o se encontrar comigo no jardim central. Com urgência!

O tom de urgência e tensão em minha ordem deveria ser o suficiente para fazer o soldado se mexer ainda mais rápido do que com o uso da Dominação. No entanto, minha interação com aquele soldado era tão breve quanto minha fala e, sem nem mesmo para de andar para falar, eu o deixava para trás e apenas guardava seu rosto em minha mente, para o caso do mesmo não cumprir minha ordem.

Sem muitas delongas, finalmente chegava ao local profanado e a primeira coisa que notava era a presença do poder macabro que havia sido usado ali. Sem me deixar abater pela profanação, me aproximava e começava a investigar a cena, observando todos os mínimos detalhes possíveis.

Aos poucos eu ia encontrando os detalhes e juntando as peças em minha mente, enquanto me movia por volta do pentagrama. “Então eles realmente infiltraram alguém aqui e esse alguém era muito bom em cuidar desses jardins. Pelo visto, ele deixou uma armadilha que Therese acabou ativando quando se alimentou do rapaz aqui. Agora resta saber se Therese foi induzida a isso, se o soldado provocou isso ou se foi realmente do acaso…” Enquanto eu pensava e analisava continuamente o cenário, Tobias era o primeiro a chegar e assim que possível eu o dirigia a palavra:

- Tobias, nós temos um, ou talvez até mais de um, infiltrado entre os funcionários. Acabamos de sofrer um ataque que foi arquitetado por nossos inimigos e executado por um dos funcionários que trabalhava aqui nos jardins e, talvez, na guarda. Preciso que você confira a lista de todos os funcionários que trabalham e trabalharam aqui. Provavelmente o autor disso já não está mais aqui, pelo tempo que isso deve estar pronto, portanto dê preferência aos que já não trabalham mais aqui. - Depois de descarregar esse caminhão de informação, fazia uma pausa e olhava para meu vassalo para conferir se o mesmo estava acompanhando o que eu havia falado. Em positivo, eu continuava. - Além disso, precisamos encontrar um soldado. O nome dele é Armand. - Após mais uma breve pausa eu concluía. - Cheque todas as informações dos jardineiros e traga-me Armand o mais rápido possível. Cancele qualquer outra coisa que você esteja fazendo, isso é prioridade máxima!

Eu sabia o quão competente Tobias era e por isso que confiava tanto no homem e também era o motivo de tê-lo escolhido para ser meu primeiro vassalo. Assim que a ordem estava dada e Tobias saia para fazer o que havia sido pedido, eu esperava por Therese e Lorraine.

Assim que elas chegavam, prontamente eu observava se mais alguém estava junto delas, como por exemplo a aprendiz de Lorraine. Caso ela também estivesse junto, minha forma de tratar Lorraine era mais formal do que o normal - Regente. - e completaria com uma reverência adequada. Mas, caso fossem apenas membros de nossa família, minha aproximação seria pelo nome dela seguida da mesma reverência sutil. - Acredito que Therese deva ter lhe falado alguma coisa do que aconteceu. Mas esta noite sofremos nosso primeiro ataque direto. - Assim que terminava de falar, apontava para o símbolo que havia sido arquitetado em nosso jardim. - Com minhas capacidades atuais apenas pude encontrar os detalhes mais superficiais e já obtive algumas pistas, mas nós definitivamente temos alguns infiltrados e já estou trabalhando para encontrá-los. - Ao terminar de falar, dava um passo para trás, deixando bastante espaço para a Magus investigar com os olhos mais apurados.

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MensagemAssunto: Re: 2º Arco - 1º Ato: Narrativa de George Deschamps    2º Arco - 1º Ato: Narrativa de  George Deschamps   I_icon_minitime6/2/2022, 13:46

O guarda abordado por você em seu deslocamento até os jardins não lhe respondia de maneira verbal, o mesmo apenas prontamente o saudava para apertar os passos em uma espécie de corrida contida por dentro dos corredores da mansão. Instantes depois, você estava finalmente diante da cena estranhamente estruturada nos jardins mencionados pele sempre complexa e exuberante Therese. Sozinho no local, você tinha tempo suficiente para conseguir analisar o ambiente e enter a profundidade da situação. Não havia sido algo feito nas noites mais recentes, tão pouco algo feito por mãos incompetentes. Havia uma complexidade em todos os mínimos detalhes, aquela era uma armadilha elaborada por uma mente brilhantemente perversa.

Seus olhos atentos desvendavam os mistérios daquela cena quando os sons metálicos das botas de Tobias se faziam presentes. O homem, sempre atento e prestativo se apresentava silencioso, com uma reverência e mãos na empunhadura da espada, demonstrando estar pronto para qualquer ordem.

-Boa noite meu Senhor. Certamente, considere feito. Com sua licença, buscarei Armand como requisitado e com ele as informações solicitadas.

Reconhecendo a urgência da situação, o homens prontamente fazia um sinal de continência e marchava com toda sua potência física em direção aos aposentos da guarda do casarão. E era por uma questão de dois a três minutos que a marcha de Tobias não esbarrava no caminhar apressado de Therese, ainda com o vestido em frangalhos pelo ocorrido no começo da noite e a figura impecável de Lorraine e seus poderosos olhos azuis. Elas não estavam acompanhadas de mais ninguém, havia apenas a família ali presente e a expressão da Regente da Capela era de apreensão.


Suas palavras eram ouvidas pelas duas mulheres, Therese ao olhar o desenho do pentagrama parecia confusa e se aproximava de ti, para lhe segurar por um dos braços e claramente usá-lo como apoio, levemente desequilibrada a jovial vampira tentava se recompor. Enquanto o fraquejar de Therese puxava a atenção dos seus reflexos corporais, a experiente Regente e habilidosa Magus ouvia todas as suas palavras com atenção e ser vacilar, entrava no centro do pentagrama estruturado no jardim pelos inimigos.

-Boa noite, George e obrigada por sua constante atenção. Sua intervenção foi o suficiente para salvar a vida de Therese desse ataque covarde, não existem palavras para expressar minha gratidão e reafirmar a certeza de vossas qualidades. Mas o momento é outro, especialmente diante da covardia aqui manifestada. Consigo notar de imediato que esse ritual foi planejado por várias noites e os resquícios da profanação do Vitae da nossa Casa é presente, aqui nada além de feitiçaria negra foi feita. Não há nenhuma estrutura de mágika verdadeira, apenas profanidades de uma mente cruel.

Lorraine esticava as mãos para os lados e abria fortemente as mãos, separando os dedos e fechando os olhos, para começar a murmurar palavras mágicas que faziam símbolos de sangue surgirem desenhados em torno do gramado do jardim, esses símbolos eram circulares, interligados e pareciam serpentear o pentagrama central. Um perfume familiar prontamente se manifestava e faziam suas presas saltarem contra sua vontade! Era ela, você sabia, sua besta sabia, não havia outra pessoa no mundo inteiro com um perfume tão profano e vulgar.

-Agora eu consigo me lembrar, eu fui convidada para uma dança em torno de uma fogueira... As chamas eram verdes, violentas, sensuais... Esse perfume, estava por todos os lados, impregnando todos aqueles corpos que dançavam comigo... Era uma apresentação, uma celebração de acolhimento. Um novo poder ascendeu junto as fileiras dos Demônios de Petaniqua: Achilles Vallée!

Dizia Therese, que se abraçava em seu braço em um sinal de medo pelo nome que ela mesma havia pronunciado. Lorraine recolhia os braços e cerrava os punhos. Olhando para o pentagrama com veemência, ela ordenava:

-Basta, tua presença não é permitida! Que o vitae dos Sete remova tuas proteções e os ventos de Ceoris carreguem essa profanidade!

Um estalo se manifestava no ar, como um trovão a cortar os céus, porém sem sua manifestação de luz. Era uma quebra de qualquer que fosse a estrutura mágica que ainda havia ali naquela armadilha e prontamente o perfume sórdido se apagava do ar. Os olhos azuis e poderoso de Lorraine estavam enfurecidos.

-Isso foi uma declaração de guerra. Uma afronta. Um ataque como esse... Eu ainda tinha a esperança de haver uma outra forma, mas não podemos recuar, não podemos repetir os erros do passado!

Olhando na sua direção, Lorraine perguntava:

-Eu não tenho experiência com guerras, quais são nossos primeiros passos? Certamente nosso inimigo possuí aliados, se não, ela jamais teria descoberto nosso refugio e arquitetado essa declaração. Como devemos começar?

Vestes de Lorraine:
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MensagemAssunto: Re: 2º Arco - 1º Ato: Narrativa de George Deschamps    2º Arco - 1º Ato: Narrativa de  George Deschamps   I_icon_minitime19/2/2022, 10:35

Depois de terminar minha investigação, minha cabeça continuava a martelar e tentava juntar algumas peças que ainda estavam soltas. No entanto, Lorraine e Therese não demoravam muito para chegar e, assim que isso acontecia, minha atenção se voltava para as duas mulheres. Lorraine era uma mulher muito imponente e raramente demonstrava algum tipo de expressão de fragilidade ou de descontrole, mas nem mesmo ela conseguiria ficar calma ao saber que sua prole havia sido atacada por obra de um ataque sórdido como este.

- Obrigado pelas palavras, mas se eu tivesse sido impecável em meu trabalho esse ataque não teria sido executado e Therese não teria passado por isso. - Apesar dos elogios, o fato era que meu trabalho não estava completo e ainda tinha falhas. Falhas essas que levaram a um evento horrendo. - E sim, como você disse, isso parece ter sido planejado a muito tempo e por alguém que sabia muito bem o que fazer. No momento, coloquei meu vassalo para procurar nos registros pelos últimos jardineiros que trabalharam conosco e também pedi para que ele me trouxesse o soldado que Therese se alimentou. Eu acredito que ele possa ser parte desse esquema e ter atraído-a para se alimentar aqui e, de alguma forma, ativar o ritual.

Minha fala ocorria enquanto Lorraine tomava a ação e começava sua magika para cancelar o ritual. A ação era um espetáculo à parte, mas em um clima tão tenso, eu não conseguia acompanhar tudo que ela fazia e apenas percebia quando o perfume exalava no ar. Aquele perfume era exatamente o mesmo que havia sentido em minha primeira noite e o odor dele atiçava minha besta. Felizmente, eu já estava mais contido do que na primeira noite, mas ainda assim, meu corpo respondia e meu músculos se enrijeciam em contração.

Assim como eu, Therese também reagiu ao odor que havia sido exalado e uma nova informação havia sido revelada. “Achilles Vallée?! Esse é um dos novos aliados de Kadira ou foi ele que fez isso acontecer? Infelizmente eu não o conheço para dizer quem ele é.” Além de maquinar em minha cabeça, eu também me aproximava de Therese, que ja havia sido atacada na noite e ainda sentia com os efeitos da profanação, e a acolhia com um meio abraço, passando meu braço por cima de seus ombros e tocando no seu ombro oposto.

Enquanto apoiava Therese, meus olhos se voltavam para Lorraine que cessava de uma vez por todas com aquela profanação e que bradava a resposta que parecia a mais óbvia. “Guerra!” Os meus olhos se cerraram e com um aceno de cabeça veemente eu confirmava a mesma intenção de minha Regente. Quando ela dirigia sua palavra a minha pessoa, minha cabeça se erguia levemente e uma postura mais ereta era adotada. Sem hesitar eu prontamente respondia.

- Primeiramente, acho importante confirmarmos que está tudo bem com Clara e trazê-la para termos uma reunião. Como já fomos comprometidos uma vez, acredito que devemos fazer uma reunião protegidos de qualquer forma de espionagem. Mas de antemão, posso dizer que, da mesma forma que Kadira fez aliados, nós também temos aliados poderosos aos quais podemos e devemos contar. - Fazendo uma pausa, meus olhos se voltavam para Therese e eu me afastava um pouco apenas para sair do abraço. - Além disso, com o tempo Clara que volta, podemos fazer as proteções magikas mais fortes e colher as informações que pedi a Tobias. Concordam?

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MensagemAssunto: Re: 2º Arco - 1º Ato: Narrativa de George Deschamps    2º Arco - 1º Ato: Narrativa de  George Deschamps   I_icon_minitime2/3/2022, 02:30

-Amaldiçoada seja Kedira e suas proles sórdidas.

Afirmava Lorraine com desprezo e ódio.

-Perfeito, irei convocar a minha Senhora para que ela retorne e vocês possam conversar. Acredito que ela esteja segura, nossos inimigos são ousados mas não teria poder de fogo para enfrentar a fúria de toda Corte da região de uma só vez... Enfim, Therese, por favor, busque por Soleen Thévenet. Precisaremos nos dedicar a construção dos nossos rituais de defesa e especialmente, encontrar os as falhas começaram!

Therese não dizia nenhuma única palavra, apenas fazia um sinal positivo com a cabeça e se esforçava para se recompor da melhor maneira possível, para enfim deixá-los a sós. Em um silêncio pesado e incomodo, afinal, era possível sentir o ódio emanar dos olhos de Lorraine que parecia a beira de uma explosão colérica.

-Arranque tudo que for necessário desse homem, não temos tempo para perder. Não o trate como um dos nossos, estamos em guerra... Estarei a espera de Clara na sala de rituais.

Dizia Lorraine que não esperava por nenhuma resposta, apenas marchava em passos irritados e fortes em direção ao interior da mansão mais uma vez. Instantes depois, você já notava a figura de seu vassalo se aproximar. Tobias fazia uma curta reverencia e dizia:

-Meu Senhor, o soldado requisitado foi encontrado e está pronto o questionário. Me acompanhe por favor.

Esperando sua resposta, Tobias o guiava para o celeiro. O local estava abarrotado de guardas, que claramente faziam um cerco de proteção e vigília, adentrando o local, seus olhos prontamente encontravam a figura de um homem assustado e confuso sentado em uma cadeira no centro do celeiro.

-Ele não parece se lembrar do episódio, o encontrei atordoado em seu quarto, acredito que tenha tido suas memórias ou vontades manipuladas...

Adicionava Tobias.
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MensagemAssunto: Re: 2º Arco - 1º Ato: Narrativa de George Deschamps    2º Arco - 1º Ato: Narrativa de  George Deschamps   I_icon_minitime6/3/2022, 22:16

A raiva que Lorraine sentia era compartilhada e meu corpo ainda ressoava com a vontade bestial que vibrava dentro de meu ser. Assim como ela, minha vontade era de fazer Kadira pagar o mais rápido possível, mas naquele momento nós tínhamos que agir com calma. Depois de ver Therese sair com o comando de Lorraine, era minha vez de ouvir a Regente e respondê-la com um aceno de cabeça e uma expressão séria e focada. - Oui, madame.

Parado por um momento, via Lorraine se retirar em uma marcha rápida e, ao mesmo tempo, via Tobias se aproximar. “Temos que pensar e agir da melhor forma possível. Eles já estão um passo à nossa frente e não só isso, mas se eles deram o primeiro passo, eles claramente não temem a nossa força e de nossos aliados. Será que eles também possuem aliados tão fortes quanto os nossos?” Minha mente estava trabalhando a cada momento, pensando nas peças do nosso tabuleiro e ponderando quais peças poderiam estar no tabuleiro deles, no entanto, era a fala de Tobias que me trazia de volta ao momento.

- Perfeito. - O respondia de forma simples e direta e imediatamente começava a segui-lo. Pacientemente, começamos a nos mover para o celeiro e, assim que meu olhos viam o local, era possível identificar uma grande quantidade de guardas amontoados no local. “Tobias claramente não poupou esforços para encontrá-lo…” No entanto, pouco antes de entrarmos no local, meu braço pesava sobre o ombro de Tobias e eu o forçava a parar. - Tobias, preste atenção. - Com a voz consideravelmente baixa, eu o forçava a se virar na minha direção para me ouvir com atenção, pois o que iria dizer ali, somente ele deveria escutar. - Quando estivermos lá dentro, quero que preste atenção em todos os soldados ao nosso redor e não no que irei interrogar. Procure por qualquer reação estranha nos soldados enquanto eu estiver falando.

Sem falar mais nada, prosseguia para o interior do do celeiro e ouvia a informação que Tobias tinha para me dar. “Então é como eu realmente pensava… Existem outros traidores entre nós. Therese não é do tipo que apaga a memória de uma presa até que ela se canse dele. Alguém deve ter feito isso, mas quem? Um vassalo infiltrado com a capacidade de manipular memórias?!" Calmamente, meus olhos observavam o homem sentado à minha frente enquanto meu vitae começava a borbulhar dentro de meu corpo. - Armand, certo? - Fazendo uma pausa, esperava uma resposta do homem para saber se ele estava consciente. Além disso, aproveitava para olhar ao redor e observar os guardas com o canto do olho. - Você sabe porque está sentado aqui, Armand? Não? Bem, deixe-me contar a você e a todos os guardas aqui presentes o que está acontecendo. - Mais uma vez fazia uma pausa para dar tempo aos outros guardas prestarem atenção no que estava prestes a dizer.

- O motivo de você estar aqui é porque uma guerra está para se iniciar. Minha família, a família a qual você jurou proteger, foi atacada sordidamente e você fez parte desse ataque. - À medida que ia falando, minhas palavras começavam a ficar mais e mais pesadas, assim como minha expressão mudava de uma expressão centrada e calma, para uma agressiva de desprezo. Além disso, caso ele tentasse, de alguma forma, argumentar contra o que eu estava falando, em qualquer momento de minha fala, eu prontamente o calaria com um comando. - Calado e não se mova! - Depois dessa pausa, retomava o raciocínio e recomeçava a falar. - Que você está envolvido, nós já sabemos, mas além de você, existem outros envolvidos.

Assim que falava, fazia questão de desviar meu olhar para todos os guardas ao nosso redor, para deixar claro que estava falando com eles tanto quanto estava falando com o soldado à minha frente. Depois de encarar os soldados, comecei a andar ao redor do homem que estava sentado enquanto olhava os outros soldados. - Hoje Armand participou de uma armadilha que por pouco não ceifou a vida de Therese. Depois desse fato, ele foi encontrado no quarto dele, atordoado e sem muita noção do que havia acontecido. No entanto, nossa família trouxe cada um de vocês aqui para nos protegerem de tudo e todos. Eu mesmo fui responsável por organizar as funções, tarefas e rondas para que nenhum local ficasse sem a vigia de vocês, portanto, quero que me respondam… você não viram nada de estranho na tarde e noite de hoje? Não viram ninguém entrando ou saindo do quarto de Armand? Não viram se ele esteve com alguém antes desse acontecimento?

Com uma expressão furiosa, meus olhos fuzilavam os soldados enquanto eu esperava por uma resposta e caso essa não viesse, minha voz saia novamente, dessa vez como um dos trovões de Lorraine. - Me respondam, seu incompetentes! Vocês não viram nada!? - Caso eu percebesse alguma reação diferente de um soldado, como uma hesitação ou algo do tipo, rapidamente me aproximaria dele, olharia em seus olhos e daria mais um comando. - Fale agora!

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MensagemAssunto: Re: 2º Arco - 1º Ato: Narrativa de George Deschamps    2º Arco - 1º Ato: Narrativa de  George Deschamps   I_icon_minitime10/4/2022, 01:46

O celeiro estava fechado, suas janelas e portas, todas as saídas estavam ocupadas pelos soldados. Era um cenário que você não esperava encontrar tão rapidamente, porém, era um cenário ao qual você estava profundamente acostumado. Em sua vida, situações como essas aconteceram várias vezes, inclusive na própria noite em que seu abraço ocorreu, uma cena como essas havia se passado. Guerras, intrigas, traições, violência, terror e sangue... Palavras que atormentariam a maioria dos homens, que para sua experiência, eram apenas palavras.

Sua vontade dominava o interior do local, a madeira rangia diante das suas ordens e os olhos de todos os soldados estavam conectados aos seus. O alvo de toda a situação, Armand, seguia sentado e já havia desistido de falar ou se defender, a confusão nítida na face do jovem soldado era forte demais para que seu bom senso pudesse acusá-lo de ter feito algo de maneira consciente, o uso da Dominação era inquestionável.

No canto da sua visão, você notava as movimentações silenciosas de Tobias, o experiente lacaio atuava como um cão de caça, farejando o medo que se espalhava no ar. Não haveria um movimento feito naquele local que Tobias não percebesse. E assim, em um clima terrível de tensão e suspense que sua voz terminava de ecoar no interior do celeiro, sua ordem havia sido ouvida por todos, mas por vários segundos... Havia apenas silencio.

-Senhor... Eu vi algo.

Dizia um dos soldados, um dos mais jovens que você havia recrutado, um rapaz de herança simples e de pele morena. Theo, era como os demais o chamavam, mas você sabia que esse não poderia ser seu verdadeiro nome, considerando sua clara herança islâmica.

-Não foi hoje, Senhor, mas a duas noites atrás... Me recordo de ter adentrado o quarto de Armand a pedido do mesmo, ele havia esquecido as chaves da cozinha. Quando entrei, acredito ter visto uma sombra se movimentar pelo quarto, porém quando eu começo a falar sobre o assunto é como se eu tivesse apenas sonhado com essa cena e os detalhes me fugissem, sinceramente, Meu Senhor, eu acreditei que fosse apenas um sonho, não havia nenhuma pessoa comigo e quando perguntei a Armand, o mesmo sequer se lembra de ter perdido as chaves.

Uma breve pausa era feita e Armand logo se defendia:

-Meu Senhor, as falas de Theo são verdadeiras, eu jamais perdi qualquer chave! Eu juro!

Theo então tomava a liberdade de caminhar até o lado de Armand e dizer:

-Errei por não acreditar em meus instintos, olhando para a expressão de meu companheiro, vejo que fomos usados. Fiz o juramento de proteger essa casa e falhei, apresento-me a punição que julgar necessária. Mas reforço, eu juro, havia alguém no carto de Armand, nas sombras, duas noites atrás e era uma mulher estrangeira. Mas não sou capaz de falar nada além disso, é como se minha razão falhasse, meu Senhor.
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MensagemAssunto: Re: 2º Arco - 1º Ato: Narrativa de George Deschamps    2º Arco - 1º Ato: Narrativa de  George Deschamps   I_icon_minitime15/4/2022, 00:38

Meus olhos, caçavam ferozmente uma hesitação ou algo fora do normal entre as faces dos homens que estavam ali presentes. Naquele momento, eu e Tobias, eramos dois predadores caçando nossas presas, mas nesse caso não era uma caçada por sangue, mas sim por informação.

A pressão no local subia absurdamente ao ponto que eu nem mesmo me dava ao trabalho de controlar o poder do meu Vitae. Felizmente, para todos ali presentes, não demorava muito até que alguém tivesse a coragem de dar um passo à frente para falar. Nesse caso, um jovem recruta de origem islâmica saia das fileiras de soldados ao meu redor para se fazer ouvir. - Então fale! - Dizia enquanto me virava na direção dele, e o encarava de longe.

No começo, eu não acreditava que algo realmente útil fosse ser dito pelo jovem soldado, pois acreditava que ele estava falando mais por medo do que poderia acontecer se ninguém falasse, mas as palavras dele foram reveladoras. “Ele claramente teve a memória manipulada, mas… é como se quem fez isso deixou falhas em sua manipulação.” Meus olhos se estreitaram ainda mais e, com a atenção tomada, começava a me mover na direção do soldado. “Ter visto algo se movimentar pelas sombras. Interessante. Primeiro uma aparição ou seja lá o que foi aquilo, agora parece que algo veio pelas sombras e manipulou a memória desses dois soldados. Parece que as peças desse tabuleiro estão se revelando. Será que isso não foi apenas um ataque isolado? Mas sim um ataque em conjunto?” À medida que as informações iam surgindo, minha mente trabalhava para resgatar outras informações para continuar a raciocinar.

Assim que Theo terminava de falar, meus olhos frios miravam dentro de sua alma. Por um breve momento eu encarava o homem enquanto pensava no que iria fazer. “Eles dois claramente foram usados e não têm culpa do que fizeram, mas ainda assim, eles precisam servir de exemplo.”

Colocando meu pulmão para trabalhar forçadamente, uma respiração profunda era executada enquanto lentamente eu sacava minha faca de caça da bainha. Mais usada como uma arma auxiliar do que propriamente uma arma, aquela seria uma hora perfeita para colocá-la em prática.

- Theo, meus parabéns por ter dado um passo à frente e ter compartilhado essa informação. - Começava falando com um sorriso no rosto e colocando a mão direita no ombro do rapaz, enquanto segurava a faca com a mão esquerda. - No entanto, como você mesmo falou, vocês dois falharam em seus serviços e por isso, merecem uma punição. - E não demorava muito para o sorriso sumir e uma expressão extremamente séria surgir. - Mas antes, quero que todos vocês aqui presente entendam. Nossa família está em guerra!

Fazendo uma pausa, minha mão largava do ombro de Theo para que eu pudesse me mover pelo espaço do celeiro enquanto falava. - Guerra significa que não podemos mais errar e que o erro de um é o erro de todos! A partir de hoje, vocês devem sempre andar em trios. Não confiem em ninguém de fora desses muros, a menos que eu ou alguem da familia diga o contrário e tratem a todos os estranhos e intrusos de forma rigorosa.

Depois de dar a ordem, me virava na direção de Theo e Armand novamente e falava. - Armand, levante-se. - Após dar mais uma ordem ao soldado, estendia minha faca na direção dos dois e voltava a falar. - Como punição por se deixarem ser manipulados pelos nossos inimigos, vocês terão de cortar um pedaço de um dedo fora. Eu vou deixar você escolher qual dedo, de qual mão e o tamanho, mas vocês mesmos terão de fazer. - Minhas palavras saiam frias como o sopro do mais rigoroso inverno da França e meus olhos não deixavam margem para eles acharem que eu estava brincando. - Caso vocês não consigam, eu mesmo irei fazer e não será apenas um dedo.

Assim que terminava de falar, deixava a faca na mão de Armand e pegava a cadeira que o mesmo estava sentado. Puxando-a um pouco, eu me colocava a alguns metros dos dois soldados e me sentava, esperando para que eles fizessem o que havia sido ordenado. Ao me sentar, meus olhos procuravam por Tobias e, quando ele percebesse que eu estava o procurando, fazia um leve sinal com a cabeça para que o mesmo se colocasse atrás dos dois soldados.

Se eles não realizassem a própria punição em menos de cinco minutos, me levantaria e sem hesitar pegaria a faca e rapidamente decepava alguns dedos da mão esquerda de cada um deles. - Agora que acabamos com isso, vocês devem voltar aos seus postos. E lembrem-se, sem mais erros. - Minhas palavras eram uma ordem para todos os soldados ao nosso redor, exceto para Tobias, Armand e Theo. - Vocês dois ficam. - Eu falava baixinho para os dois soldados que haviam sido punidos.

Assim que todos os outros soldados saíssem do celeiro, retornava a falar só que sendo ainda mais breve do que antes. - Tobias, leve os dois para nosso curandeiro para parar o sangramento. Depois disso, eles dois serão sua sombra. Quando estiverem melhor, vão para a entrada da capela e me aguardem lá. Por enquanto é só isso, vão!

Após dar mais uma ordem, esperava que os três últimos saíssem do local para que eu pudesse pensar por um breve momento antes de partir. “Melhor manter esses dois próximos, talvez alguém dessa família consiga ver pelas memórias deles para conseguir mais informações.” Colocando a mão sobre a testa e pressionando-a com os dedos, eu esperava mais alguns poucos segundos antes de sair. “Essa será uma longa noite…”

Saindo do celeiro, me dirigia diretamente para a Capela, onde provavelmente encontraria Lorraine e os demais que deveriam estar trabalhando nas defesas mágicas da propriedade. Agora com essas informações, era possível ter um pouco mais de noção do que estava acontecendo e não havia tempo a perder para reagir.

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MensagemAssunto: Re: 2º Arco - 1º Ato: Narrativa de George Deschamps    2º Arco - 1º Ato: Narrativa de  George Deschamps   I_icon_minitime17/4/2022, 02:54

O peso das suas palavras ressoava com vigor sobre os soldados presentes, você via nos olhos deles que todos haviam compreendido o peso da realidade, afinal, muito ali já haviam vivenciados outras guerras, outras batalhas e eram em um conjunto, sobreviventes. E eram esses homens feitos de coragem e honra que ficavam em pé, sérios, concentrados enquanto os dois outros que haviam falhado com seus iguais recebiam as punições sem contestar ou resmungar. Toda ação poderia ser resumida em poucos minutos na realidade, não haviam pausas, não haviam incertezas, todos os olhares observavam com orgulho e serviam como incentivo para que a punição ocorresse sem pausas.
O primeiro, era Theo que sem sequer esperar a movimentação de Armand, já estava com a mão esquerda sangrando por causa do golpe enquanto passava a lâmina para o segundo soldado, que demorava um tempo compreensível, mas concluía a ação. E era em total silêncio que todos enfim se retiravam, incluindo os três últimos que ficavam para ouvir suas palavras finais e serem direcionados por Tobias na direção correta dos curandeiros que haviam na capela.

Ainda sozinho dentro do celeiro, você tomava o tempo necessário para se recompor, com a mão na testa e concentrado em seus próprios pensamentos. Seu corpo então fazia a ação de se movimentar, quando o mesmo era surpreendido pela voz familiar que o fazia parar por completo:

-E assim, chegou a nossa hora... irmão.

Era a voz de Clara, agora uma das Conselheiras da Corte de Provença, líder política de toda Casa Tremere em território Francês. E sua irmã mais velha de abraço. Ela estava ali, de pé, há poucos passos da saída do celeiro pela qual você acabava de se retirar, como se soubesse exatamente onde você estaria! Sempre muito bem vestida para qualquer ocasião, Clara estava com as mãos na cintura, demonstrando que já deveria estar a sua espera a alguns momentos.

-Então aqueles dois soldados foram manipulados, uma ação que só me faz concluir que o ataque que foi realizado em nosso território foi um erro. Não por ter sido feito contra nós, mas falo em relação a uma falha na execução do mesmo. Entendes? Aliás, boa noite... Lorraine e sua aprendiz de nariz empinado estão a nossa espera na capela.

Vestes de Clara:
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MensagemAssunto: Re: 2º Arco - 1º Ato: Narrativa de George Deschamps    2º Arco - 1º Ato: Narrativa de  George Deschamps   I_icon_minitime17/4/2022, 23:10

Como uma estátua, observava a reação dos dois homens a suas punições e também a reação dos demais soldados que presenciaram a cena ‘educativa’. E hesitação era algo que eu esperava de ambos os soldados, no entanto, Theo foi uma surpresa agradável. “Theo é claramente um jovem determinado e corajoso. Vou mantê-lo sob um olhar mais cuidadoso. Ele pode ser um candidato aos meus planos.” Enquanto Theo era determinado e cumpria a punição sem pensar, Armand tomava um pouco de tempo, mas assim o fazia.

O ponto principal daquela punição não era exatamente fazer com que os punidos sofressem, mas sim para que todos ao redor soubessem o quão importante era a situação e para que todos dessem o devido valor ao trabalho que estava executando. E esse ponto havia sido conquistado com sucesso. Os homens saiam daquele celeiro com claros sinais de coragem e honra revitalizados pela punição paga pelos colegas e era isso que mais importava no momento: manter os soldados unidos e inspirados em tempos de crise.

Com o fim de tudo aquilo, eu ainda tomava algum tempo para organizar alguns pensamentos e, enfim, tomava meu rumo para sair do celeiro, ou pelo menos era isso que eu esperava. A aparição de Clara era uma surpresa agradável e era inevitável uma reação com um sorriso ao ver a mulher. - Não tão boa noite assim, mas melhor agora que sei que você está em segurança e que nossos inimigos não tentaram nada contra você, minha irmã.

Assim que falava, retomava minha caminhada mas dessa vez ia na direção de Clara para cumprimentá-la com dois beijos nas bochechas e para entrelaçar nossos braços e seguirmos nosso caminho. - Pelo que parece você ficou um tempo aqui fora escutando o que acontecia lá dentro, não é mesmo? - Começava falando com um tom debochado e um sorriso de canto antes de entrar no assunto sério e voltar a minha expressão carrancuda.

- Como você deve ter ouvido, sim, parece que algum invasor conseguiu se esgueirar em nosso território para manipular aqueles dois. Não tenho certeza, mas parece que a manipulação em um deles foi mal feita e há brechas que podemos explorar. Talvez quem fez isso não esperava a presença de um segundo soldado na ocasião ou algo do tipo, mas é o que parece. Afinal, as histórias deles não batem. - Ao mesmo tempo que falava e andávamos na direção da capela, minha cabeça continuava a ligar os pontos enquanto explicava para Clara o que havia descoberto. - Felizmente para nós, os erros dos nossos inimigos nos deram algumas pistas do que aconteceu e eu estava apenas esperando pela sua volta para nos reunirmos com a família e colocarmos todos a par do que eu descobri para tomarmos os próximos passos.

Depois de falar de forma breve o que havia obtido, minha fala mudava um pouco de tom, assumindo um tom mais informal e relaxado, para continuar falando. - E por falar em reunir a família, Lorraine conseguiu trazê-la bem mais rápido do que eu esperava. Eu pedi que você estivesse aqui o mais rápido possível porque sua liderança e presença na corte serão fundamentais para equilibrarmos a balança nessa guerra, tendo em vista que Kadira parece ter feito alguns aliados.

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MensagemAssunto: Re: 2º Arco - 1º Ato: Narrativa de George Deschamps    2º Arco - 1º Ato: Narrativa de  George Deschamps   I_icon_minitime1/5/2022, 13:54

-Sim, faz um certo tempo sim, ao chegar na capela não encontrei nenhum único soldado, logo imaginei o que poderia estar acontecendo...

Respondia Clara, que mantinha as mãos apoiadas na própria cintura e expressava um pequeno sorriso nos lábios. Ao contrário de Lorraine que demonstrou uma fúria escarlate diante da situação, Clara parecia calma e até mesmo mesmo confortável. E era ouvindo as suas primeiras explicações que a sua irmã mais velha de abraço deixava transparecer um sorriso ainda mais largo nos lábios, para então lhe responder logo após a sua fala.

-Então o ataque foi falho, talvez até acelerado ou improvisado a partir de alguma ação. Essas falhas vão ser fundamentais para que nós possamos reagir, você tem completa razão.

Assim que terminava de falar, Clara iniciava a movimentação para o interior da capela ao seu lado. Usando as mãos para levantar a beira do próprio vestido, ela caminhava enquanto ouvia suas palavras sobre a necessidade da reunião de toda a família.

-Por mais estranho que pareça eu já estava à caminho quando um dos emissários me abordou. Na corte, ainda no começo da noite, recebi a visita do representante dos Malkavianos. Um homem inglês de olhos bem frenéticos, o mesmo me alertou sobre o que ele chamou de "retorno dos sussurros" e nesse momento, senti a necessidade de voltar para a capela, como se tivesse uma premonição de que algo ruim estava por acontecer...

Fazendo uma curta pausa, para terminar de ouvir suas palavras, Clara parava de caminhar bem na frente da porta de acesso a capela, sinalizando para você também parar. Ali ela soltava a barra do vestido e se virava para olhar diretamente na sua direção.

-Kadira é nossa irmã de abraço. Isso dá a ela um poder de sangue muito acima da média daqueles que são excluídos da Camarilla ou vivem a margem da sociedade dos filhos de Caim. Ela tem muito poder a oferecer e a ambição desses que não são ninguém não conhece limite... George, nós dois precisamos acabar com essa história de uma vez por todas. Não é algo que ninguém nessa capela, além de nós, conseguirá fazer. Lorraine é poderosa, sem dúvidas, mas a força do sangue que nós possuímos é uma vantagem que ela nunca conseguirá. Você se lembra da nossa conversa após o seu ritual de lealdade? Pois então, chegou o nosso momento. O futuro da casa Tremere e da nossa família depende das nossas ações... Khadira precisa ser executada e sua linhagem extinta. De acordo?
Sala de Reunião da Capela:

Após a breve conversa com Clara, vocês dois adentravam a Capela e caminhavam na direção da sala de reunião. O silêncio habitual dos interiores dos corredores parecia mais pesado, mais severo e até mesmo mais sombrio. Nenhum único murmúrio acontecia enquanto vocês dois atravessavam as escadarias até que por fim, adentravam a sala onde praticamente todos os membros da Capela estavam presentes. Todos os membros da linhagem dos Sorciers estavam ali, sentados nas cadeiras vermelhas, postos claramente a espera de alguém iniciar a reunião.
Já a sua própria linhagem, apenas as proles de Therese não estavam presentes.

De braços cruzados e próxima a mesa, junto da cabeceira da mesma, estava posicionada a figura imponente e claramente furiosa de Lorraine. Com os lábios cerrados e o queixo endurecido, ela observava o próprio reflexo no espelho com severidade, como se estivesse a julgar as próprias ações. Já Therese, estava vestindo apenas um manto marrom escuro, típico de estudantes da Capela, enquanto Phortos e toda sua natural elegância, estava a investigar as falhas e rasgos no vestido que outrora a própria Therese estava usando. Diante a entrada de vocês, todos se colocavam de pé e se atentavam a vocês, aguardando que algum dos herdeiros da matriarca da linhagem tomasse a iniciativa de iniciar a reunião emergencial.
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MensagemAssunto: Re: 2º Arco - 1º Ato: Narrativa de George Deschamps    2º Arco - 1º Ato: Narrativa de  George Deschamps   I_icon_minitime7/5/2022, 14:35

Era com surpresa que eu ouvia sobre o motivo pelo qual Clara havia retornado mais cedo do que o previsto. O alerta que a mulher havia recebido não era de conhecimento meu, mas o fato de que ela recebeu esse alerta ao mesmo tempo que nossa família foi atacada poderia ser qualquer coisa menos coincidência. “É como Clara falou, sussurros me lembra sobre os maus-presságios e monstros malignos e corruptos. Mas como isso se relaciona com nosso caso?”

De forma pensativa eu processava aquela informação e, após alguns segundos, meus olhos retornavam para Clara e eu a respondia com um sorriso e um sutil acenar de cabeça. - Ainda bem que voltaste cedo, afinal, você é nossa líder e pensar que algo poderia acontecer a ti enquanto estava isolada era algo que me assustava. Apesar de que não acho que Kadira iria atacar você na corte, até porque seria uma declaração de guerra direta a Camarilla e não acho que ela tenha condições para isso…

As palavras saiam da minha boca antes mesmo de eu pensar em tudo que estava falando e somente após ouvir o que eu havia dito, uma luz se acendia em minha cabeça. “Camarilla!” Apesar de ainda sermos um clã não tão integrado à torre de marfim, a alta corte do Clã já havia anunciado sua lealdade e, portanto, qualquer ataque à nós era um ataque à torre!

Aos poucos nós nos aproximávamos da sala de reuniões enquanto minha cabeça ainda processava tudo que havia acontecido e o que eu planejava dizer nessa reunião, mas quando Clara chamava minha atenção, minha mente parava de maquinar por um momento para ouvir minha irmã. As palavras dela eram fortes assim como ela era e ao ouvi-lá eu apenas conseguia sorrir. - Completamente de acordo, minha irmã! Kadira não irá viver para atormentar essa família por muito mais. Eu juro, assim como jurei em minha primeira noite, que irei fazer tudo que estiver ao meu alcance para que nós possamos acabar com essa mácula em nossa família! - Ao respondê-la, ofereci meu braço mais uma vez antes de avançarmos para o interior da sala de reuniões.

O caminho era silencioso e sombrio, assim como o campo de batalha, mas rapidamente nós chegávamos ao local de destino para sermos recebidos por quase todos os membros da Casa Tremere e suas duas linhagens que a compunham. Meus olhos passavam por todos os membros ali presentes, reparando em cada detalhe de cada um deles e identificando aqueles que estavam mais nervosos e os que estavam mais calmos. Lorraine claramente era a mais agitada ali, o que era algo atípico para a mulher.

Assim que todos se levantavam, meus olhos procuravam por Clara para ver se a mulher tomaria a dianteira em começar a reunião. Se ela decidisse tomar a dianteira, eu não iria obstruí-la e a acompanharia para sua cadeira, para somente depois me dirigir a minha. Caso ela deixasse a iniciativa para mim, começava a falar assim ainda de pé. - Peço desculpas pela demora e fico feliz em ver que estamos quase todos aqui e que estamos bem. Por favor, sentem-se. - Com bastante calma e suavidade, minhas palavras tentavam tranquilizar aos presentes enquanto caminhava com Clara até o lugar dela, sendo cordial e ajudando a mesma a sentar para em seguida dirigir-me ao meu lugar. - Onde estão Claude, Colette e Yvon? Eles estão bem?

Não havia nenhuma razão para acreditar que as proles de Therese estariam correndo algum perigo, portanto esperava uma resposta positiva para continuar a falar. - Enfim, vamos ao que interessa. Sei que todos já devem ter ouvido ou já sabem do que ocorreu, mas caso não saibam: nessa noite nossa casa sofreu um ataque covarde de não apenas um, mas dois inimigos. - Assim que falava, fazia uma pausa para ver a reação de todos e deixar que eles também pudessem falar. - Depois do que aconteceu com Therese, eu tive a sensação de que a participação do soldado na cena não havia sido algo apenas do acaso e estava certo. Depois de interrogar todos os soldados, descobrimos que outro soldado havia presenciado uma presença estranha e sombria nos aposentos do soldado em questão. Obviamente ambos tiveram as memórias alteradas, mas no segundo soldado as modificações não foram bem feitas, deixando detalhes na memória dele que me fazem acreditar que o segundo Clã envolvido no ataque seja o Lasombra.

Mais uma vez fazendo uma pausa, deixava todos processarem a informação para retomar a falar. - Por fim, antes de virmos para esta reunião, Clara me contou que ela foi abordada por um Malkaviano que a alertou sobre o retorno dos sussurros. Meu conhecimento sobre o que seriam os sussurros é escasso, mas, pelo pouco que sei, é impossível não acreditar que esses eventos não estejam conectados. - Ao finalizar minha fala, me encostava na cadeira e começava a ouvir o que todos haviam a dizer.

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MensagemAssunto: Re: 2º Arco - 1º Ato: Narrativa de George Deschamps    2º Arco - 1º Ato: Narrativa de  George Deschamps   I_icon_minitime15/5/2022, 22:51

Você entrava na sala de reuniões de braços dados com Clara, sua irmã de abraço. E a mesma silenciosamente dava a permissão com um simples olhar, para que você começasse a reunião que todos ali presentes estavam esperando de maneira tensa. A primeira a falar após você, foi a própria vítima do ataque:

-Minhas três proles não estão na cidade, mas já recebi a notícia positiva sobre a segurança dos mesmos, eles deverão retornar na próxima noite com o reforço do Clã. Afinal, eles viajaram para trazer para cá alguns livros e pergaminhos. Mas eu queria aproveitar a oportunidade para explicar um pouco a situação... Sim eu sempre fui uma mulher confiante com meu próprio corpo, meus desejos sempre falaram muito alto e de forma natural, aprendi a associar minha alimentação ao prazer carnal. E entendo que isso possa trazer alguns problemas para as lideranças mais antigas...

Lorraine prontamente interrompia a fala de Therese.

-Por tantas vezes eu a alertei! Esse caminho não tem volta! Ela começou exatamente assim... E foi através da luxúria que você pratica com tanto orgulho que nossa casa foi atacada!

A fala de Lorraine cruzava a sala de reunião como uma lâmina em um campo de batalha. Era a primeira vez que você testemunhava a figura serena de Lorraine munida de tamanho ódio e rigor. Os olhos de Therese marejavam de lágrimas de sangue e vergonha.

-Mas eu sinto a necessidade de pedir desculpas a todos e afirmar que sim, foi um ataque de Kadira e seus seguidores. E ela tem novas proles! Nossos inimigos estão muito mais fortes que imaginamos.

Assim que terminava de falar Therese escondia a face nas próprias mãos, afinal, os olhos azuis de Lorraine não paravam de encarar a figura de Therese com um tom de julgamento severo.

-Os erros do passado estão aprisionados no passado. Apesar da semelhança, não é a mesma coisa, não há motivos para punir a vítima.

Comentava Clara.

-Basta desse mormaço e dessa permissividade! Sem disciplina, sem estrutura, sem moral, não há razão para que tudo isso exista! Se tudo for permitido, a espiral de corrupção e queda é inevitável! A maldição de Caim é assim: Cinzas e Sangue! E agora, por causa dessa permissividade, poderíamos ter sido todos nós atacados diretamente! Como antigamente acontecia em todas nossas capelas!

Respondia Lorraine, apoiando as mãos na mesa e olhando diretamente para Clara em um tom de desafio e fúria. A sala inteira mergulhava em silencio e todos trocavam olhares preocupados entre si, afinal, as duas figuras máximas de liderança nunca havia se enfrentando dessa maneira!

-Suas palavras foram ouvidas. Agora, sente-se. E se lembre, que apesar de Regente dessa capela. Você é a minha prole Lorraine. Lembre-se que eu sou a primeira prole de nossa Matriarca. E especialmente, se lembre que eu sou a única que realmente conhece verdadeiramente o nosso inimigo, pois antes de você aprender seus primeiro ritos, eu já a chamava de irmã... Sim, ela caiu. Sim, ela foi corrompida como muitos outros foram. Mas você precisa direcionar seu ódio ao alvo correto, não contra os seus iguais!

Clara então se levantava e como uma verdadeira líder, tomava as rédeas a situação. Os olhos azuis de Lorraine eram poderosos e isso era inquestionável, porém, a presença de Clara naquele momento era simplesmente soberana.

-O Clã Malkaviano está conosco nessa situação. Os sussurros, como disse George, é uma manifestação que já assombrou a cidade de Marselha no passado e foram eles que salvaram os membros dessa cidade, através de suas visões. Por tanto, Kadira não está agindo sozinha e seus aliados não querem apenas nos derrubar, eles querem vingança contra a Camarilla! E por causa disso, vamos agir como a vanguarda dessa batalha. Me escutem!

Clara caminhava na sua direção e colocava uma mão apoiada no seu ombro esquerdo.

-Nosso primeiro passo será a de assegurar a linhagem que mais sofreu com os sussurros. A linhagem do antigo matusalem Ventrue, o Lorde que atendia por Serverus. George irá até os territórios deles, juntamente com Soleen, para assegurar se a prole de Serverus, Jules Cormier, o Senescal da nossa corte de Provença e seus entes mais próximos, estão seguros. Vocês partem imediatamente. Eu assumirei a responsabilidade pela proteção da capela, Lorraine, você levantará as barreiras místicas da cidade e enviará a solicitação de reforço para as capelas mais próximas. A guerra começou. Todos os outros, retornem a biblioteca e façam um levantamento sobre a linhagem Baali. Precisamos de informação sobre Infernalismo e suas corrupções.

Prontamente, todos começavam a obedecer as palavras de Clara. Inclusive Lorraine! Enquanto todos se movimentavam, Clara sussurrava em seu ouvido:

-Para receber a proteção da Camarilla, precisamos proteger seus mais queridos. Sei que a política não é sua preferência, irmão, mas precisamos desse movimento para ter a Torre em nossas mãos.
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MensagemAssunto: Re: 2º Arco - 1º Ato: Narrativa de George Deschamps    2º Arco - 1º Ato: Narrativa de  George Deschamps   I_icon_minitime18/5/2022, 23:01

Assim como em uma guerra, os animos e a tensão na sala era completamente diferente do que já havia presenciado nos últimos trinta anos. Lorraine que era conhecida por seu comportamento temperado, agora mostrava uma verdadeira frustração com sua própria prole. Apesar de entender o lado das duas, a situação não parecia ficar pior após cada palavra que Lorraine rasgava dentro daquela sala.

Quieto, eu observava com calma a discussão entre a regente e sua prole e quando pensava em uma forma de contornar a situação. Para a surpresa de todos, Clara era a primeira a levantar a voz em defesa de Therese naquela situação. Clara e Therese não era exatamente as mais próximas dentro dessa família, mas ali era possível ver como Clara estava definitivamente assumindo o posto de nossa matriarca como a líder dessa família.

Até aquele momento, permanecia completamente imóvel, observando em silêncio toda a discussão e apenas retomava a falar quando Clara dava a ordem para todos, mas antes de todos se levantarem. - Eu entendo suas preocupações Lorraine, mas como Clara falou, nesse momento Therese é uma vítima e não podemos nos virar uns contra os outros. No momento precisamos nos apoiar e proteger os membros dessa família. Quando esta guerra acabar podemos pensar nas punições e reforço disciplinar desta casa. Além disso, por bem ou por mal, Therese tem uma percepção que nós não temos sobre o aconteceu e pode possivelmente conseguir informações sobre nossos inimigos.

Assim que terminava de falar aquilo, fazia uma pausa, como se algo no fundo de minha mente aparecesse ao mencionar aquilo. - Inclusive, ela já fez isso e eu esqueci completamente de comentar aqui. Após o ataque que ela sofreu, ela falou sobre um nome que não é familiar para mim: Achilles Vallée! Ela o mencionou como um novo poder dos Demônios de Petaniqua! Sabemos algo sobre ele? Se não, procurem sobre ele também. - Ao terminar de falar, me levantava, esperando alguém se pronunciar sobre o nome recém falado ou apenas confirmarem sobre a ordem dada.

Depois de complementar as ordens que Clara repassava, via a aproximação da mesma e ouvia suas ordens com cautela. Acenava positivamente com a cabeça à medida que os detalhes eram passados, mas exibia um leve sorriso ardiloso ao ouvi-la assumir que a política não era minha preferência.

- Eu sei que aparento ser um brutamontes, mas tenha um pouco mais de fé em mim, minha irmã. - Começava em um tom mais brando e levemente de deboche, afinal a situação não era propícia para isso. - Se há uma coisa que aprendi nesses últimos 30 anos é o poder da política e como ela é benéfica para nós. Se realmente queremos tomar protagonismo nessa guerra, mas sem realmente sacrificar nossas linhas, devemos jogar o jogo político da Camarilla e usá-la a nosso favor, não é mesmo? - Com um sorriso escondido no canto da boca eu a respondi e tocava em seu ombro antes de sair.

Assim que falava, imediatamente olhava na direção de Soleen e me dirigia até a mesma. “Dentre todas as opções você precisava escolher ela.” Era inevitável pensar aquilo tendo em vista que Soleen era, provavelmente, a pessoa a qual menos havia conversado durante os trinta anos. Apesar de sermos aprendizes da Regente, nossas interações eram bem restritas, mas muito porque eu mesmo escolhia evitá-la.

- Soleen. - Falava ao me aproximar. - Parece que os aprendizes de Lorraine vão fazer uma visita a nossos aliados hoje, não é mesmo? Podemos ir de imediato ou precisa de algum tempo para se preparar? - De forma cordial, fazia a pergunta a magus e aguardava a confirmação da mesma. Caso ela decidisse por partir de imediato, fazia um sinal com a mão abrindo-lhe o caminho para liderar a saída. Assim que saíssemos da capela, procuraria pelo primeiro soldado e ordenaria ao mesmo para preparar uma carruagem o mais rápido possível e lhe entregava também o destino.

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MensagemAssunto: Re: 2º Arco - 1º Ato: Narrativa de George Deschamps    2º Arco - 1º Ato: Narrativa de  George Deschamps   I_icon_minitime8/6/2022, 10:39

Sentada e agora mais calma, Lorraine usava da própria respiração para colocar seus ânimos em seus devidos lugares após a intervenção firme Clara. E era nesse meio tempo que você se pronunciava, suas palavras eram ouvidas e deixavam expressões de confusão e desconhecimento em praticamente todos os ali presentes, o nome pronunciado por ti não parecia estar sob o domínio de ninguém... Salva uma única exceção:

-Esse nome...Achilles Vallée... É o nome de um pródigo da região, um mortal com habilidades místicas e sobrenaturais que sempre foi definido como um infernalista de pouco poder e muita vontade. Adorado por seu carisma e líder de um culto macabro. Se ele foi abraçado, temos um culto de mortais agindo contra nós.

Era Lorraine que trazia a informação que era prontamente respondida por Clara.

-Então temos um ponto de início. Lorraine, prepare um carta com as informações que você tem sobre esse culto de mortais, enviarei ela para Dominic Ardouin, o capitão dessa corte. E ele deverá colocar as forças da Camarilla atrás desses malditos. Não haverá misericórdia para esses vermes.

Afirmava Clara com convicção, dispensando todos com um único gesto firme. Assim, todos iniciavam seus movimentos de despedida e era nesse curto momento em que Clara lhe respondia, com apenas um único olhar de confiança. Clara era uma mulher forte, de muitas expressões, mas era raro ela demonstrar confiança em alguém e você sabia como poucos como aquele olhar carregava uma importância fundamental. Seguido do olhar confiante, vinha um piscar malicioso e divertido de olhos, ela parecia saber de algo e ter feito a escolha por Soleen com segundas intenções! E logo ela deixava a sala e nesta, permaneciam apenas você e Soleen que ainda não havia sequer se levantado.

Em silencio, a mulher de longos cabelos dourados esperava a sua aproximação e fazia um sinal positivo com a cabeça quando você se direcionava a ela.

-George...

Ela iniciava a resposta, com um tom calmo de voz. Era talvez a primeira vez que você ouvia a voz dela em algumas semanas ou talvez meses. A jovem moça se colocava de pé e apertava as amarras localizadas na altura da própria cintura do manto negro que estava usando, para então lhe responder.

-Devo admitir que adentrar os domínios de uma linhagem tradicional do clã Ventrue não é exatamente o que eu esperava fazer, estaria mais confortável dentro da biblioteca, mas ordens são ordens, não é mesmo?! Eu preciso apensar de quinze minutos, podemos nos encontrar nos portões, assim consigo estar pronta para qualquer infortúnio. Ou se preferir, pode me acompanhar nesses preparativos e descemos juntos até os portões, como desejar.

Afirmava Soleen, com sua voz branda e suave, aguardando seu posicionamento.
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MensagemAssunto: Re: 2º Arco - 1º Ato: Narrativa de George Deschamps    2º Arco - 1º Ato: Narrativa de  George Deschamps   I_icon_minitime16/6/2022, 08:09

Não havia uma janela de tempo muito grande para reagir ao que Clara havia demonstrado naquele momento. “Clara, o que você está aprontando!?” Minha unica expressão naquele momento era cerrar os olhos em desconfiança e seguir minha vida com essa dúvida em minha cabeça. “Ela com certeza sabe de minha situação com Soleen e, com certeza, ela de algo que eu não sei.” Apesar da preocupação, eu havia de deixar aqueles pensamentos de lado, principalmente em uma sala cheia de membros do Clã.

Dirigindo-me até Soleen, ouvia a resposta no tom calmo e usual da mulher e apenas concordava com um acenar sutil de cabeça. - Não se preocupe, tenho certeza que Clara a escolheu por um motivo importante. Enfim, preciso repassar uma mensagem ao meu vassalo… nós encontramos no lado de fora então? - Logo após terminar de falar, estendia meu braço, dando o caminho para Soleen passar primeiro para logo em seguida tomar o meu próprio rumo.

“Não esperava que um grupo de mortais Infernalistas pudesse ser a fonte dos nossos problemas. Apesar do Clã já estar procurando informações sobre eles, talvez alguém que eu conheça saiba mais sobre esse grupo, ou algo que nos guie até eles.” Uma pessoa vinha à minha cabeça nesse momento, mas, apesar dele não residir em Marseille, uma notícia como essa pode não passar despercebido na região, especialmente para uma família como a dele.

Sem pensar duas vezes, rapidamente me movia até meu escritório e, assim que chegava, procurava um pedaço de papel para escrever a seguinte mensagem:

Carta:

Assim que terminava de escrever, colocava-a em um envelope e fechava-a com um selo de cera com o símbolo de minha companhia. Ao terminar de pôr o selo, imediatamente saí do escritório para me encontrar com Tobias.

Como havia pedido para que ele viesse ao exterior da capela ao terminar a visita ao curandeiro, era bem provável que eles já deveriam estar à minha espera. Assim que me encontrava com o homem, prontamente o puxava para um canto e lhe entregava a carta. - Leve isso até Arles e entregue a Jean. Vá com uma pequena escolta e se alguém perguntar algo digam que estão sob ordens da Companhia de Comércio Deschamps. Entregue isso diretamente para Jean e somente ele. Além disso, fique de olho na situação deles e traga Jean somente se achar que o local já está comprometido. Eu espero uma resposta dele seja por escrito ou por você, mas vá e volte o mais rápido possível!

Depois de entregar a carta, esperava pela confirmação de Tobias e o deixava partir para cumprir a missão que tinha em mão. Enfim, me dirigi até o exterior onde a Carruagem estava sendo preparada para nossa partida. Caso Soleen ainda não estivesse presente, eu a esperaria pacientemente, mas, caso ela já estivesse à minha espera, não perderia mais nenhum minuto daquela noite. - Tudo pronto? - Perguntava e, tendo a confirmação, entrava na carruagem e ordenava a partida para a residência do tradicional Clã Ventrue.

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MensagemAssunto: Re: 2º Arco - 1º Ato: Narrativa de George Deschamps    2º Arco - 1º Ato: Narrativa de  George Deschamps   I_icon_minitime28/6/2022, 02:04

Suas expectativas estavam corretas, pois assim que você terminava de escrever a carta e descia para a entrada do casarão da sua família, lá estava seu fiel lacaio de pé e braços cruzados a lhe aguardar. E era em silencio que o mesmo ouvia todas as suas instruções com total atenção, talvez essa fosse a maior de todas as qualidades de Tobias, sua atenção. E com um simples sinal positivo indicando que havia compreendido, o homem guardava o envelope recebido pelas suas mãos e caminhava na direção dos estábulos para a organização da comitiva que seria deslocada na direção de Arles.

Por fim, você se direcionava aos portões da propriedade da Casa Tremere, já notando imediatamente que os mesmos estavam abertos diante da presença de dois cavalos e uma carruagem de porte militar e nobre, reforçada e protegida para o transporte de membros, o veículo era pintado em um tom vermelho muito escuro, aproximando-se de um marrom terra. Na parte debaixo, próximo as grandes rodas de aro metálico, haviam detalhes em alto relevo de flores e símbolos que você conseguia interpretar como leões. Como cocheiro estava um dos vassalos de Clara, armado o homem fazia um sinal simples de saudação ao vê-lo. Seus olhos então buscavam pela figura de Soleen e a encontrava a desenhar pequenos símbolos na parte de trás da carruagem, ela usava um fino pincel para escrever frases curtas em latim por entre os desenhos e enfeites externos da carruagem. Ao lado da mulher, havia uma pequena mala de mão e agora em seus pulsos era fácil notar a presença de braceletes de origens diferentes, indo do metal precioso ao cetim azul, seus dedos estavam repletos de anéis e em seu pescoço haviam cordões, pingentes e outros itens que certamente possuíam valores místicos. Era de certa forma, uma maneira da aprendiz da Regente da Capela Tremere se apresentar "armada" e você conseguia reconhecer o esforço.

-Sim, vamos! Só estava terminando de proteger nossa carruagem contra as criaturas da noite. Afinal, estamos em tempos de guerra não é mesmo? Sei que não me enquadro no que muitos poderiam definir como uma guerreira, mas a feitiçaria do sangue tem um poder destrutivo único. E julgando as reações de Lorraine, a situação é vida e morte, certo?!

Questionava Soleen que prontamente o acompanhava para dentro da carruagem enquanto limpava os dedos sujos de tinta na beira da cortina interna da carruagem.

-Bom, não sei se o Senhor já teve contato com uma linhagem tradicional do clã Ventrue. Mas nós somos de Viena e lá o clã do sangue azul é presente e bastante poderoso, inclusive existe um herdeiro da própria linhagem de Serverus ativo pelas terras germânicas, todavia é a linhagem de Hardestadt que realmente se destaca em minhas terra natal. A aliança entre nossos clãs é nova, mas foi fundamental para a vitória da Camarilla, precisaremos apresentar soluções e demonstrar força, um verdadeiro Ventrue só tem medo de uma coisa: O desconhecido. E nós somos os especialistas nisso. Enfim, o que quero dizer é que uma linhagem como a qual iremos visitar, precisa receber uma atenção especifica, esse será nosso desafio, compreender as motivações do Patriarca.

Dizia Soleen, revelando uma experiência inesperada em jogos políticos e corte. Talvez a escolha de Clara não fora simplesmente munida de segundas intenções...

[Off: Ultima ação ante do final do ato]
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MensagemAssunto: Re: 2º Arco - 1º Ato: Narrativa de George Deschamps    2º Arco - 1º Ato: Narrativa de  George Deschamps   I_icon_minitime14/7/2022, 21:59

Não demorava muito para Soleen terminasse os seus preparativos finais e adentrar na carruagem. Era somente então que eu podia ter uma visão da jovem desde que havíamos nos separado na capela. A mulher agora trajada com diversos artefatos místicos e municiada com uma pequena mala cheia, que somente ela e deus sabiam o que havia dentro, ficava visível o quão séria havia sido a repercussão da última reunião. Assim como eu imaginava, era pela fala da mulher que eu confirmava o quão preocupada ela estava e o quão focada ela era.

- É por isso que dizem que a doença que mais mata é a burrice. O fato deles não reconhecerem esse poder é a própria ruína daqueles que a subestimam. - Começava a respondê-la com um sorriso orgulhoso no rosto. - Você fez mais do que certo, não podemos aliviar a partir de agora. Todo cuidado é pouco se quisermos vencer essa guerra, mas, o mais importante, se quisermos manter toda nossa família a salvo.

Eu não era o maior conhecedor das artes místicas e muito menos da própria feitiçaria do sangue. No entanto, bastava um pouco de conhecimento sobre elas para saber o quão importantes elas eram, afinal, se não fossem a Camarilla jamais teria reconhecido os Tremere. Dessa forma a presença de Soleen por si só já era um motivo de tranquilidade para mim, pois eu sabia de suas capacidades nas artes místicas.

No entanto, não era a capacidade de luta ou conhecimento magiko de Soleen que me impressionava, mas sim seu conhecimento político. “Clara sua mulher ardilosa”... O sorriso de orgulho agora se transformava em um espontâneo sorriso de surpresa e alegria ao ouvir o que a mulher dizia.

- Minha interação com os Ventrue é bem limitada. Apenas fui apresentado a eles da mesma forma como fui apresentado aos outros Clãs mas ainda não tive um grande contato. Digamos que minhas primeiras décadas foram um pouco ocupadas… - Assim fazia uma pequena pausa antes de retomar a fala. - Por isso o seu conhecimento sobre eles é mais do que bem vindo, é essencial. Acho que por isso Clara pediu que você viesse comigo, ou devo dizer: pediu para que eu viesse com você.

A segunda parte de minha fala carregava um singelo sorriso divertido, mas não havia brincadeiras ali. Soleen era claramente muito mais experiente que eu e conhecia mais os Ventrues, portanto, era fácil apontar ela como a líder nessa excursão se tivéssemos a hierarquia sanguínea, a qual eu respeitava, mas não considerava tanto quanto o respeito pelo mérito e competências.

- Sei que os Ventrue são um clã exigente e não será diferente com a nossa interação, portanto, eu ficaria mais que feliz em ouvir suas ideias e experiência com eles durante nosso trajeto. Afinal, entre nós dois pode-se dizer que a verdadeira especialista no desconhecido é realmente você.

Dessa forma, deixava para Soleen a palavra e me acomodava no encosto da carruagem para ouvir com atenção as próximas palavras da mulher.

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MensagemAssunto: Re: 2º Arco - 1º Ato: Narrativa de George Deschamps    2º Arco - 1º Ato: Narrativa de  George Deschamps   I_icon_minitime

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