Filha de Idar Aksnes e Britt Arksnes, Elin nasceu em Flekkefjord, dentro do casarão de seu já falecido avô, com sua avó, uma das parteiras católicas da região sendo a responsável por trazê-la a vida. Oito anos após seu nascimento, seu pai e seu avô tiveram uma severa discussão e briga que resultou na saída de todos os filhos da casa do patriarca da família. Idar tinha outros dois irmãos mais novos, cada um deles tomou um rumo diferente e Elin nunca sequer chegou a conhecer nenhum de seus tios. A escolha de nova cidade para morar foi decidida por sua mãe, Britt, que apontou sua cidade natal como o mais próximo e seguro destino para o começo de uma nova família, assim Elin veio a crescer e ser educada na cidade de Stavanger.
No entanto, havia algo estranho em Elin, algo que seus pais não conseguiam entender exatamente o que era... Algo que antes era mais sutil e apenas curioso, ou muitas vezes contornado pelo seu estranho e carrancudo avô, algo que piorou muito com a mudança de cidade.
A verdade por trás dos misteriosos episódios que envolviam a jovem só viria a ser compreendido pela mesma em seu vigésimo aniversário! Mas até lá, sua vida era marcada por inexplicáveis ondas de gigantesco e exótico apetite, ataques de fúria e agressividade que lhe causaram reais problemas na escola, além de uma constante e sangrenta “mania” de “morder de arrancar pedaço” durante sua fase mais infantil. Seus alvos favoritos eram os irmãos Lassen, os gêmeos sofriam vários ataques da garota enquanto os três brincavam juntos.
A única pessoa que sabia realmente como lidar com essas crises da pequena e difícil Elin era seu avô, uma figura que ela mesma só voltou a ver em situações muito específicas, como feriados e natal. Inicialmente, os psicólogos e educadores da jovem, acreditavam que os comportamentos agressivos e as poderosas ondas de apetite dela vinham de algum tipo de autismo ou traumas gerados pelo convívio com o avô, que era definido pelos Pais da garota como um velho terrivelmente mal-educado, grosso, arrogante, violento e boca suja.
Com o passar dos anos, quando as crises passavam dos limites, sua mãe costumava ligar para o velho Thomas para que esse pudesse acalmar sua neta com suas histórias macabras e de péssimo gosto! Os episódios acabaram deixando marcas sociais severas em Elin, especialmente após o falecimento de seu avô. Na ausência do mesmo, a jovem acabou por crescer sem nenhum laço verdadeiro de amizade ou relacionamentos, algo que a irritava ainda mais. A passagem pela puberdade trouxe um paladar ainda mais exótico e as vezes, nojento, seguido de uma postura ainda mais sombria e intimidadora, tanto que, não demorou para que Elin se tornasse uma das pessoas mais temidas em sua escola e bairro. Chegando ao ponto de ela receber alguns pagamentos das gangues locais para intimidar playboys e patricinhas a pagar por suas dívidas de drogas.
Enfim, quando já morava sozinha por não conseguir mais manter uma relação saudável com os pais que não conseguiam entender a garota que devorava um salmão cru inteiro, com escamas e tudo mais, sem nenhuma dificuldade e que colocava real medo com sua postura em praticamente qualquer pessoa, até seus amigos mais próximos que eram pessoas provavelmente mais perigosas que a jovem, Elin foi encontrada por Benedik Haselth, sobrinho de Magnar.
A situação do encontro dos dois se deu durante uma festa em um casarão, Elin havia bebido muito e acordou em uma situação extremamente desagradável. Dentro de um banheiro, dois rapazes ousaram uma investida mais abusada contra a jovem que reagiu com mordidas e muita, mas muita violência, ao ponto de arrancar um dedo dos rapazes na cena que transcorreu no banheiro. Os gritos, por sorte foram abafados pela música altíssima, todavia, foi Benedik que abriu a porta do banheiro e encontrou Elin, a beira de uma explosão de glamour... Sua crisálida foi incitada pela violência da cena, aquele estouro de emoções, medo, asco e instinto resultou em sua conexão com sua verdadeira e ancestral herança fae. Benedik então não só a ajudou a lidar com essa situação, traumatizando permanentemente aqueles dois infelizes rapazes, como também acolhendo-a como aprendiz. Com a ajuda de Benedik, Elin pode compreender o que realmente era e começou a receber as visitas esporádicas de Magnar, um velho amigo de seu querido avô, que já havia falecido a alguns anos.
Por fim, a notícia recente de possibilidade de penhor da velha mansão da família, local de grande valor, mas que trazia péssimas memórias para todos os possíveis herdeiros, Elin foi a única a se apresentar como interessada pelo local. Seu pai, então herdeiro das papelada do antigo casarão, passou todos eles para sua filha sem maiores protestos e assim, a jovem se viu retornando a Flekkefjord, agora para morar na antiga casa de seu avô e para iniciar sua jornada como Escudeira do Barão Magnar Haselth.