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Narrativas De World of Darkness Estruturadas Nas Versões de 20 Anos
 
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 Ato I - Narrativa de Elin - Seann Dachaigh

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Jess Narradora

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MensagemAssunto: Ato I - Narrativa de Elin - Seann Dachaigh   Ato I - Narrativa de Elin - Seann Dachaigh I_icon_minitime29/4/2019, 21:58

Rodoviária :
Data: 24 de Junho de 2000 - Quarta-feira - Rodoviária

Retornar trazia consigo sentimentos estranhos, além da sonolência do despertar pela parada final do ônibus é claro. O suave balançar do ônibus finalmente cessava, algo que a despertava já que o sono leve da viagem era arrancado do seu corpo pelo desligar do motor e o começo de movimentos alheios do ônibus deixavam claro que aquele era o ponto final, por sorte também era seu destino Flekkefjord a cidade de sua tenra infância.

Do lado de fora era inevitável o sentimento de nostalgia, afinal a rodoviária continuava a mesma, embora o leve movimento fosse maior do que o imaginado. A brisa fria da manhã combinava bem com o clima nublado que chegava quase a ameaçar uma fina garoa, algo normal na velha cidade de seu avô.

As bagagens não demoravam a ser descarregadas, e muito menos entregues aos seus devidos donos, uma cena curiosa já que o próprio motorista o fazia e em seu caso especifico quase largava a pesada mala de lona no chão ao lhe encarar, ainda assim ele era um dos poucos corajosos que lhe desejavam uma boa estadia, talvez mais por educação do que por vontade própria.

Assim que o ônibus saia do rodoviária era possível ver uma dupla estranha lhe esperando, a figura conhecida e claramente pertencente a Magmar se apresentava ao lado de um jovem alto e cheio de piercings, no momento que o velho Redcap lhe cumprimentava o rapaz a encarava apenas para correr na sua direção e lhe agarrar quase gritando quando o fazia.

– Linguaruda é você mesmo?!

Neste momento era possível ver uma jovem de cabelos negros e olhos coloridos sair da cafeteria carregando quatro copos de café, algo que era seguido por uma corrida breve até a figura de Magnar ao que era imposto o ato de segurar os copos, apenas para que ela pudesse correr até você e claramente dar um tapa na nuca do rapaz que tinha os mesmo olhos coloridos da jovem.

– Solta ela Terje! Ela acabou de chegar seu desmiolado!

Magnar é claro apenas observava a cena enquanto procurava pelo próprio pedido entre os cafés e o bebericava com um suave suspirar de falta de paciência.
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Última edição por Jess Narradora em 2/5/2019, 12:58, editado 1 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: Ato I - Narrativa de Elin - Seann Dachaigh   Ato I - Narrativa de Elin - Seann Dachaigh I_icon_minitime1/5/2019, 21:56

Tudo era feito de forma mecânica... Dês de abrir os olhos sonolentos e notar que nada havia mudado naquela rodoviária, até me ver já de pé em uma fila de estranhos esperando por minha mala, piscando e bocejando, me assustava levemente ao receber a minha mala e tratava de dar uma boa encarada na figura do motorista. Soltando uma bufada, me abaixo para pegar a mala e me virar para dar inicio ao pensamento letárgico em torno da ideia de "Como vou fazer pra ir daqui até a casa do Vô?" Meu pensamento só não se adiantava, porque a surpresa daquele rapaz se aproximando e me tirando do chão me pegava desprevenida! Só houve o tempo de soltar a mala e olhar diretamente para que havia tido a coragem de me puxar daquela maneira.

-Que porra é...

Surpresa em rever uma face familiar, mesmo que cheia de pedaços de aço acopladas a sua cara, era impossível deixar de sorrir e prontamente morder o ombro do mesmo. Não com força suficiente para partir ou triturar, apenas para doer ao ponto de ensinar-lhe uma lição! E assim que eu conseguisse me livrar do mesmo, eu lhe dava um tapa no braço e dizia:

-Oi pra você também, aliás cê tá parecendo aqueles sujeitos das bandas inglesas de rockzinho, sabe?!

Sorrindo de maneira sarcástica, fazia um breve aceno na direção de Stine e respirava fundo, farejando o café e perguntando:

-Tem um expresso duplo ai, né?!

Já me preparando para ir em direção a Stine, eu a abraçava de maneira desajeitada, esse não era meu forte! Para então, me direcionar a figura de Magnar e olhar ao redor, para fazer uma curta saudação mais formal.

-Bom dia Senhor Haselth...

Após a fala, eu ficava em dúvida se deveria agradecer ao homem ou não. "O que diabos eu falo agora? Obrigada por me buscar? Obrigada por me receber? O que exatamente eu tenho que fazer como escudeira? Isso deveria ser mais simples!" Respirando fundo, esfrego as minhas mãos para esperar a minha chance de pegar um daqueles cafés para mim.
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MensagemAssunto: Re: Ato I - Narrativa de Elin - Seann Dachaigh   Ato I - Narrativa de Elin - Seann Dachaigh I_icon_minitime2/5/2019, 13:26

Todas as ações mecânicas e até mesmos os pensamentos comuns de como chegar a seu destino eram apagados pela força daquela ação, e ali diante de sua mordida dolorida e potente o mais comum seria ouvir ao menos uma reclamação de dor, Terje porém parecia mais feliz do que deveria, o que lhe acarretava em um novo aperto e é claro um novo tapa da irmã deste.

– Hei! Eu sei que fico bonito com assim.

Respondia o rapaz ao coloca-la no chão, isso abria espaço para que Stine sua velha amiga lhe abraçasse, algo que você não estava acostumada, mas nem por isso lhe parecia estranho ou errado, já que os braços de sua velha amiga a apertavam com força e carinho, assim que ela te soltava era possível ver um sorriso em seus lábios enquanto um comentário mordaz era feito ao irmão.

– Não liga pra ele, eu bati muito na cabeça dele quando criança.

O comentário fazia com que Magnar soltasse um riso seco, algo que chamava a atenção de Terje que tomava a iniciativa de pegar os cafés, afinal por mais inconsequente que o jovem fosse, ele sabia bem como ter medo de Magnar, algo relativamente comum. Stine lhe dava um pequeno tapinha no ombro indicando com a cabeça que era mais recomendável ir cumprimentar o velho Redcap primeiro, um cuidado que indicava o claro respeito pela figura do Barão, ou simplesmente medo de vê-lo de mau humor logo pela manhã.

A presença naturalmente agressiva de Magnar que você havia conhecido ainda em Stavanger não havia mudado em nada, embora é claro os cabelos grisalhos deste houvesse clareado um pouco mais, ainda assim este sorria ao terminar de dar um longo gole no café ainda quente, as longas assas coriáceas se esticavam um pouco fazendo com que seus olhos mudassem a forma de vê-lo, a sua frente não estava apenas um velho de cabelos grisalhos, mas sim um antigo Redcap marcado por cicatrizes e uma força incontestável.

– Seja bem vinda Elin, seu avô se orgulharia de tê-la aqui.

Comentava o mais velho ao apoiar uma de suas mãos em seu ombro apertando em uma demonstração de respeito, respirando um pouco Magnar levava seu próprio tempo para continuar a falar enquanto se voltava para os dois irmãos.

– Eu queria ter vindo sozinho, mas tive que notificar sua chegada a Manchesto e esses dois não largaram do pé depois disso, mesmo tendo os ameaçado.

Neste momento era Stine que sorria ao responder educadamente e de certa maneira acalmar os ânimos de seu irmão que era impedido de responder pela mesma depois de receber uma cotovelada nas costelas.

– Seria descortês de nossa parte ignorar a chegada de uma amiga de infância. O senhor entende não é mesmo Barão Magnar. Além disso nossa mãe preparou uma caixa de biscoitos e fez questão que entregássemos a Elin, ela até nos ameaçou de arrancar nosso couro.  

Neste momento a jovem que sorria revelando os dentes mais pontudos do que o normal lhe estendia um dos copos de café comentando.

– Eu não sabia o que você gosta então peguei café expresso mesmo, e aqui todos os cafés são no mínimo triplos.

Vestimentas NPC's:

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MensagemAssunto: Re: Ato I - Narrativa de Elin - Seann Dachaigh   Ato I - Narrativa de Elin - Seann Dachaigh I_icon_minitime5/5/2019, 22:35

-Obrigada, Senhor. Espero fazer meu avô ainda mais orgulhoso, especialmente por tudo que ocorreu.

Afirmava assim que Magnar mencionava a figura do meu querido e amado avô. Para então sinalizar positivamente que entendia a razão da presença dos meus dois antigos amigos ali, falando em seguida enquanto esticava a minha mão para pegar um dos cafés:

-Não é um problema, na realidade estou bem surpresa em rever vocês dois aqui e especialmente em saber que vocês também tiveram suas crisálidas! Digo, o Terje sempre foi meio especial, não chega a ser uma enorme surpresa sabe?!

Brincando com as palavras, eu bebericava o café para então olhar ao arredores e tento a certeza que não haviam muitas pessoas por perto, o engolia de uma só vez, líquido e copo, para mastigar apenas umas vez com meus dentes e sorrir feliz por sentir aquela saborosa sensação quente.

-Ouvi algo sobre biscoitos? Estou faminta! Aliás, desculpa faltas de modos, Senhor Haselth. Para onde iremos? E novamente, obrigada por me receber!

Pacientemente, aguardava pela resposta do Barão, enquanto farejava de maneira nada discreta em busca dos possíveis biscoitos, passando uma mão sobre a barriga para indicar a minha pequena e incomoda fome que havia sido desperta pelo café recém devorado.
Roupas de Elin:
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MensagemAssunto: Re: Ato I - Narrativa de Elin - Seann Dachaigh   Ato I - Narrativa de Elin - Seann Dachaigh I_icon_minitime7/5/2019, 17:17

Era com certo esforço que o rosto de Magnar se lembrava de como era sorrir, e assim ele o fazia concordando de leve com você, afinal ele havia sido um velho amigo se seu avô assim como um irmão de armas. Abrindo espaço para os mais jovens, era Stine que lhe respondia da melhor maneira possível.

– É acho que a cidade inteira ficou surpresa por nós dois sermos, mas bem somos gêmeos afinal e ao que parece a dor de cabeça da mãe veio em dobro como sempre!

Dando de ombros sobre suas palavras Terje parecia estar feliz para se importar com suas palavras sobre a personalidade única do eterno brigão, ainda assim era com um sorriso que ele comentava de maneira brincalhona.

– Até nisso a gente seguiu a ordem de nascimento, a Stine passou pela crisálida primeiro, o que foi uma sorte eu quase surtei na minha!

Em uma das raras demonstrações de carinho da irmã mais velha, você a via dar um leve tapa na cabeça se Terje apenas para bagunçar seus cabelos. Já Magnar observava a cena com curiosidade, afinal era claro que os jovens irmãos eram um caso único entre os changelings, porem ao ouvir suas palavras ele apontava para um carro estacionado do lado de duas motos no estacionamento do outro lado da rua.

– Eu deixei no carro, não quis que eles corressem perigo de serem erroneamente devorados.

Neste momento Terje elevava as mãos claramente alegando inocência, já Stine se limitava a dar um verdadeiro tapa no irmão em uma tentativa infrutífera de fazê-lo tomar juízo.

– Preciso leva-la até sua casa, o lago era interligado com os outros por rotas aquáticas e Erling quer verificar se elas continuam fechadas ou se algum dos kelpies selvagens não se entranhou por elas. Costuma ser trabalhoso quando um dos selvagens se aloja nos lagos.

Comentava Magnar indicando que era melhor irem para os veículos e sair do meio da rodoviária.

Veículos:
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MensagemAssunto: Re: Ato I - Narrativa de Elin - Seann Dachaigh   Ato I - Narrativa de Elin - Seann Dachaigh I_icon_minitime10/5/2019, 11:01

Desenhando um pequeno sorriso ao ver a expressão positiva do experiente e renomado Magnar, sinalizava afirmativamente na direção do mesmo com uma sacudida de cabeça. "Nem todos são criaturas belas do sonhar, afinal, o mesmo é composto por todas as facetas de um sonho, mas independente da sua face, a questão é o que você faz com ela! E pelo visto, Magnar tomou as melhores decisões possíveis para chegar até aqui... Onde será que meu avô errou? Se ele errou né?!" Caminhando sem nenhuma pressa na direção do carro, fazia uma curta pausa para olhar na direção das motos dos irmãos gêmeos de olhos curiosos que antes me incomodavam e agora eram detalhes divertidos.

-Mas bobeiras a parte, foi legal vocês terem vindo... Pensei que não haveriam muitas pessoas aqui capazes de se recordarem de mim. Aliás, vocês vão ir conosco até a minha casa?

Colocando uma mão sobre o teto branco do carro, com cuidado, admirando o mesmo como a relíquia que este era.

-Aliás, desculpe pela falta de conhecimento, mas é realmente comum terem kelpies selvagens por aqui? Lá eles estão quase extintos, ouvi pouquíssimo sobre os mesmos.

Dizia ao olhar agora para a figura de Magnar, certamente o que eu havia aprendido não seria de grande ajuda na minha cidade natal, afinal, ela parecia estar congelada no tempo, enquanto Stavanger já era mais próxima de Oslo e as novidades do mundo moderno.
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MensagemAssunto: Re: Ato I - Narrativa de Elin - Seann Dachaigh   Ato I - Narrativa de Elin - Seann Dachaigh I_icon_minitime11/5/2019, 11:47

Não havia uma real pressa no caminhar de Magnar, por isso os dois irmãos acabavam por seguir seu ritmo natural enquanto o velho redcap se limitava a ficar para atrás, uma reação esperada do antigo herói de guerra, que mesmo agora parecia estar em alerta.

– A gente brincava praticamente quase todos os dias na infância, seria estranho não lembrarmos de você Elin.

Comentava a jovem de olhos multicoloridos, ela andava até uma das motos se apoiava nesta da mesma forma que faria em uma parede, pelo suave reflexo de imagens você via a silhueta de um grande animal se firmar no chão para que Stine permanecesse em pé.

Terje parado ao lado da irmã se limitava a sorrir revelando os inúmeros dentes serrilhados e irregulares, algo que também refletia nas marcas verdes da pele que sumia assim que Magnar finalmente abria a porta do carro.

– Infelizmente a gente foi coagido a não, além disso eu temos que ir trabalhar e a minha chefe vai me atirar pelo canhão seu eu chegar atrasado de novo. Só acho incrível que as ameaças dela se resumem a minha pessoa.

A clara implicância de Terje era voltada a irmã que se limitava a sorrir de forma debochada, já diante de sua pergunta o rapaz abria a boca para responde-la, parando apenas quando era chutado pela irmã deixando que Magnar a respondesse com calma.

– Dentro das terras eles são raros mesmo, é difícil controlar os desejos de um kelpie selvagem, por isso muitos são capturados e enviados para as costas. Aqui temos rebanhos enormes, o que deixa a coisa mais trabalhosa, por sorte temos Silkies experientes e atentos aos rebanhos.

Durante a explicação Magnar abria a porta do carro permanecendo ali de pé ao lado daquela verdadeira relíquia, enquanto os gêmeos prestavam atenção na voz grave e marcada do mais velho, algo estranhamente raro pros dois é claro.

– E Terje, se eu receber mais uma ligação de Viggo reclamando que Guri esta apontando um canhão com um clurichaun berrante como munição, nós dois vamos conversar. Estamos entendido?

A clara ameaça/aviso de Magnar parecia surtir efeito no jovem Terje, já que este se limitava a concordar com um breve aceno e logo se esconder atrás de você em uma tentativa clara de escapar do velho redcap. O mais velho apenas sorria satisfeito para adentrar no carro à sua espera.

Rindo com a cena, Stine se aproximava de você para abraça-la em despedida comentando.

– Vamos toda as noites no Hestens Bøn, então da uma passada lá quando tiver tempo, ou me liga que eu te busco.

Stine fazia questão de colocar um pedaço de papel nas suas mãos antes de lhe abraçar e esperar que Terje fizesse o mesmo.

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MensagemAssunto: Re: Ato I - Narrativa de Elin - Seann Dachaigh   Ato I - Narrativa de Elin - Seann Dachaigh I_icon_minitime20/5/2019, 21:33

Sinalizando positivamente diante da explicação do Barão, tentava deixar claro ao mesmo que eu havia entendido a sua explicação sobre os kelpies selvagens. Para logo em seguida, me ver obrigada a segurar uma risada maior e barulhenta diante do "pito" que Magnar dava em Terje, abafando com sucesso o riso, deixava apenas que alguns sons divertidos fossem expressados para que logo em seguida, pudesse me despedir dos dois irmãos e responder:

-Certo, no Hestens... Já tava com receio de que não tinha lugar algum por aqui! Brigada, se tudo der certo, hoje mesmo eu já dou um jeito de te ligar ou passar lá! Até logo!

Dizia após retribuir o abraço de Stine, para em seguida, sinalizar um tchau para Terje e enfim, me virar para adentrar o carro, algo que eu só faria depois que o próprio Magnar fizesse. Colocando a mala no seu devido local, eu adentro do veículo. Dentro do carro eu lia brevemente o papel recebido para guardá-lo no bolso da calça e assim esperar para o percurso se iniciar.

"Curioso... Pensei que voltaria para cá e viveria um novo capitulo da minha vida solitária, mas pelo visto, meus Pais me carregaram pra longe de uma vida muito mais social, em torno daqueles que são mais parecidos comigo... Mas talvez tenha sido justamente isso que fez meu Pai fugir daqui, ele sempre foi fechado demais dentro da própria necessidade de viver, sem nunca se sentir vivo, rotina é um saco!"

Deixando meus pensamentos fluir, aguardava em silencio e olhos atentos o carro começar a me levar de volta pra casa que eu tanto esperava rever.
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MensagemAssunto: Re: Ato I - Narrativa de Elin - Seann Dachaigh   Ato I - Narrativa de Elin - Seann Dachaigh I_icon_minitime22/5/2019, 16:56

O abraço de Stine demonstrava ser mais apertado do que esperado, até mesmo o breve acenar de Terje era mais energético que o real necessário, eram pequenas demonstrações de felicidade dada pelos gêmeos energéticos, estes é claro logo montavam em suas motos e ganhavam a estrada, um detalhe que fazia Magnar respirar aliviado e relaxar a postura.

– Você tem bons amigos aqui, um pouco problemáticos, mas ainda está pra nascer um clurichaun que não seja.

Comentava o velho redcap ao adentrar no carro, ali ele esperava pacientemente você colocar a mala no banco traseiro, ao se sentar ao seu lado no banco do carona, Magnar lhe estendia uma pequena caixa de metal, indicando que você deveria abri-la para comentar.

– Guarde a lata, a mãe deles pode ter um gênio complicado, mas é cuidadosa com os filhos e com quem ela gosta, além disso tenho quase certeza de que se você devolver a lata ela vai enche-la no mesmo instante.

Lata:

As palavras cuidadosas do mais velho refletiam bem as lembranças que você tinha de Astri Lassen, a mãe de sues amigos sempre fora marcada pelo temperamento forte, ainda assim as tardes marcadas pelas chuvas de Flekkefjord traziam consigo o cheiro dos biscoitos e bolos de Astri.

Magnar ligava o carro logo após colocar o sinto de segurança, por alguns instantes o reflexo das longas assas se ajeitando ao couro que prendia o redcap ao banco do carro se faziam presente, algo que desaparecia diante do roncar mais grave do carro e seu movimento suave.

O carro antigo era guiado com calma, afinal você sabia bem que a casa de seu avô não ficava longe do centro da cidade, mas ainda assim era localizada em um lugar calmo e com poucas casas em volta, o lago de sua infância voltava a sua mente com as lembranças das inúmeras vezes que Thomas a levou para pescar, era em meio a essas lembranças que a voz de Magnar voltava a ecoar.

– Eu sei que você acabou de chegar na cidade, mas as coisas vão se movimentar um pouco nos próximos dias, então fique atenta a qualquer coisa que possa parecer estranha, por ser de fora seus olhos devem perceber isso melhor do que os meus. Mas não se deixe enganar, Stavanger podia ser maior do que aqui, mas Flekkefjord é bem mais interessante do que a cidade grande.

A forma calma que Magnar usava para falar deixava claro que os boatos que haviam chegado aos seus ouvidos antes da viagem eram reais, o aparecimento do grifo do príncipe troll podia significar muitas coisas, coisas demais. Ainda assim era a imagem da casa de seu avô a casa escura e grande contrastava com o reflexo quase selvagem do reflexo feérico, ali diante de seus olhos estava o velho forte de pedra bruta e madeira escura de sua infância, assim como a casa de seu avô.

– Eu queria ter deixado as coisas mais arrumadas, mas seu avô era cuidadoso e deixou algumas proteções levantadas, espero que não se importe com a bagunça e talvez poeira.

Comentava Magnar ao estacionar o carro na garagem da casa, apenas para sair e lhe esperar com calma do lado de fora. A imagem da grande casa de madeira de sua infância parecia não ter mudado em nada, embora estivesse mais limpa e com a aparência de pouco usada.

Casa:
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MensagemAssunto: Re: Ato I - Narrativa de Elin - Seann Dachaigh   Ato I - Narrativa de Elin - Seann Dachaigh I_icon_minitime5/6/2019, 20:27

"Essa latinha de biscoitos parece deliciosa, mas acho que é mais seguro, não comê-la! Seria falta de educação, certo!?"

Em silêncio dentro do carro em movimento, segurava a lata enquanto a observava com atenção, passando o indicador esquerdo pela tampa e admirando os detalhes por alguns momentos. Para então, sinalizar positivamente com a cabeça que havia compreendido a fala de Magnar a respeito da importância sentimental da lata para a mãe dos meus amigos. Assim, tirando meus olhos da lata, me permitia viajar pelas memórias que as paisagens que passavam pela janela do carro, deixando de olhar pela janela somente quando a voz do experiente fae ao meu lado falava.

-Certo, isso sim é algo animador de se ouvir. Meu maior receio de voltar para cá seria o marasmo, saber que as coisas estão se movimentando e acontecendo são de certa forma, animadoras! Vou ficar de olhos bem aberto, prometo!

Dizia com um sorriso largo na face, expondo convicção nas minhas palavras. Por fim, a vista da casa do meu avô me fazia sorrir ainda mais e de maneira até um pouco ansiosa, ficava inquieta dentro do carro, tentando ver a maioria dos detalhes que estavam diferentes da minha memória, além de tudo, era a primeira vez que eu poderia olhar para aquela casa em sua essência quimérica!

-Não, não, eu não me preocupo em nada com sujeira ou poeira, mas estou curiosa pra saber quais seriam essas defesas! Aliás, a casa do meu avô é ainda mais legal do que eu lembrava ou sequer sonhava quando morava aqui!

Comentava empolgada, para sair de imediato do carro quando este estacionava, respirando fundo para tentar controlar a euforia que era estar de volta do lugar que eu nunca deveria ter saído!
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MensagemAssunto: Re: Ato I - Narrativa de Elin - Seann Dachaigh   Ato I - Narrativa de Elin - Seann Dachaigh I_icon_minitime10/6/2019, 14:45

Enquanto dirigia com fluidez, Magnar se dividia em prestar a atenção na estrada e em você, era um ato que lembrava muito seu próprio sobrinho, e por suas experiência algo comum entre os redcaps mais velhos, o simples ato de estar atento a sua volta, assim como um predador.

Rindo o velho redcap concordava com suas palavras sobre o marasmo, o riso é claro soava mais como um rosnado rouco e pouco usado, algo que fez o homem tamborilar os dedos no volante enquanto as assas quiméricas se ajeitavam no espaço atrás do banco, um movimento que apesar de não estar aparente era sentido por sua natureza.

– Não posso dizer que as coisas são paradas, sempre tem algo a se fazer, seja no verão ou no inverno. Por se tratar de uma região rica em quimeras, tanto trolls quando silkies trabalham duro o ano inteiro. Não podemos nos dar o luxo de não controlar as quimeras então sobra trabalho e responsabilidades para todos o kiths. Porém os festivais ajudam a esquecer dos problemas.

Respondia o grande redcap com calma, a voz naturalmente grossa de Magnar o fazia ser quase impossível de ignorar, ainda mais quando seus olhos mostravam estarem atentos, porém ao contrario dos redcaps mais velhos que sempre pareciam observar os mais jovens como presas, Magnar o fazia com cuidado e não para medir a força alheia.

Já diante da casa a brisa fria aos poucos dava lugar a um dia mais quente, o sol se mostrava mesmo que receosamente entre as nuvens fazendo com que a casa de sua infância se iluminasse um pouco mais do que suas lembranças poderiam dizer.

– A natureza de nossos olhos sempre deixará tudo mais emocionante, é algo que faz até os mais velhos como eu se surpreenderem.

Comentava Magnar ao abrir a porta de tras do carro e pegar sua mala, andando na sua direção ele lhe jogava um molho de chaves comentando enquanto finalmente abria as longas assas coricáceas relevando a grandes extensão destas ao bate-las duas vezes apenas para recolhe-las.

– Você tem uma ligação natural com esta casa, então as proteções irão responder naturalmente a sua presença, tenho certeza de que você vai notar isso logo logo, apenas tenha paciência, seu avô era velho e seu humor não era um dos melhores.

Dando sinal de que ele mesmo carregaria a mala de lona, Magnar estendia o braço deixando claro que você deveria ir a frente.
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MensagemAssunto: Re: Ato I - Narrativa de Elin - Seann Dachaigh   Ato I - Narrativa de Elin - Seann Dachaigh I_icon_minitime22/6/2019, 15:31

"A natureza de nossos olhos sempre deixará tudo mais emocionante"

Segurando com firmeza o molho de chaves jogado na minha direção, era com calma e até uma certa dose de dedicação a compreender o que estava me sendo dito, que eu repetia mentalmente o que o experiente Radcap alado a minha frente estava a falar. Eu não o conhecia totalmente, mas de todas as pessoas que eu já havia conhecido em toda minha vida, ele havia sido o único a realmente conhecer, respeitar e conviver com meu avô e isso tinha um significado único, incomparável.

-Ligação natural com a casa é?! Não faço ideia de como lidar com isso, espero que consiga mesmo me reconhecer e que não precise de senhas!

Repetia a primeira parte dele, com um sorriso malicioso na face, afinal, se houvesse mesmo de fato qualquer ligação minha com aquela casa e seu sistema de defesa, a mesma deveria ser no mínimo, letal a presenças indesejadas. Assim, munida de meu sorriso criativo, dava inicio a uma caminhada sem pressa em direção a porta frontal, observando os arredores com curiosidade e ansiosa para ver qualquer demonstração de força que pudesse haver naquela casa que eu tanto sonhei em morar.

-Espero que tenham algumas lâminas, canhões e armadilhas de urso!

Afirmava sorridente, fazendo alguns gestos espalhafatosos e animados na direção de Magnar.
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MensagemAssunto: Re: Ato I - Narrativa de Elin - Seann Dachaigh   Ato I - Narrativa de Elin - Seann Dachaigh I_icon_minitime27/6/2019, 20:53

Diante de você Magnar parecia não conseguir esconder a surpresa que suas palavras provocavam neste, os olhos castanhos e amarelados do grande e alado Redcap pareciam ver mais do que simplemente você, eles viajavam a um passado, relembrando de outro alguém.

Ainda assim diante de suas palavras, eram as assas de Magnar que batiam com vigor fazendo-o balançar a cabeça e sorrir ao responde-la com um simples dar de ombros.

– Duvido que tenha senhas, Thomas era um esquecido nato. Então por favor não tenha o mal costume dele de chegar atrasada, esse com toda a certeza era um péssimo costume dele!

Seus passos logo reconheciam o caminho a ser seguido, a velha escada que levava para a sala de entrada refletia ainda as pedras rusticas e alongadas da fortaleza que a cercava, era como as palavras de Magnar estivessem certas, a natureza dupla de seus olhos criavam um efeito único aos seus olhos, e talvez velhas lembranças de sua infância.

O caminho logo era superado e diante da porta havia a primeira surpresa, a madeira clara da porta aparentemente normal, dava lugar a duas criaturas, a forma draconica ali gravada eram impossíveis de serem ignoradas, assim como o som inato de duas bestas, seus olhos naturalmente reconheciam a realidade quimérica e se adaptavam a ela, revelando as duas criaturas de olhos vermelhos.

Porta Quimerica :

Os dragões cuidadosamente talhados pareciam vivos, e até respiravam soltando um ar quente diante de você, um dos dragões rosnava enquanto o outro chegava a sair alguns centímetros da madeira apenas para fareja-la, ao notar seu cheiro e as chaves em sua mão a criatura voltava a sua posição enquanto a maçaneta se abria por completo, ainda assim a voz das criaturas ecoava diante de sua figura de forma carinhosa, algo que lhe trazia à tona sua infância diante daquela porta.

– Bem-vinda de volta pequenina. Será bom servi-la novamente!

Assim que os passos de Magnar a alcançavam a segunda besta fungava claramente indignada e elevava a voz para reclamar, chegando até a levar o poderoso focinho para fora da madeira e bufar para o Redcap mais velho.

– Espero que não suma desta vez Lorde Magnar.

Antes da porta se abrir a pequena troca de rosnados entres as duas criaturas fez Magnar rir, o som do riso de Magnar faziam com que as duas criaturas olhassem para maçaneta, deixando claro que não se opuseriam ao seu gesto de usar as chaves de sua casa.

O simples ato de abrir a porta fez com que os dois dragões permanecessem parados, o ar é claro inundava a sala que se revelava diante de seus olhos, desta vez a aparência mundana desta lhe era impossível de ignora, porque ali diante de sua natureza mundana estava a sala de sua infância, limpa e arrumada, mas a mesma sala.

Sala :

O toque suave de Magnar em seu ombro a indicava que era hora de entrar, e com cuidado e paciência o velho Redcap esperava que você fosse a primeira a faze-lo, apenas para comentar.

– Não, nada de armadilhas de ursos ou canhões, mas dois dragões sempre são mais intimidadores, não acha?
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MensagemAssunto: Re: Ato I - Narrativa de Elin - Seann Dachaigh   Ato I - Narrativa de Elin - Seann Dachaigh I_icon_minitime8/7/2019, 15:29

"Dragões?!"

Não houve sequer um instante para lamentar a falta de armadilhas de ursos ou canhões, afinal, diante dos meus olhos, aquilo que parecia ser apenas uma escultura bonita na porta de entrada tomava vida e agia! Eram dois dragões! Em minha face havia o mais largo dos sorrisos!

"Isso sim que é um sistema de defesa!"

Sorridente, me aproximava sem medo para interagir com os defensores da minha nova casa.

-Obrigada pela recepção! Mas me perdoem pela falta de memória, como devo chamá-los?

Aguardando a resposta deles, seria somente após recebê-la que eu faria a entrada na residência, sem deixar de comentar com Magnar:

-Meu avô não brincava em serviço! Nunca iria imaginar um sistema mais e ficar de defesa! Ainda bem que fui reconhecida né!?! Aliás, eles já devoraram alguém!?

Questionava o experiente Radcap já adentrando a casa em um tom de alegre curiosidade, sem deixar de sorrir enquanto aguardava sua resposta.
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MensagemAssunto: Re: Ato I - Narrativa de Elin - Seann Dachaigh   Ato I - Narrativa de Elin - Seann Dachaigh I_icon_minitime15/7/2019, 19:50

Seu sorriso e palavras fez o dragão de olhos avermelhados rir, o riso é claro parecia um longo rosnado, mais agudo do que um rosnado comum seria é claro, mas ainda assim um rosnado, já o dragão de olhos azulados batia de leve as assas, chegando a movimentar um pouco o ar a sua frente enquanto fazia uma longa reverencia, algo que logo era seguido por seu companheiro.

– Não peças desculpas pequenina, eras muito jovem para nos compreender, e de nossa parte sempre foi um prazer protege-la. Eu sou Sùilean Airgid, porém seu avô sempre me chamou de Air, então lhe peço o mesmo pequenina.

A outra grande quimera viva na porta, esperava pacientemente por sua vez de se apresentar, e quando o fazia não era com a mesma pompa que seu companheiro, sua voz grossa e ressoante deixava claro que era bom não esperar outra apresentação.

– Os gritos de minha juventude me chamavam de Sgèilean Òr, fique atenta a casa, muitos olhos se voltam para essa casa, e é nosso trabalho protege-la.

Com a passagem aberta não era difícil adentrar em sua casa, um ato tão corriqueiro na infância que agora ganhava um novo ar, afinal aquela era realmente a sua casa, a mesma casa que um dia fora de seu avô.

Seguida por Magmar, este encolhia as assas ao atravessar a porta, as duas criaturas que a guardavam voltavam a se aquietar na madeira vigilantes, já Magmar depositava sua mala de lona no chão perto do sofá ao comentar de maneira calma.

– Thomas tinha uma boa fama entre os artesões, se alguma coisa criada por eles sobrevivesse a seu avô era um bom sinal. E bem esses dois são velhos o suficiente, eu não duvidaria que já tiveram sua parcela coisas ou alguéns devoradas.

A voz profunda de Magmar parecia fazer a própria casa respirar, algo que o mais velho notava com um sorriso torto no rosto, tomando a iniciativa de acender o pequeno fogão a lenha que seu avô mantinha na sala, Magmar olhava em volta para comentar.

- Você deve achar algumas lâmpadas e tomadas queimadas, então me faça uma lista do que achar de errado. Marcaremos com Guri e Viggo o concerto disso, só lembre me lembre de não cometer o erro de marcar com os dois no mesmo dia, não podemos nos dar o luxo de ver nossos melhores criadores se matando, principalmente com as coisas que aconteceram na corte recentemente. Isso me lembra que as coisas vão se tornar mais movimentadas do que deveriam, infelizmente isso vai lhe atingir também, eu não posso evitar devido a minha posição.
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MensagemAssunto: Re: Ato I - Narrativa de Elin - Seann Dachaigh   Ato I - Narrativa de Elin - Seann Dachaigh I_icon_minitime29/7/2019, 23:49

Concordando com um sinal positivo de cabeça, tentava decorar os nomes que me eram apresentados para não esquecê-los, afinal, seria pouco saudável esquecer os nomes daqueles que seriam meus protetores durante meus momentos mais íntimos e de guarda baixa nessa casa.

"Sùilean Airgid, sempre foi chamado de Air pelo vô, acho que farei o mesmo é mais simples. Agora tem também o Sgèliean Òr, vou chamá-lo só de Òr! Espero que ele entenda, se não vou ter que decorar esse nome todo!"

Pensando ainda nos meus "dragões", me distraía um pouco durante a fala inicial de Magnar. Caminhando junto dele, voltava a atenção total ao mesmo quando ele mencionava os nomes Guri e Viggo.

"Não colocar Guri e Viggo juntos, anotado!"

Concordando com a cabeça, deixava claro que havia entendido as recomendações.

-Farei uma lista de coisas e locais que possam precisar de reparos, obrigada. E não se preocupe, vou me atentar aos horários quando marcar com eles, prometo. Pois bem, não há necessidades de infelicidades diante dessas coisas de cortes, elas ocorrem cedo ou tarde, com ou sem nós. E sinceramente, movimentos são pra mim muito mais esperados do que o mormaço, não sei lidar bem com a calmaria... Mas desculpe a ousadia da pergunta, Senhor Magnar, o que está ocorrendo aqui de tão grave?

Questionava de maneira curiosa e atenta, era importantíssimo saber o máximo possível, antes que algo grande caia no meu colo e eu não tenha noção disso.
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MensagemAssunto: Re: Ato I - Narrativa de Elin - Seann Dachaigh   Ato I - Narrativa de Elin - Seann Dachaigh I_icon_minitime5/8/2019, 22:22

As duas criaturas que habitavam a porta de sua casa logo retornavam ao posto de observadores, embora os rosnados contínuos de Òr deixassem claro que a vigilância era constante e mais do que isso, extremamente perigosa.

Diante de suas palavras, você percebia um suave concordar de Magnar, era impossível conter a dança eterna das cortes, se bem que a clara preocupação do velho Redcap em não os dois faes mencionados parecia mesmo genuína.

Com calma Magnar acendia a pequena lareira da casa, o ato era simples e ainda assim significativo, já que durante sua infância aquela lareira nunca estivera apagada, na realidade a única vez que você a virá apagada fora em seu ultimo dia na casa de seu avô, a mesma casa que agora lhe pertencia.

Um assoprar de mãos e três pequenas palmas criavam faíscas fortes o suficiente para incendiar a lenha, e a sensação quente logo a invadia, assim como invadia as assas de Magnar que relaxavam abrindo-se ao ponto de tocar no chão, ainda abaixado diante da portinhola da lareira Magnar começava a lhe responder.

– Vamos dizer que as coisas ficaram mais movimentadas do que o comum.

Eram as primeiras palavras de Magnar, este se levantava para ir se sentar no sofá e ali estender as assas enquanto sua voz lhe instruía.

– Nessa época temos um festival, nada muito grande mas é uma boa noite para relaxar e colocar as velhas diferenças em dia, lembre-se bem disso porque não temos muitas aberturas para acabar com as rixas e egos por aqui. Confesso que Manchesto faz bem em manter esse tipo de coisa na linha, ainda mais com os membros da casa Aesin sempre importunando onde não são chamados.

– Eu arrancaria as tripas deles se me deixassem sair daqui!

Magnar era interrompido pelo rosnado alto de Òr, este porem era logo calado por seu companheiro que lhe dava uma quase delicada cabeçada em seu dorso, algo que fazia um barulho alto e metálico, junto com uma troca de rosnados, Magnar por sua vez ria baixo disso e continuava a lhe falar.

– De qualquer forma, o festival desse ano foi interrompido por uma tempestade abrupta, e no meio do olho da tempestade estava o grifo do jovem príncipe troll... Tivemos sorte de ninguém se machucar de verdade, mas aquela quimera fez um estrago enorme, desde então estamos com problemas com as quimeras mais selvagens e com as manadas de kelpies, e como se tudo isso não bastasse receberemos hoje a noite uma comitiva real... Me diga Elin quais são os boatos que você ouviu sobre o desaparecimento do Príncipe?
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MensagemAssunto: Re: Ato I - Narrativa de Elin - Seann Dachaigh   Ato I - Narrativa de Elin - Seann Dachaigh I_icon_minitime1/9/2019, 10:34

Rindo baixo dos sons metálicos causados pelos protetores da minha nova morada, eu olhava na direção de Magnar, reparando mais um pouco em suas asas, afinal, era algo que não fazia parte da minha herança e que muitos associavam apenas aos nobres Sidhes.

"As vantagens de ter assas num combate devem ser imensas!"

Deixando o pensamento breve para trás, cruzo meus braços e ainda de pé, tomo um tempo para pensar na pergunta que me era feita. Levando alguns momentos, para enfim olhar ao redor e coçar a nuca de maneira pensativa, para enfim, falar:

-Bem, eu ouvi muitos rumores sem sentido, mas nada muito claro ou lógico sabe?! Alguns Sátiros Unseeli tinham um certo prazer em difamar o príncipe com notícias absurdas de profanação e abusos de drogas, mas nunca dei ouvido aos rumores. Acredito que ele tenha sido capturado por algo, existem forças poderosas nas profundezas das florestas geladas, não sei se realmente conhecemos tudo que nos rodeia... Ou ele fugiu para se casar com uma Sidhe, como alguns lá na cidade diziam.

Enquanto falava, fazia alguns gestos e sinais, tentando encontrar maneiras menos vulgares de explicar os rumores abestalhados que os sátiros faziam enquanto estavam verdadeiramente embriagados. Terminado a minha fala, eu dava com os ombros, deixando claro que não fazia ideia do que havia ocorrido com o Príncipe e só havia ouvido rumores e boatos aleatórios até então.

"Deveria ter dado mais atenção aos fofocas lá na cidade..."
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MensagemAssunto: Re: Ato I - Narrativa de Elin - Seann Dachaigh   Ato I - Narrativa de Elin - Seann Dachaigh I_icon_minitime2/9/2019, 15:27

O som metálico de seus protetores não era capaz de desviar sua atenção das assas de Magnar, abertas e relaxadas elas revelavam diversas cicatrizes sobre a pele, aparentemente finas as mesmas asas demonstravam serem feitas de um couro pesado, o que lhe dava uma pequena fração da força de Magnar, já que o próprio Barão não poderia ser considerado alguém pequeno.

Seus pensamentos, porém, voltavam para a questão levantada pelo Barão, ali ele a escutava com atenção enquanto o calor da pequena lareira começava a tomar o ambiente.

– É claro que eles se divertem com boatos infundados, afinal não é sábio rir daqueles que carregam a coroa do inverno, ainda mais quando Redcaps não são famosos por ter paciência.

Comentava o Redcap mais velho ao respirar profundamente, encarando-a por alguns instantes ele assentia consigo mesmo antes de voltar a falar.

– Ouça bem, ouve sim uma garota, mas algo deu estranhamente errado e hoje só resta uma casca vazia. Ela era uma nobre menor, e sinceramente por mais que eu odeie os Aesin, eles não seriam loucos o suficiente para matar um dos seus, não quando um casamento entre uma nobre o príncipe seria proveitoso para eles, além disso a casca que sobrou da garota.

As ultimas palavras de Magnar o faziam balançar a cabeça, afinal você já ouvirá falar sobre o destino daqueles que tinham o Fae Min totalmente destruídos, e as cascas que ficavam para atrás chegavam a ser cruelmente vazias demais.

– Quanto ao Príncipe, pouco se sabe realmente, mas duvido que ele esteja preso em algum lugar, talvez esteja perdido, mas preso não. Tens razão essas montanhas tem segredos demais, e por isso são perigosas, por isso preste atenção aos que os Eshus falam, eles com toda a certeza têm os boatos com mais fundamentos.

As palavras de Magnar eram marcadas por um grasnar a porta, e o grasnar acompanhado de um comentário agradável de Òr.

– Se essa ave deixar presentes, eu faço questão de usa-la como cereja no meu próximo banquete.

Um novo som metálico era escutado da porta junto com uma clara reclamação de Air.

– É só a casa começar a viver de novo que você fica rabugento!

Embora a pequena briga entre dragões soasse alto, o grande  corvo de penas escuras e esverdeadas esperava pacientemente pelo chamado de Magnar, este é claro esperava por sua permissão para chamar a ave.
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MensagemAssunto: Re: Ato I - Narrativa de Elin - Seann Dachaigh   Ato I - Narrativa de Elin - Seann Dachaigh I_icon_minitime15/9/2019, 19:04

"Deve ter sido algo verdadeiramente terrível... Assistir seu amor queimar ao ponto de nada sobrar, ninguém merece perder seu glamour dessa forma e sinceramente, não consigo imaginar as razões que levaram à isso, mas sei que se alguém tem culpa, esse alguém vai pagar!"

Em silencio, ouvia as palavras e explicações do experiente Radcap alado que estava sentado à minha frente. De braços cruzados eu apenas me dedicava a pensar sobre o assunto e tomar minhas próprias conclusão, deixando claro à Magnar que estava prestando atenção em suas palavras e conselhos. Por fim, diante das falas e barulhos dos protetores da casa, eu não poderia deixar de sorrir e rir baixo. Sinalizando com a cabeça de maneira positiva sobre a chegada do corvo que buscava por Magnar.

-Deixem a ave entrar, não há necessidades de botar cerejas em banquetes, mas se você faz tanta questão eu prometo que me esforçarei a trazer uma bem gorda para você do mercado de carnes assim que eu for as compras.

Virando-me para Magnar, eu tratava agora de encontrar um local para me sentar e me aconchegar, para esperar a interação dele com a ave e comentar de maneira tranquila sobre o assunto do Príncipe e a comitiva real:

-Bem, não vou ficar presumindo nada sobre a figura do Principe, só posso me empatizar com seus traumas e me deixar disponível para qualquer missão que envolva a segurança do mesmo. Além disso, deixe-me perguntar, como será a recepção dessa comitiva real? Eu tenho que participar? Com o isso tudo funciona?
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MensagemAssunto: Re: Ato I - Narrativa de Elin - Seann Dachaigh   Ato I - Narrativa de Elin - Seann Dachaigh I_icon_minitime23/9/2019, 21:32

Um pequeno riso draconico era solto por Òr em triunfo, a grande ave negra grasnava em resposta ao riso de seu guardião, mas esperava pacientemente pelo chamado de Magnar, algo que não demora, já que o grande Redcap batia de leve no próprio joelho oferecendo o braço ao corvo.

Dois pequenos passos eram dados pela ave que enfim revelava ser uma quimera, a terceira pata escondida entra a plumagem, e as garras delicadamente decoradas com anéis brilhantes entregavam isso, mas assim como um corvo esta grasnava e era grasnando que ela voava até o braço de Magnar e ali permanecia.

Corvo:

– Não estranhe o costume de pedir pela permissão do senhor da casa, é uma tradição que nas cidades maiores se perdeu, mas aqui ainda segue forte.

Era a primeira coisa que Magnar lhe falava ao ter a ave empoleirada em seu braço, passando com cuidado a mão sobre a cabeça desta o velho Redcap soprava de leve uma fumaça de sua boca, a fumaça se movia com rapidez até o bico da ave e os ouvidos do Redcap, e ali quando a pequena ponte etérea se formava a ave grasnava por alguns instantes, talvez uma das características mais marcantes da casa a qual Magnar pertencia, e ali diante de você o velho Redcap conversava com o corvo sem nenhum problema.

Por fim a ave balançava a cabeça desfazendo a fumaça apenas para ajeitar as penas e pular para o ombro de Magnar, este respirava fundo ao se atentar para você novamente.

– A coroa apenas se manteve na cabeça dos Trolls e Redcaps devido ao respeito que temos uns pelos outros, sei que as vezes não visível, mas ele existe, e enquanto continuar intacto seremos fortes.

Levantando-se para fechar as asas e colocar mais lenha no fogareiro, Magnar ouvia atentamente sua pergunta, já o corvo fazia questão de virar a cabeça e se manter observando sua figura.

– Manchesto usa o Vale Ornado para esse tipo de recpção, seria nosso ponto neutro já que nós Aesin não nos damos muito bem com os membros da casa Balor, e talvez eu tenha culpa em ter quase começado uma batalha com eles uma das vezes que nos reunimos em outro local. De qualquer forma você é minha escudeira, ou pelo menos ainda fará o juramento para tal, e sinceramente nunca tive um escudeiro antes.

Um grasnar alto da ave fazia que Magnar voltasse a cabeça para a porta, e ali a presença de um homem ao terminar de subir as escadas se revelava, com uma cesta de vime em mãos, este sorria ao se aproximar da porta e ali parar ao fazer uma suave mensura aos guardiões da porta mas voltar seus olhos para Magnar ao comentar de maneira acida e humorada.

– O ultimo que teve o bom senso de tentar se tornar seu escudeiro teve o braço devorado por você Magnar, não me admira que você não saiba como agir em situações assim meu caro!

A grande figura de Magnar se levantava enquanto a figura do estranho fae de feições cinzentas e corais brancos permanecia sorridente, em seu ombros era possível ver uma longa pele de algum animal aquático, a voz de Magnar se fazia presente indicando a quem pertencia a estranha figura parada na porta.

– O garoto era um insolente Erling, mereceu o que teve, e você está atrasado!

O grande corvo grasnava ao fim das palavras de Magnar, já a figura de Erling olhava em sua direção mudando o sorriso atrevido para um mais respeitoso enquanto fazia uma reverencia simples.

– Já disse que não gosto de suas aves em meu encalço, além do mais fiquei responsável por trazer o café da manhã, acha mesmo que Espen me deixaria sair de casa sem comida o suficiente para vocês dois, velho rabugento?! Agora, me desculpe jovem herdeira de Thomas, a idade nos faz abusados o suficiente para brincar com as mandíbulas de Magnar, mas não a lhe faltar com respeito a dona desta casa, teria sua permissão para entrar?
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MensagemAssunto: Re: Ato I - Narrativa de Elin - Seann Dachaigh   Ato I - Narrativa de Elin - Seann Dachaigh I_icon_minitime29/10/2019, 10:50

"Olha, se eu não estiver atenta, esse corvo me dá uma baita surra!"

Era esse o primeiro pensamento que corria pela minha mente enquanto meus olhos observavam com atenção e até uma notória admiração a ave que adentrava a minha nova casa e se direcionava a figura de Magnar.

"Será que consigo um desses também? Essa perna extra permite que ele leve consigo alguma arma?! Ok, nota mental, domar um corvo!"

Sorrindo, olhava na direção de Magnar, já preparada pra responder sobre a inesperada informação dele nunca ter tido um escudeiro previamente, para ser surpreendida pelo grasnar do corvo e me atentar rapidamente a porta, encarando com curiosidade a figura que ali se apresentava e em seguida, de maneira meio perdida, tentava acompanhar a conversa entre os dois Fae mais experientes que claramente se conheciam.

-Claro, entre sim, por favor.

Respondia ao fazer um aceno convidativo para a nova figura que ali se apresentava.

-Você seria?! Bem, não que seja de fato uma questão, afinal, quem trás comida já ganha vários pontos de confiança comigo... Aliás, tudo bem, a história do antigo escudeiro de braço devorado não me preocupa, ele certamente mereceu. A vida é curta demais para se perder com medo do passado, o que me cabe é me dedicar para não merecer um destino igual, não é mesmo?

Eu questionava sorrindo confiante, fazendo um sinal para o novo convidado apresentar o que havia trazido consigo, já ansiosa para devorar o que ele havia preparado dentro daquela cesta.
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MensagemAssunto: Re: Ato I - Narrativa de Elin - Seann Dachaigh   Ato I - Narrativa de Elin - Seann Dachaigh I_icon_minitime1/11/2019, 19:11

A ave que a encarava parecia entender perfeitamente seus pensamentos, porque ela se emplumava quase como estivesse se exibindo de forma provocativa, algo que fez Magnar lhe dar um pequeno cutucão que era logo respondido por uma bicada.

Mas era a presença do estranho Fae que mais lhe chamava a atenção, este sorria diante de sua permissão apenas para então adentrar em sua casa, ali o fae que mais parecia um coral vivo e cinzento perdia alguns momentos observando a sua volta, como se já estivesse adentrado ali e de certa maneira considerado aquele lugar como um de seus lares.

Era o grasnar do corvo que fazia o Fae voltar sua atenção para você, novamente com um sorriso educado este executava uma mensura ao responde-la.

– Este humilde Selkie se apresenta como Erling Madland, é uma honra conhecer a herdeira de Thomas, e assim como o rabugento do Magnar eu sou um dos Barões de Flekkefjord.

A pele cinzenta coroada por pequenos corais em branco, como o cabelo e barba branca de Erling contrastavam com seus olhos negros, seu corpo esguio se movia com facilidade e graça como se o mesmo ainda estivesse nadando, mas a grande pele castanha em seus ombros indicavam que eles estava tão seco quanto você ou Magnar.

Face Feérica de Erling:

– Acredito que tenha sido Espen meu companheiro que tenha ganhado alguns pontos, afinal foi ele que fez a comida, e posso lhe garantir que ele ficará feliz em ter sua consideração, éramos muito amigos de seu avô. Por isso faço votos de que sejas corajosa ao enfrentar o destino de ser escudeira de Magnar.

A pequena provocação feita por Erling no final de suas palavras fez o corvo grasnar como se pudesse rir ou compreender completamente as palavras do Selkie, Magnar por sua fez se limitava a resmungar alguma coisa antes de falar indicando o caminho da cozinha.

– Melhor irmos nos sentar, antes que eu resolva devorar seu braço Erling.

Um sorriso quase inocente surgia nos lábios de Erling quando este indicava que deveria ser você a seguir em frente, carregando a cesta de vime o fae parecia se divertir com as implicâncias trocadas com Magnar, ou talvez apenas fosse corajoso o suficiente para continuar as brincadeiras perigosas.
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MensagemAssunto: Re: Ato I - Narrativa de Elin - Seann Dachaigh   Ato I - Narrativa de Elin - Seann Dachaigh I_icon_minitime20/11/2019, 20:47

"Ainda é o meu primeiro dia aqui na casa do meu avô e em contato com o legado dele... E já tenho dois barões ao meu redor, o quão importante para todos ele era? O que eu ainda vou descobrir sobre você, eim velho?!"

Com um sorriso simpático na face, eu tomava a frente, pegando a cesta enquanto observava a fala daquele experiente e verborrágico Silkie, para rir da fala de Magnar que soava como uma divertida ameaça.

-Então devo guardar os elogios sobre os quitutes para seu companheiro? Está bem, é justo não é mesmo?! E não se preocupem, a ideia de ser escudeira de Magnar é um desafio pelo qual eu anseio e estou pronta para fazê-lo.

Afirmava com uma certa confiança, afinal, eu realmente acreditava estar pronta para iniciar o aprendizado com o escudeira. Para então me virar e perguntar aos dois homens mais experientes ali no local:

-Desculpem pela franqueza da pergunta, mas eu só conheci meu avô enquanto ainda morava aqui e o restante do contato, era bem irregular... O quão importante ele foi para os Kithain locais?

Questionava os homens com um tom calmo de voz, enquanto segurava a cesta com as duas mãos, sentindo o peso da mesma e tentando farejar ou ver alguma coisa que estivesse dentro desta, enquanto eu aguardava a resposta de algum deles.
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MensagemAssunto: Re: Ato I - Narrativa de Elin - Seann Dachaigh   Ato I - Narrativa de Elin - Seann Dachaigh I_icon_minitime21/11/2019, 19:17

Sua ação de tomar a cesta de vime das mãos de Erling o fez sorrir de forma educada, a cesta que parecia leve na mão do selkie pesava em suas mãos embora o cheiro adocicado fosse o suficiente para que não existisse uma real reclamação sobre isso.

– Mais do que justo minha jovem, é o correto. Espero que você possa fazer esse velho barbudo suar um pouco, ele está perdendo a forma.

Comentava Erling que recebia um claro rosnado de Magnar e um pequeno armar de assas nada simpático, o selkie por sua vez levantava as mãos de forma em um pedido claro de paz, algo que você imaginava que não duraria muito devido ao sorriso debochado deste.

Passado a pequena ameaça trocada entre os dois homens, era sua pergunta que os fazia olhar na sua direção, a clara curiosidade de Erling estampava seus olhos negros sem medo de se revelar, já Magnar parecia mais pensativo do que o costume.

Em silencio Erling abria espaço para que Magnar andasse até você, ali o Redcap mais velho tocava em seu ombro e com um certo pesar a respondia.

– Thomas foi um irmão de armas para muitos daqueles que arriscam sua vida em manter essas terras em ordem. Quando Manchesto foi nomeado Duque, ele ofereceu o titulo de Barão a Thomas.

A voz grave de Magnar era usada com certo pesar quando comentava sobre o fato de seu avô ter tido a oportunidade de ser um dos Barões locais, quando o velho Redcap parecia procurar palavras para continuar, era a voz clara de Erling que continuava.

– Seu avô o rejeitou porque na época não tinha um herdeiro, foi um golpe duro para Sgiath Cnàmhan quando seu pai nasceu sem ser ao menos um tocado. Sendo assim ele decidiu que um Redcap com possibilidade de herdeiros deveria ser o Barão, foi seu avô que indicou Magnar ao título.  

A voz límpida de Erling fazia com que Magnar concordasse com este, ainda assim era o Redcap mais velho que continuava.

– Meu filho morreu alguns meses depois do seu nascimento, eu quis devolver o cargo a Thomas mas ele não aceitou. Por isso prometi a seu avô que cuidaria de você quando sua natureza finalmente ganhasse força, por sorte quando você se mudou meu sobrinho pode ficar de olho em você

Colocando a mão sobre seu ombro, Magnar parecia de certa forma aliviado de poder lhe compartilhar uma parte de seu passado.

– Thomas foi alguém amado, se isso é possível para vocês redcaps, mas acima de tudo respeitado, você é o legado dele e por isso herdeira direta do titulo que ele passou a Magnar. Tens muitas responsabilidades, mas elas lhe caíram no momento certo, até lá recomendo que comamos antes que os bolos esfriem de verdade.

Comentava Erling com seu costumeiro sorriso quase debochado, porém suas palavras tomavam o tom mais sério que você já o vira usar, ainda mais quando ele mencionava os bolos guardados na pesada cesta de vime que exalava um cheiro de doces e chocolate.
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MensagemAssunto: Re: Ato I - Narrativa de Elin - Seann Dachaigh   Ato I - Narrativa de Elin - Seann Dachaigh I_icon_minitime

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