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Narrativas De World of Darkness Estruturadas Nas Versões de 20 Anos
 
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 1º Arco: Ato I da Narrativa de Cordélia Giovanni

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Danto
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MensagemAssunto: 1º Arco: Ato I da Narrativa de Cordélia Giovanni    1º Arco: Ato I da Narrativa de Cordélia Giovanni  I_icon_minitime24/10/2023, 00:18

Es tu destino, entregate

Qual é o peso de uma família? O quanto pode pesar os luxos, os privilégios e as vantagens que uma família de verdadeiros burgueses clássicos, poderosos, ancestrais e imortais pode transformar uma alma? O dinheiro, a fama, o poder, tudo isso são fatores que o anarquista mais clássico poderia desprezar e odiar, mas o clássico já era ultrapassado, datado, perdido e sem conexão com a realidade. O Movimento não era somente um punhado de inovadores, hoje era uma sociedade complexa, completa e com necessidades reais que somente aqueles que souberam sobreviver aos momentos mais selvagens da mudança temporal saberiam lidar com louvor. A cada nova noite, a presença da família Giovanni se fazia mais necessária e os membros da nova família da morte se aproximavam para formar uma proteção mais apropriada para todos os males que assombravam a cidade. Afinal, quem se não os Hecata poderiam lidar melhor com a profunda e caótica força abissal e depressiva que se espalhava silenciosa por todos os cantos escuros da cidade dos anjos caídos?
Residência de Cordélia Giovanni:
06 de março 2020 - Residência de Cordélia - LA

A noite mal havia começado e você estava ao lado de sua querida vassala, Adeline Wood, lado a lado diante da mesa central do seu lindo e novo apartamento duplex de cobertura em uma das regiões mais antigas e caras da cidade de LA. A frente de vocês, haviam os registros do hospital, comprado recentemente pelos fundo financeiros da família Giovanni. Ali vocês estavam discutindo e vendo as reformas necessárias para que a operação do pós morte da sua linhagem pudesse se aproveitar da melhor forma possível sem levantar suspeitas, respeitando os limites da máscara e ainda podendo extrair sangue e vender as bolsas de maneira organizada e estruturada para o mercado sempre crescente de membros da cidade.

Do lado de fora, era possível ver uma leve garoa caindo timidamente contra a janela, aquele começo de noite de sexta-feira parecia calmo, seus olhos chegavam a vagar por alguns instantes pelo layout brilhante e mesmo que noturno, profundamente vívido e cintilante da cidade que não sabia dormir.
Sua atenção só era interrompida pelo som do interfone, no mesmo instante, Adeline se deslocava até o mesmo e o atendia, para realizar uma conversa breve junto ao aparelho telefônico e logo retornar, começando a organizar os documentos sobre a mesa. E falar:

-Cordélia, era Elena na recepção e ela já está subindo. Quer que eu prepare algo?

Questionava Adeline que apenas ouvia o que você tinha para dizer, para então sinalizar de maneira positiva e terminar, com calma, de organizar a mesa e se direcionar para o escritório do apartamento a tempo do som do elevador se fazer presente, seguido dos passos e o toque leve e único na porta. Você estava sozinha na sala e assim restava a você mesma a tarefa de abrir a porta e recepcionar a figura de Elena Gutierrez, a provavelmente, mais famosa e atuante vampira da sociedade anarquista moderna de LA. Líder da coterie da Antonianas, Elena era uma espécie de grande estrela em ascensão, não havia um vampiro na cidade ou no estado que não soubesse quem ela era. E a jovem de traços latinos muito marcantes prontamente abria um sorriso ao vê-la do outro lado da porta e tomava a liberdade de entrar e lhe abraçar com carinho, beijando-lhe a face duas vezes e sorrindo mais uma vez antes de falar:

-Buenas noches cariño!

A mulher então entrava assim que você a respondia e caminhava para o interior do seu apartamento, fazendo um pequeno giro para observar os detalhes e elogiar:

-É quase uma mansão adaptada para a dimensão de um apartamento, impressionante e de muito bom gosto. Foi um presente do seu Senhor? Se foi, eu sei muito bem como é, acredite e mim.

Ela afirmava com naturalidade e em seguida, olhava na sua direção.

-Como estão as suas prioridades para essa noite? Pergunto porque, sinceramente, não quero atrapalhar. Mas ao mesmo tempo, não pude pensar em  nenhuma outra pessoa quando ouvi a notícia logo que despertei... Sabe a Madlen? Então, ela recebeu uma notícia estranha sobre algo que poderia ser uma quebra de mascara e quando chegou na tal casa, ouviu uma história maluca sobre uma assombração ter forçado um sangue fraco a terminar com a própria vida. Sinceramente eu não entendo nada, mas preciso de algum tipo de prova para levar esse problema para os Filhos da Cripta e bem, você é meu contato mais fácil com essas coisas da morte né.

Dizia Elena, com um sorriso carismático na face enquanto não escondia nem tão pouco fazia rodeios para lhe fazer tal pedido, mas ao mesmo tempo, não deixava seu charmoso sorriso bem desenhado nos lábios que facilmente colocariam qualquer homem em uma posição de fácil submissão. Porém, pelo menos contigo, Elena agia como uma amiga sorridente, despojada e sempre alerta, tanto para piadas e tiradas inteligentes, quanto para notar as menores nuances emocionais ou expressivas.
Roupas Elena:


Última edição por Danto em 28/10/2023, 22:14, editado 2 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: 1º Arco: Ato I da Narrativa de Cordélia Giovanni    1º Arco: Ato I da Narrativa de Cordélia Giovanni  I_icon_minitime24/10/2023, 22:38

O cheiro de novo parecia entranhado em tudo a minha volta, desde o apartamento luxuosamente decorado, e até mesmo no reflexo brilhante da cidade que meus olhos brincavam de observar enquanto minha atenção desfocava levemente.

Ainda assim minha atenção se voltava para os assuntos importantes que Adeline e eu estávamos tratando, afinal estabelecer o controle adequado do comércio de sangue era essencial para nossa sobrevivência como cainitas, mas também para a família que se beneficiaria em muito com tal ato.

Era o som do interfone que me fazia aproveitar a vista por alguns instantes, afinal Adeline se levantara para atende-lo e tal ato simplesmente me fazia sorrir de leve.

“Certo, alguns pontos ainda precisam ser afinados, mas Flávio estava certo. Controlar uma rede de hospitais vai nos garantir certo status...”

Ouvindo as palavras de Adeline com um sorriso suave no rosto, eu balançava de leve a cabeça em uma negativa educada enquanto a respondia.

– Acredito que não querida, em outra ocasião eu pediria para servir uma taça a visita, mas no caso da Elena está questão é mais delicada.

Comentava enquanto me colocava a ajudar Adeline a guardar os documentos que até então estudávamos, sorrindo com um breve aceno de despedida, eu permanecia em pé ainda na mesa esperando pelo som tão conhecido do elevador, sorrindo ao toque único na porta eu me direcionava a está para então atendê-la.

Um sorriso sincero surgia em meus lábios ao ver Helena, recebendo seus beijos em minha face com uma breve careta, eu ria diante de seu boa noite apenas para respondê-la em italiano.

– Buona notte mia cara.

Voltando meus olhos para o apartamento, um sorriso maroto surgia em meus lábios diante de sua pergunta, algo que eu tinha certeza que Elena já sabia a resposta, mas ainda assim era essencial externar as velhas birras com os membros mais velhos da Família Giovanni.

– Não exatamente do meu Senhor, mas do Senhor dele. E foi divertido ver a indignação dele quando eu fiz questão que fosse um apartamento e não uma mansão enorme e afastada da civilização!

Comentava ao deixar claro que realmente havia tido uma certa discussão sobre minha moradia, voltando minha atenção para Elena meu sorriso deixava de existir diante de suas palavras sobre o estranho caso, principalmente quando envolvia uma possível quebra de máscara.

– Sei... Bom talvez eu não seja a mais versada nos conhecimentos necromânticos da família, mas provavelmente eu seja a mais próxima, já que a mansão afastada da civilização pertence ao Flávio. De qualquer forma, eu nunca tinha ouvido falar de uma coisa dessas...

Cruzando os braços e fechando os olhos por alguns instantes eu respirava afim de colocar as informações recebidas em ordem, afinal aquele era um assunto interessante por si só.

– Bom, eu não tinha nada planejado pra hoje, e não posso negar minha curiosidade sobre o caso.

Comentava enquanto voltava a mesa que até pouco tempo estivera sentada e pegava meu celular que havia ficado para atrás.

– Não consigo dizer se essa história pode ser real ou não, então tenho que ver o lugar e ter certeza se tem ou não uma assombração. Posso não ser a mais versada, mas tenho contato direto com um que é!~

Dizia ao apontar pro celular antes de colocá-lo no bolso do casaco leve que usava.

Roupa usada:
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MensagemAssunto: Re: 1º Arco: Ato I da Narrativa de Cordélia Giovanni    1º Arco: Ato I da Narrativa de Cordélia Giovanni  I_icon_minitime28/10/2023, 23:29

-É uma história estranha mesmo, sinceramente não sei nem se ela procede totalmente. A Madlen é muito religiosa e cheia de superstições, pode até não parecer mais eu já vi ela se recusar a passar pode debaixo de uma escada!

Dizia Elena em um tom de brincadeira, deixando o assunto mais leve de maneira natural e até mesmo fazendo uma exposição que muitos poderiam considerar pessoal de mais sobre outro vampiro, porém, o exagero era uma chave interessante e distrativa para manter o tom informal e tranquilo daquela interação. A sua amizade com Elena, apesar de curta, já parecia natural para ambas e nessa condição, você sabia que Elena era ainda mais debochada e extrovertida do que a face performática que ela sempre exibia aos olhos dos vários desconhecidos que a olhavam como uma das maiores estrelas do anarquismo de LA.

-Então vamos lá e qualquer coisa você faz a sua conexão com os universitários do além.

Brincava Elena, que caminhava para a direção da porta do seu belíssimo apartamento, mas que por educação e respeito, esperava a sua iniciativa de abrir a mesma, para assim lhe acompanhar até a direção do elevador e somente quando vocês estavam no interior do mesmo que a sua amiga voltava a se expressar.

-Assim, eu sei que não é a sua especialidade e longe de mim querer te forçar a qualquer situação, mas é verdade que estamos precisando muito de alguém com bastante conhecimento sobre a morte para conseguirmos lidar com os problemas lá da Death Row sabe? Mas não é só isso, nesse caso especifico que a Madlen notificou, não parecia ser nada muito sério até esse suposto assassinato ocorrer, quero dizer, antes disso era só mais um caso de um sangue fraco confuso, assustado e sem entender exatamente quem ele é o que ele é. Mas agora a suspeita é que essa confusão dele possa ter sido influencia, sabe? Como se alguém estivesse ali, sussurrando no pé do ouvido dele? E como a Madlen é sensível como uma porta pra essas coisas sobrenaturais, ela já decidiu que é uma assombração.

Revelava Elena, enquanto vocês ainda desciam de elevador em direção a garagem do seu prédio.
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MensagemAssunto: Re: 1º Arco: Ato I da Narrativa de Cordélia Giovanni    1º Arco: Ato I da Narrativa de Cordélia Giovanni  I_icon_minitime29/10/2023, 22:08

Atenta as palavras de Elena eu ria de maneira desconfiada, afinal aquele era um detalhe pessoal demais de Madlen para ser solto de maneira descuidada, embora nossa amizade tivesse um laço naturalmente forte, ainda poderia ser considerada curta demais para tais pequenas confissões sem que alguém se sentisse traído por tal coisa.

Ainda assim meu riso crescia com a pequena piada sobre “Universitários do além” afinal aos meus olhos Flávio sempre seria um irreversível nerd e estudioso.

– Certo, tenho certeza que meu nerd favorito adoraria nos ajudar se precisarmos. Isso é, se ele não estiver fazendo alguma coisa estranha em algum necrotério abandonado!

Comentava ao me adiantar a porta e abri-la para Elena, afinal o pequeno sinal de respeito sobre aquele que era meu domínio me fazia sorrir um pouco satisfeita, já que era uma pequena conquista de minha parte.

Adentrando o elevador, era com interesse que ouvia as palavras de Elena, acostumada aos pequenos jogos políticos familiares, a dica dada por aquela que eu considerava como uma boa amiga me fazia concordar com um breve aceno, afinal aquela era uma oportunidade única que não apareceria novamente sem grandes esforços.

 “Uma estrela em ascensão... Ela não me convidaria apenas por amizade, então tenho que me fazer valer do meu conhecimento.”

Respirando fundo, eu apertava o botão do térreo enquanto a respondia.

– Eu não consigo imaginar o terror que deve ser acordar e descobrir que não se é mais completamente humano. Claro que espíritos podem se aproveitar daqueles que estão debilitados mentalmente, afinal querendo ou não somos portas de entrada para um mundo ao qual eles não pertencem mais... Mas é necessário algo a mais para fazer que um sangue fraco cometa suicídio... Talvez Madlen esteja certa, pode ser uma assombração anormalmente forte, mas a possibilidade de ser algo a mais não pode ser ignorada. Assim como não posso ignorar suas palavras, sabe Flávio e eu somos os opostos, mas até mesmo meu irmão já entendeu que é bom aprender a falar com as pessoas, talvez esteja na hora de aprender que não posso ignorar os conhecimentos que estão a minha disposição.

Fechando os olhos por alguns segundos, eu olhava para o chão antes de balançar a cabeça e comentar.

– Vamos tentar acalmar a Madlen e colher informações, se isso deixá-la mais tranquila quanto a possível assombração eu ficarei feliz, caso contrário teremos adiantado um pouco o trabalho dos Filhos da Cripta. E assim eu espero ao menos entender minhas próprias deficiências como necromante. Garanto que o Flávio vai ficar feliz em me emprestar alguns livros.
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MensagemAssunto: Re: 1º Arco: Ato I da Narrativa de Cordélia Giovanni    1º Arco: Ato I da Narrativa de Cordélia Giovanni  I_icon_minitime4/11/2023, 00:19

-Eu sempre acho curioso quando você fala sobre seu irmão, afinal, ele é realmente seu irmão. Em todos os sentidos! Não é nada parecido com o que existe entre mim e as minhas irmãs de abraço, sorte sua! Tirando a Catherine, são todas umas vacas.

Comentava Elena, enquanto o elevador ainda se movimentava. Depois dessa fala, ela apenas ouvia o que você tinha a dizer e esperava para lhe responder, afinal, logo as portas se abririam e vocês estavam a cruzar os corredores do hall luxuoso do edifício onde seu apartamento era localizado.

-Ao contrário de Madlen e talvez pra desgosto da minha mãe, eu nunca acreditei em Deus e essas coisas do sobrenatural sempre me foram muito distantes. E até por isso que eu realmente prefiro ter mais certezas e eliminar as famosas teorias de conspiração e falsas verdades o mais rápido possível, nós já temos trabalhos importantes demais para perdemos nossos tempos com essas bobagens criadas pelas inseguranças e paranoias.

Elena falava de maneira direta, enquanto vocês deixavam a recepção para trás e desciam as escadas para serem prontamente recebidas por uma SUV preta, com os vidos todos escurecidos e uma clara blindagem especial por todo seu exterior, era praticamente um carro militar ou até mesmo um carro oficial governamental. Elena fazia um sinal para que você entrasse e ao volante, era possível ver os cabelos longos e castanhos da Gangrel da coterie de Elena, a sempre silenciosa e atenta Milla Berdal. E era com um simples sinal de cabeça na sua direção e um sorriso amistoso que Milla a saudava.

-Pronto, agora podemos ir até Madlen! Se quiser já pode deixar seu irmão ciente, mas ainda acho mais prudente que você decida se é realmente um caso sobrenatural ou se estamos lidando com mais um assassinato de um sangue fraco na cidade.

Milla comentava, enquanto ligava o veículo:

-Se for mais um, será o décimo apenas nessa semana... Já estou ficando sem paciência pra isso.

Elena sorria antes de responder:

-Calma, nós vamos encontrar os responsáveis e você vai poder amassar a cara deles do jeito que quiser, pelo tempo que desejar.

Milla respondia, com um humor inesperado que fazia Elena rir e te pegava de surpresa.

-Não me leve a mal Cordélia, mas vou torcer para você não entender nada da situação, não acho que minhas garras consigam acertar um espírito covarde.
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MensagemAssunto: Re: 1º Arco: Ato I da Narrativa de Cordélia Giovanni    1º Arco: Ato I da Narrativa de Cordélia Giovanni  I_icon_minitime4/11/2023, 14:46

Um sorriso sincero surgia diante do simples comentário de Elena sobre laço sanguíneo que existia entre Flávio e eu, concordando com um breve aceno eu a respondia de maneira simples.

– Sinto que você não tenha uma boa relação com suas irmãs de abraço, mas a verdade é que até mesmo pra família Giovani esses abraços são raros, Flávio e eu somos um ponto fora da curva e gostamos disso.

Comentava enquanto respirava fundo, afinal a morte de nosso irmão mais velho havia sido um baque absurdo em nossas vidas, por sorte acabamos por usar isso para estreitar nosso laço familiar, ainda assim a falta de Antonio sempre nos seria sentida.

“Que tipo de homem ele teria se tornado?”

Balançando a cabeça para afastar antigos pensamentos, eu me concentrava na resposta de Elena assim que o elevador abria, afinal era essencial que aquele assunto fosse resolvido de maneira rápida e limpa.

Concordo com seu ponto de vista, certos assuntos rendem menos arestas se resolvidos o mais rápido possível. E bem neste quesito deus está um pouco longe, afinal nem tudo no sobrenatural está interligado com ele.

Respondia enquanto seguia Elena para fora da recepção do prédio, guiada até a carro blindado era com calma que esperava Elena entrar abrir a porta do passageiro na parte de trás do carro.

Era com um sorriso educado que cumprimentava Milla, afinal já havíamos nos encontrado outras vezes, ouvindo suas palavras eu ria baixo afinal era inevitável que garras não funcionassem em espíritos.

– Não levo a mal não, e você está certa é bem possível que suas garras não o atingissem. Porém espíritos e assombrações não trabalham sozinhos e tenho quase certeza que suas garras funcionam em quem os estiver manipulando, caso realmente tenha é claro.

Colocando o cinto de segurança eu organizava meus pensamentos enquanto tentava formular um conceito melhor de como seria possível que um espirito fosse usado para assassinar um sangue fraco, tirando o celular do bolso eu escrevia uma mensagem simples para Flávio.

Mensagem para Flávio escreveu:
Maninho, eu estou indo investigar um caso estranho, te ligo se precisar de opinião especializada, então fica atento ao telefone. Desculpe por não dar muita informação.
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MensagemAssunto: Re: 1º Arco: Ato I da Narrativa de Cordélia Giovanni    1º Arco: Ato I da Narrativa de Cordélia Giovanni  I_icon_minitime4/11/2023, 15:49

-Nem se preocupe e nem sinta nada sobre elas, sinceramente, a melhor coisa que eu fiz foi seguir os passos de Catherine e sair daquela mansão para conquistar meu espaço!

Respondia Elena, reforçando o orgulho que tinha de não manter uma relação positiva ou próxima com a própria linhagem. E já no carro em movimento, ela voltava a falar de maneira tranquila.

-Se for realmente alguém influenciando essas coisas sobrenaturais, vamos precisar de inteligência e cautela, além é claro de acionar os Filhos da Cripta. Mas minha intuição está me fazendo acreditar que não é algo completamente místico sabe?

Mila, que pilotava o carro como uma profissional, falava:

-Seus instintos são péssimos.

Elena prontamente chutava o banco onde Milla estava sentada em sinal de protesto.

-Pare de falar bobagem! Não é só porque eu não sou um protótipo de mogli como você é que eu não tenho meus instintos no devido lugar!

Milla sorria em sinal de deboche.

-Só sei que se é algo que deixou Madlen fora do eixo, deve ser alguma situação complicada. Ela tem um pavio curto quando as situações envolvem seus traumas do passado. Especialmente porque ela tem total desprezo pelos Sangue Fraco, se esse chamou a atenção dela, tem algo aí.

Elena concordava com um sinal positivo de cabeça e olhava você digitando a mensagem para seu irmão e comentava:

-Você já conheceu a Drew? Acho que ela é o que eu tenho mais próximo de uma relação como essa que você tem com seu irmão. Enfim, não vou esconder o jogo aqui contigo, as outras Antonianas tem perguntado muito sobre você, é até por isso que a Milla decidiu assumir o volante hoje. Queremos você conosco, mas antes, precisamos conhecer você melhor e entender como seria esse encaixe, afinal, a nossa relação com os Filhos da Cripta está se tornando cada vez mais intenso e temos planos em conjunto pra cidade. O que me diz?
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MensagemAssunto: Re: 1º Arco: Ato I da Narrativa de Cordélia Giovanni    1º Arco: Ato I da Narrativa de Cordélia Giovanni  I_icon_minitime4/11/2023, 17:04

– Entendo, fico feliz que seu fruto não tenha caído tão perto da árvore. As vezes as raízes são podres demais para nos fazer bem.

Comentava concordando com o posicionamento de Elena em se sentir orgulhosa de sair de casa e ser quem era, me encostando na porta do passageiro, eu sorria de leve ao ouvir as palavras de Elena e Milla, a clara implicância entre as duas me deixava relaxada.

“É interessante ver como clãs distintos podem trabalhar bem juntos, afinal as coteries são escudos que vestimos para nos proteger do mundo.”

Voltando os olhos para Elena diante da revelação que me era feita, eu olhava para Milla por alguns segundos antes de responde-las, afinal era claro que Milla deveria estar me estudando naquele momento e desde minha entrada no carro.

– Vamos por partes, nem todos possuem conexão o suficiente pra ver ou sentir o lado místico de um acontecimento, acredito que se isso tirou a Madlen do eixo merece a devida atenção, ou pelo menos a atenção necessária para que ela se acalme.

Batendo de leve a mão sobre minha perna direita eu sorria ao continuar a falar de maneira simples mas direta e sincera.

– Você já me apresentou a Drew, não tivemos muito contato, mas ela não me é uma face desconhecida. E de certa forma fico feliz que as Antonianas estejam perguntando sobre mim, deixa as coisas mais naturais para todas nós. Flávio e eu viemos pra cá sabendo do trabalho dos Filhos da Cripta, afinal eles detém grandes nomes para as linhagens que possuem conexão com a morte, e bem não posso negar que ter algum contato com eles não estava em meus planos.

Comentava ao sorrir com calma e me recostar novamente na porta do passageiro, respirando fundo eu continuava a falar.

– Vamos deixar qualquer tipo de possível convite quando as Antonianas tiverem certeza de quem eu sou, afinal não sou importante ou grande o suficiente para ser a causa de algum problema interno dentro da coterie de vocês, eu também não me sentiria bem com isso. Além disso é mais fácil uma se adaptar a muitos do que muitos a uma só.
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MensagemAssunto: Re: 1º Arco: Ato I da Narrativa de Cordélia Giovanni    1º Arco: Ato I da Narrativa de Cordélia Giovanni  I_icon_minitime7/11/2023, 01:25

O veículo cruzava as ruas noturnas da cidade de LA, deixando os prédios enormes para trás e se aproximando das regiões onde as casas de subúrbio decoravam a vista com maior frequência, quando não eram totalmente tomadas por enormes mansões e casarões modernos, cheios de arvores e muita segurança. Ainda dentro do carro, a conversa entre vocês se estendia:

-Eu imaginei que vocês já tivessem conhecimento sobre os Filhos da Cripta, afinal, Mohammed tem uma fama que fura as fronteiras da nossa região e até quem sabe, do nosso País. Mas diante da mudança pela qual o seu clã passou, não pude deixar de ficar curiosa para entender como vocês passariam a se posicional, digo, agora não mais como uma família e sim um clã por inteiro! Sabe como é né, apesar de Ventrue, eu não tenho contato com meu clã de forma alguma e esse ponto, inevitavelmente me deixa curiosa.

Comentava Elena.

-Muitos poderiam considerar essa sua curiosidade como um testemunho de afiliação ou simpatia a Camarilla.

Retrucava Milla, cujo banco era mais uma vez chutado por Elena em sinal de protesto.

-Dobra essa língua! Onde já se viu, você é uma Gangrel ou uma serpente? Francamente!

Resmungava Elena, cruzando os braços.

-É só um comentário. Nem todos podem ter a compreensão de uma frase dessas e agora, praticamente toda a cidade está de olho nas suas palavras, precisamos ser cuidadosas.

Reforçava Milla, cuja frase era compreendida por Elena e a deixava em silencio por algum tempo. Assim o a viagem se seguia até Elena enfim se virar e olhar na sua direção para comentar:

-Fique tranquila, tudo será feito em seu determinado tempo e em sua melhor ocasião. Enquanto isso, você tem seu tempo para se adaptar a cidade, dar seus primeiros passos e quem sabe o que o futuro não vai reservar para nós não é mesmo? Acho que já estamos chegando...

O veículo então começava a parar em frente a uma das várias residências localizadas em uma rua típica de uma zona de subúrbio, Elena prontamente saída do veículo e se direcionava na direção da porta do local, sem maiores cerimônias e já adentrava o local.

Residência investigada:

Assim que você iniciava o movimento de sair do carro, você ouvia um som de assovio vindo do banco da frente, para encontrar com o corpo parcialmente virado para trás, a mulher buscava olhar no fundo dos seus olhos para então dizer:

-Eu não sei como é a sua relação com seus mais antigos, ou até mesmo com seus pais e familiares próximos, mas eu vou sair do meu local de conforto para tomar essa liberdade de lhe oferecer esse conselho que talvez possa ser de grande valia, ou não, vai depender de você. Mas a minha Senhora me ensinou que temos alguns pontos que não podemos nunca deixar de intervir e esses é um deles. E para não falhar com ela, aqui vai...

Milla fazia uma curta pausa para se certificar que tinha sua total atenção.

-Abra seus olhos e entenda que você não é, apenas mais uma pessoa nessa terra. Não repita, nunca mais, que você não é importante ou insuficiente para o interesse ou o conflito de alguém, você tem um lugar de privilégio que muitos jamais terão. Use a oportunidade que tem e jogue o jogo ao seu arredor com intensidade, coloque seus inimigos e opositores de joelhos, faça-os sonhar com a morte, porque é ela que você carrega, orgulhosamente, como arma. Você é uma vampira, não é mais só uma mulher ou uma garota e se você ouviu que nós, as Antonianas estamos de olho em você, não se diminua, não é isso que procuramos, nós queremos liderar essa cidade pelo exemplo. E você tem o talento para ser uma de nós, abrace.
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MensagemAssunto: Re: 1º Arco: Ato I da Narrativa de Cordélia Giovanni    1º Arco: Ato I da Narrativa de Cordélia Giovanni  I_icon_minitime7/11/2023, 23:34

Meus olhos brincavam de observar a paisagem pela janela do carro, ainda assim eles se voltavam para Elena quando está me respondia, concordando com um breve aceno ao me apoiar na porta do passageiro eu sorria com certa vergonha, afinal era inevitável que minha chegada a cidade tivesse alguma intenção.

Observando com curiosidade as palavras de Milla e Elena eu ria baixo para então comentar.

– Mohamed é atualmente o maior nome entre os Hecatas, ele pode não gostar, mas não um existe um entre nós que não saiba quem ele é. Justamente por isso que talvez a figura dele seja o catalizador para a união do clã, a família e as diversas linhagens que convergem do clã ainda estão perdidos e sem uma liderança concreta, quando perdemos o ultimo muita coisa mudou e temo que não tenhamos acompanhado as mudanças.

Respirando fundo eu me ajeitava no banco quando o carro finalmente começava a parar, esperando que Elena fosse a frente, eu abria a porta do veiculo apenas para escutar o assovio de Milla, soltando o cinto eu a encarava curiosa e atenta.

“Entendo, acho que elas tem mais certeza de minha entrada para a Coterie do que eu tenho... Curioso!”

Era com um breve aceno que concordava com as palavras da gangrel mais velha, ainda assim eu sorria ao responde-la de maneira direta e calma.

– Eu agradeço suas palavras e o conselho que tua senhora compartilhou, mas por favor não entenda essa “insuficiência” não é uma tentativa de me vitimizar, é mais um aviso para mim mesma. Um lembrete para que eu de valor ao que me foi dado, daqui pra frente preciso andar com meus próprios pés e entender meu papel como vampira. Eu realmente fico feliz em saber que eu chamei a atenção das Antonianas, vou fazer valer isso. Obrigada Milla.

Esperando pela resposta da gangrel antes de sair do carro, eu respirava ao finalmente faze-lo e encarar a casa onde havia acontecido o crime, voltando os olhos para Milla eu perguntava de maneira simples.

– O que eu preciso saber pra não pisar no calo da Madlen sem querer?

Colocando as mãos nos bolsos do casaco era com interesse que estudava o lugar enquanto esperava por Milla.

“Pela fachada parece uma casa comum de um filme slasher.
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MensagemAssunto: Re: 1º Arco: Ato I da Narrativa de Cordélia Giovanni    1º Arco: Ato I da Narrativa de Cordélia Giovanni  I_icon_minitime12/11/2023, 11:35

Milla não desviava os olhos dos seus, por nenhum único instante durante a conversa dentro do carro. A jovem Gangrel tinha uma convicção exemplar e seus olhos eram como os de uma verdadeira guerreira, afinal, eram expressivos, confiantes, inspiradores e profundamente verdadeiros. E era até curioso ver como os olhos dela eram capazes de tantas profundidades expressivas enquanto sua face, era simplesmente ausente de qualquer esboço de reação durante a sua fala.

-Entendido.

E era somente isso que ela te oferecia como resposta após a sua reação ao longo discurso que ela havia feito. E com um sinal positivo de cabeça, Milla saia do veículo para observar os arredores, nesse momento vocês duas eram as únicas pessoas do lado de fora por toda a extensão daquela rua onde vocês estavam, as demais casas estavam em sua grande maioria, com as luzes acessas, indicando a presença de vida na região, mas o silencio era dominante.

Milla então olhava na sua direção e respondia com naturalidade a sua pergunta sobre Madlen.

-Madlen Bernstein, é uma espécie de nobre dentro do nosso movimento, por mais que isso possa soar contraditório, mas é verdade. Seu Senhor é de uma linhagem de prestígio e deve ser até barão por ai, então eu diria que se você evitar qualquer declaração favorável a Camarilla ou aos Ventrue, você já se garante. Além disso, ela realmente acredita que os Sangue Fracos são uma ameaça a máscara, acho até que ela os prefere mortos, bem diferente da Elena né? Então, se elas começarem a bater boca, é melhor sair da frente... Sem a Drew por perto, é difícil parar a Madlen.

Respondia Milla, fazendo um sinal para que vocês entrassem. E assim que os primeiros passos eram dados na direção da casa, você conseguia sentir de maneira profundamente instintiva e sobrenatural que havia algo de errado naquela propriedade. A porta já estava aberta, uma cortesia de Elena, logo Milla apenas a puxava e a mantinha completamente aberta para seu acesso ao interior da sala.

O interior do imóvel estava completamente revirado, parecia que uma gangue de motoqueiros havia entrado pela porta da sala e atropelado todos os móveis! Sofá, televisão, tudo estava em frangalhos e destroçado. Porém a mais terrível das visões estava no canto esquerdo, ao lado da porta quebrada de acesso a cozinha, ali havia um claro sinal de que um corpo havia sido queimado, o cheiro era tão ruim quanto os detalhes da roupa, os fragmentos dos resíduos corporais... Mas por sorte ou azar, o corpo em si já havia sido removido.

Elena estava abrindo uma das janelas para se sentar sobre a mesma, cruzando as pernas e os braços. E ali naquela mesma sala era a primeira vez que você via Madlen de perto. A Brujah tinha longos cabelos loiros presos em um rabo de cavalo justíssimo, uma pele profundamente pálida, olhos azuis que olhavam na sua direção com intensidade e uma jaqueta de couro preta. Haviam poucas diferenças entre as roupas de Madlen e Milla, as duas na realidade compartilhavam até o mesmo tamanho e não seria muito estranho imaginar que elas pudessem compartilhar algumas roupas, afinal, elas pareciam de fato ter o mesmo estilo moderno, urbano e "tomboy".

-Boa noite... Madlen Bernstein.

Dizia a própria Madlen que fazia questão de se aproximar de você e apertar a sua mão com firmeza, olhando diretamente nos seus olhos.

-É a coisa aqui foi bem feia né...

Comentava Elena.

-Atear fogo em eu próprio corpo não é algo muito comum de se ver, especialmente quando a pessoa em chamas apenas senta e espera o fogo a consumir, imaginar que essa pessoa não se debateu beira o impossível.

Respondia Milla, apontando algo realmente bizarro: as manchas de queimaduras e fogo não saiam do mesmo local, a impressão era que realmente a pessoa havia sido consumida pela chamas enquanto permanecia sentada e estática.

-Foi por isso que eu falei! Isso dai é coisa de espíritos malignos, ela deveria estar possuída ao algo assim! Não faz sentido algum, ou melhor, só pode fazer sentido para alguém como você...

A resposta de Madlen começava direcionada pra Milla, mas ela logo olhava na sua direção e apontava para você quando terminava a fala.

-E ai? Como funciona? Você fala com eles? Ouve? Precisa de alguma coisa, tipo, pata de morcego ou algo assim? Como você vai ver o tal do espírito que possuiu esse infeliz?!

Madlen te questionava.

-Credo Madlen, não precisa dessa arrogância toda, a Cordélia está aqui pra ajudar.

Comentava Elena. Milla nem se importava com a conversa e ficava dando pequenos passos em direção as paredes, analisando os detalhes com muita calma e paciência. Já Madlen, levava uma mão em direção ao próprio peito e em um sinal claro de desculpas ela se aproximava de você e puxava uma das suas mãos e olhava nos seus olhos, praticamente a encarando.

-Me desculpa se acabei sendo ofensiva ou algo parecido, fui criada por uma mãe e uma avó muito católicas e cheias de superstições, sempre tive muito medo dos mortos, alma penada e essas coisas. Só queria entender mesmo o que aconteceu aqui e como... Porque se não for coisa de assombração, a segunda opção é algum vampiro com dominação e isso vai me deixar puta da vida!

Afirmava Madlen, soltando a sua mão e caminhando na direção de Elena, para se sentar ao lado dela no espaço aberto da janela que havia agora se transformado em um banco para as duas mulheres.

Madlen:
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MensagemAssunto: Re: 1º Arco: Ato I da Narrativa de Cordélia Giovanni    1º Arco: Ato I da Narrativa de Cordélia Giovanni  I_icon_minitime13/11/2023, 22:07

Encarar os olhos de Milla era como estar de frente a um lago cheio e emoções, já que sua face apática não demonstrava seus sentimentos e convicções, porém por debaixo da superfície calma, seus olhos demonstravam sua força e com isso eu sorria de leve.

Respirando profundamente do lado de fora do carro, era com interesse que estudava o local enquanto ouvia as palavras de Milla sobre Madlen, a experiente gangrel parecia conhecer bem as companheiras, e de certa forma eu precisava conhecê-las para que minha possível entrada na Coterie fosse possível.

 "Pelo que parece, a Elena é um foco de irritações da Madlen... Pode ser que uma seja o oposto da outra, mas parecem trabalhar muito bem juntas, caso contrário não teriam alcançado tanto renome."

Concordando com um breve aceno, eu seguia o mesmo caminho que Milla fazia, sem pressa, mas atenta ao meu redor, ainda que minha postura fosse relaxada, era quase instintivo demais o desequilibrio sobrenatural do lugar.

Arrumando a postura era o cheiro de fumaça que me invadia as narinas enquanto meus olhos podiam observar a destruição do ambiente bagunçado, ainda assim era a figura austera de Madlen que me chamava a atenção, percebendo as claras semelhanças no estilo de Milla e Madlen, eu sorria de maneira educada ao responder o cumprimento com firmeza.

 - Boa noite, Cordélia Giovani.

Voltando meus olhos para ao meu redor, eu acompanhava a movimentação de Milla e Elena, assim como a conversa que se seguia, a mancha negra onde anteriormente deveria existir um corpo carbonizado me fazia segurar a respiração por alguns segundos, aquela não era uma morte comum.

Encarando Madlen com certa surpresa divertida na face diante da pergunta peculiar, eu apenas sorria de maneira calma quando Elena a chamava a atenção. Acenando de maneira efusiva, eu a respondia de maneira direta e calma.

 - Fique tranquila, eu não me ofendi com a pergunta, na verdade, até chegamos a usar alguns materiais peculiares e nojentos, mas normalmente são para rituais grandes e não pra coisas tão pequenas.

Voltando meus olhos para a mancha negra, eu me permitia respirar por alguns instantes antes de voltar meus olhos para Madlen.

 - Bom, ter medo dessas coisas é natural para muitas culturas e civilizações, eu seria uma escrota se ignorasse isso. Quanto a assombração... É difícil dizer... Tem um claro desequilíbrio aqui, mas podem ser tantas coisas, como rituais, fantasmas, sacrifícios e outros... O jeito é verificar o mais simples primeiro.

Andando com as mãos nos bolsos até parar a frente da mancha, eu olhava em volta antes de comentar de maneira calma.

 - Meus olhos vão mudar um pouco e se tornar mais sensíveis à luz, então se puderam apagar a luz ou me arranjar um óculos escuro eu agradeço.

Esperando pelas reações das três cainitas, eu tomava meu tempo para respirar e fechar os olhos concentrando a força sobrenatural de meu sangue neles, abrindo-os apenas quando tinha certeza do acúmulo de vitae neles, era com calma que vasculhava ao meu redor procurando por qualquer sinal de espíritos ou fantasmas que ali pudesse estar presos.

OFF: Ativo Oblivion Lvl 1 - OBLIVION’S SIGHT
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MensagemAssunto: Re: 1º Arco: Ato I da Narrativa de Cordélia Giovanni    1º Arco: Ato I da Narrativa de Cordélia Giovanni  I_icon_minitime23/11/2023, 01:21

O seu pedido por óculos ou o desligar das luzes era acompanhado de um curioso e até levemente cômico silencio, as três outras vampiras trocavam olhares confusos e inseguros, os mesmos olhares também eram direcionados para você. Madlen chegava a tatear os bolsos da calça jeans e da jaqueta, como se indicasse de maneira verbal não ter qualquer tipo de item ao seu alcance... Por fim, Milla girava os olhos em sinal de descontentamento com a atitude das outras vampiras de simplesmente não tomar nenhuma única atitude, assim a Gangrel atravessava a sala em passadas largas e desligava a luz, deixando o breu tomar conta do interior da sala. Prontamente, Madlen ligava a lanterna do celular, mas apontava a luz para o chão.

Em seguida, o sangue corria e levava uma porção do abismo para a frente dos seus olhos, formando uma película que atuava como uma espécie de lente de contato "sobrenatural" ou como seu irmão costumava dizer "uma lente de contato dos mortos". Os primeiros segundos sempre eram desconfortáveis, afinal, sombra se transformava em luz e luz em sombras. Porém, não era seu objetivo central a percepção do que estava escondido nas sombras, mas sim, de poder encontra alguém ou alguma manifestação exatamente dentro do intervalo de sombras e luzes...

A complexidade dessa percepção era sempre inesperada, mas naquele momento, diante da sua percepção uma das cenas mais inesquecíveis se formava: As marcas de queimadura e chamas pareciam verdadeiras porções congeladas de sangue, finas como a superfície congelada de um lago, mas firmes os suficiente para serem vistas e compreendidas como gelo. O ar se tornava mais pesado, denso e um vento frio circulava pelo interior da sala, pairando como o suspiro de alguém próximo de sua morte final... Era difícil definir, mas você conseguia ver e sentir a presença de alguma entidade, uma presença assustada, envergonhada e humilhada... Os ecos de gritos, sons de correntes sendo arrastadas, pinos de ferro sendo cravados na parede, as chamas frias que consumiam a carne e dilaceravam a alma, o ar que pairava no ar, parecia se movimentar consciente e parecia notar a sua presença... Mas estava fraco demais, o máximo que pode fazer, foi se intensificar como um fogo fátuo azulado por alguns instantes e murmurar:

-Dor... humilhado... devorado... esquecido... abismo...Eu jamais existirei novamente...

E assim, da mesma forma que havia surgido e se manifestado, o resto daquela energia vital se esvaia eternamente para o mais solitário e assustador de todos os destinos, o completo desconhecido... E naturalmente, a visão terminava e seus olhos voltavam ao normal, afinal não havia mais nada ali e antes que o silencio se manifestasse outra vez, a voz de Elena tomava o ambiente:

-Acho que já pode ligar a luz Milla... Então, o que você acha que aconteceu aqui, Cordélia?

Questionava Elena, enquanto Milla aguardava um sinal seu para ligar a luz novamente, você tinha a certeza que ela era capaz de vê-la completamente, independente do grau de escuridão ou não.
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MensagemAssunto: Re: 1º Arco: Ato I da Narrativa de Cordélia Giovanni    1º Arco: Ato I da Narrativa de Cordélia Giovanni  I_icon_minitime25/11/2023, 17:43

Era com curiosidade que observava as pequenas interações entre as três cainitas ali, pegas de surpresa pelo meu nada convencional pedido, era Milla que tomava a iniciativa de desligar a luz, algo que me fazia prender a respiração e me concentrar, mesmo com Madlen ligando a lanterna do celular e a apontado para baixo.

“Vou começar a andar com um óculos na bolsa, assim evito essas problemáticas...”

Fechando os olhos para que a minha percepção se ajustasse a escuridão e ao abismo que separava a vida da morte, eu sentia o leve calafrio recorrente percorrer minha cabeça e espinha, a estranha sensação apenas não se alastrava porque minha mente não se demorava em compreende-la, afinal eu tinha um trabalho a fazer.

Deixando a percepção de luz e sombras de lado, meus olhos se concentravam no que aquela escuridão podia me revelar, e ali, onde aconteceu a morte, havia a recordação marcada pelo sangue congelado e por uma vontade quase apagada. A chama do fogo fátuo bruxelou por alguns instantes enquanto a estranha sensação de compreensão tomava minha mente, o resquício do espectro se esforçava para ser ouvido antes de se entregar ao esquecimento completo.

Dando um passo a frente eu levava minha mão na direção do que seria o resto de energia espectral, mas parava antes de concluir o movimento, já não havia o que ser tocado e de certa forma nem era seguro faze-lo, minha atenção se voltava na direção de Helena quando está falava comigo e a estranha sensação de ser observada mesmo no escuro me fez acenar de maneira positiva.

“Devorado e esquecido... Devorado...”

Respirando fundo eu recuava o passo que havia dado antes de finalmente responder Helena.

– Pode sim acender a luz, não tem muito mais a ser visto.

Esperando pela luz, eu gesticulava em um claro pedido de tempo, afinal por mais que tivesse visto a cena do espectro era necessário tempo para que os pensamentos se colocassem em ordem.

– Eu acho que foi sorte vocês terem me chamado antes de contactar os Filhos da Cripta, caso contrário é bem possível que nada fosse descoberto do outro lado.

Comentava de maneira simples e calma, respirando fundo eu esfregava os olhos por alguns instantes antes de me virar pra Helena e Madlen.

– De um modo simples e sem grandes detalhes, o que aconteceu aqui não foi obra de um fantasma ou assombração, é claro que ficou um eco disso do outro lado, mas nada muito grandioso, porque veja bem, quando observamos o outro lado nos deixamos expostos, e o que eu vi mal tinha forças para se manter, muito menos de me atacar.

Voltando os olhos para a mancha escura eu respirava fundo ao dizer com convicção.

– Não foi uma assombração, mas um sacrifício, ele foi devorado e esquecido, condenado a nunca mais existir, e isso quer dizer que tem alguém físico por trás do que aconteceu aqui, e se tem alguém físico pode ser que estejamos deixando algum detalhe na cena passar. Afinal não se sacrifica ninguém para nada, sacrifícios tendem a ser em nome de alguma entidade ou força e esse tipo de coisa tem nome e marcas para indicar.
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MensagemAssunto: Re: 1º Arco: Ato I da Narrativa de Cordélia Giovanni    1º Arco: Ato I da Narrativa de Cordélia Giovanni  I_icon_minitime30/11/2023, 00:07

Milla prontamente ligava as luzes que puxavam o ambiente para sua aparência e seus detalhes do mundo físico e material, era fácil notar que você estava sob os olhares curiosos de todas as vampiras ali presentes. E assim que você iniciava a sua fala, todas elas ouviam com atenção, especialmente quando as partes mais macabras da sua fala eram pronunciadas, Madlen chegava inclusive a fazer um rápido e discreto sinal da cruz em sinal, nada muito grave, mas que claramente indicava que ela tinha um real respeito pelo além. Porém, assim que você terminava de falar, sugerindo uma nova investigação, os olhares agora em direcionados à Elena.

-Ele foi devorado e esquecido?

Questionava Elena.

-Isso certamente transforma o nosso suspeito em um vampiro, certo?

Também indagava Milla.

-Não sou nenhuma especialista, mas acho que a Cordelia acabou de descrever que esse sujeito teve a infeliz sorte de ser alvo de uma diablerie.

Dizia Madlen, que era prontamente questionada por Milla.

-Mas... um sangue fraco sendo alvo de uma ação dessas? Por qual motivo? Não parece algo real...

Confusas as duas olhavam na sua direção e em seguida para a direção de Elena, que estava voltando a caminhar a passos lentos pelo interior da sala.

-Não consigo deixar de pensar naqueles horripilantes membros dos Ashfinders, a única razão lógica que me passa na mente para executar a morte de um Sangue Fraco dessa maneira tão dramática é para a produção rápida de uma grande quantidade de "Cinzas", todas vocês já entenderam o que é? E você que é nova aqui na cidade, Cordélia já ouviu falar da utilização dos restos mortais de vampiros para a fabricação e comercialização de drogas sintéticas?

Questionava Elena, falando de um assunto que claramente deixava a figura de Milla inquieta e a de Madlen desconfortável, mas que, mesmo causando esses sentimentos nas mulheres, ambas não deixavam de realmente considerar a hipótese ou de se atentar as falas de Elena e as suas.

-Nós só ouvimos boatos, testemunhas, mas ainda não tivemos a chance de conseguir provas concretas, talvez seja a nossa oportunidade. E com essa prova, podemos enfim exigir uma reação das nossas lideranças!
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MensagemAssunto: Re: 1º Arco: Ato I da Narrativa de Cordélia Giovanni    1º Arco: Ato I da Narrativa de Cordélia Giovanni  I_icon_minitime2/12/2023, 13:33

Era com calma que explicava as impressões que conseguia compreender do que havia ocorrido naquele lugar, me afastando da mancha negra, era com um simples aceno que concordava com a pergunta de Elena.

“Devorado...”

Diante da pergunta feita por Milla eu olhava para a mancha por alguns instantes antes de respondê-la.

– Acredito que sim, não que não existam outros tipos de criaturas, mas a tese que seja um vampiro é a mais plausível.

Voltando os olhos para Madlen eu gesticulava, estralava os dedos em um claro sinal de que a ideia da diablere não havia me passado pela cabeça, voltando a olhar para a mancha negra eu franzia o cenho, já que algo não se encaixava completamente com o que havia acontecido.

“Como fica o corpo de um sangue fraco depois de uma diablere? Porque teve fogo aqui... Então fica um corpo físico?”

Escutando atentamente as palavras de Elena, eu sinalizava pedindo por alguns segundos antes de respondê-la, afinal a diablere de um sangue fraco poderia não ser recompensadora, mas era inevitavelmente perigosa o suficiente para não ser sequer plausível.

– A Madlen tá certa, pode ter sido uma diablere, o que não deixa de ser um sacrifício, já que a essência é a mesma. Ainda assim... Eu não consigo imaginar nenhuma “recompensa” grande o suficiente em diablerizar um sangue fraco, os riscos são muito mais altos do que a recompensa... Ainda assim, se depois disso fica um corpo pra tras, o fogo é a solução mais plausível para se livrar dele, mas não explica a ausência de cinzas.

Voltando meus olhos para Elena e as outras vampiras eu balançava a cabeça ao comentar.

– Ouvi tanto quanto os boatos afirmam sobre eles, eu não consigo mensurar o que as cinzas vampiricas podem provocar em um mortal, mas se seguirmos nessa linha de raciocínio, é muito mais fácil lidar com a força de um sangue fraco do que a de um vampiro, o coitado aqui pode ter sido uma vítima infeliz da situação.

Comentava enquanto ainda ponderava sobre a situação.

– Madlen tinha cinzas aqui quando você chegou? Duvido que você tenha mexido, mas se vamos trabalhar com essa teoria é bom resguardarmos pontos em branco.
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MensagemAssunto: Re: 1º Arco: Ato I da Narrativa de Cordélia Giovanni    1º Arco: Ato I da Narrativa de Cordélia Giovanni  I_icon_minitime13/12/2023, 01:49

As trocas de olhares entre todas vocês, ali presentes naquele momento de reflexão e tentativa de compreensão. Diante da sua pergunta, Madlen prontamente dava com os ombros e respondia de maneira natural:

-Se tinham cinzas? Olha, não acho que tinham não. Não que eu tenha entrado na casa e procurado diretamente para isso, havia um cheiro forte que eu pensei ser de gás e então logo abri as janelas, mas de fato, não havia nenhuma acumulo considerado de coisa alguma, muito menos cinzas.

Elena parecia pronta para falar algo, mas era a ação de Milla que chamava a atenção de todos, afinal a Gangrel caminhava na direção da mancha queimada que havia ficado impressa sobre a parede e o assoalho, tomando a liberdade de usar as garras para puxar um dos filetes de madeira que compunham o chão para então apontar na direção e questionar.

-É esse tipo de cinzas que estamos falando?

Assim que Milla terminava de perguntar, Elena olhava preocupada na sua direção e em seguida caminhava rapidamente na direção do buraco recém aberto pelas garras desajeitadas de Milla, espiando o interior do mesmo enquanto Milla terminava de puxar o braço de volta e exibindo em sua mão um punhado de cinzas escuras e estranhamente "aglomeradas" em porções que pareciam firmes mas que cediam com facilidade ao toque.

-Eu não tenho total certeza...

Elena olhava na sua direção, uma ação que praticamente todas as demais ali presentes também faziam. E seus olhos logo alcançavam a imagem das cinzas contidas no interior das mãos abertas de Milla e não haviam motivos para lhe restar qualquer tipo de dúvida, aquelas cinzas jamais pertenceriam a um ser humano, afinal, cremar uma pessoa não era a tarefa mais rotineira e simples como todos poderiam imaginar e seus estudos, mesmo que básicos de necromancia já haviam te conduzido para a compreensão sobre o que é a morte final de um vampiro e essa era estrutura de cinzas que você havia lido em seus livros.

-Se essas cinzas pertencerem ao sangue fraco que foi executado aqui, eu sacrificado, que seja, teremos enfim algum tipo de prova para demonstrar que existe de fato um culto ativo caçando e executando os sangue fracos. E até quando eles vão parar somente neles? O que garante que eles já não tenham feito o mesmo com alguma criança da noite? E se alguns vampiros começarem a desaparecer? Precisamos entender isso para começarmos a agir.
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MensagemAssunto: Re: 1º Arco: Ato I da Narrativa de Cordélia Giovanni    1º Arco: Ato I da Narrativa de Cordélia Giovanni  I_icon_minitime16/12/2023, 18:27

A resposta de Madlen me fazia concordar com um leve aceno, afinal um amontoado de cinzas não passaria despercebido, principalmente quando a teoria levantada nos fazia acreditar que aquele era um material de suma importância.

Voltando os olhos para Milla quando esta se movimentava, eu abria espaço para a gangrel se movimentar, observando suas ações era com calma que me aproximava diante das palavras de Helena em duvida, observando as cinzas compactas entre as garras de Milla, eu acenava de forma positiva ao comentar de maneira simples.

– Sem sombra de duvidas que estas são cinzas de um vampiro. É muito difícil cremar um humano e elas não ficam assim, fora que o cheiro de carne queimada chamaria a atenção da vizinhança. Já que nosso corpo potencializa as chamas é muito mais fácil chegar as cinzas sem chamar tanta atenção.

Olhando em volta a procura de algum pano em que pudéssemos colocar as cinzas recolhidas por Milla, eu escutava atentamente as palavras de Helena enquanto buscava o pano e o abri para que Milla pudesse depositar o conteúdo ali.

– Se o sangue fraco não tivesse sido diablerizado, seria possível falar com o espirito dele, mas essa já não é uma possibilidade que temos. Mas temos que começar por um ponto, e o ponto que temos é que um sangue fraco foi morto e a grande parte de suas cinzas foi levada embora, se isso não é um indicio é pelo menos algo sério o suficiente para nos preocuparmos. E você está certa, se os sangues fracos estão sendo atacados assim, uma hora esses ataques vão se voltar contra nós.

Enrolando as cinzas no pano para guarda-lo, era com calma que esperava pela reação das cainitas ali, tínhamos a suspeita de algo grande acontecendo e as poucas provas talvez não fossem o suficiente para comprava-las.


"Essa é uma linha de pensamento perigosa, mas se for real... É mais perigoso ainda, espero que nossas lideranças saibam entender o tamanho disso."
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MensagemAssunto: Re: 1º Arco: Ato I da Narrativa de Cordélia Giovanni    1º Arco: Ato I da Narrativa de Cordélia Giovanni  I_icon_minitime25/12/2023, 11:12

Madlen enfiava as mãos nos bolsos da jaqueta e encostava com as costas em uma das paredes vazias da sala para apenas observar e ouvir a conversa que estava acontecendo. Já Milla, compartilhava a atenção entre as suas palavras e o próprio buraco que havia aberto com as garras instantes atrás, ainda agachada e com um dos joelhos apoiados no piso, a Gangrel estava com a guarda levantada e notoriamente atenta aos arredores.

-Concordo com a Cordelia, não é uma prova completa em torno das suas suspeitas e temores Elena, mas é uma situação muito grave que precisa de atenção urgente e de soluções imediatas, precisamos levar isso diretamente ao Barão.

Elena esfregava as mãos, respirava e balançava a cabeça de maneira positiva, indicando que havia entendido o que vocês duas haviam acabado de falar.

-Eu precisava tanto de uma prova concreta...

Elena não conseguia disfarçar a frustração e assim que abria um pouco a postura, a jovem Ventrue era prontamente abraçada com intensidade por Madlen que quase a tirava do chão por causa da firmeza da ação que pegava Elena de surpresa e arrancava um sorriso divertido de Milla.

-Não se preocupe, vamos encontrar provas e vamos caçar cada um desses malditos. Mas não se culpe tanto, a maioria nem sequer está preocupada com essas pessoas. Sem você, elles voltam a serem invisíveis.

Elena batia levemente com as mãos parcialmente presas no abraço de Madlen, nas costas da própria Brujah, pedindo para ser liberada daquele abraçado inesperado. E com um sorriso no rosto, Elena ajeitava as roupas e olhava para todas as presentes, incluindo você.

-Então vamos levar o que temos até o Barão. Cordelia, você prefere passar pelo seu irmão primeiro e depois vamos todas até o Barão, ou você prefere ter esse contato em particular com o seu irmão e depois nos a encontramos em algum lugar?
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MensagemAssunto: Re: 1º Arco: Ato I da Narrativa de Cordélia Giovanni    1º Arco: Ato I da Narrativa de Cordélia Giovanni  I_icon_minitime25/12/2023, 20:31

Era com certa atenção que observava os movimentos de Madlen e Milla, no ambiente em que estávamos eram as duas, nossa força e olhos aos arredores, a própria postura atenta de Milla me deixava isso claro.

– Sim, nossas lideranças precisam estar a par do que está acontecendo.

Comentava ao concordar com Milla, observando a frustração de Elena em não ter provas mais concretas, um sorriso simples nascia em meus lábios quando Madlen a abraçava com força, terminando de enrolar as cinzas no lenço, era com cuidado que as guardava no bolso do meu casaco.

“Será que Flávio conhece algum ritual para rastrear o resto das cinzas? Um ritual assim existe?”

Rindo de leve quando Elena pedia para ser libertada do abraço de urso de Madlen, eu respirava fundo ao estender a mão em uma oferta de ajuda a Milla para se levantar, ouvindo a pergunta de minha querida amiga eu sorria a responde-la com calma.

– Acredito que seja bom deixar o Flávio a par do que encontramos aqui, como eu disse ele é mais experiente do que eu no quesito necromancia e pode algum detalhe que eu possa ter deixado passar. Se quiserem vir estão mais do que convidadas.

Voltando os olhos para Madlen eu comentava de maneira simples, porém preocupada, afinal a última coisa que gostaria era de irritá-la ou deixá-la desconfortável com os métodos de minha família.

– Prometo que são mais livros do que coisas esquisitas, embora as coisas esquisitas existam o Flávio costuma deixar elas bem escondidas.
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MensagemAssunto: Re: 1º Arco: Ato I da Narrativa de Cordélia Giovanni    1º Arco: Ato I da Narrativa de Cordélia Giovanni  I_icon_minitime8/1/2024, 17:20

-Eu tenho uma sugestão.

Dizia Milla exatamente quando você pronunciava a sua última fala e todas prontamente olhavam na direção da Gangrel, que cruzava os braços e começava a explicar:

-É impossível que tudo isso daqui tenha acontecido sem uma única testemunha. As casas são todas próximas, as paredes não são tão distantes e o cheiro teria atraído a atenção de alguém ou do animal de alguém. Eu e Madlen podemos ficar aqui, tanto para impedir que alguém venha alterar a cena, quanto para procurar mais informações enquanto vocês duas, Cordélia e Elena vão buscar mais informações com o especialista.

Madlen pensava alguns instantes e fazia um simples sinal de concordância com a cabeça. Assim, Elena olhava na sua direção e sorria de maneira carismática.

-Okay, nós duas de novo então, parece até um date eim!

A brincadeira de Elena era recebida por Madlen com um sorriso e uma risada baixa, já Milla parecia não ter compreendido completamente a brincadeira e apenas balançava a cabeça positivamente, confirmando a informação expressada por Elena. A sempre cativante Ventrue então caminhava na direção da saída da casa, esperando por você na porta e em seguida ia até o carro que outrora fora pilotado por Milla e sentava no banco do motorista, aguardando você entrar no banco do carona, ela prontamente falava assim que você se sentava.

-Acho que é melhor avisar ao seu irmão que estamos indo até lá. Existe algo que eu precise saber? Algum assunto que não possa ser tocado?

O som do celular de Elena tocando interrompia a própria fala de sua dona, a mulher então fazia um sinal pedindo para que você esperasse e outro já pedindo desculpas pela situação, ela então pegava o celular e fazia uma expressão de curiosidade antes de atender ao mesmo.

-Cath? Você ligando, aconteceu alguma coisa?

A abreviação do nome "Cath" já fazia a sua mente trabalhar, poderiam ser inúmeras pessoas, mas a seriedade de Elena poderia te convencer facilmente que ela estaria a falar com a própria irmã de abraço, Catherine du Bois, "a" mais bela joia dos Ventrue dos Estados Livres Anarquistas" como era chamada por seus admiradores, ou simplesmente a nova liderança máxima da mais poderosa e influente coterie da cidade: Os Filhos da Cripta.

-Espera, o que foi que aconteceu? Como isso aconteceu? Mas que situação sem sentido algum. Olha só, eu acho melhor nós não colocamos nossos nomes no meio dessa bagunça toda, você mesma sempre disse que precisamos nos desconectar... Entendi, sim eu posso entrar em contato com a minha prole sim, talvez ela tenha alguma coisa ou saiba de algo... Mas não se preocupe tanto, isso não vai afetar a sua posição, tão pouco a minha, vamos manter a racionalidade e trabalhar a favor do Barão, ok? Certo. Eu te retorno mais tarde.

Elena então desligava o telefone e enfim ligava o carro, para olhar na sua direção e fazer uma careta divertida.

-Família né? Agente não escolhe e as vezes pode ser uma maldição. Você já conheceu a Cath? Se não, deveria, ela é ainda mais desparafusada do que eu, tem toda aquela cara de patricinha francesa mas é ligada no 220v! Enfim, parece que aconteceu alguma coisa com uma neófita do clã, algo arriscado, sumiram uns vassalos da mansão principal. Louis que se foda e se vire pra resolver! Enfim pronta? Podemos ir?

Questionava por fim, Elena, depois de seu monólogo cheio de informações e emoções.
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MensagemAssunto: Re: 1º Arco: Ato I da Narrativa de Cordélia Giovanni    1º Arco: Ato I da Narrativa de Cordélia Giovanni  I_icon_minitime14/1/2024, 18:57

Diante das palavras de Milla ditas prontamente a minha ultima palavra, eu voltava minha atenção para a gangrel com curiosidade e em sinal de respeito com a sua figura.

Concordando com um breve acena a linha logica de raciocínio que Milla havia seguido, era com um riso maroto que eu mostrava a língua para Elena, afinal aquele tipo de brincadeira era normal entre nós duas.

– Certo, vamos falar com meu necromante favorito, ele pode ter alguma ideia que possa nos ajudar a encontrar mais pistas, ou ficar de olho em alguma alteração que não tenhamos visto.

Me despedindo com um breve aceno de Milla e Madlen, era com calma que seguia Elena até o carro, entrando no veiculo pelo lado do passageiro, eu colocava o cinto de segurança enquanto ouvia as preocupações de Elena de como interagir com meu irmão, porém antes de poder responde-la o telefone que tocava me silenciava.

“Assunto a não ser tocado... Por sorte Flávio é bem resolvido com nossa natureza... Existe a antiga dor que compartilhamos, mas até mesmo essa dor é compreendida por nós dois...”

Voltando os olhos para Elena ao compreender que o assunto que se passava com ela era de certa forma importante, eu sorria com calma quando esta por fim desligava o celular.

– Não conheci a Cath, mas tenho medo se ela for mais despirocada que você!

Comentava ao rir um pouco, antes e retirar o celular e mandar uma mensagem simples para Flávio.

Mensagem:

– Podemos ir sim, mas você tem certeza de que ta tudo bem? Porque eu não gostaria que algum problema estourasse no seu colo... Mesmo que seja um problema de clã...

Me apoiando na janela eu respirava com calma esperando a reação de Elena, era só quando o carro já estivesse em movimento que respondia a pergunta feita sobre Flávio.

– Não tem muito o que saber, se algum item parecer anormalmente estranho é só não tocar, nunca se sabe se é o foco de algum ritual. E meu irmão é um tagarela nato, ele vai discursar se você deixar e fazer verdadeiras palestras quando se empolga. Não existem assuntos que Flávio tenha problema em tocar.

Comentava com calma e um sorriso simples no rosto, afinal meu irmão mais velho me era querido.
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MensagemAssunto: Re: 1º Arco: Ato I da Narrativa de Cordélia Giovanni    1º Arco: Ato I da Narrativa de Cordélia Giovanni  I_icon_minitime20/1/2024, 01:13

-Ah, se você ainda não conheceu, vai conhecer logo logo, ela é desse tipo.

Respondia Elena, rindo bastante da sua reação.

-Agora vou ser sincera contigo, não posso te responder se eu tenho total certeza que está tudo certo, eu não tenho uma ligação muito próxima com minha família, meu clã ou meu Senhor. Houve um rompimento e desse momento em diante, só existe a formalidade dos negócios. Eles são fechados dentro dos costumes deles e nós duas, temos nossos próprios caminhos sabe? Então, acho que sim, mas nunca posso ter total certeza quanto é um assunto de clã.

Falava Elena, já dirigindo sem muita pressa o veículo onde vocês duas estavam, a mulher claramente esperava pelos seus direcionamentos para que vocês pudessem chegar ao local desejado. E o endereço não poderia ser diferente, no vale de Beverly Hills, onde o metro quadrado custava milhares e milhares de notas de dólares. Não era uma escolha somente de Flavio, seu irmão não era nenhum magnata ou grande empresário, era uma escolha da família, uma propriedade em nome dos Giovanni e por tanto, coube ao seu irmão assumir a responsabilidade de estar na mesma dês da chegada de vocês.

Mansão Giovanni:

-Impressionante.

Dizia Elena quando vocês começavam a adentrar, ainda de carro, a propriedade. A jovem Ventrue então estacionava em frente ao casarão e ainda observava os arredores, com um sorriso surpreso no rosto.

-A sua família deve ter um acesso quase infinito de recursos né, afinal, são o que? Quase quinhentos anos lá em Veneza e no mercado mediterrâneo?!

Era natural que seu irmão não tivesse respondido a sua mensagem a essa altura, mas você sabia que ele tinha ao menos feito a leitura da mesma. Assim, enquanto Elena ainda falava e observava o arredor, seus olhos prontamente iam na direção do segundo andar da mansão, onde uma luz era acessa e em seguida, era possível acompanhar a caminhada apressada de alguém por dentro dos corredores da mansão, passando por praticamente todas as janelas do piso superior até desaparecer e enfim, abrir a porta do casarão. Era o próprio Flavio, seu irmão olhava surpreso para a figura de Elena e em seguida, olhava para você.

-Boa noite senhora Gutierrez. Boa noite, Cordelia. Por favor, entrem.

Elena prontamente caminhava na direção do seu irmão, oferecendo a mão ao mesmo, Flávio que apesar de não ser nenhum grande político ou socialite, sempre tinha bons resultados nas aulas de etiqueta e ali, prontamente realizava uma saudação formal de beijar a mão da dama convidada e abrir a porta para que vocês então entrassem na mansão, mas assim que ficavam apenas vocês dois do lado de fora, seu irmão te olhava confuso.

-Eu não arrumei a casa, não imaginava que iria ter qualquer tipo de visita! Aconteceu alguma coisa? O que a Elena Gutierrez tá fazendo aqui?
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MensagemAssunto: Re: 1º Arco: Ato I da Narrativa de Cordélia Giovanni    1º Arco: Ato I da Narrativa de Cordélia Giovanni  I_icon_minitime22/1/2024, 22:32

Era com um riso sincero que concordava com Elena sobre conhecer Catherine, afinal se ela era a irmã mais próxima de minha querida amiga, era natural que tal fato acontecesse.

– Bom, não posso dizer que entendo a sua situação com a seu clã, mas se precisar de alguma coisa estou aqui, é o mínimo que posso fazer e não se acanhe em pedir.

Comentava enquanto procurava no celular pelo melhor caminho afim de guiar Elena até a mansão da família, a sempre grandiosa mansão me fazia suspirar em silencio, afinal era um marco e uma exigência da família, uma que por sorte Flávio havia assumido por ser o mais velho.

“Tenho que deixar claro pra ele que posso dividir esse peso... Não é justo com o Flavio só ele assumir essas responsabilidades.”

Observando o imóvel e a movimentação que indicava o conhecimento de Flavio sobre nossa chegada, eu ria diante do comentário de Elena para responde-la com calma e certa brincadeira.

– Quase é uma palavra muito forte, se um ancião mão de vaca da família escutar isso ele tem um ataque... Mas acho que quase quinhentos anos de Veneza fizeram bem pros bolsos de todo mundo.

Comentava rindo, observando meu irmão se apresentar e receber Elena, eu sorria com calma enquanto a patrícia adentradava na casa, voltando os olhos para Flavio eu gesticulava em um pedido de calma para beijar suas faces e dizer.

– Buona notte fratello! E sim aconteceu algo e precisamos de sua ajuda.

Dizia ao indicar que deveríamos entrar para então continuar a falar.

– Elena me procurou porque precisava da ajuda de um necromante, e adivinha eu era a mais próxima, as Antonianas estão investigando um assassinato de um sangue fraco, quando chegamos lá pude constatar que o sangue fraco em questão foi diablerizado, e suas cinzas sumiram... Ou grande parte delas.

Dizia ao retirar o lenço do bolso e coloca-lo nas mãos de Flavio.

– Elas suspeitam que seja obra dos Ashfinders, e bem como eu não sou a melhor necromante da cidade, viemos ao melhor que eu conheço. Além disso Fratello mio, a coterie ta de olho em mim, digamos que talvez esse seja o teste pra minha entrada, então não seria de bom tom deixar essa oportunidade correr por nossas mãos.
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MensagemAssunto: Re: 1º Arco: Ato I da Narrativa de Cordélia Giovanni    1º Arco: Ato I da Narrativa de Cordélia Giovanni  I_icon_minitime29/1/2024, 02:29

Sala de Estar da Mansão:

-Boa noite... E não precisa disso não...

Respondia seu irmão ao receber os beijos que você fazia questão de aplicar em suas faces, prontamente, o rapaz esfregava as faces beijadas com as mãos e fazia um sinal para que vocês entrassem na mansão, para então fechar a porta. E já dentro dela, o mesmo prontamente desviava os olhos na sua direção e caminhava sem nenhuma pressa enquanto ouvia tudo que era dito e apresentado ao mesmo, piscando de maneira discreta, deixando claro que havia entendido a importância da situação.

-Primeiro, os Ashfinders começaram a vender sangue de vampiros em misturas com outras drogas líquidas, isso foi descoberto a quase um ano. Agora essa história nos faz imaginar que os rumores de uma produção de entorpecentes profundamente letais estejam sendo produzidos com cinzas da nossa espécie, por assim dizer. E o problema é que os efeitos colaterais são tão intensos que estão atraindo a atenção da mídia mortal, imagina se isso chega no radar da inquisição?

Comentava Elena, adicionado um peso ainda maior a toda a situação que havia sido previamente iniciada por você. Flávio, de maneira muito séria, segurava com cuidado o lenço que havia recebido, para então olhar na direção do mesmo e ficar alguns instantes em silencio antes de oferecer uma resposta.

-Entendi, em primeiro ponto. Essas são sim cinzas de algum vampiro, isso é inquestionável.

Flavio então parava de andar quando vocês chegavam na sala de estar e prontamente, de maneira muito educada, o homem fazia um breve sinal indicando os assentos a vocês. Elena prontamente se sentava e cruzava as pernas, com os olhos profundamente conectados na imagem do seu irmão, a Ventrue não fazia nenhuma questão de esconder a curiosidade.

-Mas existe algo que talvez não tenha sido considerado. Certamente, o pecado da Diablerie é violento ao ponto de reduzir um cadáver a cinzas, mas eu tenho outra teoria para apresentar. Existe uma porção, reduzida, de especialistas no abismo que diante de espíritos e aparições, ao invés de temê-las as aprisionavam para transformá-las em rebanhos, literais, de energia passional espiritual que de certa forma, saciava a nossa fome por sangue.

Os olhos de Elena cresciam como luas cheias de surpresa. E Flávio continuava.

-As paixões dessas criaturas espirituais são poderosas, é o que nós podemos chamar de fantasmas, para que um exista, ele precisa ter um sentimento muito profundo, obsessivo, apaixonante o suficiente para que ele não consiga abandonar após seu fim... Eu me recordo de ler sobre essas atividades e que haviam teorias sobre a utilização desse poder e habilidade em outros seres, como por exemplo, membros de gerações fracas o suficiente para que a humanidade dentro de seus corpos preservem suas almas e espíritos, afinal, um vampiro já perdeu sua alma, é um corpo morto. Mas um sangue fraco não necessariamente, entende? Minha suspeita é que a vitima de vocês teve o espírito devorado lentamente para produzir muita dor, muita energia, muita essência e que essas cinzas não são somente físicas.

Elena parecia completamente surpresa e levemente confusa com uma possibilidade tão cruel e inimaginável.

-Então, estamos lidando com alguém com conhecimento de necromancia? Como isso é possível? É algum membro da clã da morte como vocês são? Podemos associar essas essências as essências que existem no vitae e que nos permite acessar determinados poderes do vitae?

Os olhos de Elena iam na sua direção e depois para Flávio, na esperança de alguma iluminação ou resposta.
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