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Narrativas De World of Darkness Estruturadas Nas Versões de 20 Anos
 
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 Ato XIV - A Senhora

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Danto
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MensagemAssunto: Ato XIV - A Senhora   Ato XIV - A Senhora I_icon_minitime13/8/2017, 21:09


Imagem referencial:
Local: Berlim, Köpenick.
Data: 01 de dezembro de 1992: O Cardeal.

Seus olhos se abriam para mais uma noite em seu castelo, sim, exatamente isso. Seu castelo! As obras haviam terminado recentemente, não mais do que um mês! Todavia ainda ocorriam alguns serviços internos de restauração e funções administrativas. Na enorme cama que tanto orgulhava Fredy, você despertava tranquilamente em seu canto da cama. Havia tanto espaço que era algo que ainda precisaria de um certo costume para parecer normal, todavia, os três sabiam que o espaço exagerado que sobrava tinha um dono e a saudade já alcançava níveis preocupantes. Principalmente para Eva que havia prometido algo que ela se arrependia todas as noites, o "celibato" a assombrava e a fazia lhe atacar constantemente! Até Luana acabou por sofrer alguns ataques e várias empregadas do castelo também.

Enfim, seus olhos estavam abertos e você saia da cama com uma sensação curiosa, como se algo de importante estivesse para ocorrer. Dessa forma foi possível calmamente tomar todos os minutos e ações necessárias para se aprontar, o que incluía o banho, o ritual de passar os cremes que Lena mantinha constantemente renovados para seu uso e enfim, depois de vestir-se e atentar ao seus lindos cachos, seus pés a levavam para o corredor do palácio na direção da cozinha. Sua pequena corria em disparada, esbaforida e esfomeada! Por sorte, Cesco havia lhe pedido para que um frasco do seu vitae pudesse ser servido à ele pelas garotas na primeira semana desse mês, afinal, eram muitos serviços a serem cumpridos. Logo, era esperado por ti e pela pequena a presença de Enzo e Cesco no café!

Todavia, você a encontrava junto do acesso a escada a fazer uma longa reverência. Pois a figura robusta e larga do Cardeal Monçada se fazia presente, era a terceira visita que ele à fazia em oito meses. Por sorte não era algo constante, mas sua memória lhe dizia que Caroline não demoraria para regressas da viagem feita em busca de Maria! O Cardeal observa a sua pequena com um sorriso gentil na face e prontamente virava-se na sua direção, estendendo a mão onde havia o anel eclesiástico que deveria ser propriamente beijado.

-Boa noite querida, vejo que enfim sua realeza encontrou um castelo. Extremamente digno e merecido eu diria, todavia, fico a questionar-me. Quando os ventos trarão a sua porta notícias maiores, pois recentemente pude visitar a figura de Senhora Galbraith e ela estava a configurar algo. Espero não estar à estragar alguma surpresa...

E por mais estranho que pudesse soar, ele realmente estava trazendo um elemento novo e inesperado! O que a Regente da Espada de Caim estava a orquestrar que poderia envolvê-la?! E era estranho o silêncio que havia surgido entre vocês duas, ela ainda não havia enviado nenhuma carta em meses!
Ambrosio Luis Monçada:
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MensagemAssunto: Re: Ato XIV - A Senhora   Ato XIV - A Senhora I_icon_minitime13/8/2017, 22:09

A mais recente mudança de ares ainda pairava sobre minha cabeça ao despertar, sorrindo pude me revirar pela gigantesca cama só para ver Bela e Fredy ainda adormecidos, todos os meus mais recentes despertares eram marcados por essa cena e nem por isso eu deixava de sorrir em cada um deles.

A saudade apertava em nossos corações, Eva era a que mais sofria devido a sua pequena promessa, algo que em algumas noites me fazia correr enquanto minha pequena gemia se compadecendo de Bela, mas morria de ciúmes caso ela atacasse qualquer outra.

Movendo-me com delicadeza sobre a cama, beijo os lábios de cada um de meus amores antes de me levantar, seguindo para o banheiro não vejo mal em tomar um bom banho quente, tomando os cuidados com meus cabelos e pele, algo que aos poucos começará a fazer parte de minha devido aos cuidados de Lena.

Saindo do banheiro não demoro a me vestir, só para abrir a porta de meu quarto, a pequena em todo o começo de noite não se aguentava de fome e gemia me apressando.

Modelo da roupa:

“Acalme-se, a comida não vai fugir!”

Eu comentava só para receber uma língua a mostra como resposta antes da corrida desenfreada de minha metade, não contenho o riso não quando sei bem que ela não mudaria por nada. A ansiedade me toma quando vejo Monçada rente as escadas, me surpreende que a pequena esteja fazendo uma reverencia e não simplesmente se atirando em seus braços e brincando com suas roupas.

- Mio Cardeal! É tão bom revê-lo!

Seguindo as indicações deste executo minha melhor reverencia apenas para beijar o anel indicado, as palavras de Monçada me deixam pensativas, ainda mais quando Melinda parecia distante, um indicio de algo novo e que pelas certezas do Cardeal me envolviam.

– Dizem que é de bom tom não apressar o vento que traz a chuva, ela sabe o exato momento de cair e regar a colheita. Vamos espera-la com paciência e saberemos quando ela se fizer presente, afinal sempre fui apaixonada pela chuva. Mas me diga, sua visita não foi apenas para me avisar sobre o vento, ela tem algo a mais não?

Em pé e diante de meu amado Cardeal eu uso o espanhol para falar com ele, ofereço meu braço a este para procurarmos um lugar reservado ou simplesmente continuar para o café.

"Ela estaria cogitando meu nome?! O que ela planeja?"
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MensagemAssunto: Re: Ato XIV - A Senhora   Ato XIV - A Senhora I_icon_minitime14/8/2017, 01:23

A pequena sorria de maneira educadíssima enquanto a sua fala era ouvida por Monçada, havia nela um notório respeito e um sorriso sapeca que começava a surgir delicadamente, assim ela olhava de um lado para o outro como se estivesse a considerar algo.

-Querida Rafaldini, cada vez mais sábia. Vejo que os anos não só a fizeram forte, mas a tornaram em um verdadeiro orgulho. Nunca me esquecerei da noite em que a vi adentrar minha Catedral, todavia, tens razão. Não venho apenas conversar sobre o vento, venho pedir-lhe por ajuda. É chegada a hora... Temo que minha presença aqui esteja começando a se tornar uma angústia e eu preciso encontrar uma forma de enfim, partir em segurança. Eu venho em busca da sua luz Pietra... Sei que é vergonhoso para mim, um homem de Deus, clamar por ajuda e por vossa intervenção. Mas nada que eu faço me trás paz e minhas filhas estão todas longe de meu alcance... Lucita sequer é capaz de me ver. E Maria, não sei onde ela pode estar!

Confessava o Cardeal com a voz sempre roupa e o espanhol carregadíssimo do sotaque típico da cidade que ele tanto amou. Foi então naquele momento de suave abertura de postura do Cardeal que sua pequena se atirava para abraça-lo. Um abraço que pegava o homem em surpresa e o fazia sorrir de maneira tímida, tocando na cabeça de sua pequena ele afirmava:

-Tens alguma notícia de alguma de minhas filhas Pietra?
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MensagemAssunto: Re: Ato XIV - A Senhora   Ato XIV - A Senhora I_icon_minitime14/8/2017, 10:00

Olho com certa surpresa para minha pequena comportada, porem a surpresa logo perde força ao ver que seus olhos já buscavam a melhor oportunidade de aprontar.

" Só espero que ela não resolva roer as roupas de Monçada."

Um sorriso gentil se forma em meus lábios ao ouvir o elogio de Monçada, forá meu adorado Cardeal que permitiu meu ingresso e o de Bela a Espada, que acalmou meu coração diante de todos os sofrimentos que Elonzo nos expusera.

O abraço de minha pequena me fez rir, aproveitando-se da abertura do imponente Cardeal, a pequena realizava um velho e inquieto sonho meu, poder abraçar Monçada.

- Se sou sabia, foi porque tu me deu está oportunidade. Um bom aprendiz observa antes de falar e eu o observei por muitos anos.

Tomando as mãos de Monçada eu as beijo com carinho, em seus olhos sorrio demonstrando todo o respeito e amor que sinto pelo homem que me estenderá a mão em Madrid.

- Não existe vergonha em pedir ajuda, existe apenas a soberba em não procurar quando se precisa dela, tu mio amato me estendeu a mão quando precisei, agora é minha vez e farei o possível mio amato. Não conheço Lucita, ainda não nos cruzamos mas ela sofre os estigmas de carregar sua morte, mesmo que não o tenha feito. Maria não aguentou as saudades que se abateu sobre seu coração, ela foi dormir, por sorte ou egoísmo nosso eu e Caroline pretendemos acorda-la, Lady Caroline já está para retornar de sua viagem para buscar Maria. Como iremos realmente desperta-la eu não sei, mas imagino que com sua ajuda isso seja possível.
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MensagemAssunto: Re: Ato XIV - A Senhora   Ato XIV - A Senhora I_icon_minitime14/8/2017, 14:10

O olhar sempre paternal de Monçada a observava com orgulho e carinho. Permitindo que as próprias mãos fossem beijadas por ti, o enorme cardeal ainda sorria com o abraço forte que recebia de sua pequena. Dessa forma ele seguia a lhe ouvir, para respondê-la com um tom calmo:

-Não há egoísmo nas ações de Caroline, tão pouco nas tuas, há apenas amor dentro delas. Sempre houve e sempre haverá, mas devo perguntar em nome de meu velho amigo. Que manda lembranças a ti e que ainda está vivo, apenas distante dentro do abismo. Ele está preocupado com Caroline, como ela está? Foi capaz de retornar ao caminho sob a tua luz?

Em seguida o homem aguardava por sua resposta para enfim, prover algo que poderiam ajudá-las a despertar Maria. Afastando com carinho a sua pequena, o eterno Cardeal de Madrid dava um passo na sua direção e tomava com afeto a tua mão direita, beijando-a.

-Se foi a amargura que a fez cair, apenas o amor poderá fazê-la despertar. Todavia, há ainda algo importante que vocês devem saber. Eu escondi dentro da bíblia sagrada que ela carrega dentro do baú de viagens, um fraco contendo o meu vitae. Existem ali três doses e elas são suas Pietra. Meu último presente, apenas peço que guarde uma para Marie e outra para Lucita, a terceira é tua por direito.

Sorrindo, o homem perdia por alguns segundos um pouco da opacidade. Afinal, era ali apenas o espírito dele que ainda não havia encontrado o caminho para os céus. Fechando os olhos e respirando fundo, o robusto Lasombra abria os braços para lhe convidar.

-Venha Pita. Me de um abraço de despedida, minhas forças estão acabando e certamente a sua luz me impedirá de cair para algo mais tenebroso... Por hora, até logo.
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MensagemAssunto: Re: Ato XIV - A Senhora   Ato XIV - A Senhora I_icon_minitime14/8/2017, 19:56

O sorriso que sempre adorei no rosto de Monçada, agora era adornado por uma apertado abraço de minha pequena, ouvir as palavras carinhosas deste me fizeram sorrir, ainda mais quando a pergunta sobre Caroline foi feita.

“Narses está vivo! Graças a deus, espero que um dia possamos nos reencontrar.

Concordando com um leve movimento, sorrio feliz ao poder responder Monçada sobre Caroline e sua reconciliação consigo mesma.

– Fiz como você me aconselhou, aquela frase foi o suficiente para trazes nossa Caroline de volta, ela não se orgulha de ter caído tanto, mas está se esforçando para erguer-se. Estou ajudando-a nesse caminho, por favor diga a seu e mio amato amigo que Caroline agora tem uma casa, é meu antigo refúgio em minha galeria.

Vejo minha pequena dar espaço para que Monçada se movimente, o beijo em minha mão me faz suspirar com carinho, o conselho que me era dado seria de extrema importância para despertar de Maria, algo que eu não esqueceria, ainda mais pelo presente recebido, meus olhos não seguram as lagrimas diante de meu Cardeal, muito menos quando este me oferece o tão desejado abraço.

Com carinho beijo sua testa para só então abraça-lo com força, as lagrimas escorriam por meu rosto sem nenhum medo ou receio.

– Sentirei sua falta, mas você precisa descansar e eu não posso impedi-lo. Guardarei com cuidado este presente mio amato Cardeal, não se esqueça de olhar por nós, porque nunca o esqueceremos.

Sinto o toque de minha pequena em minhas mãos, era um convite claro, um convite que me fez sorrir ao abrir meu coração e deixar que minha luz ganhasse força em meu corpo e mente.
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MensagemAssunto: Re: Ato XIV - A Senhora   Ato XIV - A Senhora I_icon_minitime15/8/2017, 12:07

Havia um breve concordar feito pela própria cabeça do cardeal diante a sua fala sobre Caroline, certamente ele não falharia em entregar aquela importantíssima notícia à Narses. E diante das suas lágrimas o maior de todos os Cardeais que a Espada de Caim teve e terá, sorria orgulhoso, afinal, tuas lágrimas eram mais claras e muito mais vívidas.

Dentro daquele forte abraço que nunca fora compartilhado em vida, mas que enfim acontecia e carregava consigo infinitos significados maravilhosos, a sua luz se manifestava outra vez. Trazendo consigo os ventos da sua terra natal, o cheiro dos campos e vinhedos, o calor do amanhecer sob o sol da Toscana. Seu corpo emitia uma branquíssima iluminação, a pequena desaparecia temporariamente para unir-se à ti. Assim, completas vocês eram capazes de criar uma verdadeira coluna de luz que atravessava o teto, em direção aos céus. O tato do corpo de Monçada desaparecia e o mesmo enfim, dizia adeus:

-São tantos erros, tantas falhas. Vivi por séculos, falhei durante todos eles. Mas tu serás eternamente um dos meus poucos acertos, um eterno orgulho. Suas mãos forjarão um futuro melhor, a profecia é real... Há esperança para todos nós! Obrigado Pietra Rita Rafaldini, esse é meu adeus... Diga a Maria que eu a amo profundamente e se um dia vir a encontrar Lucita... Diga a ela que eu sinceramente errei.

O brilho forte da sua luz ofuscava sua visão, seu olfato e tato a guiavam dentro daquela experiência imaterial que durava alguns segundos, eram os últimos segundos do Cardeal nesse mundo e eles foram contigo, dentro daquele abraço paternal e amoroso. Enfim, a luz cessava e a pequena era agora o corpo que estava sendo abraçado pelos teus braços. Apertando-a com força a mesma dizia suas primeira palavras:

-Ele foi para o céu comer maçãs para a eternidade...

Em seguida a mesma sorria e soltava um gemido manhoso, abrindo a boca implorando por comida.
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MensagemAssunto: Re: Ato XIV - A Senhora   Ato XIV - A Senhora I_icon_minitime15/8/2017, 12:33

Aquele toque por qual sempre esperei finalmente acontecia, em meio ao abraço com Monçada meu coração se enchia de alegria e amor, mas também de pesar por saber que aquela era realmente nossa despedida. Mesmo assim eu estava feliz, meu querido e magnifico Cardeal encontraria sua paz e descanso, em meu coração eu rezava que ele continuasse a olhar por nós como sempre fizera.

– Vá em paz mio amato, não esqueça de nós, porque nunca o esqueceremos. Tenha certeza de que farei mio padre.

Era minha única resposta quando minha pequena adentrava em meu corpo e até mesmo eu era ofuscada pela luz, o cheiro inconfundível da Toscana invadiu meu corpo, as lagrimas por sua vez ganhavam apenas força, foi o toque gentil de minha pequena que me fez abrir os olhos.

O abraço entre nós duas me fez sorrir apesar das lagrimas, um sorriso que se transformou em riso ao ouvir suas palavras carinhosas e de certa forma lindas.

“Sim ele foi comer maçã no céu, e lá ele cuida de nós!”

Apertando-a em meus braços quando ouço seu gemido pidão, não me seguro em beija-la com carinho só para então puxa-la pela mão na direção da cozinha.

– Vamos comer, você merece pequena!
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MensagemAssunto: Re: Ato XIV - A Senhora   Ato XIV - A Senhora I_icon_minitime15/8/2017, 15:14

Após gentilmente limpar as suas lágrimas, sua pequena segurava com firmeza a sua mão e sorridente, balançava a cabeça positivamente. Para cheirar o ar e assim apontar a direção, claro que ambas sabiam o caminho mas o olfato dela trazia a informação para o seu nariz de que havia bacon sendo feito e diante dessa possibilidade, a pequena se empolgava tanto que quase a arrastava pelos lindos corredores do primeiro edifício do palácio, afinal o segundo ainda estava em obras!

Cozinha de Enzo:

Não levava nem sequer cinco minutos e vocês duas adentravam a cozinha para sentirem o cheiro delicioso da culinária de Enzo. Ele era auxiliado por Cesco que passava ingredientes ou picava coisas pequenas, mas era essencialmente o espanhol que regia a cozinha com enorme maestria. Afinal, como o próprio Francesco costumava dizer: Era a arte dele.

A pequena soltava da sua mão e corria para pegar um cesto de frutas, parar na frente de Cesco e sorrir de uma maneira meiga ao mesmo, como se dissesse "boa noite" e corria outra vez para se sentar e começar a devorar as frutas que ali estava. Já Cesco ria enquanto secava as mãos para se aproximar de ti.

-Boa noite querida.

Dizia o homem lhe dando um beijo na face, Cesco já não era acordado por ti a oito noites, isso se dava ao fato dos serviços no outro prédio do palácio estar requisitando bastante serviço, ele não poderia ajudar na obra mas atuava como um gestor impecável. Além é claro das restaurações que estava ocorrendo. Enzo olhava na sua direção e dizia enquanto fritava algumas tiras de bacon.

-Boa noite senhorita!

Outro detalhe interessante e maravilhoso era o uso do italiano, todos agora usavam ele como o idioma padrão para o dia a dia de todas as funções.

Roupas de Enzo e Cesco:
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MensagemAssunto: Re: Ato XIV - A Senhora   Ato XIV - A Senhora I_icon_minitime15/8/2017, 16:05

O carinho de minha pequena e o cuidado de enxugar minhas lagrimas me fizeram sorrir para esta, não me contenho em apertar de leve seu nariz de forma carinhosa apenas para seguir sua animação.

Não evito os passos rápidos e nem as risadas ao ver que a pequena farejava na direção da cozinha, não era o caminho que a pequena farejava, mas sim a comida e isso apenas a animava mais ainda.

– Calma, Enzo vai te dar tudo que você pedir!

Eu comentava enquanto era quase puxada pela pequena e sua voracidade incansável, adentrar na cozinha só para ver minha pequena correr animada até as frutas me fez rir, não havia nada que a impedisse de se deliciar com a cesta de frutas, não quando ela queria e podia.

Sorrindo para Francesco e Enzo, procuro me sentar ao lado de minha pequena para não os atrapalhar, afinal Enzo estava cozinhando e ele amava fazer isso com perfeição, realmente Francesco estava certo em dizer que era a arte dele.

– Boa noite queridos, descansaram bem?

Por mais que eu tentasse, não consigo segurar o suspiro ao ouvir minha língua natal reinar no Palácio, era um presente atencioso de todos a minha volta, até mesmo meu jardim se esforçava para aprender meu idioma natal deixando-me feliz com isso.

“Oito noites. Hum, espero que isso não esteja sendo um fardo para Cesco. A reforma vem pedindo muito de sua atenção.

– O que temos para esse começo de noite Enzo querido?
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MensagemAssunto: Re: Ato XIV - A Senhora   Ato XIV - A Senhora I_icon_minitime15/8/2017, 17:26

-Um pouco, o suficiente eu diria.

Respondia Francesco que gentilmente começava a preparar a bancada, forrando-a e servido ali pratos e talheres, enquanto ele fazia isso Enzo desligava o fogo e ajustava os pratos enquanto lhe respondia com o carisma de sempre.

-Querida, temos frutas que serão postas em saladas. Purê de batatas, bacon, ovos, feijões, linguiças e por insistência de Francesco, temos um pão caseiro saindo do forno em alguns instantes!

Cesco comentava com o amigo em um tom de brincadeira.

-Certo, então não coma o pão! Vá lá mastigar seus biscoitos de água e sal!

Enzo sorria e discretamente mostrava o dedo do meio para Cesco, uma ação que arrancava enormes gargalhadas da sua pequena que estava com a boca cheia de pera. O italiano também se divertia e enfim olhava na sua direção para comentar:

-Senhorita Caroline ligou durante o dia, algo estranho de fato. Mas informou que deverá chegar ainda nesta noite e eu já preparei um quarto para ela, afinal, presumo que ela esteja sem dormir. Assim como, tenho que lhe pedir autorização Pietra, para preparar um quarto mais tradicional para comportar a visita que ela afirma trazer.
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MensagemAssunto: Re: Ato XIV - A Senhora   Ato XIV - A Senhora I_icon_minitime15/8/2017, 19:00

As palavras iniciais de Francesco fizeram com que minha sobrancelha o inquirisse, embora minhas palavras fossem muito mais suaves.

– Se essa rotina começar a pesar, podemos dar uns dias de descanso a reforma Cesco. Não quero que se esforce demais e acabe se machucando, meu querido.

Eu comentava enquanto Francesco começava a colocar a mesa, ali sentada eu o ajudo a posicionar os pratos e talheres enquanto minha pequena comia sem pudor nenhum as frutas da cesta, isso me fez sorrir, afinal parecia que a pequena comeria tudo que fosse posto a sua frente naquela noite.

“ A luz deve exigir muito dela, mas foi por uma boa causa.”

A pequena implicância entre Enzo e Francesco me faz rir, durante todas as noites eu pude ver o como a amizade suave dos dois crescia, essa brincadeira era apenas mais uma prova disso e me deixava feliz, muito feliz.

– Sabe eu vou adorar comer um belo sanduiche de bacon e salada com frutas!

Os olhos de minha pequena se reviraram extasiados, ela sabia bem que eu não comeria muito e todo o resto seria dela, por isso começou a se empenhar a sumir com as frutas antes do sanduiche ficar pronto.

As palavras de Francesco sobre Caroline me chamaram a atenção, o pedido sobre o segundo quarto me fez sorrir com carinho, afinal eu sabia quem Caroline trazia e de certa forma as ultimas palavras de Monçada me voltavam a mente.

“O vento está chegando, como uma brisa mas logo trará a chuva.”

Concordando com um leve movimento de minha cabeça, sorrio a Cesco dando-lhe minha permissão.

– Tens toda a minha permissão para preparar o quarto, também irei lhe pedir que prepare uma boa reserva de sangue, acredito que quando despertar nossa convidada vai estar com fome.
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MensagemAssunto: Re: Ato XIV - A Senhora   Ato XIV - A Senhora I_icon_minitime15/8/2017, 20:32

Francesco olhava na sua direção com uma expressão tranquila, sentando-se apenas quando a mesa estava posta o homem respirava fundo e olhava na direção da sua pequena, fazendo um suave carinho nos cabelos dela com a mão direita, para então responder:

-Bem, obrigado pela permissão e cuidarei para que não falte sangue. Mas também não há necessidades de interromper a obra... Mas talvez acordar durante o dia esteja realmente me sendo muito custoso. Todavia, preciso que tudo fique pronto, até o natal eu preciso de tudo pronto.

O homem fechava o punho esquerdo, em uma expressão forte e silenciosa de convicção e saudades. Afinal, os vassalos Toreador sofriam na ausência de seus Senhores e por mais que o seu vitae e a sua presença nutrissem Cesco, a saudade nele era realmente forte. Enzo por outro lado, removia o pão do forno e o cheiro do mesmo tomava toda a cozinha, levando-o até a pia o homem realizava o corte de várias fatias enquanto dizia:

-Francesco, eu posso ser o responsável durante o dia e organizar uma equipe de pessoas para trabalhar exclusivamente à noite. Qual era mesmo prazo que Gabriel acabou por lhe informar sem querer?

O italiano respirava fundo, olhando na sua direção e dizendo.

-Gabriel me disse que hoje é o pico mais alto da missão, eles ficaram impossibilitados de serem contactados até o dia vinte... Com a minha experiência posso presumir que em vinte e um dias termos nossa resposta sobre eles.
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MensagemAssunto: Re: Ato XIV - A Senhora   Ato XIV - A Senhora I_icon_minitime15/8/2017, 20:49

Conhecer Francesco por tanto tempo parecia não estar me ajudando a cuidar dele, apesar de agora ser meu vitae a nutri-lo a saudades de Alfonsus se fazia presente, uma saudade que era compartilhada por todos e cada vez mais se tornava dolorida.

“Vamos conseguir, sei que vamos. Logo Alfie vai voltar e nunca mais vai partir.

Vejo minha pequena tentar morder a mão de Cesco numa tentativa de anima-lo, quando este se senta não posso me conter em abraça-lo e beijar sua face, ouvindo as palavras de Enzo com carinho, as palavras de Cesco me tiram um suspiro saudoso, algo que não posso evitar.

– Vinte dias é um tempo considerável, mas queremos eles bem e de volta o mais rápido possível. Poderemos aguentar, só precisamos cuidar para que Bela não ataque de novo as empregadas.

Eu comentava ao morder a face de Francesco apenas para ver minha pequena rir feliz enquanto começava a devorar uma nova pera, me ajeitando do lado de Francesco, sorrio ao ver Enzo terminar de cortar o pão, o cheiro estava maravilhoso o que fazia a pequena olhar sem nenhum pudor na direção do pão e do bacon.

– Bom, vamos tentar por alguns dias a sua ideia Enzo, se as coisas não andarem bem voltamos ao que está agora. Tudo bem pra você Cesco?
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MensagemAssunto: Re: Ato XIV - A Senhora   Ato XIV - A Senhora I_icon_minitime15/8/2017, 21:03

Seus carinhos pareciam fazer um efeito poderoso no seu velho amigo, diante de todos eles o mesmo sorria feliz, até mesmo mais aliviado ao ponto de relaxar a postura e rir quando recebia a mordida na face. Foi dessa forma que ele conseguiu lhe dizer corporalmente que ele estava sentindo falta de Lucinde, afinal, era com a suavidade das suas ações que ele reagia da melhor forma.

-Sim, nós vamos sim conseguir aguentar querida.

Respondia o italiano com um largo sorriso na face, já Enzo finalmente se aproximava com o prato feito de Cesco e entregava ao mesmo, recebendo um olhar de agradecimento, posteriormente o espanhol ia até a pia e voltava com o seu sanduíche, no caminho ele dizia:

-Sobre Eva, eu tenho um plano. Existem algumas coisinhas modernas que podem ajudá-la e devo sair para comprar ainda hoje... Não é a mesma coisa, mas ela esta assustadora! Vocês acreditam que eu acordei com ela no meu quarto? Ela dormiu no armário tentando me dar um bote!

Francesco ria junto da sua besta da história contada, algo realmente bem típico de Eva que estava prestes a explodir a qualquer momento!

-Certo, certo... Vamos usar a metodologia do Enzo por enquanto, eu realmente estou precisando de muitas horas de sono!
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MensagemAssunto: Re: Ato XIV - A Senhora   Ato XIV - A Senhora I_icon_minitime15/8/2017, 21:27

Ver Cesco relaxar a postura e rir apenas me faz morde-lo mais uma vez, afinal adoro as reações dele, ainda mais quando está solto e sem preocupações, recostando minha cabeça no ombro de Cesco eu abraço seu braço apenas para sorrir com carinho.

“Às vezes parece que meu coração vai se despedaçar, não é diferente com nenhum de nós, mas ainda assim dói tanto.”

Soltando o braço de Cesco, abro o mais largo sorriso que tenho a Enzo quando recebo meu sanduiche de bacon, só por costume dou uma pequena mordida antes de estender meu prato a pequena que rapidamente empurra a cesta de frutas para o lado, as palavras de Enzo porem me fazem rir ao entender sobre o que eram aquelas coisinhas.

– OK! Tudo para fazer Eva se acalmar! Tenho pena daquele que cruzar com ela antes desses brinquedinhos chegarem. Se bem que... Esquece!

Eu comentava ao imaginar cenas de Eva me agarrando e resolvendo brincar comigo, não que não gostasse mas seria curioso a situação, minha pequena por sua vez gemeu com meus pensamentos parecendo aprovar a ideia, o que me fez rir ainda mais. Balançando a cabeça para me recuperar, sorrio para Cesco ao ver que este concordava com a ideia de Enzo sobre a reforma.

– Perfeito, depois de arrumar o quarto e o sangue tire a noite de folga, você precisa Cesco, além do mais Enzo conhece bem Caroline e vai poder me ajudar com ela e a convidada.
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MensagemAssunto: Re: Ato XIV - A Senhora   Ato XIV - A Senhora I_icon_minitime16/8/2017, 09:53

-Pietra!

Dizia Cesco em um tom divertido logo após a sua fala sobre os tais objetos citados por Enzo, o homem jamais ousaria de fato censurá-la mas o tom dele soava extremamente descontraído e até ligeiramente envergonhado. Já Enzo não conseguia disfarçar a vermelhidão que surgia na face, desviando brevemente os olhos.

-Serei rápido nessa... tarefa e nas demais que me foram requisitadas.

A formalidade do homem vinha sempre junto da vergonha do mesmo, uma das maiores diversões de Eva era provocá-lo apenas para vê-lo começar a usar apenas o espanhol mais medieval que ele conseguia. Sua pequena daria risadas da cena, mas as largas mordidas no sanduíche enchiam totalmente a boca dela! Cesco então sorria na sua direção, alegre por ter recebido o dia de folga.

-Querida, obrigado! Não tenho memórias da minha última noite totalmente livre! Acho que irei aproveitá-la para pintar ou quem sabe eu...

A frase do homem era interrompia por uma cena incrivelmente inusitada! Luana adentrava o local pela porta da cozinha com uma expressão enorme de sono e espreguiçando os braços, como se tivesse literalmente acordado a poucos minutos. O horário desse despertar estava totalmente fora dos padrões de sono da pequenina filha da lua, mas esse não era o único detalhe que ocorria na cena. Ela estava usando apenas uma calcinha com estampa infantil de ursinhos, nada além! Enzo olhava pra imagem da jovem com um delicado sorriso no rosto, achando-a fofa e divertida. Mas Cesco ficava bastante envergonhado, evitando olhar a jovem que não parecia ter notado ninguém.

Ela seguia dando alguns passos até enfim abrir mais os olhos e notá-la, para logo correr na sua direção sorridente:

-Mammie!!
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MensagemAssunto: Re: Ato XIV - A Senhora   Ato XIV - A Senhora I_icon_minitime16/8/2017, 11:02

Não posso evitar a risada diante da reação de Francesco, ainda mais com a vergonha estampada de Enzo  e suas palavras polidas e educadas.

- Desculpe Enzo, não era minha intenção!

Eu comentava ainda entre risadas, eu podia sentir a alegria de minha pequena que com a boca cheia não podia rir.

" Eva vai adorar essa história, tadinho do Enzo!"

Sorrindo para Francesco e suas palavras, me surpreendo com a entrada de Luana, o sono estampado em sua face e a forma como ela estava me fez sorrir com carinho, a inocência de Luana era um encanto compartilhado por Enzo, mas a certa vergonha de Cesco me fez rir baixo.

Ouvir Luana me chamar arrancou um suspiro de meus lábios, chamando-a para um abraço eu indico a Cesco que quero seu casaco, quando o recebesse colocaria sobre os ombros da pequena.

- Minj kleine, venha cá. Porque acordasse tão cedo il mio tulipano?
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MensagemAssunto: Re: Ato XIV - A Senhora   Ato XIV - A Senhora I_icon_minitime16/8/2017, 14:22

Enzo sentava junto a mesa e apenas concordava positivamente sobre a sua fala direcionada a ele e apenas movendo a mão esquerda indicava que estava tudo bem, o homem então se colocava a comer silenciosamente enquanto alegremente observava a sua reação junto de Luana. Cesco não demorava para lhe entregar o casaco, para então ajudar a sua besta que tossia um pouco por causa da velocidade que mantinha as mordidas, batendo gentilmente nas costas dela e entregando a ela um pouco de suco.

Luana chegava bem pertinho de você, adorando o seu abraço, com um sorriso meigo e uma expressão ainda um pouco marcada pelo sono, esfregando com a mão direita o olho.

-Mammie, eu senti algo diferente. Como se um coração estivesse triste, mammie... Agente sente falta dele, mas eu preciso cuidar de vocês... Vai ficar tudo bem.

Ela então te abraçava bem forte e com bastante carinho, beijando a sua face e olhando na direção do Francesco, por cima do seu ombro.

-Você também precisa de carinho Cesco, eu senti dois corações apertados. Posso cuidar de você?

A face de Francesco ficava bastante vermelha, ele olhava na sua direção sem saber exatamente como falar ou como reagir aquela situação totalmente inesperada. Essa era mais uma das demonstrações de extrema sensibilidade de Luana que agora, vivendo junto de ti, conseguia encontrar uma situação muito mais saudável para a própria e exótica forma de compreender o mundo.
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MensagemAssunto: Re: Ato XIV - A Senhora   Ato XIV - A Senhora I_icon_minitime16/8/2017, 16:26

Sorrio feliz para Enzo ao ver que minha brincadeira não havia o ofendido, apesar de adorar as palavras em espanhol deste a última coisa que eu queria era lhe faltar com respeito. Com o casaco de Cesco em mãos, cubro os ombros de Luana para abraça-la com carinho.

O beijo em minha face me faz enterrar meu rosto no ombro de Luana, adoro essa pequena encantadora e alegre, suas palavras me fazem suspirar sabendo exatamente de quem ela falava.

“Ah minha pequena tulipa, não queria que essa dor ecoasse em você, não mesmo.”

Beijando a testa de Luana com carinho, sorrio com calma para Cesco, sei que seu coração ecoa em saudades assim como o meu, mas havia orgulho e amor no coração de Cesco por Alfonsus e Lucinde, algo que poucas vezes vi nascer verdadeiramente no convívio de senhores e vassalos.

– Veja bem kleine, você nos ajuda sendo essa fofura. Pedimos desculpa se te acordamos, mas ultimamente a falta vem se fazendo grande, só não estávamos preparados para isso, nada demais. Porque você não volta a dormir só mais um pouquinho e quando acordar vem dar um abraço apertado no Cesco? Nós dois não queremos ver você tão sonolenta por nossa causa kleine.

Eu comentava com carinho e suavidade enquanto brincava com uma mecha dos cabelos dourados de Luana, a sensibilidade aos sentimentos dos outros parecia apenas ter aumentado, algo que me deixava feliz, mas também me preocupava, era um dom curioso e lindo.
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MensagemAssunto: Re: Ato XIV - A Senhora   Ato XIV - A Senhora I_icon_minitime16/8/2017, 17:16

Cesco sorria gentilmente enquanto terminava de comer uma fatia do pão, sua pequena já estava novamente pronta para seguir comendo e Enzo não conseguia parar de admirar a delicadeza de sua tulipa. A pequena te abraçava com mais carinho e depositava outro beijo gentil na sua face e concordou, falando em holandês:

-Tá bem mamãe, eu vou sim voltar a dormir. Mas não vou deixar vocês dois sozinhos aqui tristes não... Venham comigo, são só uns minutinhos. Vocês dois precisam descansar, Tio Enzo cuida de tudo.

Ela então olhou na direção de Enzo e disse em italiano ao mesmo:

-Você cuida de tudo tá? Vou levar eles comigo.

Enzo sorriu com enorme educação e respondeu com uma voz confiante e alegre:

-Claro, sem dúvida alguma! Por favor, cuide deles Luana.

Luana então não pediu mais autorizações, segurando a sua mão e contornando-a para tomar a mão de Francesco.

-Querida é muita gentileza de sua parte, mas eu realmente estou bem. Você ainda tem alguns minutos de sono, porque não os aproveita e conversamos com calma posteriormente?

Luana tomava mão do italiano e afirmava para vocês dois.

-Não não, sem desculpas não. Eu vou cuidar de vocês, venham comigo! Eu os amo e adoro ser mimada e paparicada por ambos, mas seus corações estão frágeis, algo difícil se aproxima e eu tenho que ajudá-los a ficarem fortes. Venham, sou pequenina mas minha luz é fortinha e quente!

Insistia a jovem Luana, puxando suas mãos para a saída da cozinha. A sua besta parava de comer, olhando na direção de Luana e sorrindo, para então pular da cadeira e correr na frente da jovem, abrindo a porta para ela passar com voces dois.
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MensagemAssunto: Re: Ato XIV - A Senhora   Ato XIV - A Senhora I_icon_minitime16/8/2017, 17:31

O segundo beijo em minha face faz meu coração se aquecer, ainda mais quando minha pequena tulipa me falava com toda aquela certeza e vontade de ajudar, mesmo que eu quisesse não poderia dizer não a Luana.

“Ela cresceu tanto em tão pouco tempo. Maria irá ama-la, tenho certeza disso.”

Sorrio para Enzo com carinho ao me levantar, não posso conter o riso baixo ao ver Cesco tentar fugir de Luana, mas a pequena parecia disposta a obriga-lo se necessário, algo que me deixava alegre, afinal Luana cuidava de Cesco como ele fazia conosco.

- Tenho certeza que nossa Kleine não vai aceitar um não como resposta Cesco. Venhas isso vai nos fazer bem!

Eu comentava unindo-me ao convite da tulipa, vejo minha pequena ainda com fome se animar e correr a nossa frente abrindo as portas com vontade e alegria, ser guiada por Luana me fazia sorrir e esse sorriso era compartilhado por minha pequena esfomeada.

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MensagemAssunto: Re: Ato XIV - A Senhora   Ato XIV - A Senhora I_icon_minitime16/8/2017, 18:39

quarto de luana:

-Certo, certo... Não há mesmo o que temer não é?!

Respondia Francesco a caminho do quarto de Luana. A pequenina tulipa dourada seguia com as mãos dadas à vocês dois, conduzindo-os sem mais delongas até o interior do próprio quarto, a porta era outra vez aberta pela sua outra metade que não parava de demonstrar alegria com a situação. Luana então fez uma pequena pausa, olhando na direção dela mas ainda sem vê-la completamente.

-Obrigada, você deve estar faminta. Desculpa por atrapalhar, vai lá continuar que eu cuido dela pra nós tá bem?!

Sua besta concordava positivamente e saia correndo do quarto, fechando a porta e deixando-os dentro do local. Cesco não disfarçava a surpresa com a cena e olhava para a sua face com uma expressão bastante impressionada. A jovem então soltava as mãos de vocês e retirava o casaco de Francesco, para então dizer.

-Venham, tirem o excesso de roupas. Não há quem possa descansar com roupas bonitas no corpo...

O homem abria um sorriso tímido na face enquanto retirava a camisa branca, Luana por outro lado não parecia sequer se importar e já se adiantava voltando pra cama ainda bagunçada, puxando as cobertas e deitando-se no meio da cama, para olhar vocês dois outra vez.

-Mammie! Cesco, venham... eu vou ficar no meio assim vocês não precisam ter vergonha de nada!

Francesco respirava fundo e então fazia um lento movimento de remover a calça jeans e os sapatos que estava usando, para movimentar-se até a cama e deitar ao lado de Luana, a mesma já se encostava ele, sorrindo e beijando a face deste, para então estender uma mão na sua direção em um claro convite.
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MensagemAssunto: Re: Ato XIV - A Senhora   Ato XIV - A Senhora I_icon_minitime16/8/2017, 19:54

- Não, nao tem nada de mal meu querido.

Eu respondia a Francesco enquanto era guiados por Luana, podia ver bem minha pequena animada correndo e abrindo as portas, algo que me deixava feliz já que era uma das primeiras vezes que a via interagir com tanta força com as portas do Castelo.

Já no quarto não escondo o sorriso alegre ao ver que Luana conseguia falar com minha pequena, embora ainda não a visse por completo, havia a presença da pequena, uma amostra de que logo a pequena seria vista, um fato que me deixava alegre.

- Ela sempre foi sensível, logo essas duas vão estar aprontando.

O convite de Luana me fez sorrir, ainda mais devido ao fato de ter que tirar o excesso de roupa, vendo Francesco seguir as instruções de Luana, não fico com vergonha de seguir também, além do mais a pequena tulipa ficaria no meio e diminuiria a vergonha de Cesco.

Retirando a calça, meu casaco e camisa, sorrio ao deitar sobre o ombro de Luana e beijar sua face.

- Prontinho tulipa, estamos aqui do jeito que você pediu.
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MensagemAssunto: Re: Ato XIV - A Senhora   Ato XIV - A Senhora I_icon_minitime16/8/2017, 20:40

-Mammie! Você primeiro!

Ela sorria ao vê-la se deitar ali na cama junto dela e de Cesco, o seu amigo não demonstrava incomodo com a sua imagem, talvez até um sorriso que pudesse ser identificado como algo bastante positivo ou até um interesse disfarçado com alegria. Todavia, Luana não dava muito tempo vago e virava-se de costas para ele e começava a lhe encher de beijos, abraços, pequenas mordidas e muitos carinhos de todas as formas possíveis. Ela ia propositalmente eliminando os espaços entre vocês, esfregando-se contra Cesco e puxando-a para mais perto a cada instante. Até finalmente olhando no fundo dos seus olhos e beijando sua face com ternura.

-Pita, você se esforça muito e isso é maravilhoso, todos nós nos sentimos profundamente amados e bem tratados. Mas suas raízes também precisam de amor, eu sei que a saudade é dolorosa, não é errado sentir o peso dela, mas vocês precisam compartilhá-la e não senti-la sozinhos!

Ela então se virava e encostava as costas em ti, para realizar os mesmo carinhos e afagos em Cesco. Arrancando suspiros do homem que se mostrava profundamente feliz com aqueles toques e carinhos, até que finalmente ela se virava costas na cama, jogando uma perna por cima das suas e a outra por cima das dele. Tomando a mão de cada um de vocês e as conduzindo até o coração dela, depositando primeiro a sua e em seguida a dele e encobrindo-as com as duas mãos.

-Vocês precisam se encontrar, antes que a dor e a saudade os afaste...

Murmurava a jovem, fechando os olhos sonolentos. Suavemente, Cesco olhava na sua direção e movia o pé até que o mesmo pudesse encontrar você, os olhos dele estavam carregados por lágrimas.

-Ela tem razão Pita... Eu tentei me afundar no trabalho para que tudo passasse rápido e minha mente não desse espaço, mas o despertar sem a sua presença me machucou ainda mais. Eu fiz uma péssima escolha, por favor, me desculpe e vamos voltar a como era antes?
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