Narrativas De World of Darkness Estruturadas Nas Versões de 20 Anos |
| | Modelo de Ficha e Pontuação | |
| | Autor | Mensagem |
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Lugo Narrador
Mensagens : 186 Data de inscrição : 01/01/2018
| Assunto: Modelo de Ficha e Pontuação 19/10/2022, 12:36 | |
| Pontuação Atributos 7/5/3 Habilidades: 13/9/5 Antecedentes: 5 pontos. Tenha em mente que alguns backgrounds podem ser perdidos caso você entre em uma tribo com restrição. Dons: Não possui ainda. Renome: Não possui ainda. Fúria: Não possui ainda. Gnose: Não Possui ainda. Força de Vontade: Todos começam com 3. Máximo de 7. Pontos Bônus: 20 Defeitos máximos totalizando: -10. Apenas 1 especialização em Habilidades. Máximo de 1 Fetiche. | |
| | | Lugo Narrador
Mensagens : 186 Data de inscrição : 01/01/2018
| Assunto: Re: Modelo de Ficha e Pontuação 19/10/2022, 13:12 | |
| Modelo de Ficha -Nome: -Raça: -Auspícios: -Tribo: -Nome da Matilha: -Totem da Matilha: -Conceito: -||Atributos||- ─ Físicos ─ Força: ⬤ Destreza: ⬤ Vigor: ⬤ ─ Sociais ─ Carisma: ⬤ Manipulação: ⬤ Aparência: ⬤ ─ Mentais ─ Percepção: ⬤ Inteligência: ⬤ Raciocínio: ⬤ -||Habilidades||- ─ Talentos ─ Prontidão: Esportes: Briga: Empatia: Expressão: Intimidação: Liderança: Instinto Primitivo: Manha: Lábia: ─ Perícias ─ Empatia c/Animais: Ofícios: Condução: Etiqueta: Armas de Fogo: Armas Brancas: Furto: Performance: Furtividade: Sobrevivência: ─ Conhecimentos ─ Acadêmicos: Computadores: Enigmas: Investigação: Jurisprudência: Medicina: Ocultismo: Rituais: Ciência: Teologia: ─ Outras Características ─ -||Vantagens||- ─ Antecedentes ─ ─ Dons ─ ─ Renome ─ Glória: ⬤ ⦿ Honra: ⬤ ⦿ Sabedoria: ⬤ ⦿ ─ Fúria ─ ⬤ ⦿ ─ Gnose ─ ⬤ ⦿ ─ Força de vontade ─ ⬤ ⦿ ─ Qualidades ─ ─ Defeitos ─ ─ Rituais ─ ─ Fetiches ─ ─ Tatuagens & Cicatrizes ─ ┼ Informações do Personagem ┼ -Aparência Hominídeo: -Aparência Lupino: -Aparência Crinos: -Idade: -Data de Nascimento: -Natureza: -Comportamento: -Cabelos: -Olhos: -Raça: -Nacionalidade: -Peso: -Altura: -Sexo: ┼ História ┼ | |
| | | Jess
Mensagens : 3051 Data de inscrição : 12/01/2016 Idade : 32 Localização : Neverwere
| Assunto: Re: Modelo de Ficha e Pontuação 22/10/2022, 21:42 | |
| -Nome: Korina Mitrouli -Raça: Hominidio -Auspícios: Philadox -Tribo: Fúria Negras -Nome da Matilha: -Totem da Matilha: -Conceito: Trabalhadora de meio período -||Atributos||- ─ Físicos ─ Força: ⬤⬤ Destreza: ⬤⬤⬤ Vigor: ⬤⬤⬤ ─ Sociais ─ Carisma: ⬤⬤ Manipulação: ⬤⬤ ⬤Aparência: ⬤⬤ ⬤─ Mentais ─ Percepção: ⬤⬤⬤ Inteligência: ⬤⬤⬤ Raciocínio: ⬤⬤⬤⬤ -||Habilidades||- ─ Talentos ─ Prontidão:⬤⬤ Esportes:⬤⬤ Briga:⬤⬤ ⬤Empatia:⬤ ⬤Expressão: Intimidação:⬤⬤ Liderança:⬤ Instinto Primitivo:⬤ ⬤Manha:⬤ Lábia:⬤ ─ Perícias ─ Empatia c/Animais:⬤⬤ Ofícios: Condução:⬤ Etiqueta:⬤ Armas de Fogo: Armas Brancas:⬤ ⬤ Furto: Performance: Furtividade:⬤⬤ Sobrevivência:⬤⬤ ─ Conhecimentos ─ Acadêmicos:⬤ Computadores:⬤ ⬤Enigmas: Investigação:⬤⬤ Jurisprudência: Medicina:⬤ Ocultismo: ⬤Rituais: Ciência: Teologia: ─ Outras Características ─ -||Vantagens||- ─ Antecedentes ─ Recursos: ⬤ Raça Pura: ⬤⬤ Herança Espiritual: ⬤⬤ (Espíritos Elementais) ─ Dons ─ ─ Renome ─ Glória: ⬤ Honra: ⬤ Sabedoria: ⬤ ─ Fúria ─ ⬤⬤⬤ ─ Gnose ─ ⬤ ⬤⬤─ Força de vontade ─ ⬤⬤⬤. ⬤⬤⬤─ Qualidades ─ - Wolf Sight (1) - Language (1 “Inglês”) - Natural Channel (3) ─ Defeitos ─ - Shy (-1) ─ Rituais ─ ─ Fetiches ─ ─ Tatuagens & Cicatrizes ─ ┼ Informações do Personagem ┼ -Aparência Hominídeo: - Spoiler:
-Aparência Lupino: - Spoiler:
-Aparência Crinos: - Spoiler:
-Idade: 18 -Data de Nascimento: 06/10/2003 -Natureza: Sobrevivente -Comportamento: Bom Vivant -Cabelos: Castanhos Claros -Olhos: Azuis -Raça: Caucasiana -Nacionalidade: Grega -Peso: 59kg -Altura: 1,69cm -Sexo:Feminino ┼ História ┼ - Spoiler:
- ┼ 2003 – 2010 – Presente de Grego :
Meu nascimento aconteceu no meio de Outubro, quando o calor do verão da lugar ao suave outono com suas folhas vermelhas, meu nascimento se deu em um hospital simples na cidade de Acarnas na Grécia, e como o esperado meu nascimento indesejado só trouxe problemas para a jovem Thália.
Minha mãe nunca teve certeza de quem era meu real pai, como toda a jovem ela sonhava em ir para Atenas tentar a sorte, e nessa tentativa de sorte sem preparo nenhum, minha mãe acabou grávida, e o pior expulsa de casa já que meus avós eram velhos ortodoxos demais para aceitar a filha desonrada em casa.
Pode-se dizer que minha infância não foi fácil, mas ao menos foi feliz e simples, pelo menos o que eu posso lembrar. Thália passava o dia trabalhando enquanto eu ficava na casa de suas amigas, e assim eu fui pulando de casa em casa até o Caleb aparecer.
Eu não sei ao certo oque realmente aconteceu, mas ele e minha mãe se casaram semanas depois de se conhecerem, isso fez com que meus avós “perdoassem” a filha, muito embora nunca tenham nos visitado é claro.
Caleb tentou se tornar a figura paterna da qual ele acreditava que eu precisava, porém eu já era arredia e desconfiada demais para aceitar isso, então eu passava a maior parte do meu tempo nos campos e florestas da reserva que fica perto de Acarnas.
Por fim Caleb resolveu que conseguiria melhores oportunidades de emprego em seu país de origem, e foi assim que me despedi da Grécia, partindo a contragosto para a Austrália, acho que foi nesse dia que eu senti a raiva pela primeira vez.
- ┼ 2011 – 2020 – Pária ┼:
Caleb comprou uma casa em Brisbane e pela primeira vez minha mãe pode viver seu sonho dourado, porém esse sonho não se estendia para mim, e o reflexo daquele sonho apenas me fazia ter mais raiva ainda.
Depois de um ano na Austrália, Caleb trouxe sua filha mais velha para morar conosco, o fruto do primeiro casamento dele se chamava Layla e ela era o brilho que minha mãe sempre buscou em sua vida, isso fez com que eu muitas vezes fugisse de casa simplesmente para poder extravasar a raiva que eu sentia.
Me afastando de minha mãe, pude ver Layla ocupar meu lugar enquanto Thália nem sequer se lembrava de mim, nessa época Caleb já tinha desistido de tentar ser meu pai e Layla apenas se aproveitava disso para ter o que queria, enquanto eu simplesmente ficava com os restos que ela não queria mais.
Essa vida durou até meus 15 anos, foi quando minha mãe adoeceu, dai as coisas começaram a mudar drasticamente e o pouco que eu tinha foi me sendo tirado. Apesar das notas boas na escola eu não tinha boa fama, então as encrencas antes infantis que Layla arrumava e descarregava a culpa em mim se tornaram mais pesadas, eu por outro lado me afastava cada vez mais chegando a passar dias fora de casa. E no meio de tudo isso a raiva continuava a crescer, fugindo disso eu passava grande parte do meu tempo acampando nos camps espalhados pela região.
Foi numa dessas voltas que descobri que minha mãe estava no hospital, a leucemia tinha pego ela rápido demais e eu não estava por perto, acho que a dor pode anestesiar a raiva e eu fiquei mais por perto. O tratamento caro minguou as economias do Caleb, então eu me esforçava para não gerar mais problemas enquanto Layla continuava a mesma de sempre.
No fim quando eu já tinha 17 anos minha mãe faleceu, e a dor foi maior do que eu poderia esperar, eu não me lembro de chorar na infância, mas naquela noite eu chorei até pegar no sono e a raiva sumir.
Nas semanas seguintes Layla foi passar um tempo com seus avós maternos, eu fiquei em casa arrumando as coisas da minha mãe e aguentando Caleb bêbado, em minha última noite em casa Caleb tentou se insinuar para mim, acho que ele não esperava que eu fosse tão forte ou tão agressiva mesmo conhecendo meu histórico, eu quebrei o nariz do Caleb e o ameacei com uma faca. Deixando o idiota cuidar sozinho do nariz sangrando eu recolhi minhas coisas, a pequena reserva que minha mãe escondia de todo mundo e fugi de casa.
- ┼ 2021 – Vida adulta ┼:
Por sorte ou curiosidade do destino eu era mais preparada que minha mãe quando fugi para tentar a vida, me mudei para Melbourne porque Sydney sempre será obvio demais, consegui terminar a escola a distância e me virei entre empregos de meio período e noites maldormidas pelas ruelas da cidade.
Hoje eu consigo me manter em um acampamento de trailers perto do parque nacional, trabalho com alguns bicos de entregas e estou estudando para tentar me tornar guarda-florestal, embora nada tenha saído como o planejado o Caleb nunca me procurou ou deu queixa da agressão, então eu continuo a viver da mesma forma que sempre vivi, sobrevivendo a cada dia e a raiva que parece estar mais intensa nesses dias.
- EXP/ Gasto de EXP:
Exp Recebida: 20
Exp Gasta: - Manipulação de 2 para 3 = 8 pontos - Briga de 2 para 3 = 4 pontos - Gnose de 1 para 3 = 6 pontos
Exp Total gasto: 18
Exp Sobrando: 2
OBS: ⬤ Ponto Bônus ⬤ Ponto de Experiencia
Última edição por Jess em 5/4/2023, 11:39, editado 5 vez(es) | |
| | | Danto Jogador
Mensagens : 638 Data de inscrição : 05/03/2016 Localização : Casa do Danto
| Assunto: Re: Modelo de Ficha e Pontuação 23/10/2022, 05:09 | |
| -Nome: Elliot O’Reilly -Raça: Hominídeo -Auspícios: Ahroun -Tribo: Fianna -Nome da Matilha: -Totem da Matilha: -Conceito: Músico -||Atributos||- ─ Físicos ─ Força: ⬤⬤⬤ Destreza: ⬤⬤⬤ Vigor: ⬤⬤⬤⬤ ─ Sociais ─ Carisma: ⬤⬤⬤ Manipulação: ⬤⬤ ⬤Aparência: ⬤⬤⬤ ⬤─ Mentais ─ Percepção: ⬤⬤ Inteligência: ⬤⬤ Raciocínio: ⬤⬤ -||Habilidades||- ─ Talentos ─ Prontidão: ⬤⬤ Esportes: ⬤⬤ Briga: ⬤⬤⬤ Empatia: ⬤⬤ Expressão: ⬤⬤ Intimidação: ⬤⬤Liderança: Instinto Primitivo: ⬤⬤⬤Manha: ⬤⬤ Lábia: ⬤⬤ ─ Perícias ─ Empatia c/Animais: Ofícios: Condução: ⬤⬤ Etiqueta: Armas de Fogo: ⬤ Armas Brancas: ⬤⬤ Furto: Performance: ⬤⬤⬤ Furtividade: ⬤ Sobrevivência: ─ Conhecimentos ─ Acadêmicos: ⬤ Computadores: ⬤⬤ Enigmas: Investigação: Jurisprudência: Medicina: ⬤ Ocultismo: Rituais: Ciência: ⬤ Teologia: ─ Outras Características ─ -||Vantagens||- ─ Antecedentes ─ Aliados ⬤⬤ (Katherine Byrne) Aliados ⬤ (Grace Parker) Recursos ⬤⬤ Raça Pura ⬤⬤ Ancestrais ⬤⬤⬤⬤─ Dons ─ ─ Renome ─ Glória: Honra: Sabedoria: ─ Fúria ─ ⬤⬤⬤⬤⬤ ─ Gnose ─ ⬤ ─ Força de vontade ─ ⬤⬤⬤ ⬤⬤⬤─ Qualidades ─ Alcohol Tolerance (1)Animal Magnetism (2) Gall (2) (CRB W20) Feral Apparence (1) pg 382 (CRB W20) ─ Defeitos ─ Curiosity (2) ─ Rituais ─ ─ Fetiches ─ ─ Tatuagens & Cicatrizes ─ ┼ Informações do Personagem ┼ -Aparência Hominídeo: - Imagens:
Avatar: Drew Starkey - Primeira Imagem:
- Segunda Imagem:
- Terceira Imagem:
- Quarta Imagem:
-Aparência Lupino: -Aparência Crinos: -Idade: 22 -Data de Nascimento: 15/04 -Natureza: Thrill-Seeker -Comportamento: Gallant -Cabelos: Loiros -Olhos: Verdes -Raça: Humana -Nacionalidade: Australiano -Peso: 82kg -Altura: 1,88m -Sexo: Masculino ┼ Informações Adicionais ┼ - NPC's Info:
- Edith O' Reilly:
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Avatar: Carla Gugino Profissão: Professora de Artes
Edith O' Reilly, minha tia. Minha mãe e meu pai, a figura de autoridade e carinho da minha infância que hoje é uma conselheira importante, sempre que possível atendo seus convites de jantar e não existe pessoa nesse mundo a qual eu respeite de mesma forma. Assim que minha mãe faleceu, passei a morar com minha tia após um período confuso, nesse momento, tivemos situações difíceis, não havia luxo, minha Tia trabalhava praticamente o dia inteiro, mas nunca houve falta de amor e cuidado. Aprendi com ela a proteger e prover para quem se ama, além de entender com ela o verdadeiro significado de família. Ela é uma verdadeira inspiração, é com muito orgulho que a chamo de “mãe”.
- Robyn O’Reilly:
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Avatar: Alexandra Daddario Profissão: Modelo Altura: 1,73 m
Robyn O’Reilly, ou simplesmente "Robie" é minha prima mais velha. Nossa conexão foi imediata a partir do momento em que fui acolhido por Edith e por sermos os mais velhos na ausência de Edith, que sempre trabalhou em vários empregos para sustentar a casa sozinha, assumíamos as responsabilidades de cuidar das tarefas domésticas e gradativamente, as brincadeiras de "casinha" se desenvolveram para intimidades mais constantes, intimas e por vezes, sexuais, mesmo com a diferença de idade, afinal, a vida havia me forçado a ser mais "experiente" e "adulto". Essa relação "cheia de mãos" sempre foi um segredo nosso, mas a nossa conexão sempre foi impossível de ser ignorada. Juntos criamos um ambiente familiar na ausência de Edith, algo que facilitou minha relação com Kiera, mas danificou a minha relação com Beatrice. "Carne e unha", assim éramos chamados por Edith e sempre que estamos juntos, nossa comunicação é simples e intuitiva. Atualmente, ainda mantemos muito contato, mesmo da carreira de Robie crescer a muito a cada ano, nossos encontros tendem sempre a mãos aqui e acolá e intimidades bem intensas, mas não a considero minha irmã, exatamente por ela ter sido talvez a minha primeira "companheira". Todavia, somos família e nos vemos como "porto seguro" para nossas crises, problemas e inseguranças, quando Robie atravessa crises com seus namorados, carreira e vida, é pra mim que ela liga e procurar e vice-versa. Porém, o nosso segredo permanece e nossa promessa de mantê-lo assim é inquebrável.
- Kiera O'Reilly:
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Avatar: Willa Holland Profissão: Música da Orquestra Sinfônica de Melbourne Altura: 1,66 m
Kiera O'Reilly, minha prima é minha parceira de crime, minha irmã, minha prima, minha maior amiga. Nossa conexão foi confusa no começo, mas fortificada pelos caminhos que a vida nos forçou, afinal fui posto para dormir em seu quarto quando éramos pequenos e junto de sua irmã mais velha, assumimos os espaços que os pais dela haviam deixado por vários motivos. Juntos aprontávamos durante a nossa infância, planejando fugas, peças, apresentações, shows e inúmeras confusões. Na virada da adolescência seguimos a sempre sair juntos e a darmos boas risadas das histórias malucas que vivemos, até uma banda de fundo de garagem tivemos juntos, afinal, ela é uma música de extremo talento e uma cantora incrível. Kiera é minha irmã e nossa relação é profundamente estruturada dessa forma, ela não só se adaptou rapidamente a minha presença mas como também me adotou de certa forma, funcionávamos juntos como uma família sem que Edith interferisse ou incentivasse, foi natural e acredito que não haveria qualquer realidade onde nós não fôssemos irmãos.
- Beatrice O'Reilly:
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Avatar: Michelle Trachtenberg Profissão: Estudante Altura: 1,71 m
Beatrice O'Reilly, minha prima mais nova e a qual tenho uma relação diferente, ela me detestava quando éramos mais jovens, me acusava de ser uma decepção e um problema para minha tia, encarava minha relação do Robie como uma ofensa a memória do Pai das jovens e o clima era complicado. Ficava revoltada quando me via chamar a mãe dela por “mãe” e jurava que nunca seria minha irmã. Nossa relação foi muito difícil nos primeiros anos de convívio, especialmente porque a minha fama na escola acabava por respingar nela de várias formas diferentes. Porém, após os problemas da adolescência e muitas tentativas minhas, podemos compartilhar hoje uma relação amistosa. Ela aprendeu a abusar do meu senso de proteção e da minha boa vontade, sabendo exatamente como me manipular e eu me sinto confortável em prover a ela tudo que ela precisar. Afinal, família é tudo.
- Grace Parker:
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Avatar: Paris Berelc Profissão: {Desaparecida} Altura: 1,62 m
Grace Parker faz parte do meus mais antigos amigos, juntos formamos um quarteto que se uniu ainda nos primeiros anos da infância na escola primária, éramos uma tropa de bagunceiros e crianças divertidas. Ainda nesse período, lembro de já entender que Kaleb tinha sentimentos por Grace, mas éramos jovens de mais para entender isso e nossas prioridades eram outras. Porém, tudo começou a mudar com a chegada da puberdade e as mudanças que levaram Ali a iniciar sua mudança, foi um período complicado que quase rompeu o grupo por causa dos pais de Kaleb, porém, graças as iniciativas de Grace nos mantivemos sempre amigos e de maneira natural, por causa de tantas pressões durante o dia, passamos e encontrar na noite um escape. Assim foi formado um novo grupo, agora composto por minha prima, Kiera, Grace e eu. Nós três viramos a noite, indo de festa e festa e aos poucos passamos a nos tornar populares na escola, éramos os mais descolados, despojados e desejados. Kaleb não conseguiu lidar bem com isso e o relacionamento entre ele e Grace sempre foi confuso demais, já o nosso não, éramos grandes amigos, ao ponto de nunca haver uma linha de limite ou pudor, fazíamos e falamos de tudo um na frente do outro. A verdade é que olhar para Grace, para mim nessa época era como olhar em um espelho e ser reconhecido e aceito. Porém, as coisas mudaram novamente quando passei a namorar a Maddy. Lembro de me afastar de todos, esse afastamento ajudou a solidificação da relação entre Kaleb e Grace, mas me levou para um lugar difícil de sair e me enfurece e frustra assumir que eu não sei dizer quando Grace sumiu. Kaleb e Ali sabem a data, o dia, a hora... Eu só sei que simplesmente não conseguia mais achar ela em lugar algum, um desespero que me fazia ficar ainda mais confuso e perdido, tão perdido que eu passei a ser um verdadeiro mal para todos que me cercavam, até explodir em uma fatídica tarde já ao lado de Heidi anos depois... A verdade é que eu nunca superei a perda e o desaparecimento de uma amiga tão intima e importante, que eu sequer consigo compreender esse sentimento de ausência, mesmo em terapia constante.
- Ali Hughes:
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Avatar: Hunter Schafer Profissão: Fotografa/Arquiteta Altura: 1,78 m
Ali Hughes é minha amiga de infância. Sem nenhuma dúvida, é a pessoa mais presente em todas as fases da minha vida. Ali nasceu como um rapaz mas passou por uma transformação na juventude, um período difícil que presenciei de perto e que fez com que ela sofresse bastante, sendo alvo de perseguições, violências e inúmeras covardias. Nunca esquecerei do nosso juramento de nos cuidarmos e sou capaz de mover montanhas dos lugares para vê-la feliz. Mas antes disso tudo, sempre gosto de lembrar de como era Ali que me defendia e protegia quando eu cheguei na escola onde viria a conhecer meus amigos de infância. Eu ainda era muito tímido, pequeno, confuso e triste ao ponto de chorar todos os dias quando conheci Ali, que já era mais alto e mais atlético na época e foi graças aos olhos sensíveis e gentis de Ali que eu fui apresentado a seus outros amigos, Grace e Kaleb, para que eu não ficasse sozinho no intervalo. Hoje, nossa amizade é muito forte, íntima e familiar, afinal, moramos juntos e decidimos fazer um lar! Compartilhamos um apartamento simples e confortável. Ela é do tipo de figura tão próxima e importante que é por muito pouco que eu não a chamo por "irmã", tenho uma enorme admiração por Ali e seus talentos e capacidades, além de me enfurecer com qualquer tipo de preconceito que possa vir a ser demonstrado ou expressado em direção a ela.
- Kaleb Lawrence:
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Avatar: Logan Lerman Profissão: Promotor de Justiça Altura: 1,75 m
Kaleb Lawrence é meu amigo de infância. Ainda me lembro da minha primeira impressão ao conhecer Kaleb e de achar ele inteligente, sério e honrado como um cavaleiro medieval. Kaleb sempre foi um sinônimo de lealdade e confiabilidade, por isso o golpe do sumiço de Grace nunca foi superado pelo rapaz e eu consigo entender os motivos... Ele sempre foi profundamente apaixonado por Grace, dês da nossa infância. Porém, quando de fato começou a existir um relacionamento entre ambos, esse relacionamento sempre foi uma confusão, Kaleb queria namorar, casar, ter filhos e Grace era quase que um reflexo feminino meu, um acontecimento em formato de gente. E já houveram episódios de ciúmes e inseguranças por parte de Kaleb em relação a minha amizade com Grace, mas isso nunca cresceu muito, pois logo eu passaria a namorar Maddy e em seguida Heidi. Kaleb é do tipo honrado, simpático, prestativo, nascido para ser pai de família. Ou seja, Kaleb é meu extremo oposto, meu outro espectro, sempre fomos profundamente diferentes e talvez por isso nossa amizade nunca terminou ou se modificou. Perdi a contagem das várias vezes que busquei por Kaleb para me ajudar a em decisões importantes, até mesmo nas minhas crises éticas e morais. Com o passar dos anos e desaparecimento completo de Grace, Kaleb "congelou" e se transformou em um Promotor de Justiça, casou-se e iniciou o processo de construir sua própria família e não deve demorar a ter seus primeiros filhos. Hoje nossa relação é um pouco distante por causa das nossas rotinas, mas somos bons amigos, prontos para atender ou responder a qualquer sinal de comunicação de qualquer uma das partes.
- Holly Atkinson:
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Avatar: Chloë Grace Moretz Profissão: Estudante Altura: 1,63 m
Holly Atkinson, irmã de Heidi. A jovem é bem humorada, inteligente, carismática, gentil, debochada e sarcástica. Sempre com uma tirada na ponta da língua, Holly é minha protegida, nosso relacionamento é sincero e verdadeiro de uma forma especial, ela me olha como um "homem heroico" e eu não deixo de estar sempre preocupado e com instintos fortes de proteção em relação a ela. Holly é meu orgulho, seu sucesso me faz feliz e quem lhe fizer mal vai se ver comigo! E com o natural crescimento e desenvolvimento de Holly em uma mulher lindíssima tem esquentado bastante a minha cabeça, afinal, não vai ser qualquer um que vai encostar os dedos nela! E a mesma é esperta o suficiente para me usar para espantar vários interessados incômodos.
- Heidi Atkinson:
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Avatar: Madelyn Cline Profissão: Estudante de Veterinária Altura: 1,68 m
Heidi Atkinson é uma figura solar, forte, intensa, radiante, alegre, explosiva, vívida e inspiradora. Heidi transformou a minha vida e se firmou nela como um pilar incontestável, seu humor me desarmou de formas inimagináveis e sua amizade foi fundamental durante meu tratamento e recuperação, nossa relação cresceu e sempre foi construída da maneira mais honesta possível, fomos namorados por quase dois anos inteiros e terminamos por uma falha minha. Atualmente, estamos em uma situação indefinida e confusa, temos nossos momentos de intimidade e romance, assim como temos de amizade. Heidi é racional, carinhosa, atenciosa e inteligentíssima. É natural que muitos não consigam acreditar que uma jovem tão linda, brilhante e estudante de Medicina Veterinária iria se importar ou até mais do que isso, se relacionar com uma figura como a minha. Mas a verdade é que Heidi é fundamental na minha vida.
- Maddison Powell:
- Primeira Imagem:
- Segunda Imagem:
- Terceira Imagem:
Avatar: Bella Thorne Profissão: Socialite/Empresária Altura: 1,73 m
Maddison Powell, herdeira de um império farmacêutico, Maddy como eu e seus amigos próximos a chamamos é fogo e explosões. Meu primeiro amor, minha primeira namorada, a que compartilhou as luzes de neon dos meus momentos mais escuros e perigosos. Nosso relacionamento já foi do obsessivo até talvez compulsivo para distante e interrompido, para hoje ser ativo, intimo e indeterminado. Maddy é vibrante, imprevisível, forte, debochada, sarcástica e confiante. É ela a minha principal parceira da noite, das festas, nossas histórias são sempre confusas e cheias de reviravoltas. Juntos somos imparáveis, porém, nossas chamas nos queimas e nos consomem e sabemos disso, só não conseguimos evitar. - Katherine Byrne:
- Imagem:
Avatar: Brie Larson Profissão: Empresária/Promotora de Eventos/Produtora Musical Altura: 1,70 m
Katherine Byrne é uma força implacável dentro da sua area de atuação, o show business. Enquanto muito se orgulham de serem grandes empresários e promotores de eventos por causa de suas heranças e conexões familiares, Katherine conquistou toda sua fama e sua empresa sozinha, empresariando e escolhendo artistas inovadores, desafiadores e jovens. Nos conhecemos de maneira confusa e conturbada, mas ela acreditou em meu talento e na minha determinação e já me oportunizou shows incríveis, sem ela eu não seria metade do profissional que sou. Ela é a minha agente e guia profissional, é uma eterna fonte de admiração e respeito, a maior figura de autoridade da minha vida, sem sombra de dúvidas.
- ┼ História ┼:
- The emptiness is heavier than you think:
Não consigo traçar com precisão os primeiros passos da minha história, minha primeira infância foi complicada e cheia de desvios inesperados pelos quais nenhuma criança deveria passar. A história que mais se aproxima de alguma realidade é que minha mãe fugiu ainda grávida para Melbourne, o indivíduo ao qual eu sempre recusarei a chamar de Pai era agressivo, abusivo, possessivo e exausta das humilhações, minha mãe buscou na irmã mais nova um refúgio. Em Melbourne ela tentou recomeçar, mas os traumas eram fortes demais e os remédios e o álcool eram seus refúgios, assim, ela passou por uma gravidez de risco e um processo traumático de pós-parto, afinal, eu teria nascido com os olhos do infeliz. Quando tinha quatro anos, infelizmente, minha mãe não aguentava mais suportar os próprios demônios e começou a ver a figura de seu antigo marido em todos os lugares, era o começo de um estágio de demência, por segurança, passei a morar na casa da minha tia, uma decisão rara de lucidez da minha mãe que semanas depois colocaria um fim em sua própria vida com overdose de cocaína. Sei que é complicado, mas a verdade é que eu carregava muita culpa dentro de mim. Minha mãe sempre dizia o quão eu parecia com o homem que havia transformado a vida dela em um verdadeiro inferno e com a maturidade de uma criança, acreditei que minha presença a deixava doente. Essa culpa criou raízes profundas, as quais eu demorei muitos anos para encontrar e reconhecer, mas ainda vamos chegar nas merdas que fiz. Os anos se passaram e eu nunca fui uma criança radiante, divertida. É claro que eu tinha meus amigos, é óbvio que ria e brincava que o chão era lava, porém a solidão era sempre acompanhada de choro, a insegurança e o medo da rejeição me deixavam violento, nervoso, assustado. Foram vários problemas na escola, brigas, confusões e infinitas advertências que me levaram ao acompanhamento psicológico ainda antes dos dez anos. E se não fossem pelos meus amigos: Ali, Kaleb e Grace, eu realmente não sei o que teria sido da minha infância, afinal, nós formávamos um quarteto inseparável. Claro que é preciso deixar sempre bem dito que minha tia é uma criatura especial, ela sozinha criou suas três filhas e ainda me adotou, nos proveu educação, conforto, carinho e atenção. Ela era nossa mãe e nosso pai, amávamos jantar todos juntos e nos tremíamos de medo quando ela levantava a vós. Aos poucos, Robyn passou a assumir as responsabilidades da casa, por ser mais velha, ela era nossa responsável enquanto nossa Mãe não estava. E é por isso que eu digo que tenho a sorte que minha mãe biológica não teve, quando o peso mais assustador da solidão chegou a bater na minha porta, eu tinha amigos e família.
- A place of hope and no pain, perfect skies with no rain:
A puberdade chegou como um caminhão desgovernado, sinceramente, não sei apontar a linha da divisão, mas a verdade é que em poucos anos após o primário eu já estava saindo escondido a noite com a ajuda de Kiera (minha outra prima), para juntos irmos as festas e shows de bandas underground pela cidade. O dia parou de ser interessante e eu só sobreviva por ele até acordar de noite e pular de festa em festa, algo que Grace também fazia. Kaleb e Ali eram mais diurnos e estudiosos, mas nós seguíamos com nossa amizade, mesmo com as problemáticas que os primeiros anos da adolescência geram, tais como: O relacionamento bagunçado de Kaleb com Grace, a perseguição que Ali passou a sofrer por começar sua transição, perdi as vezes de quantas vezes sai socando a cara de uns otários que não a respeitavam. Para ser sincero, o tempo entre meus quatorze e dezesseis anos parecem ter se passado em um espaço de vinte e tantos anos, aconteceram tantas coisas, a minha sensação é que eu estava paralisado, preso em uma rotina de falsas verdades. Eu fingia ser tantas coisas, mentia constantemente para minha tia, sentia uma dor estranha e um medo terrível de que o relacionamento de Kaleb e Grace causasse mal a nossa amizade. Tentava proteger Ali a todos os custos, com medo dela encontrar pessoas mais parecidas com ela e me considerar um troglodita. A insegurança que eu tinha nessa época era implacável, mas tudo mudaria quando eu comecei a mudar fisicamente, deixando o corpo de garoto para trás e encontrando na música e no boxe escapes fundamentais. Em um eu poderia descarregar todo meu ódio e frustração e no outro, me conectar com as pessoas de uma forma diferente, verdadeira e me expor sem o medo do abandono. A rotina passou a ser menos pesada nos meus ombros, passei a me sentir mais confortável e confiante no meu próprio corpo, me reconheci e deixei de ser um moleque violento para ser um jovem confiante, criativo e sensível. Essa minha mudança foi notada por todos ao meu arredor, de um ano para outro deixei a invisibilidade na escola para virar uma referencia, todos queriam ser meus amigos, todas garotas queriam minha atenção, todos garotos queriam sentar na minha mesa do refeitório. Meus professores me adoravam, minha tia morria de orgulho e eu passei a estender a mão para as inseguranças dos meus verdadeiros amigos, nossos laços de amizade se fortaleciam, nossa intimidade crescia e eu passaria e vê-los como a família que eu escolhi nesse mundo. Todavia, em meio a toda essa perfeição e descobertas, um personagem começou a ser construído e esse personagem, por ser considerado incrível por todos, também se considerava incrível, acima dos limites e as festas passaram a ser momentos de romper limites, assim as bebidas entravam de mãos dadas as drogas.
- Living after midnight! Rocking to the dawn:
Lembro como se tivesse acontecido ontem, estava tocando em uma festa de uma galera mais velha de outra escola, talvez calouros? Não faz diferença, porque no meio do público, lá estava ela. Com uma jaqueta de couro e uma expressão de deboche, mãos na cintura e uma regata branca com estampa dos Sex Pistols. Lembro de terminar de tocar antes do combinado, descer do palco e ir atrás dela no meio do público, para não a encontrar. Passaria a noite inteira tentando achar aquela garota misteriosa, para ser surpreendido pela mesma quando estava voltando sozinho pra casa, perto das três da manhã. Ela já sabia meu nome, foi ali em frente Caulfield Parque que conheci Maddison, foi ali que eu senti meu coração queimar pela primeira vez. Logo nos primeiros dias após conhecê-la, me lembro da sensação obsessiva de querer encontrá-la novamente, de poder ouvir dela o quanto eu tocava mal e como meu ego era ridículo e fora de controle, afinal, ela havia deixado bem claro o quanto me achava arrogante e sem talento, mas trocamos nossos números e foi na primeira troca de mensagens que eu soube: Estava apaixonado. Lembro de pedir ajuda para minhas primas e mesmo com as risadas, elas realmente me ouviram e tentaram me ajudar, especialmente Robyn que talvez tenha passado de alguns limites, mas que por fim, me ensinou o suficiente para que eu conseguisse me sentir confiante em convidar Maddison para encontro. E foi nesse encontro que ela perguntou se eu queria namorar com ela! Inesquecível, eu tinha acabado de entrar no ensino médio e ela já estava no último ano, quando nós chegamos juntos na escola, lembro da face de todos de surpresa e admiração, viramos uma espécie de celebridades. E é claro, Maddy é um furacão por onde passa, ao lado dela, passei a frequentar ambientes mais adultos, aprendi rapidamente a me comportar a altura e a colocar os interessados nela em seus devidos lugares. Foram noites intensas de muitas festas, muita diversão, ela me levava até para fora da cidade! Aprendi com ela dois novos escapes: Sexo e Drogas. É claro que eu já sabia o que era fumar maconha, era o que eu fazia a anos, mas as drogas sintéticas e alucinógenas eram novidades potentes, ainda mais quando unidas aos meus hormônios e aos nossos momentos de maior intimidade, que eram realmente tão constantes que talvez pudessem beirar uma espécie de compulsão. Foi provavelmente o momento em que me afastei mais de todos, meus amigos, minha família… Tudo parecia menos importante quando eu estava com ela, a escola ficou em segundo plano, cheguei a reprovar! Mas sinceramente, eu não dava a mínima! Confiante e perdido dentro do meu personagem, iludido por tanto glamour e exageros, passei a acreditar que eu era algum tipo de rockstar, as doses de bebidas e drogas aumentavam a cada noite, os dias passavam como flashes confusos e o destino trataria de me derrubar, ninguém nunca chega no fundo do poço porque escolheu, mas alguns gostam de se atirar de peito aberto para um queda livre. E eu cai tanto que algumas semanas antes de completar dezessete anos, acordei internado… Overdose. A primeira pessoa a entrar no quarto foi Ali, ela caminhou em silencio e olhou no fundo dos meus olhos e falou algo que eu jamais vou ser capaz de esquecer: “A parte mais difícil de se aceitar é reconhecer nossos próprios erros e como eles machucaram o que realmente amamos nesse mundo”. E assim eu não só aceitei a intervenção que aconteceu na minha vida pela minha família de sangue e meus amigos, como também aceitei iniciar o tratamento que seria necessário.
- I'm living on shattered faith:
O tratamento demorou para surtir algum efeito, afinal, Maddison ainda estava no ritmo que havia me levado a minha destruição parcial. E seguindo os conselhos dos meus tutores, tive que fazer a escolha de me curar ou continuar me mutilando aos poucos, por sorte, a Maddy entendeu e passou a frequentar comigo as reuniões e encontros, passando a fazer terapia e buscando uma forma mais saudável de continuar. Ela tem e sempre teve uma vida complicada, apesar de ser herdeira de uma verdadeira fortuna, viu o próprio Pai atirar contra a própria cabeça e sobreviver como um vegetal em uma cama, teve que aturar a mãe trocar de namorados escrotos e até mesmo, ser abusada por um desses malditos… enfim, ela também tem seus demônios e precisava de ferramentas para enfrentá-los. Juntos começamos a mudar nossa rotina, voltei a estudar e ela passou a desejar iniciar uma carreira como estilista ou fotógrafa, iniciando até algumas ações como modelo, algo que viria a dar certo pra caralho, afinal, a Maddy é e sempre será incrível. Porém, cada um tinha seu ritmo e precisava de um tempo para internalizar e se reencontrar, foi doloroso, mas decidimos juntos que era necessário parar o nosso relacionamento, com a intenção de retornar a ele quando estivéssemos melhores. Comecei a ajudar voluntariamente uma ONG que atuava junto da organização da Igreja de St Michael, servindo o jantar pra várias famílias de imigrantes. Uma ação que foi sugerida em terapia, para o desenvolvimento de empatia e percepção do outro, que acabou virando parte da minha rotina por muito tempo. Foi caminhando no final de uma noite de serviços prestados que percebi algo estranho em um carro estacionado em frente a uma casa, estava acontecendo uma movimentação que a primeira vista parecia intima e consensual, mas instintivamente senti que algo estava errado, decidi me aproximar do carro, uma decisão que mudaria minha vida completamente. Apoiei a mão no vidro do banco de trás e vi um homem já grisalho, ele estava forçando uma situação com uma garota jovem, muito jovem, de cabelos loiros e com um olhar apavorado! Lembro do sangue ferver, dos primeiros chutes na lataria e do homem saindo enfurecido do veículo, ainda com a calça aberta… Minha memória sempre me traz de volta dessa cena já na delegacia, respondi por agressão e tive que prestar uma punição pequena porque o testemunho da garota, que se chama Holly, me salvou de algo pior. Afinal, eu poderia ter parado de bater naquele imundo depois do terceiro soco, não precisava ter desfigurado ele e o deixado em coma… Mas o que é limpar algumas ruas se o preço foi salvar aquela garota não é mesmo? O que eu não sabia é que Holly, mudaria a minha vida pra sempre, afinal, durante uma das minhas manhãs de serviço comunitário ela veio me visitar com uma cesta de café da manhã, ao lado de Holly estava a sua irmã mais velha: Heidi. Eu sinceramente nunca fui muito próximo de Deus e essas coisas de religião, mas o sorriso de Heidi era o de um anjo! Depois daquela manhã eu nunca mais seria o mesmo, passaria a nutrir uma relação de proteção e carinho profundo por Holly e uma admiração por sua irmã que se transformaria em uma paixão fortíssima e um amor inesperado. Eu ainda não estava desvencilhado da Maddy nesse momento, nós estávamos “dando um tempo” já tinha quase um ano, ou algo assim. E ainda sentia que a amava, mas Heidi me fazia respirar diferente, era uma luz que eu não conseguia entender.
- I'm going down to where the lucky ones have bled:
Eu havia completado dezoito anos a poucos dias quando decidi que era o momento de par um passo a mais na minha amizade com Heidi. Antes de tomar essa ação, liguei para meus amigos, os reuni e expliquei tudo que estava acontecendo, eu ainda me sentia culpado por gostar de alguém enquanto ainda não havia resolvido meu relacionamento com a Maddy, foi uma conversa difícil, lembro de Grace se irritar e bater na mesa falando que eu deveria ficar sozinho e não fazer nenhuma besteira, enquanto Kaleb dizia que eu deveria me manter fiel a Maddy, que ela estava se cuidando por mim… Kaleb sempre fiel é claro… E Ali era a única a falar que eu deveria mesmo aceitar as mudanças que eu mesmo havia escolhido pra minha vida, que eu merecia uma chance de viver algo diferente. E assim, depois de quatro encontros, começamos a nossa história. Heidi é de uma família estruturada, um pai trabalhador, uma mãe doce e atenciosa, uma irmã gentil e estudiosa. Ela sempre estudou para ser médica, inteligente, centrada e com um senso de humor único que me desarmava facilmente. Heidi me incentivou a voltar ao boxe, a voltar com a música, a me cuidar e a entender mais sobre como a minha instabilidade emocional também estava relacionada a própria maneira que eu me tratava. Aos poucos naturalmente, fui conhecendo melhor a pressão que existia sobre os ombros de Heidi, afinal somos todos falhos e por sorte ela também era e isso me fez passar a sentir um amor verdadeiro pela jovem, passando a admiração e o encantamento, nascia algo maduro entre nós e um companheirismo especial, aprendi a manter uma intimidade que não era necessariamente só corporal, mas também presencial, emocional. Enfim, tudo ia muito bem até a notícia repentina de que Grace havia se mudado para o exterior para estudar! Kaleb não aceitava de jeito algum essa notícia, sinceramente eu também não, na realidade cada um de nós duvidou de sua própria forma em algum momento. Mas eu tive dificuldades de lidar com esse abandono, me senti traído, ela nunca havia comentado conosco em nenhuma oportunidade essa vontade! Era ainda mais doloroso ver Kaleb depressivo e raivoso, Ali chegou a fazer uma campanha online para tentar encontrar Grace no exterior, mas nada parecia ser o suficiente, ela simplesmente deixou de estar presente e nós três entramos em crises diferentes. Lembro de voltar primeiro com a cerveja, depois alguns episódios de beber até cair e voltar a tomar algumas pílulas alucinógenas para sentir algo além daquela constante tristeza do abandono. Heidi tentava me ajudar, mas ela demorou para entender a profundidade da escuridão que eu carregava comigo, em um episódio ao qual eu não tenho nenhum orgulho de compartilhar, acabei usando alguma droga em quantidades exageradas e me tranquei no banheiro quando cheguei em casa, com objetivo de me afogar… Foi quando a coisa mais inesperada aconteceu… A porta foi aberta aos chutes e quem entrava por ela era Maddy! Heidi sabia de todos os pontos da minha vida, nunca havia escondido nada e naquele momento de desespero ela decidiu chamar a ajuda da única pessoa que ela julgou ser capaz de me entender e me trazer de volta. A manhã seguinte foi estranha, envergonhado eu estava sentado na mesa do café da manhã na frente de Heidi e Maddy, a conversa foi complicada, mas necessária. A parte confusa era o que eu deveria sentir sobre as duas, elas pareciam se entender naquele momento e eu não havia trocado mais uma palavra com a Maddy já faziam meses! O resultado desse encontro foi a minha internação e reabilitação...
- Leaving the dark, coming into the light:
Existem muitos momentos em nossas vidas em que acabamos por nos perguntar as razões das coisas, sabe? Porque estamos vivos? Porque estamos aqui? Porque precisamos continuar? Porque isso tudo importa? Enfim, contradições, confusões, medos, inseguranças, esperanças, sonhos, ambições... Tudo isso porque? Para que? Para quem? É muito difícil continuar vivendo se nada mais parece fazer sentido, eu sei, o gatilho foi o sumiço de Grace, mas era mais um abandono, era mais uma perda, que eu não sabia lidar e não entendia como isso me transformava em um criatura instintiva, esnobe, caricata, egocêntrica. Lembro de todos os dia na clinica de reabilitação, lembro perfeitamente de abrir os olhos e ver o olhar de tristeza de Edith, lembro também da decepção nos olhos de Robyn. Certamente foram os dois encontros mais difíceis da minha vida, mas eu passei por eles com toda a vergonha que tinha dentro de mim e sobrevivi, por elas. Nesse período da minha vida, a minha prioridade era encontrar forças para que a minha família me perdoasse e por isso eu passei por todos os tratamentos, acompanhamentos, reuniões, passos, metodologias, medicamentos. E caralho, como foi difícil! E foi durante esse processo de fragilidade que encontrei um caminho de reconstrução, estava em meu quarto com meu violão, não lembro o que estava tocando ou cantando, mas lembro de estar praticando alguma coisa e de repente, levantei a cabeça e lá estava a figura de Katherine Bryne, elegante como sempre, com um sorriso no canto dos lábios e um olhar determinado que fez meu corpo inteiro paralisar. Claro que eu já havia conhecido mulheres fortes na minha vida, mas naquele momento, ela me olhava como seu eu tivesse importância, ela viu a minha carreira antes que eu conseguisse me olhar no espelho! Katherine passou a ser uma visita constante, uma amizade inesperada. Ela me acolheu e me fez entender muito sobre meus sentimentos, minhas inspirações, meus medos e como transformar minha dor e minha raiva em arte. Foi através da pavimentação da minha carreira que pude começar os primeiros passos verdadeiros para minha recuperação, pequenas apresentações, vídeos curtos para redes sociais, sessões em estúdios, participações com outros artistas locais e aos poucos eu me via capaz de ser confiável outra vez. Katherine se transformou em minha empresária, conselheira, gerente, administradora, supervisora... Sem ela eu não sei se teria conseguido tão cedo, mas enfim, graças a ela eu pude voltar a conviver em sociedade e alguns passos foram acordados, afinal, haviam se passado quase dois anos do meu internamento e eu já tinha vinte e um anos de idade! Primeiro, eu deveria ter um espaço na casa de Edith, para momentos de fragilidade ou retorno. Depois, junto com Ali, Katherine elaborou um plano de alugar um apartamento bem localizado e de fácil acesso a todos, onde os funcionários eram conhecidos da mulher e poderiam me observar de maneira indireta, assim como, me ajudar com a minha própria reconquista de confiança e auto gerenciamento. Visitas periódicas de Edith foram combinadas para os primeiros meses e depois, quando tudo se acalmou, eu passei a visitar a casa onde cresci para retomar a minha convivência com minhas primas mais novas. Já minha relação com Robyn foi mais turbulenta no começo, lembro do enfrentamento dela com Ali e com Katheryne e um acordo não foi tão simples, mas ele aconteceu e minha prima mais velha demorou quase seis meses até a primeira visita e aos poucos começamos a retomar o nosso relacionamento e convívio, mas a rotina de trabalho dela e a minha rotina entravam em muitos conflitos, ainda temos muito para reconstruir... A verdade é que nesse período eu vivi soba monitoria constante de Katherine e Ali e eu me tornei distante de muitas pessoas queridas e importantes na minha vida. Tive encontros esporádicos com Maddy e com Heidi, praticamente não vi mais as figuras de Kaleb e Holly, Beatrice e Kiera eu só encontrava quando visitava minha tia/mãe... Foi um período difícil, mas o final do meu caminho de recuperação precisava desse espaço e desse tempo e foram essas duas maravilhosas mulheres que construiram uma verdadeira estrutura ao meu redor. E por isso eu serei eternamente grato! Porém, aos poucos a naturalidade começou a voltar e ambas conseguiam entender que eu já estava melhor, na verdade, até eu mesmo me surpreendi comigo mesmo, era como se eu tivesse renascido, tudo parecia mais claro e a sobriedade me fazia bem demais! Pela primeira vez eu me sentia vivo e no controle, lembro da primeira gargalhada que ouvi minha prima Kiera dar e simplesmente chorar de alegria... Enfim, eu encontrei a razão para os meus porquês, encontrei a minha razão para seguir em frente e agora é meu momento de reconstruir tudo que eu destruí no passado e me reapresentar ao mundo. O primeiro passo foi a reconstrução da minha relação com a minha tia, a qual eu pude felizmente voltar a chamar com muito orgulho e felicidade de mãe. Em seguida, minhas queridas primas mais novas e aos poucos, com minha prima mais velha, a qual me ajudou a me sentir novamente nas minhas totais confianças masculinas e adultas. Em seguida, pude me reencontrar com Kaleb e conhecer sua nova família. Ainda preciso me reconciliar com Heidi e Holly, todavia, meu relacionamento com Maddison já acelerou novamente no primeiro instante que nos olhamos. A verdade é que eu sempre senti que ela me entenderia e isso foi uma realidade, todavia, a minha mais profunda vergonha e maior ferida ainda está nos olhos de Heidi, muito precisa ser feito e refeito para que essa relação possa se tornar saudável novamente, mas estamos no caminho! Enfim, esse é meu momento de restauração e recomeço, não mais como um sobrevivente, não mais como um devorador de adrenalina e emoções, mas sim como um adulto saudável, desmiolado, problemático e bem intencionado. Estou vivo e por Deus, como eu estou feliz por isso! É hora de aproveitar!
- EXP/ Gasto de EXP:
Exp Recebida: 20 Exp Gasta: - Manipulação de 2 para 3 = 8 pontos - Intimidação de 1 para 2 = 2 pontos - Instinto Primitivo de 2 para 3 = 4 Pontos - Força de Vontade 5 para 6 = 5 pontos
Exp Total gasto: 19 Exp Sobrando: 1
OBS: ⬤ Ponto Bônus ⬤ Ponto de Experiência
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