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Narrativas De World of Darkness Estruturadas Nas Versões de 20 Anos
 
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 1º Arco: Ato I da Narrativa de Cordélia Giovanni

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Jess

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MensagemAssunto: Re: 1º Arco: Ato I da Narrativa de Cordélia Giovanni    1º Arco: Ato I da Narrativa de Cordélia Giovanni  - Página 2 I_icon_minitime4/2/2024, 01:07

Era com uma simples risada que via meu irmão limpar os beijos por mim dados, era algo inevitável entre nós dois, mas as pequenas implicâncias eram as melhores marcas de nossa relação, afinal nossa irmandade era mais antiga do que nossos abraços.

– É claro que precisa! Afinal sou sua irmã, seu desnaturado!

Comentava rindo ao adentrar na casa de nossa família, acompanhando meu irmão até a sala, era com calma que me sentava em um dos sofás apenas para tirar os sapatos e coloca-los sobre o assento de maneira confortável.

Atenta as explicações de Elena, eu deixava meu corpo relaxar de encontro ao sofá, mas eram as palavras de Flavio que me faziam mudar a postura, afinal meu irmão falava sobre a degeneração de todo conhecimento que as linhagens da morte podiam cometer.

– Pra isso ser feito dessa forma, o necromante teria que ter no mínimo um conhecimento razoável sobre o assunto...

Comentava enquanto gesticulava para Elena.

– Veja, pelo que eu entendo, a nossa alma, ou a falta dela não nos impede de ter acesso aos poderes gerados pelo vitae, na realidade vitae e alma são diferentes, estão em planos e possuem naturezas diferentes... É muito mais simples explicar e conseguir compreender o que é o vitae do que fazer o mesmo com o conceito de Alma, entende?

Voltando os olhos para Flavio eu respirava fundo ao comentar de maneira calma e aberta.

– Na cena do crime foi possível identificar que o sangue fraco foi queimado, pela falta de rastros maiores é imaginável que ele foi morto antes, ou simplesmente estava amarrado. Não haviam cinzas no lugar e as que você segura são restos retirados de frestas do piso, mas no plano umbral eu vi o resto do eco da alma dele, apatica demais e fraca, ele ecoava que havia sido devorado e condenado ao esquecimento. Eu imagino que esse tipo de pratica que você mencionou deixaria rastros maiores, e não faz sentido consumir completamente um meio de alimentação, pelo menos não um que tem potencial de ser infinito.
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Danto
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MensagemAssunto: Re: 1º Arco: Ato I da Narrativa de Cordélia Giovanni    1º Arco: Ato I da Narrativa de Cordélia Giovanni  - Página 2 I_icon_minitime19/2/2024, 23:22

Vocês três estavam sentados na sala de estar da casa que agora pertencia ao seu irmão, o rapaz com calma ouvia tudo que era dito e continuava muito pensativo. Elena que estava sentada a sua frente no cômodo cruzava as pernas e abria um sorriso sincero no rosto e gesticulava enquanto falava:

-Me desculpa pela sinceridade, que pode ser até grosseira ou ignorante, mas eu realmente não consegui entender completamente tudo que foi dito aqui entre vocês dois, são possibilidades, teorias e informações novas demais para que eu realmente consiga extrair alguma conclusão, então, com todo respeito, vou me abster a ouvir e esperar alguma conclusão.

Revelava Elena, em uma ação que claramente surpreendia Flavio. Porém, você conhecia bem o seu irmão e honestidade era um dos valores que o rapaz mais admirava em qualquer pessoa e certamente essa decisão de Elena o deixaria mais a vontade e confiante para se expressar.

-Tudo que você me descreve agora me faz ter a total certeza de que houve uma ação de diablerie. E nada disso parece fazer muito sentido e ao mesmo tempo pode ser confundida com vários outros poderes, habilidades e conhecimentos antigos, mas eu acredito que posso afirmar que estamos diante de um caso verdadeiro de criaturas de sangue fraco realizando o que pode ser chamado de alquimia sanguínea. A muitos séculos atrás, feiticeiros e bruxos dos tempos medievais usavam o vitae dos vampiros como um reagente poderoso, na falta desse ou no excesso de outra fonte mais fraca e similar, o protagonista dessas ações deve estar centralizando um culto ao seu arredor e destruindo sangue-fracos através de uma diablerie para produzir os restos mortais, ou o mais próximo disso, de uma criatura imortal. E o processo é tão brutalizado e mal feito que a alma ainda persiste ou seja, a dieblerie sequer é realizada em sua totalidade, não é sobre o poder conquistado pelo vitae, mas sim, o acesso aos recurso que as cinzas podem proporcionar para qualquer que seja a aspiração de alquimia desse culto.

Elena então se inclinava lentamente para frente e curiosa com o assunto, questionava:

-E existe alguma forma de provar, categoricamente, a ação dessa alquimia? Como podemos levar isso até as lideranças locais para que o assunto se torne uma realidade a ser combatida?

Seu irmão pensava por alguns instantes e então respondia:

-Acho que posso preparar algum ritual para o aprisionamento da alma ou de alguma memória, caso encontrem mais alguma vitima muito recente... Mas a melhor forma de evitar isso é, inevitavelmente, com uma amostragem do sangue desses alquimistas ou de quem está consumindo essas substâncias criadas pelos restos mortais dos sangue-fraco.

Elena parecia pronta para responder, mas o telefone dela vibrava e a mulher se levantava, indicando que precisaria de alguns instantes e caminhava relativamente para longe de vocês para atender. Nesse meio tempo, Flavio olhava na sua direção e comentava baixo:

-Não é um trabalho de amadores, isso é perigoso Cordélia. Se eles por algum acaso pegarem algum vampiro e realizarem o mesmo, vão conquistar uma quantidade assustadora de poder e quem sabe não passam até a abraçar pessoas unicamente para sacrificá-las com reagentes alquimicos? É muito sinistro.

Enquanto isso, Elena parecia ter uma conversa bem séria com quem quer que estivesse do outro lado da linha com ela naquele momento.
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MensagemAssunto: Re: 1º Arco: Ato I da Narrativa de Cordélia Giovanni    1º Arco: Ato I da Narrativa de Cordélia Giovanni  - Página 2 I_icon_minitime23/2/2024, 21:42

A sinceridade de Elena me fazia sorrir de maneira simples e calma, afinal aquela era uma discussão quase filosófica sobre poderes ligados diretamente a natureza da família Giovanni e aos clãs da morte, ainda assim era um conhecimento a qual não escapava de meu querido irmão ou a minha própria pessoa.

– Não se preocupe, é muito comum que qualquer conversa entre necromantes se torne uma longa discussão de teorias e conceitos. É um mal em comum a todos os clãs da morte.

Comentava de maneira breve a Elena antes de meu irmão se pronunciar, me encostando no braço da poltrona era com atenção que escutava Flávio, sua experiencia no campo necromântico era muito mais vasta que a minha, e sua mente sabia onde procurar os detalhes em que minha havia falhado.

“Será que algum alquimista entre os sangues fracos está deturpando essa arte? Dinheiro é uma forma de poder e a venda de drogas é um mercado que movimento bilhões em pouco tempo... Ainda mais se a droga for viciante...”

O telefonema para Elena me fazia levantar da poltrona, abrindo espaço para que a patrícia pudesse ir atender a ligação era com um movimento breve que assentia as palavras de aviso de meu irmão, afinal o panorama da situação não era nada agradável e muito menos promissora.

– Eu tenho essa noção, acredito que todas as Antonianas também o tem, e é por isso que elas estão agindo. É essencial conseguirmos provas e até mesmo rastrear a cabeça por de tras disso, antes que algum vampiro caia ou pior sejamos expostos... Se as teorias de que os Asfinders está por trás disso, quanto tempo vai levar para que as autoridades comecem a investigar mais fundo a matéria prima deles? Sei que pode ser só teoria, mas é bom darmos um ponto final a isso antes que a situação piore.

Voltando os olhos para Elena eu suspirava ao voltar minha atenção para Flávio e comentar.

– Você tem algo relacionado a alquimia de sangue fraco? Será bom eu ter uma noção de que tipo de coisa posso ter deixado passar.
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MensagemAssunto: Re: 1º Arco: Ato I da Narrativa de Cordélia Giovanni    1º Arco: Ato I da Narrativa de Cordélia Giovanni  - Página 2 I_icon_minitime1/3/2024, 01:49

Diante do afastamento temporário de Elena, a conversa agora acontecia entre os irmãos presentes. Flavius pensava mais um pouco antes de lhe oferecer qualquer fala, andando na sua direção com calma o rapaz sentava na poltrona previamente ocupada por Elena e gesticulava enquanto falava:

-Tenho sim, vou procurar e te entregar, mas eu não sou nem de perto qualquer tipo de especialista. Na realidade, os especialistas sobre sangue e vitae são os Tremere né. Mas eu tenho uma sugestão: A melhor forma de pegar um rato é colocando uma armadilha.

Flavius sorria com a malícia típica dos herdeiros do nome "Giovanni". E só de olhar aquele sorriso você sabia que a maquinação que se seguiria não seria segura, mas se bem executada, alcançaria um lucro incomparável. Fazendo uma curta pausa, seu irmão retomava a fala, ainda sorrindo.

-Faça uma visita aos irmãos Dunsirn, eles tem as chaves para os cofres mais recheados e tem uma longa história de lealdade para com a nossa família. Os incentive a participara dessa empreitada, aplique os recursos deles para criar uma persona interessada na compra dessa nova droga ou sintético. Organize com as forças das Antonianas e suas influências locais, que são vastas, um cena perfeita para encurralar e capturar os envolvidos, para assim, apresentar os vendedores, seja qual for o grau de importante deles dentro dos Ashfinder, ligando enfim, o sinal vermelho de todo anaquismo cidade. E caso precise de apoio, encontre a prole de Hierro. Jazmín Prats, ela poderá auxiliar como representante do legado dos Pisanob, assim, vocês chegam mais forte para solicitar a grana dos nossos irmãos irlandeses.

Enquanto Flavius falava, era possível ver a figura de Elena ao fundo da sala, a ligação parecia agitada, deixando-a inquieta e até irritada com vários momentos. Por fim, ela desligava e retornava até a presença de vocês, resmungando:

-Que ódio que eu tenho, as vezes eu detesto ter que carregar nos ombros esse peso todo de ser um Ventrue, sinceramente... Mas dessa vez eu vou seguir com a minha promessa e deixar meu pai e as malucas que o adoram resolverem sozinhas! Enfim, família é foda né... Como ficou decidido? O que vamos fazer?

Falava Elena, ficando de pé na sua frente e apoiando as mãos na própria cintura em uma postura clara de irritação.
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MensagemAssunto: Re: 1º Arco: Ato I da Narrativa de Cordélia Giovanni    1º Arco: Ato I da Narrativa de Cordélia Giovanni  - Página 2 I_icon_minitime8/3/2024, 12:41

Enquanto meu irmão se sentava na cadeira que até então havia estado Elena, eu me levantava para me esticar completamente enquanto o ouvia.

– No caso não temos um Tremere no bolso para consultar, então qualquer informação sobre já vai ser útil. Ou melhor, vai ter que servir!

Comentava rindo um pouco de minhas próprias palavras, um sorriso calmo, mas maroto nascia em meus lábios diante da malicia de Flavius, afinal eu conhecia muito bem meu irmão para ter certeza de que da mente dele existiam recantos que eu não aconselharia a entrada nem mesmo para meus inimigos.

[i] “Arriscado e ousado... Pode dar certo e ser muito bom, ou dar em nada e expor essa investigação... De qualquer forma é melhor do que ficar esperando!”


Um riso simples escapava de minha mente e lábios quando Elena se apresentava novamente, seus resmungos sobre linhagem estavam se tornando comuns naquela noite, assim como em qualquer noite de convívio com Elena quando esta abaixava a guarda no convívio mutuo.

– Bom, posso te dar a certeza que todo o problema Ventrue que seu pai e suas irmãs malucas podem criar não vai ser tão divertido quanto tentar criar uma armadilha com boa parte das linhagens necromânticas da cidade! Essa é uma diversão única e exclusiva de minha companhia!

Comentava ao dar de ombros em uma brincadeira antes de respirar e então comentar com Elena sobre o plano que Flavius havia traçado.

– Veja bem, estamos perdendo tempo correndo de um lado pro outro enquanto os ratos fazem a festa. Se quisermos acabar com isso logo o mais logico, arriscado é claro e logico é criarmos uma armadilha para nossos ratos favoritos, qualquer ratinho que cair nela e abrir a boca vai ser suficiente para alertar as lideranças da cidade. E veja só, temos dinheiro e influencia pra isso. Só precisamos convencer os irlandeses a entrar nessa briga, e talvez contar com a ajuda dos mexicanos pra isso, contando é claro que as Antonianas vão mover sua influência nesse plano maluco. Ou podemos simplesmente esperar e torcer pra próxima vítima desses ratos não ser um vampiro com sangue forte o suficiente pra torrar no sol.

Levantando-me eu suspirava olhando para Elena com calma para então comentar.

– É bem arriscado, mas pode dar certo, esse trabalho não está sendo feito por alguém que conseguiu um livro de ocultismo num sebo fedorento, ele é perigoso e quanto mais demorarmos, mais perigoso vai se tornar pra qualquer vampiro. Por enquanto as vitimas são sangue fracos, mas essa realidade pode mudar rápido e é melhor estarmos preparados pra isso.
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MensagemAssunto: Re: 1º Arco: Ato I da Narrativa de Cordélia Giovanni    1º Arco: Ato I da Narrativa de Cordélia Giovanni  - Página 2 I_icon_minitime24/3/2024, 14:45

-Entendi a ideia...

Dizia Elena, cruzando os braços e fazendo um curto silencio seguido de uma expressão mais preocupada e talvez até levemente incomodada. Para então, voltar a falar, olhando diretamente na sua direção.

-Mas infelizmente eu não vou poder te acompanhar nesses preparativos, você tem meu total apoio e da minha Coterie também, mas infelizmente essa ultima ligação me tirou do sério e eu preciso ir ver o que está realmente acontecendo, não posso permitir que os erros de outros cheguem até mim, não em um momento tão importante quanto o que está para se passar. Enfim, sinto muito, mas eu tenho que ir com urgência e resolver essa situação.

Flavius permanecia em silencio, apenas observando as ações entre você e a carismática Ventrue que só aguardava a sua resposta para se aproximar e se despedir com um educado e breve abraço, para então se direcionar a saída da casa enquanto acionava um aplicativo de motorista particular no celular que carregava. Flavius aguardava até o preciso momento em que vocês estavam sozinhos para comentar.

-Agora eu entendo o conceito de "muita informação", essa Elena define muito isso né. Então, como você vai fazer? Vai tomar essa iniciativa de preparar a armadilha e conquistar a confiança e quem sabe um espaço na coterie das Antonianas ou vai deixar as coisas esfriarem e só levantar mais informações dentro da nossa família?

Flavius questionava enquanto se levantava.

-Posso, antes de mais nada, garantir que é muito importante para nossa família ter alguém figurando dentro de uma das coteries mais importantes da alta sociedade local, independente de ser Anarquista ou Camarilla, nós não temos aliança com nenhuma seita e vamos jogar de acordo com as lideranças de cada região, temos muito trabalho interno para fazer antes de voltarmos a nos comportar como predadores sociais. Por fim, acredito que conquistar o apoio de Jazmín Prats antes de solicitar a verba aos nossos parentes é o melhor de todos os caminhos.
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MensagemAssunto: Re: 1º Arco: Ato I da Narrativa de Cordélia Giovanni    1º Arco: Ato I da Narrativa de Cordélia Giovanni  - Página 2 I_icon_minitime30/3/2024, 20:21

A resposta incomodada de Elena me fazia assentir de maneira simples e calma, afinal se a mente brilhante da cainita não estava calma o suficiente para se concentrar no que deveria ser planejado, sua companhia apenas poderia colocar tudo a perder.

– Sendo assim, farei meu melhor para começar a mover as peças. Resolva o que tem que ser resolvido Elena, assim eu sei que sua mente brilhante vai estar pronta para o que der e vier!

A respondia enquanto o breve abraço era dado, me sentando no braço do sofá enquanto Elena se afastava, meus olhos se voltavam para meu irmão e seu silencio, silencio logo quebrado quando a patrício já não estava mais entre nós.

– É pode-se defini-la assim em alguns aspectos, mas sinceramente o problema Ventrue deve ser maior do que sabemos, se não ela não estaria tão desestabilizada assim.

Escorregando pelo braço da poltrona eu aproveitava o movimento para me deitar ali por alguns instantes, apenas para rir baixo das palavras inspiradoras de meu irmão.

– Você sabe bem que ficar parada talvez não seja minha melhor qualidade! Me diga o que sabe sobre Jazmín Prats? Que é ela e o que eu posso esperar vindo dela?

Observando meu irmão eu me esticava ainda deitada na poltrona enquanto deixava meus pensamentos vagarem por alguns instantes.

“A família joga um jogo muito perigoso... Duvido que a Camarilla nos queira entre eles, essa falta de entendimento ainda vai nos custar algumas cabeças... Mas antes é melhor colocar ordem na casa, principalmente entre as linhagens!”
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MensagemAssunto: Re: 1º Arco: Ato I da Narrativa de Cordélia Giovanni    1º Arco: Ato I da Narrativa de Cordélia Giovanni  - Página 2 I_icon_minitime20/4/2024, 16:47

Elena já não estava mais entre vocês quando seu irmão iniciava a resposta sobre Jazmin Prats e isso era óbvio, afinal, apesar de vocês serem irmãos de nascimento, nas noites atuais, Jazmin também fazia parte da mesma família que vocês e certamente estaria próxima de vocês em um jantar organizado pelas lideranças locais, caso isso viesse a ocorrer em alguma noite futura. E como todo assunto de família só poderia ser tratado entre família, assim ocorria:

-Jazmín Prats... Com olhos negros e intensos, um sorriso sagaz e uma mente afiada, ela é prole de Hierro e carrega com orgulho a herança dos filhos de Tenochtitlan, os antigos Pisanob. A necromancia irradia de suas mãos como uma facilidade assustadora e terrível, não seria justo definir ela como a nossa mais poderosa feiticeira, mas ela certamente sustentará esse título no futuro próximo. Sua irmã de abraço, Kettelie Lafleur, é famosa por fornecer encantos e amarrações poderosas para a comunidade voodoo local. Jazmín é fascinada pelo abismo e provavelmente esse mistério todo pode deixá-la encantada.

Enquanto falava, seu irmão caminhava pela sala e olhava vez ou outra para a sua postura no sofá. Apesar de serem parecidos em vários aspectos, o abraço e o interesse pelo sobrenatural haviam consumido muito da humanidade dele e enquanto a sua ainda se manifestava naturalmente.

-Ainda não tive a chance de conhecer pessoalmente o Senhor de Kattelie e Jasmín, mas sei que Hierro é um fundamentalista do Movimento Anarquista e nenhuma de suas proles são ou aparentam ser, enquanto o Senhor delas passa as noites em reuniões e debates em torno da construção de um anarquismo mais responsável e acolhedor, Jasmín poderia muito bem carregar o nosso sobrenome, entende? Ele é ambiciosa, ousada, determinada, além de já ter a experiencia necessária para ser uma referência quando o assunto é o abismo. Já sua irmã, Kattelie é uma especialista em assombrações e fantasmas, a pós morte e os caminhos espirituais são as suas especialidades.

Fazendo uma curta pausa para cruzar os braços, Flavius finalizava.

-Acho que podemos até considerar ouvir as duas irmãs sobre o assunto. E caso Hierro demonstre algum desconforto ou curiosidade, apresentamos a carta da Elena e das questões políticas envolvidas... O que achas? Posso lhe informar o endereço de ambas.
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MensagemAssunto: Re: 1º Arco: Ato I da Narrativa de Cordélia Giovanni    1º Arco: Ato I da Narrativa de Cordélia Giovanni  - Página 2 I_icon_minitime23/4/2024, 19:15

Era com um sorriso maroto que se formava em meus lábios que escutava as palavras de meu querido irmão, os assuntos familiares que tanto assombravam Elena acabavam por se tornar corriqueiros e naturais para Flavius e eu, algo que me fazia implicar com meu irmão de sangue e abraço.

– Cuidado, do jeito que você descreve a Jazmín é capaz de eu rouba-la pra mim só para causar ciúmes em você!

Rindo de minha própria piada, era com calma que ponderava sobre as informações que me eram cedidas, em um claro pedido de tempo eu respirava ao concordar com um sinal positivo ao responder meu irmão.

– Ela é família, e nossa família é enorme temos que concordar com isso... Uma feiticeira que com um pouco mais de experiencia vai conquistar o que merece, por isso este talvez seja o momento ideal pra conquistar o interesse dela e uma possível aliança...

Levantando-me da poltrona, era com um suave balançar de cabelos e suspirar que continuava.

– Por mais que a verdade doa, Hierro tem que descobrir que só as teorias e palavras bonitas do Anarquismo não irão proteger os mais fracos entre nós. Podemos usar isso a nosso favor, afinal o anarquismo também é casa dos sangues fracos e aos olhos de um fundementalista está é uma verdade inegável. Quero sim o endereço delas, vamos tentar com Jazmín primeiro, pode ser que a curiosidade do caso toda a aguce e a faça criar as conexões que precisamos.

Colocando as mãos nos bolsos de meu casaco eu brincava de me equilibrar nos saltos de meus sapatos enquanto respirava fundo, dando tempo para meu irmão escrever em algum papel o endereço das irmãs Pinasob, ou simplesmente me mandar a mensagem com tal informação.

“Não da pra esperar a boa vontade dos mais velhos em criar uma reunião familiar, então estreitar os laços agora pode ser uma vantagem para depois... Espero estar apostando no cavalo certo.”

Voltando os olhos para meu irmão eu o encarava com seriedade ao comentar de maneira simples.

– Melhor guardarmos a carta Antonianas com cuidado, elas estão de olho em mim e eu não posso abusar de um nome que ainda não me pertence completamente. Pode pegar mal, e de qualquer forma enquanto lidarmos com familiares os laços não devem ser só políticos, deve haver confiança... Pode ser mais demorado é claro, mas é uma via mais sólida pra todos.
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