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Narrativas De World of Darkness Estruturadas Nas Versões de 20 Anos
 
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  Ato III - O Baile das Rosas de Berlim II

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Danto
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MensagemAssunto: Ato III - O Baile das Rosas de Berlim II    Ato III - O Baile das Rosas de Berlim II I_icon_minitime3/6/2017, 18:30



Local: Berlim, A Corte das Rosas.  
Data: 18 de Março de 2002: O Baile.


Imagens de Referência do andar superior:

Tomando então a escadaria curta que dava acesso ao último andar da corte das rosas, seus olhos eram surpreendidos pela visão de um amplo corredor que construía um amplo ambiente retangular em torno de uma parede central fina e cumprida. Ao lado direito dos maiores cantos desse retângulo, haviam portas que davam acesso aos ambientes de reuniões e encontros particulares.

Já os corredores estavam agora servindo como verdadeiras exibições para as suas obras! Muitos olhares curiosos e admirados estavam ali presentes, todavia, sentada em um dos pequenos e charmosos sofás de dois lugares, estava a figura de Fabienne.

Totalmente atordoada ali sentada, a sempre chamativa figura de Fabienne agora estava invisível diante dos olhos dos outros! Você só a conseguia notar por causa do sua sensibilidade acima do normal, ali a sua sobrinha estava a se permitir mergulhar em uma poderosa onda nostálgica em frente a estatua que homenageava a falecida irmã.

Ali, escondida dos olhos de todos e ao mesmo tempo no meio de todos os convidados que visitavam as suas peças, a jovem de cabelos loiros não conseguia lidar com uma mistura de fascínio automático ao olhar para a estatua e a dor que a falta daquela linda irmã lhe causava. Encolhendo-se para tremer sozinha, a mais antiga prole de Elsa não sabia como lidar com aquele turbilhão de sentimentos.

Todavia, não era algo apenas triste. Pois o sorriso dela estava ali! E com muita força! Fechando os olhos ela se entregava a uma brincadeira solitária de lembrar dos perfumes da própria irmã, lágrimas de sangue escorriam delicadamente pelos olhos dela e nada parecia importar à ela, apenas a doce e triste saudade.
Petit Marcelle:
Fabienne:
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MensagemAssunto: Re: Ato III - O Baile das Rosas de Berlim II    Ato III - O Baile das Rosas de Berlim II I_icon_minitime3/6/2017, 20:39

Subindo pelas curtas escadas que a guiaram até o ultimo andar da corte, Pietra sorriu diante do grande salão de exposição que ali se apresentava. O sorriso cresceu ao ver ali suas obras expostas em conjunto com local, os olhos castanhos de Pietra observaram a sua volta com interesse.

Ali em meio a tudo e ao mesmo tempo esquecida foi a figura de Fabienne que fez a cainita suspirar, diante da homenagem feita a Marcelle a jovem cainita se entregava aos seus próprios sentimentos, era um fascínio singelo e lindo que foi observado por Pietra.

“ Ela seria apenas um ano mais velha do que Fabienne... Ah mia amata ragazza, como eu queria abraça-la agora, mas sei que esse momento é só seu.”

Respirando fundo Pietra deu alguns passos pelo salão, vendo que os vassalos gêmeos se encontravam nas quinas do local a italiana andou até um destes pedindo com delicadeza.

- Boa noite amato, mas poderias me arranjar um lenço simples?!

Recebendo seu pedido Pietra sorriu com educação ao rapaz, indo até sua sobrinha a cainita se aproximou com delicadeza o suficiente para não atrapalhar a onda de sentimentos que a invadia, com cuidado Pietra pôs o lenço nas mãos desta esperando que lhe fosse útil quando por fim Fabienne rompe—se o fascínio.
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MensagemAssunto: Re: Ato III - O Baile das Rosas de Berlim II    Ato III - O Baile das Rosas de Berlim II I_icon_minitime3/6/2017, 21:02

-Claro senhora...

Respondia o vassalo que era uma cópia exata do outro rapaz que estava no canto oposto, uma peculiaridade única de sua irmã mais velha que não tinha muita explicação lógica, ela era apenas profundamente pela ideia de existirem pessoas idênticas! Assim você então recebia o lenço e o colocava nas mãos tremulas de Fabienne.

Aos poucos a jovem começava a regressar, o choro dela era fino e isso ajudava a não debilitar o próprio vestido que usava. Você conseguia ter uma visão perfeita de cada pequena reação de retorno à consciência da francesa, primeiro os pulmões dela começavam a se encher de ar, inflando as costas e expelindo com força várias baforadas de ar. As mãos tateavam os arredores e ao sentir o lenço, já o levava imediatamente até a face, a postura sempre esnobe e arrogante dela não existia ali, sentada a sua frente havia uma linda e delicada flor.

-Ah querida... Minha Marcelle, como eu sinto falta de ti Marcy! Você costumava dizer que chegaria o dia em que nossa Mãe seria uma Rainha, esse dia chegou e onde está você?! Espero que estejas a dançar no paraíso irmã, pois sua felicidade me fazia tão bem. Eu perdi o sol duas vezes, uma na noite do meu abraço e outra na noite de tua partida... Maldição irmã, eu me tornei tudo que tu me pedia para não ser! Meu coração se fechou em dor por tantos anos que eu perdi tudo a minha volta! Tenho duas novas irmãs e eu as mantive longe por anos! Minha senhora sequer me reconhece mais e eu... eu nunca mais... cantei... Será que eu sou eternamente cinza agora?!

Recuperando-se finalmente, a jovem suspirava e ainda não parecia ter notado a sua presença ali, confiante de que estava sozinha e como falava apenas em breves sussurros em francês, tinha a certeza de que ninguém entenderia nada. Em uma pura inocência ela continuava ali sentada a secar as lágrimas, sem suspeitar de ti.

Vassalo:
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MensagemAssunto: Re: Ato III - O Baile das Rosas de Berlim II    Ato III - O Baile das Rosas de Berlim II I_icon_minitime3/6/2017, 21:38

Ser atendida com rapidez pelo vassalo fez Pietra sorrir educadamente, Elsa sempre havia adorado a ideia de ser possível a existência de duas pessoas idênticas, algo que também encantava Pietra em menor escala.

Com cuidado a italiana viu sua sobrinha aos poucos se recuperar, as lagrimas finas logo foram acolhidas pelo lenço, e o sussurrar no francês baixo de Fabienne abriu o coração de Pietra para sua sobrinha. Aquela polidez e educação fria era o reflexo do cinza que dominava a alma de Fabienne.

“ Ela teve as pétalas tingidas de cinza! Ah mia amata, que dor foi a sua? Como conseguiste suportar?”

Sentando-se de leve ao lado de sua sobrinha, Pietra passou a mão sobre os ombros desta abraçando-a com carinho ao sussurrar suavemente em francês.

- Não mia amata, ainda tens como recuperar sua brancura, reencontrar seu canto e amar aqueles que estão a sua volta. Nossa querida Marcy olha por ti, ela olhou por todos quando estava entre nós. Sua irmã me deu forças quando tudo estava perdido, o carinho dela me ajudou a levantar e seguir. Lembre-se disso mia amata, do carinho dela e de como ela a amava.

Os olhos castanhos de Pietra não escondiam o carinho que sentia pela sobrinha, mesmo assim eles pediam uma singela desculpa por te-la surpreendido. Beijando a testa de Fabienne, Pietra sorriu ao passar a mão de leve pelos cabelos da jovem.

- Com um pouco de paciência logo estarás a cantar como um rouxinol, afaste-se um pouco da politica mia amata, concentre-se em cuidar do seu coração, estaremos aqui para ajuda-la Fabi.
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MensagemAssunto: Re: Ato III - O Baile das Rosas de Berlim II    Ato III - O Baile das Rosas de Berlim II I_icon_minitime3/6/2017, 21:54

Era esperado sempre de Fabienne uma postura séria e distante, raramente permita qualquer tipo de toque ou sequer sorria com frequência. Você soube do crescimento dela em Berlim como uma das harpias mais venenosas e mortais da corte de Wilhem, mas toda essa agressividade não parecia estar ali dentro, ao invés de recusar o seu toque ela ainda sem sequer olhar na sua direção, imediatamente se encolhia adentrando embaixo do seu braço e abraçando seu corpo. Encostando a cabeça em ti, ela ouvia suas palavras e aproveitava aquele simples carinho.

-Você respira... eu sou fria como um bloco de gelo... Marcy vivia espirrando lembra? Porque ela amava usar os poderes pra ampliar o olfato.

Murmurava a jovem que não parecia querer nunca mais largar você. Aninhando-se ainda mais, ela finalmente a olhava. Profundamente nos olhos e agradecia:

-Obrigada por lembrar dela, foi uma linda homenagem Pietra. Eu não me lembrava dela já fazia anos, acredita nisso? Acho que vivi tudo isso dopada, como se doses diárias de morfina me fossem dadas. Eu tentei de tudo para sentir de novo, nada funcionou. Só a tua escultura... Ela me fez sentir tudo... Por favor me ajude tia, eu não aguento mais isso... Não me deixe nunca mais voltar a política! Eu quero voltar a sorrir, a cantar e viver. Não sei como fazer! Eu preciso de ajuda...

Ela era incapaz de falar em qualquer outro idioma se não o natal naquela situação de extrema fragilidade, a voz dela sequer tinha forças para ser totalmente audível, a rosa cinza de sua irmã havia sentido a dor daquela cor e dava o primeiro e mais importante passo: pedia por socorro.
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MensagemAssunto: Re: Ato III - O Baile das Rosas de Berlim II    Ato III - O Baile das Rosas de Berlim II I_icon_minitime3/6/2017, 22:20

O abraço respondido de Fabienne fez Pietra segura-la com mais carinho, tomando o lenço das mãos de sua sobrinha a cainita limpou as lagrimas desta com delicadeza, a fama que a fizera crescer em Berlim já não se apresentava ali, aos olhos da italiana Fabienne era uma menina delicada e perdida.

“ Mia pobre ragazza. Tanta dor por tanto tempo!”

- Ela amava as flores, amava tudo que era vivo. Dançava como uma folha a brincar em na brisa da primavera.


Sussurrava Pietra em francês, encarando-a nos olhos a cainita apertou com força e carinho o corpo sua sobrinha, o pedido de ajuda ali feito era algo que Pietra nunca recusaria em fazer, respirando fundo a cainita beijou a testa de sua sobrinha com carinho.

- Olhe em meus olhos mia amata, ignore tudo a nossa volta sim! Escute o que eu vou lhe dizer. Sua mãe a liberará de suas responsabilidades aqui, estarás livre para voltar a Paris se assim desejar. Lá deves procurar Alexia, pedir-lhe que lhe ensine a reencontrar teu canto e tua música. Mas até lá deves guardar com carinho este sentimento.

Dizia a cainita ao deixar que sua presença abraça-se o corpo de Fabienne com ternura e calor, cantarolando baixinho nos ouvidos da jovem Pietra a embalou com cuidado beijando sua face com carinho.
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MensagemAssunto: Re: Ato III - O Baile das Rosas de Berlim II    Ato III - O Baile das Rosas de Berlim II I_icon_minitime4/6/2017, 00:21

Fabienne não falava mais nenhuma palavra, permitindo-se ser abraçada e se entregando totalmente ao mesmo. Fechando os olhos a jovem ouvia o seu cantarolar com uma expressão tranquila, ali a francesa suspirava totalmente aberta para que a sua presença pudesse criar dentro do âmago dela um novo sentimento único.

-Pietra podes falar em italiano comigo? Mesmo que eu não entenda, apenas fale sim?! Me conte sobre minha irmã, preciso saber como ela marcou a tua vida...

Pedia assim a rosa cinza jogada em seus braços. Algumas coisas passavam pela sua mente, principalmente como a tua irmã poderia ter deixado isso escapar despercebido. Assim como a própria morte da primeira prole dela seguia como um grande mistério. Todavia, nada ali poderia ser mais importante diante aquele lindo pedido. Um pedido que abria perfeitamente uma chance para a sua força e a sua luz resgarem mais uma alma.

[Off: teste de Teste de Percepção+Carisma+Empatia, dificuldade 7.]
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MensagemAssunto: Re: Ato III - O Baile das Rosas de Berlim II    Ato III - O Baile das Rosas de Berlim II I_icon_minitime4/6/2017, 01:23

Off: teste de Teste de Percepção+Carisma+Empatia, dificuldade 7 = 15d10
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MensagemAssunto: Re: Ato III - O Baile das Rosas de Berlim II    Ato III - O Baile das Rosas de Berlim II I_icon_minitime4/6/2017, 01:23

O membro 'Jess' realizou a seguinte ação: Rolagem de Dados


'D10' : 3, 6, 7, 2, 8, 8, 8, 1, 3, 10, 3, 6, 3, 3, 10
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MensagemAssunto: Re: Ato III - O Baile das Rosas de Berlim II    Ato III - O Baile das Rosas de Berlim II I_icon_minitime4/6/2017, 01:40

Ninando o corpo frio de Fabienne, Pietra deixou que sua luz a imundasse aos poucos, a luz ia pintando de branco as pétalas cinzentas criando pequenos feixes para que o branco pudesse se espalhar, alcançavam as raízes enfraquecidas e as nutriam com carinho.

As palavras de sua sobrinha fizeram Pietra sorrir, a resposta estava ali na frente das duas concretizada em uma peça única.

- Quando eu fui cinza ela me trouxe luz. Ela me trazia alimento todas as noites, me falava das novidades que aconteciam e penteava meus cabelos. Marcelle nunca me viu criar e mesmo assim me achava perfeita. Ela não se importava com os boatos que me circulavam, queria apenas ajudar e eu não podia retribui-la. Ah minha criança como eu a amei, como ela me fazia bem! Eu ansiei cada segundo a chegada dela e chorei quando ela saia do meu cárcere. Ela foi um pequeno sopro de vida que não deixou minha chama se apagar. Agora minha criança estou fazendo o mesmo com você! Soprando suas cinzas para que delas nasçam um belo rouxinol!

Apertando o corpo de Fabinne com cuidado Pietra segurou com veemência a vontade de chorar, ali ela estava cuidando da mesma forma que havia sido cuidada, dando sem esperar receber nada em troca.

“ Não quero tocar na morte de Marcelle, sei que todos sofreram muito. Mas será que Elsa ficou cega a esse ponto?!”
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MensagemAssunto: Re: Ato III - O Baile das Rosas de Berlim II    Ato III - O Baile das Rosas de Berlim II I_icon_minitime4/6/2017, 01:55

A pele pálida da jovem ia vagarosamente reagindo as suas ações, cada pincelada daquele lindo e puro branco sobre as pétalas cinzas fazia com que a epiderme da Fabienne tomasse mais cor, abandonando aquele triste e marmorizado tom para algo mais vívido e suave. Traços novos surgiam na face da mesma, os pulmões dela se enchiam de ar e você ouvia até uma batida do coração dela. A sua presença não só a fazia suspirar, mas também focava uma poderosa luz sobre aquela debilitada planta que começava finalmente a ser nutrida.

-Você realmente conheceu a minha irmã... A sua escultura é a essência dela... Tens minha eterna gratidão Pietra, quero que teus ouvidos possam me ouvir cantar, esse é meu objetivo a partir de agora!

Murmurava a jovem apenas para os seus ouvidos e assim que terminava de falar, o corpo dela parecia ser incendiado por uma chama adorável de felicidade e gana! Um largo sorriso surgia e aqueles lindos olhos marejados por uma suave camada de vitae a procuravam com intensidade.

-Eu prometo ser a sua mais talentosa sobrinha! Quando a hora chegar eu irei cantar para ti e irei retribuir o que você fez por mim hoje tia! Isso é uma promessa, acreditas em mim certo?
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MensagemAssunto: Re: Ato III - O Baile das Rosas de Berlim II    Ato III - O Baile das Rosas de Berlim II I_icon_minitime4/6/2017, 02:21

Ali no abraço caloroso e gentil, Pietra sentiu que a pele fria começava a ganhar vida, apertando-a com carinho a cainita garantiu que aquela rosa fosse nutrida pelo tempo necessário.

- Ela era pura, a mais pura de todas minha criança, um anjo entre nós. Eu serei a tia mais feliz do mundo se escuta-la cantar novamente.

Comentava a cainita ao tomar as faces de Fabienne e limpar as lagrimas que ali ameaçavam a desabar, voltando a aperta-la com força e carinho Pietra riu feliz com aquela promessa sendo feita.

“ Ela será magnifica, uma cantora para rivalizar com qualquer Sereia. Eva vai ama-la, sei que vai!”

Apertando de leve o nariz de Fabienne, Pietra beijou-lhe a testa com delicadeza ainda a segurando em seus braços.

- Eu acreditaria em você mesmo que não me pedisse minha amada. Quero ver esse meu pequeno rouxinol criar as assas mais belas e cantar com todas as forças. Estou cuidando de você como sua irmã faria, porque ela já o fez quando eu precisei. Além do mais és minha sobrinha e eu tenho que cuidar de minha família.
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MensagemAssunto: Re: Ato III - O Baile das Rosas de Berlim II    Ato III - O Baile das Rosas de Berlim II I_icon_minitime4/6/2017, 11:01

Com aquele simples lenço você enxugava as últimas lagrimas de Fabienne, eram as última que ela derramaria naquele momento por um motivo tão simples quanto o próprio tecido que as eliminava: Ela estava feliz.

Existem várias formas de felicidade, você vivenciava nessas últimas noites incontáveis maneiras distintas após um período realmente muito complicado e começava a agora aflorar como um poderoso girassol, Fabienne desejava o mesmo que ti. E com essa ambição nos olhos e um maravilhoso sorriso na face a jovem soltava um pequeno e breve risinho abafado pelos próprios lábios quando seus dedos tocam-lhe o nariz.

-Não vou me esquecer disso Pietra, mas eu sei que hoje é uma noite importantíssima para você. Wilhelm e a Justicar adentraram naquela porta ali no finalzinho do corredor, mas antes de ir preciso dizer que estou alegre por ti. Você perdeu tudo e hoje é o que és, posso fazer o mesmo então! Obrigada tia, cuidarei desse tesouro que me destes com carinho.... Mas eu...

Acanhando-se e usando as mãos para esconder a face, entreabrindo os dedos parcialmente para que apenas um dos olhos pudesse aparecer por entre os dedos entrelaçados.

-Me chamarias de pequeno rouxinol só mais uma vez?!
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MensagemAssunto: Re: Ato III - O Baile das Rosas de Berlim II    Ato III - O Baile das Rosas de Berlim II I_icon_minitime4/6/2017, 11:31

Cuidando para que a pele alva de Fabienne não ficasse marcada pelo rubro do vitae, Pietra sorria com carinho para sua sobrinha.

Reconhecendo ali uma felicidade única e nova, Pietra cuidou com carinho daquele pequeno rouxinol que ensaiava fortalecer suas assas, beijando a testa de Fabienne a italiana escutou atentamente as palavras de sua sobrinha.

“ Ela é tão linda! Tão viva! Por Dios, como deixaram ela chegar a esse ponto? Como?”

Rindo diante do pedido de Fabienne, Pietra tirou com delicadeza as mãos que escondiam o belo e vivo rosto da jovem.

- Ah mas sempre te chamarei de meu pequeno rouxinol! A chamarei assim sempre que quiseres meu amor, sempre!

Respondia Pietra tomando a face de sua sobrinha para distribuir beijos carinhosos por todo a sua extensão para só então abraça-la com carinho e força.

- Lembre-se do que eu te falei, já fizeste carreira o suficiente na politica. Agora concentre-se em seu coração, deixe que suas assas se fortaleçam antes de alçar aos céus meu pequeno rouxinol.

Levantando-se com cuidado, Pietra beijou as mãos de sua sobrinha com um sorriso amoroso no rosto.
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MensagemAssunto: Re: Ato III - O Baile das Rosas de Berlim II    Ato III - O Baile das Rosas de Berlim II I_icon_minitime4/6/2017, 12:56

Fabienne ria adorando os seus beijos, um riso baixinho e contagiante, algo que você nunca havia imaginado que Fabienne fosse capaz de fazer! A jovem era unicamente sorrisos e carinhos e tendo as mãos beijadas por ti, ela prontamente retribuía, beijando as suas mãos e levantando-se.

Era curioso como as pessoas não prestavam uma atenção total em vocês, provavelmente devido a ofuscação que a francesa havia aplicado sobre si. Ela então também se levantava e ia até o seu ouvido, para cantarolar algo simples. Uma breve canção de ninar em francês:
Música:

Enquanto ela cantava, era a sua vez de sentir algo especial. Uma sensação calorosa e agradável em seu âmago, havia uma inspiração não natural começando dentro do seu coração e expandido-se por todo seu ser, seus olhos se fechavam para ver uma luz poderosa e branca. Seu coração palpitava de maneira discreta e envergonhada, sua pele se tornava ligeiramente mais quente e seu paladar retornava gradativamente, ao ponto de sentir a umidade da saliva natural que havia agora dentro da sua boca. A sua luz ficava mais forte, tua humanidade também!

[Off: +1 em sua Trilha de Humanidade]
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MensagemAssunto: Re: Ato III - O Baile das Rosas de Berlim II    Ato III - O Baile das Rosas de Berlim II I_icon_minitime4/6/2017, 14:00

Aproveitando-se da alegria que ecoava de sua sobrinha, Pietra ria com carinho daquela cena, as risadas conjuntas ali feitas era algo com qual a italiana nunca imaginaria que aconteceria com Fabienne.

“ Não posso julgar a ninguém sem conhece-los! Minha rouxinol como eu quero ver você voar!”

Ainda curiosa por ver que ninguém as notava, Pietra sorria ao imaginar que Fabinne as havia protegido de olhares curiosos, mas foi a música cantarolada em seu ouvido que a fez suspirar, sem pensar a cainita apertou com carinho o corpo de sua sobrinha depositando sua cabeça nos ombros desta.

A luz parecia crescer e inundar ainda mais Pietra, o calor crescia ainda mais enquanto seu corpo parecia estar mais vivo, até mesmo o simples salivar retornava surpreendendo Pietra, seu corpo se lembrava de tudo que era esquecido, e aquilo a fez suspirar com carinho.

Sua humanidade estava crescendo novamente, em resposta ao carinho de sua sobrinha, um carinho sem cobranças ou segundas intenções, puro como havia sido Marcelle.
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MensagemAssunto: Re: Ato III - O Baile das Rosas de Berlim II    Ato III - O Baile das Rosas de Berlim II I_icon_minitime4/6/2017, 14:27

Aquela breve canção chegava ao fim, sua sobrinha agora a abraçava com carinho e beijava a lateral da sua face com cuidado, cada pequeno beijo tinha um significado: Gratidão, amor, esperança e admiração. As duas ali sabiam que o caminho até o voo seria longo e difícil, mas a pequenina ave extraia da sua luz uma força que a faria crescer. E ela então arriscou uma única frase em italiano, talvez a única que ela havia aprendido além das saudações comuns:

-Ti amo...

Em seguida ela passava as mãos pelos seus cabelos e terminava o abraço. Tomando as suas mãos e beijando-as intensamente, um forte e longo beijo e cada, era uma despedida e você sabia disso. Pois ela levantava os olhos na sua direção e lá havia uma poderosa esperança.

-Tia, obrigada. Eu irei agora mesmo fazer as pazes com minhas irmãs e não demorarei para ir a Paris! Por isso, peço tua licença agora está bem? E lembre-se, nossa Marcelle não está fisicamente entre nós, mas ela sempre cuidará de nós lá de cima. Até breve!
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MensagemAssunto: Re: Ato III - O Baile das Rosas de Berlim II    Ato III - O Baile das Rosas de Berlim II I_icon_minitime4/6/2017, 14:48

Os beijos de Fabienne fizeram Pietra rir de felicidade, cada beijo tinha um significado especial para ambas, mas as palavras em italiano trouxeram um suspiro longo ao corpo da cainita.

Beijando-a na testa com carinho, sussurrando em francês Pietra se despedia de sua sobrinha com todo o amor que poderia dar e compartilhar com esta.

- Eu te amo minha pequena rouxinol, cresça forte e volte quando sua voz puder ultrapassar os céus. Eu estarei aqui para ti.

Despedindo-se de sua sobrinha Pietra suspirou alto ao ver que ali havia um leve brilho de esperança.

“ Espero que ela tenha auxilio em Paris. Seria triste ela se perder!”

Respirando fundo a Pietra sorriu para a escultura de Marcelle fazendo uma pequena mensura a escultura e a lembrança de sua sobrinha querida. Voltando sua atenção para as coisas a sua volta, Pietra rumou para a sala indicada em que encontraria Wilhelm e Lucinde.
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MensagemAssunto: Re: Ato III - O Baile das Rosas de Berlim II    Ato III - O Baile das Rosas de Berlim II I_icon_minitime4/6/2017, 16:43

Local: Berlim, A Corte das Rosas.  
Data: 18 de Março de 2002: A Reunião.

Sala Privada do Baile:

Sua sobrinha se despedia de você, mas ela não ficava ali parada outra vez, com passos bem dinâmicos ela retornava ao baile a procura das irmãs! E você pode caminhar tranquilamente pelos corredores, vendo ali as suas obras e a de outros artistas locais, humanos e cainitas. Finalmente então, suas mãos abriam a porta de acesso a sala indicada pela jovem francesa.

No interior da mesma estavam Lucinde e Wilhelm, a anciã tomava graciosamente o vitae contido dentro de uma das três taças ali servidas. Levando os olhos na sua direção enquanto você entrava, enquanto isso, o sempre polido ex-príncipe de Berlim, que sentava no sofá oposto à Lucinde, prontamente se colocava de pé para recebê-la.

-Pietra! Venha por favor, junte-se a nós sim? Se desejar há uma taça posta para ti...

Indicava o homem com a mão e permanecendo de pé até que você se sentasse. Lucinde seguia a beber, terminando a própria taça e sentando-se de maneira confortável no sofá. Jogando os olhos na direção das altas árvores do lado de fora.

-Devo ficar ou seria melhor eu me retirar Will?

O homem olhava na direção dela e afirmava com veemência:

-Lucinde por favor... você faz parte dessa história. Sei que é algo que não gostas de lembrar, sinto muito por isso. Se lhe for desconfortável, pode se retirar... Mas eu ficaria profundamente feliz em tê-la aqui.

Ela então olhava para você e em seguida para Wilhelm para responder:

-Ta bém eu fico sim... Prepare-se Pietra há muita coisa a ser dita.

Respondia Lucinde cruzando as pernas e revelando estar totalmente descalça e a vontade dentro daquela pequenina sala privada.
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MensagemAssunto: Re: Ato III - O Baile das Rosas de Berlim II    Ato III - O Baile das Rosas de Berlim II I_icon_minitime4/6/2017, 18:17

Sorrindo com os movimentos de Fabienne, Pietra suspirava fundo feliz por sua sobrinha. Andando pela exposição a cainita mantinha o sorriso suave no rosto, adentrando na pequena sala de reuniões indicada onde Wilhelm havia entrado com Lucinde.

- Mios amatos.

Comentava a italiana ao adentrar no aconchegante ambiente, sorrindo para Lucinde e seu cunhado Pietra se sentou para só então se servir da taça oferecida, ali entre os dois patrícios a italiana se sentiu à vontade e feliz.

- Por favor Luh, não precisa saíres se assim desejar!

Concordava prontamente Pietra com Wilhelm sobre a presença de Lucinde, recostando-se na cadeira a italiana cruzou as pernas assentindo com um aceno positivo ao comentário da francesa.

“ Somos anciões, sempre que fazemos algo existe milhares de palavras a serem ditas... Tenho saudades de quando as coisas eram mais simples...”

Bebericando de sua taça a cainita respirou fundo relaxando a postura e se deixando aproveitar o descanso momentâneo.

- Não se preocupe, eu quero saber a verdade. Será bom para Friederich e para minha pessoa. Além do mais isso me ajudará a entender mais do que aconteceu nessas noites turbulentas.
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MensagemAssunto: Re: Ato III - O Baile das Rosas de Berlim II    Ato III - O Baile das Rosas de Berlim II I_icon_minitime4/6/2017, 22:07

Um curto silêncio formou-se após as suas palavras. Lucinde claramente havia optado por ficar, mas o assunto parecia ser complexo e os dois Patrícios demonstravam um pequeno receio em começar, todavia era chegada a hora do passado ser aberto e quem dava o primeiro passo era Wilhelm.

-Existem várias possibilidades para começar essa história, mas eu serei direto. A grande verdade é que o homem que me abraçou era um covarde, ele usou do vitae dele para causar males terríveis a todos aqueles que se opunham a ele e a primeira grande demonstração de força dele foi a derrubada de Severus nas noites que precederiam a revolução anarquista.

Lucinde afirmava com enorme amargor:

-Meu Senhor. Sou a única prole de Severus...

Wilhelm fechava os olhos e forçava uma longa respiração para enfim seguir em frente.

-Quando Gustav teve a certeza de que poderia dominar Berlim, ele abraçou a segunda e terceira proles. Nina e Fredy, para que através deles ele fosse capaz de consolidar a própria soberania. A verdade é que em meio as humilhares e horrores, nós três nos unimos de várias formas possíveis... Fomos irmãos, amantes e sobreviventes. Fredy entretanto quebrou-se após a invasão das tropas francesas, Villon exigiu uma reparação de Gustav e o mesmo executou nossos três irmãos mais novos em um ato tão bárbaro que Villon nunca mais olhou para cá novamente. Depois da morte de Peter, Thomas e Lukas... Fredy ficou terrivelmente furioso, não passava uma única noite sem cair em frenesi ou atentar contra a própria vida. Foi nesse momento que eu não pude mais agir com cuidado pelas costas dele!

Lucinde prontamente completava:

-Will veio até mim. Na época eu servia como Alastor da espada, minha única palavra era a violência e vingança. E com base nisso eu o ajudei a forjar um plano a longo prazo para romper a influência de Gustav, o primeiro passo seria retirar uma das proles do domínio dele e entregá-la diretamente a Espada... O plano inicial era remover Katarina, ela sofria abusos sexuais constantes. Mas Friederich estava a beira de um verdadeiro colapso e Will não conseguia ver seu então... Como devo colocar aqui querido? Nenhum de vocês três se consideravam irmãos na época.

Wilhelm dizia:

-Meu protegido. Eu sentia o dever de prover e proteger aos dois, mas não conseguia... Assim eu e Lucinde forjamos uma nova personalidade. Artur... Lucinde usou os contatos que tinha em Praga junto a Espada e eu construí a persona dele através da dominação.

Era claramente muito difícil para ambos revistar aquele tenebroso passado. Mas haviam preciosas informações apresentas e no fim, as faces deles estavam tristes mas ambos estavam dispostos a revelar tudo que sabiam.
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MensagemAssunto: Re: Ato III - O Baile das Rosas de Berlim II    Ato III - O Baile das Rosas de Berlim II I_icon_minitime4/6/2017, 22:29

Sentada ali na presença de Lucinde e Wilhelm, Pietra brincava com a taça de que se servira, girando o receptáculo nas mãos a cainita deu tempo para que os patrícios começassem a falar.

Escutando atentamente tudo que lhe era dito a cainita se mantinha calma, mas as palavras sobre o que Gustav fizera eram pesadas e doloridas, imaginar que Friederich e seus irmãos haviam sofrido eram cruel e desesperador.

“ Eles sobreviveram, com diversas cicatrizes! Mesmo assim se ergueram acima da lama e sujeira de Gustav, mais fortes e unidos. Agora Berlim pode prosperar. “

Balançando a cabeça Pietra afastou qualquer dor da face ao encarar os dois ali, com um sorriso gentil no rosto a cainita levou algum tempo para enfim comentar.

- Não posso dizer que entendo a situação por completo, não passei pelas mesmas provações que vocês dois. Mas confio em vocês para saber que o que fizeram era o mais certo. Friederich chegou a praga, vagou por alguns anos a esmo e por fim foi acolhido por Melinda. Foi ela que nos apresentou noite em que fui apresentada a Espada de Madrid, curiosamente era a noite que Friederich também o fazia.

Bebericando de leve a taça, Pietra suspirou com as lembranças daquela noite, a noite que tivera a oportunidade de mudar.

- O tempo de convívio criou uma aliança, e Artur sempre desejou voltar a Berlim, ele queria provar que era melhor do que o tempo que havia passado aqui. Eu não sei se era algo que você esperava Wilhelm ou apenas algo que seus poderes não previram.
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MensagemAssunto: Re: Ato III - O Baile das Rosas de Berlim II    Ato III - O Baile das Rosas de Berlim II I_icon_minitime4/6/2017, 22:49

-Não havia como prever como o subconsciente de Friderich, forjamos uma persona não uma personalidade total entendes? O coração dele permaneceria intacto. Ele apenas se esqueceria de todo o passado em Berlim.

Wilhem adicionava à frase de Lucinde:

-De fato, não havia como prever. Mas entendo que em seu âmago, Fredy ainda sob a face de Artur sabia que Berlim sempre fora a sua casa... Tivemos é claro horríveis momentos aqui, mas ele sempre acreditou que eu poderia um dia de fato superar a figura de Gustav. E o espírito rebelde dele sempre o fez sonhar em desestabilizar a coroa, nada melhor que fundar uma espada sob a benção do Cardeal Monçada certo?

As palavras de Wilhem saiam menos tristes agora, ele parecia mais a vontade com a situação e prontamente seguia a falar:

-Mas não entendas errado querida Pita, nós nunca nos amamos profundamente. Eramos nossas últimas esperanças em meio ao horror que era existir, compartilhávamos nossos únicos momentos de liberdade e sentimento porque se não... Seriamos como ele e isso não seria nunca permitido! Nina aliou-se a Tremeres, eu ao Toreador e Fredy... bem à ti e a espada.

Lucinde então complementava, esticando a mão para tocar em seu ombro.

-Mas não duvide querida, por um único segundo que fomos nós que forjamos o amor dele por ti, ou que controlamos tudo através da dominação. Nossa única ação foi tirá-lo de Berlim. O resto foi verdadeiro, sabes disso correto?
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MensagemAssunto: Re: Ato III - O Baile das Rosas de Berlim II    Ato III - O Baile das Rosas de Berlim II I_icon_minitime4/6/2017, 23:11

Pietra sorriu diante das palavras de Lucinde e Wilhelm, não havia como julgar ninguém, muito menos o querer faze-lo. A italiana entendia bem como era se agarrar ao ultimo fragmento de esperança e dali fazer milagres acontecerem.

- Eu não sou uma grande estudiosa da Dominação, mas entendo o que vocês me falam. Entendo que o que nasceu entre Fredy e eu é real, que cada feito dele dentro da Espada foi o coração revoltoso e selvagem que quis faze-lo.

Respondendo o toque de Lucinde com um beijo em sua mão a cianita sorriu com carinho para os dois Ventrue.

- Vocês dois se arriscaram muito para salvar Friederich, sou grata por isso. Ele me ajudou muito e hoje sei que ele se orgulha de quem é, dentro da Espada ele alcançou um posto de grande renome a vai mantê-lo, ele possui a benção do falecido Cardeal e da própria Regente, poucos os tem e muitos o querem. Mas tenho que lhe perguntar Will, Fredy já conhece a verdade ou não?

Perguntava Pietra com carinho, a falta de informação sobre seu próprio passado era algo que incomodava Friederich, era um peso que seu amado não tinha porque carregar.

“ Sim eu sei que é verdadeiro, vejo isso nos olhos deles, toda as vezes que cruzamos nossos olhares. “
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MensagemAssunto: Re: Ato III - O Baile das Rosas de Berlim II    Ato III - O Baile das Rosas de Berlim II I_icon_minitime5/6/2017, 00:17

-Ele ao me ver naquela noite destravou algumas memórias, mas ontem nós nos reunimos durante o final da noite e eu pude terminar de remover tudo. Por tanto, sim ele já está perfeitamente ciente...

Respondia Wilhelm com um tom calmo, mas preocupado. Ele cruzava os braços e então olhava na direção de Lucinde, claramente pedindo por ajuda naquela situação.

-Bem... desculpa a intromissão na sua vida amorosa Pita, mas temos aqui duas pessoas que a amam profundamente e estão deveras fragilizadas. Will teme que Fredy possa ter acessos de raiva por entrar em contato com determinadas memórias e eu temo que Masdela possa ter o mesmo...

Respondia Lucinde com bastante cuidado, Wilhelm então comentava.

-Eu gostaria que você convidasse seu irmão para o Jantar de amanhã Pita... Para que possamos juntos averiguar essas possibilidades e que não haja mais nenhuma forma de sofrimento dentro de nossa família. Entendes minha preocupação? Já adianto um pedido de desculpas se estiver passando dos limites!
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MensagemAssunto: Re: Ato III - O Baile das Rosas de Berlim II    Ato III - O Baile das Rosas de Berlim II I_icon_minitime

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