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Narrativas De World of Darkness Estruturadas Nas Versões de 20 Anos
 
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 Ato I - Narrativa de Henrik - Solas a ’deàrrsadh

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Jess Narradora

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MensagemAssunto: Ato I - Narrativa de Henrik - Solas a ’deàrrsadh   Ato I - Narrativa de Henrik - Solas a ’deàrrsadh I_icon_minitime23/10/2020, 22:24


94 Gråsteinsveien, Flekkefjord, Vest-Agder :

Data: 24 de Junho de 2000 - Quarta-feira – Castelo Manchesto

Os ventos da mudança sempre estiveram presentes em sua vida, eles começaram a soprar já na sua infância, e com o tempo se tornaram um turbilhão. A morte de seus pais, sua criação conturbada dada por sua tia, o talento descoberto ainda em seus primeiros anos, tudo havia soprado como um turbilhão de navalhas que o feriram de forma permanente.

Porém os ventos haviam se tornado uma suave brisa com a chegada de Katri, a jovem tinha um dom único de lhe fazer bem e embora a ventania continuasse a lhe cercar, com Katri ela sempre se transformava em uma brisa, mesmo dentro do olho do furacão que sua vida se transformará.

Os anos de infância deram lugar aos da juventude, embora o vento continuasse a soprar de forma desordenada e violenta, novos rumos se revelavam ao horizonte, rumos confusos que em algumas vezes o separaram completamente de Katri, a brisa da jovem é claro sempre o encontrava novamente e nesses reencontros ela sempre ser mais amena e carinhosa do que a última vez.

Foi no último encontro que a brisa de Katri por alguns instantes se tornou um vendaval, um cheio de carinho e bem querer, um muito maior do que o te cercava, e talvez tenha sido essa liberdade que desencadeou os estranhos acontecimentos que se seguiram, ou apenas mais umas das brincadeiras estranhas do destino.

A explosão de glamour que os cercara era tão intensa que o ar havia escapado por completo de seus pulmões e até mesmo dos de Katri, o brilho ensurdecedor os teria engolido por completo de as assas negras de um grande grifo não os tivesse envolvido, a luz dourada e brilhante do glamour foi trespassada por uma luz etérea e fria vinda dos olhos mais argutos que você já havia visto, aquela luz havia rugido como um verdadeiro dragão e acabado com a torrente esmagadora que escapava de seu corpo de Katri, isso antes de suas consciências desvanecerem em um sonho profundo e belo.

Seu primeiro despertar depois da crisálida foi um vendaval de emoções, mas estas pela primeira vez haviam si acompanhadas de perto pela figura que você viria a conhecer por Manchesto, ou simplesmente Jesper, a figura iluminada por uma luz etérea e azulada transparecia uma confiança genuína, mesmo que viesse de alguém que claramente media o triplo de seu tamanho e a voz trovejasse como um relâmpago cortando aos céus, suas primeiras horas em seu novo despertar foram guiadas por aquele que se tornaria seu protetor, e quando por fim Katri se reunia novamente com você, os pequenos chifres que despontavam por entre seus cabelos prateados apenas a tornavam mais bela.

Faziam exatamente três meses que o despertar de seu fae mien havia ocorrido, messes que se passaram sob o olhar protetor de Jesper e sua esposa Âse, sua compreensão do que seu amago desperta aos poucos deixavam claro os porquês dos cuidados direcionados a Katri e você, e mesmo que as vezes a proteção parecesse excessiva demais esta era feita com cuidado deixando que vocês jovens Shides pudessem desfrutar da nova vida, mesmo que Alse Nohr vivesse a insistir que esta fosse mais cautelosa.
Quarto de Hendrik:

Seu despertar daquela manhã era suave, assim como a presença da jovem de pequenos chifres que se escondia em seus braços, encolhida sua bela Katri sorria ao lhe abraçar com força e suavemente lhe pedir de maneira sonolenta.

– Podemos ficar assim o dia inteiro?!


Última edição por Jess Narradora em 15/4/2021, 11:22, editado 1 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: Ato I - Narrativa de Henrik - Solas a ’deàrrsadh   Ato I - Narrativa de Henrik - Solas a ’deàrrsadh I_icon_minitime27/10/2020, 00:33

Tudo era ainda muito novo, não que as novidades ou ter vários olhos curiosos direcionados a minha figura me fossem algo novo, mas as novidades dessa vez eram diferentes e esses fatores antigos eram só detalhes que eram até difíceis de serem levados em consideração se comparados ao que eu estava tendo que me acostumar. Na realidade, a sensação de "enfim liberdade" era algo que me consumiu profundamente durante os primeiros dias e somente agora começava a baixar a poeira de toda essa revelação.

E felizmente, diante de toda essa tempestade de novidades e desconhecimentos, eu não estava sozinho. A solidão sempre me foi um cruel inimigo, assim como a inevitável agressiva autodestruição. E nada nesse mundo me fazia mais distante desses meus demônios do que a presença dela, Katri. Seus cabelos loiros, seu sorriso suave, sua beleza e acima de qualquer outra qualidade que ela possa ter, o acordar ao lado dela... Nada era mais especial ou importante pra mim do que começar e terminar um dia com a Katri!

"Essa nova face, ou como o meu tutor disse, o Fae Mien, é algo maravilhoso!"

Sorrindo, me virava na cama para envolver Katri com meus braços, para sussurrar:

-O dia inteiro eu não sei, mas alguns minutos à mais... Sem dúvidas!

Dizia antes de beijar a testa da garota que estava nos meus braços, para respirar e sorrir por tê-la ali, a perfumar e alegrar meu inicio de manhã.

"Espero que ele não pegue pesado de mais nos meus treinos hoje, acho que já estão nascendo hematomas em cima dos roxos da semana passada! Vou ficar aqui até ouvir alguém chamar!"
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MensagemAssunto: Re: Ato I - Narrativa de Henrik - Solas a ’deàrrsadh   Ato I - Narrativa de Henrik - Solas a ’deàrrsadh I_icon_minitime29/10/2020, 19:13

Ali deitados em meio as cobertas que eram um misto de pele claras, quentes e aconchegantes e lençóis de seda fria e fresca que vocês se encontravam, um riso cristalino e feliz escapava da jovem que sorria ao abrir os lindos olhos azulados desta o encaravam com um ar divertido e encantador.

– Acho que posso lidar com a decepção de não dormir o dia inteiro.

Fechando os olhos a jovem respirava fundo apenas para aconchegar sua cabeça em seu peito, os movimentos eram cuidadosos já que o pequeno par de chifres conseguiam ser afiados e os pequenos acidentes dolorosos. Era com outro suspiro que o corpo de Katri se esticava por completo chegando até mesmo a descobrir seus pés, algo que era rapidamente resolvido quando esta se encolhia de novo.

– Sabe, as vezes eu acho que essa vida é muito mais movimentada do que quando éramos simples humanos... Mas em outras ela me parece tão suave que nem vejo o tempo passar.

Olhando na sua direção a jovem apenas sorria ao complementar em um tom brincalhão, deixando claro que aquilo não era uma total verdade.

– Isso até o senhor Nohr me cobrar as lições de etiqueta! Ainda me surpreendo como ele consegue ser mais perfeccionista do que meu antigo agente!

Rindo com a própria brincadeira a jovem se ajeitava de encontro ao seu corpo para enfim perguntar curiosa e de certa forma preocupada.

– Manchesto e a esposa o tratam bem Rik? Fico preocupada com os treinamentos, trolls são enormes e é quase impossível acreditar que eles tenham controle de toda aquela força?
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MensagemAssunto: Re: Ato I - Narrativa de Henrik - Solas a ’deàrrsadh   Ato I - Narrativa de Henrik - Solas a ’deàrrsadh I_icon_minitime30/10/2020, 11:30

Sorrindo, ainda abraçado com a Katri debaixo das cobertas que nos aquecia, era inevitável deixar de pensar:

"Será mesmo que nós éramos simples humanos?"

Ainda sorrindo, para não deixar que esses pensamentos menos positivos pudessem ser expressados na minha face, ria com leveza ao ouvir a reclamação sobre as aulas de etiqueta, uma risada que naturalmente crescia com a comparação feita com o antigo agente dela.

-Ainda não comecei a ter aulas de etiqueta, nunca foi meu forte e provavelmente, quando elas chegarem, eu não vou saber nem por onde começar!

Era com um sorriso no rosto que eu ouvia a pergunta preocupada de Katri e antes de respondê-la, eu a abraçava e girava por cima dela na cama, para beijar a testa da mesma e responder:

-Posso não ter o mesmo tamanho que um Troll, mas essa não é a primeira e nem última vez que tenho uma rotina forte de exercícios... Uns hematomas aqui e ali, mas nada perto do que já passei e bem, Manchesto pode ser turrão, mas não é desonesto e é um excelente tutor. E os seus treinos, como tem sido? São estudos de etiqueta ou teriam coisas à mais?

Novamente, beijo a testa da garota para depois beijar com brevidades seus lábios e rolar novamente na cama, passando por ela afim de me sentar na beira oposta da cama, firmando os pés no chão e espreguiçando a parte superior do corpo, para enfim me levantar e iniciar uma rápida sessão de alongamentos.
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MensagemAssunto: Re: Ato I - Narrativa de Henrik - Solas a ’deàrrsadh   Ato I - Narrativa de Henrik - Solas a ’deàrrsadh I_icon_minitime1/11/2020, 12:42

Seus pensamentos não chegavam a transparecer em sua face, mas seu sorriso apenas fazia com que Katri suspirasse feliz por poder estar compartilhando aquele momento.

Sua risada a fazia esconder o rosto por alguns momentos, um pequeno habito que a jovem tinha já que no fundo Katri era tímida, sua resposta por fim a faziam rir baixinho ao voltar a lhe encarar com atenção. Isso até seu movimento rápido a pegar de surpresa.

Um pequeno gritinho era dado por Katri que por fim ria ao ser deixada na cama, a jovem o ouvia com atenção enquanto se sentava e observava seus primeiros movimentos fora da cama.

Uma brisa fria adentrava pela janela assim que você se levantava causando um suave arrepiar pela mudança de temperatura, ainda assim seus movimentos logo começavam a lhe aquecer diminuindo a sensação, enquanto isso Katri se enrolava nas cobertas deixando claro que naquela manhã ela estava com preguiça de qualquer coisa.

– Sei que você dá conta de se manter seguro, só fico preocupada com aquele tamanho todo. Não são necessariamente um treino, estão literalmente para aulas. Nohr é exigente com o que ensina e se preocupa com o fato de nós dois não termos um título ou posto a ser reivindicado, então ele vive mencionando que prefere pecar pelo excesso de conhecimento do que pela falta dele. De qualquer forma as aulas são sobre a diferença de nobres e comuns e como se portar com cada um, história feérica, etiqueta e coisas assim.

Terminando os alongamentos não era difícil ver que por fim Katri também se levantava da cama esticando-se como um gato, a jovem logo procurava pelas roupas jogadas no chão enquanto comentava animada.

– Ah, ele disse que quando o momento certo chegasse, ele pediria para que Lady Âse me ensinasse a me defender, Nohr foi muito enfático com isso. “Âse foi o verdadeiro terror dos céus em nossa primeira guerra, e apesar dela não aparentar tem a lamina mais gentil quando precisa se defender.”

Comentava a jovem enquanto mudava completamente a postura para algo mais catedrático e sério, claramente imitando Nohr em sua postura e gestos, porém algo lhe intrigava, já que a figura ali descrita não lhe aparentava em nada com a força selvagem e arredia que Âse expressava.  


Última edição por Jess Narradora em 20/11/2020, 11:23, editado 1 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: Ato I - Narrativa de Henrik - Solas a ’deàrrsadh   Ato I - Narrativa de Henrik - Solas a ’deàrrsadh I_icon_minitime8/11/2020, 15:10

"Realmente, eu não tenho nem metade do tamanho dele..."

Era com um sorriso no rosto e uma inevitável expressão de concordância que eu dava com os ombros quando ouvia sobre a comparação de tamanhos e diferenças de forças, terminando de fazer o breve aquecimento, circundava a cama e interrompendo a caminhada quando chegava de frente para Katri, observando a imitação feita pela mesma, achando engraçado e curioso ver como ela representava a figura de Nohr.

-As vezes eu fico com a impressão que, de modo geral, falta um pouco de consideração vinda dos mais experientes com a realidade banal que deixamos para trás, porque assim, tudo bem, hoje somos diferentes, mas nós ainda temos muito mais tempo de vida e vivência em uma cultura onde grifos não existem!

Me inclinando para frente, afim de tomar a face da jovem e depositar um breve e amoroso beijo em seus lábios, sorrindo e retornando a minha postura inicial.

-Mas enfim, temos que encontrar uma forma de conquistar o mais rápido possível aliados e aprendermos o máximo para termos força necessária para nos colocarmos como os Sidhe que somos... Ainda não entendi exatamente o que faz da gente algo tão chamativo ou único, mas se tem alguma coisa que agente sabe fazer é conduzir uma fama não é?

E antes que a garota respondia eu já ponderava:

-Você bem melhor do que eu, mas isso não tá em debate não!

Finalizava a minha ponderação com um largo sorriso na face, segurando a vontade de rir, afinal, eu havia aprontado incontáveis vezes por causa da fama de outrora.
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MensagemAssunto: Re: Ato I - Narrativa de Henrik - Solas a ’deàrrsadh   Ato I - Narrativa de Henrik - Solas a ’deàrrsadh I_icon_minitime20/11/2020, 12:29

Sua breve caminhada até Katri era feita enquanto a garota ainda imitava a postura conhecida de Nohr, terminando de imitar seu próprio tutor Katri cruzava os braços para ouvi-lo falar, em seus olhos azulados como cristais a jovem carregava aquele eterno olhar carinhoso e preocupado.

Um riso suave escapava da jovem diante de suas palavras, mas era no beijo que a jovem se aproveitava para abraça-lo por alguns instantes, olhando-o de maneira convencida Katri se colocava nas pontas dos pés para lhe beijar os lábios e então com rapidez correr até seu armário para escolher sua roupa enquanto dizia.

– Que bom que você sabe que eu sou a melhor nisso, mas não acho que seja o caso de nossa fama nos valer algo aqui. Quer dizer, a fama que Norh e até mesmo Manchesto e Âse tem foi conquistada de outra maneira, não é algo como uma adoração por coisas que fazemos, foram conquistas.

Comentava a jovem ao escolher uma camisa e uma calça para você, voltando para entregar as peças ela continuava com a própria linha de raciocínio.

– Não estou dizendo que não temos certa experiência nisso, é apenas um desafio extra ao qual eu ainda não tenho muita certeza de como funciona. E sinceramente acho que os mais velhos estão surpresos, pelo que ouvi Nohr falando parece que as terras norueguesas gostam de quebrar todas as regras do sonhar, como se sonhos tivessem que ter padrões?!

Quase que no final das palavras de Katri, quando a jovem se sentava na cama para calçar os sapatos, vocês dois eram surpreendidos por uma pancada surda na porta repetida mais duas vezes de maneira mais baixa, mas claramente mais forte do que realmente pretendia ser.

– Rapaz, você já acordou? Manchesto teve alguns compromissos a resolver então hoje você treina comigo. Te espero no campo perto do estábulo, sugiro que não coma nada e não demore!

A voz que soava por de trás da porta era forte e decidida e inconfundivelmente pertencia a Âse, a esposa de Manchesto, o som dos passos pesados se afastando da porta indicavam que a mulher não havia esperado sua resposta demonstrando mais um dos traços marcantes da personalidade afiada desta, um contraste grandioso ao agradável e preocupado Manchesto.
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MensagemAssunto: Re: Ato I - Narrativa de Henrik - Solas a ’deàrrsadh   Ato I - Narrativa de Henrik - Solas a ’deàrrsadh I_icon_minitime28/11/2020, 00:46

-Bom, então teremos que conquistar algumas coisas!

Afirmava com um sorriso brincalhão no rosto, me aproximando da cama para pegar as roupas que Katri havia escolhido para mim, para sem delongas já as vestir enquanto ouvia a segunda fala da mesma, pensando a respeito de sua indagação e a respondendo apenas com um "dar de ombros" e uma expressão de total falta de certeza a respeito do assunto.

"Padrões realmente existem? Sei lá, eu sempre fui apontado como uma espécie de rebelde justamente por nunca ter entendido completamente essa fixação por padronização e repetição. Não faço ideia de como funcionem os sonhos e essa concepção de um "sonhar" me parece bem estranho ainda... Tenho que aprender muita coisa antes de poder me sentir confortável aqui e cada dia parece um desafio... Enfim, não posso ficar aqui pensando, é hora de começar a provar para todos o meu valor!"

Meus pensamentos era acelerados pela voz que soava pela porta, movendo meus olhos na direção da mesma eu prontamente respondia:

-Sim, estou acordado! Entendi, já estou a caminho do estábulo!

Respondia para Âse, para enfim, voltar minha atenção novamente para Katri e me aproximar da jovem, puxando-a para um abraço breve de despedida.

-Até logo, tenho que ir e pelo visto o treino hoje vai ser barra pesada! Se eu sobreviver te conto como foi, beleza? E meu celular tá carregado, qualquer coisa é só mandar mensagem...

Por fim, ali eu só esperaria pela resposta de Katri para me direcionar aos estábulos, ansioso pelo treino e levemente temeroso por ainda não ter muita experiência de treino com qualquer um que não fosse o próprio Manchesto.
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MensagemAssunto: Re: Ato I - Narrativa de Henrik - Solas a ’deàrrsadh   Ato I - Narrativa de Henrik - Solas a ’deàrrsadh I_icon_minitime26/12/2020, 16:05

Sentada na cama Katri sorria com carinho ao ver-lhe se vestir, suas palavras a faziam sorrir com um breve concordar de cabeça, afinal assim que você terminava de se vestir a voz inconfundível de Âse se pronunciava, ali a jovem olhava curiosa para a porta esperando por sua reação, e por alguns segundos a jovem chegava até mesmo parecer uma corça alerta, mas assim que os passos pesados na madeira paravam de ecoar, Katri voltava a relaxar sorrindo com calma.

– Nem pense em se atrasar Rik, eu em sua pele nem ousaria deixar Âse esperando.

Comentava a jovem ao receber seu apaixonado beijo, esta ainda o prendia por alguns instantes apenas para beijar sua testa com carinho e delicadeza, soltando-o Katri por fim calçava os tênis para então pegar sua bolsa e se despedir com um breve beijo jogados aos ventos, conhecendo-a bem você tinha certeza de que ela roubaria algo na cozinha farta de Manchesto antes de sair pelos fundos como costumava fazer quando vocês ainda eram meros mortais.

Já seus passos seguiam por um caminho diferente, eles seguiam por sua própria varanda já que os estábulos ficavam na mesma direção de seu quarto, sair do palacete medieval era sempre uma aventura, já que isso o colocava diretamente sobre os olhos atentos dos grifos de madeira que adornavam todo o telhado do castelo, as criaturas se moviam de forma silenciosa mas não perdiam nenhum movimento e seus olhos brilhantes deixavam claro que você estava sendo vigiado.

Andando por uma pequena passarela de pedras seus passos logo alcançavam o estábulo de madeira cinzenta, de portas abertas estava claro que o grande grifo de Manchesto não estava por perto, o que de certa forma do deixava aliviado já que a quimera tinha um temperamento estranhamente protetor com Manchesto. Seguindo pela lateral do estábulo você finalmente chegava nos campos que circundavam o castelo.

Campos:

A visão da longa estrada de terra encoberta de uma suave neblina prateada se mesclava aos picos rebeldes de pedra e o campo verde, a estrada se dividia em duas o levando diretamente a um aclive natural, era lá que Âse o esperava apoiada na maior lança que você já havia visto, fazendo com a que a própria troll parecesse pequena diante da arma.

Lança:

Esperando pacientemente Âse se mantinha apoiada na arma, ainda assim ao seu aproximar os olhos amarelados da mulher se viravam para você com uma pergunta simples e direta.

– Destro ou canhoto rapaz?


Última edição por Jess Narradora em 5/2/2021, 11:16, editado 1 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: Ato I - Narrativa de Henrik - Solas a ’deàrrsadh   Ato I - Narrativa de Henrik - Solas a ’deàrrsadh I_icon_minitime20/1/2021, 21:54

Sorridente, era com um simples piscar de olho esquerdo que eu me despedia da figura de Katri, já me adiantando para realmente não acabar irritando a figura que estaria a conduzir o meu treinamento nessa manhã. Com passos rápidos, alcançava o lado de fora do castelo, eu tomava um tempo para interromper a caminhada ágil para observar a vista, ficando ali parado por alguns instantes, admirado com aquela cena que talvez já fosse normal de mais para todos os que por ali passavam e viviam.

"Ainda não me acostumei com isso, acho que nunca vai ser só uma paisagem... Foram tantos anos em lugares escuros ou sob flashs e holofotes, toda essa amplitude me faz repensar o quão pequenos nós somos no lugar onde existimos..."

Depois de alguns instantes parado, observando a paisagem, minhas mãos esfregavam a minha própria face, em uma ação de me remover daquela distração desnecessária, afinal, havia alguém à minha espera! Dessa vez, eu corria na direção do meu destino, agradecendo aos céus por não ter que passar na ponta dos pés e morrendo de medo do grifo do Manchesto.

"Pra que uma lança desse tamanho todo?"

Era a primeira coisa que me vinha a mente quando via a figura alta e forte de Âse ao lado daquela arma gigantesca!

-Destro!

Respondia de maneira direta, na intenção de demonstrar atenção e me dedicado a controlar a minha respiração para não parecer muito ofegante.
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MensagemAssunto: Re: Ato I - Narrativa de Henrik - Solas a ’deàrrsadh   Ato I - Narrativa de Henrik - Solas a ’deàrrsadh I_icon_minitime5/2/2021, 11:49

Parado diante de Âse você notava a primeira grande diferença entre ela e Manchesto, se aquele gigantesco troll tinha um olhar bondoso e carinhoso, os olhos de Âse pareciam frios e analíticos, porém sua resposta rápida e forte a faziam sorrir, um raro sorriso que revelava as pontas dos caninos mais afiados da enorme troll.

– Destro como Manchesto. Isso é bom, eu sou naturalmente canhota então a experiência é outra para você.

Comentava a troll ao retirar a enorme arma do chão e gira-la com facilidade, segurando a arma em um determinado ponto ela fazia um movimento rápido partindo-a no meio, o som seco da madeira ecoou alto pelos campos fazendo até mesmo que os grifos de madeira no telhado do castelo batessem as asas.

Já a madeira na mão de Âse parecia ganhar vida, uma das partes da lança estremecia como uma cobra viva enrolando-se no braço da troll até se congelar completamente apenas para expandir e tomar seu braço criando um escudo rígido, já a outra parte parecia mais calma e controlada, estremecendo de leveza ela diminuía de tamanho e largura, um giro rápido de Âse fazia a arma manter o tamanho.

– Manchesto é um ótimo espadachim, então vou te testar com outra arma.

Se aproximando para lhe entregar a lança, Âse dava dois pequenos passos para atrás assumindo uma postura defensiva, colocando o braço tomado de madeira a sua frente ela estreitava os olhos ao dizer:

– Ataque firme! Quero ver a firmeza da sua postura.

Off: Teste de Armas Brancas + Destreza (dif variável se fizer mais de um teste)
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MensagemAssunto: Re: Ato I - Narrativa de Henrik - Solas a ’deàrrsadh   Ato I - Narrativa de Henrik - Solas a ’deàrrsadh I_icon_minitime14/2/2021, 22:59

"Porque eu não virei um troll? Caramba! Olhe só, é tão natural pra eles essas demonstrações de força, é quase como se não fosse capaz jamais vencer um deles... É talvez não seja mesmo! Tenho que correr em dobro pra ser digno dessas aulas!"

Era o que eu pensava enquanto olhava as ações daquela experiente guerreira na minha frente. De certa forma, violência, luta, duelo e coisas do gênero nunca fizeram parte da minha vida, minhas batalhas eram outras, eram mentais e estar ali, diante de tamanha demonstração era muito incrível!

-Bom, eu não chego nem perto de ser bom, ainda estou aprendendo o básico, mas... Vamos lá!

Segurando a lança que havia me sido entregue, respirava fundo e avançava na tentativa de realmente conseguir realizar qualquer tipo de ataque bem feito, mesmo diante da minha ausência de habilidade.

"Realmente irei me esforçar, vamos lá! Como Manchesto me disse, sem tropeçar, olhos primeiro no alvo, depois na arma, atenção a postura, mão firme e determinação!"

[Off: Teste de Destreza + Armas Brancas]
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MensagemAssunto: Re: Ato I - Narrativa de Henrik - Solas a ’deàrrsadh   Ato I - Narrativa de Henrik - Solas a ’deàrrsadh I_icon_minitime14/2/2021, 22:59

O membro 'Danto Jogador' realizou a seguinte ação: Rolagem de Dados


'D10' : 9, 8
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MensagemAssunto: Re: Ato I - Narrativa de Henrik - Solas a ’deàrrsadh   Ato I - Narrativa de Henrik - Solas a ’deàrrsadh I_icon_minitime15/2/2021, 19:01

Diante da grande Troll era inevitável comparar forças, o físico avantajado e treinado de Âse não dava espaços para fraqueza física, seus olhos amarelados e chifres ainda ajudavam a deixar sua figura imponente, mesmo que Âse não tivesse a mesma luz de Manchesto, a troll claramente demonstrava ter a mesma força e talvez até mais selvageria do que o brilhante troll.

A pouca distância entre seus corpos era separada pela parede de madeira que protegia o braço e corpo de Âse, está concordava com um breve aceno diante de suas palavras, firmando o corpo e a postura a troll se preparava para receber seu golpe.

O peso da lança de madeira e pedra em suas mãos pareciam reconfortantes de alguma maneira, aquela arma diferia das que Manchesto usava com você, as armas de treino pesadas e desajeitadas não dançavam com o ar, pareciam rasgar, mas aquela lança parecia brincar com cada movimento para no fim perfurar o ar ao encontro do escudo que Âse.

Embalada pelo apoio de seus pés a arma se lançava de encontro a madeira, não havia sequer um resvalar, a ponta de pedra encontrava bem o cerne da madeira fincando-se nesta, o corpo de Âse se mantinha impassível, o golpe não parecia ter afetado em nada a troll, mas um sorriso simples nascia nas faces desta.

– Hummm...

Eram o primeiro som que Âse emanava, levando a mão até o corpo da lança a troll a retirava da madeira empurrando-o um pouco para atrás no processo, para então comentar de maneira simples.

– Foi um bom ataque, sua postura ainda tem alguma instabilidade, mas é normal. Agora ouça, um escudo de madeira pode prender sua arma, um de metal vai repelir para os lados, é importante se manter preparado para as mudanças em sua postura quando se luta com mais de um adversário.

Tocando na ponta de pedra Âse fazia um pequeno corte no dedo na lateral da ponta de pedra para então comentar.

– Vê, esta lança não é só feita para perfurar, ela corta também, meu escudo não só protege, eu posso socar com ele também. Tenha em mente que a arma que carregamos tem sempre mais do que uma utilidade, é isso que difere um guerreiro do outro, como aprendemos a usar nossa arma. Agora tente atacar pela lateral do escudo.

Abrindo mais espaço entre vocês a Troll abaixava o escudo esperando seus movimentos.

Off: Teste de Armas Brancas + Destreza dif. 6
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MensagemAssunto: Re: Ato I - Narrativa de Henrik - Solas a ’deàrrsadh   Ato I - Narrativa de Henrik - Solas a ’deàrrsadh I_icon_minitime25/2/2021, 02:06

Era até com um sorriso de surpresa que eu via a resultante do meu primeiro ataque, não havia começado a treinar a muito tempo e ainda não havia aprendido a manejar armas de combate medieval com a maestria que deveria, era tudo ainda muito novo, claro que já havia brigado, mas sempre envolvia no máximo ponta pés e socos.

"Não basta ser forte ou saber usar uma arma, criatividade é importante e disso eu entendo!"

Me concentrando para ouvir e assimilar o que a Troll a minha frente tinha para ensinar, me concentrava em respirar corretamente e manter uma postura o mais correta possível. Assim que ela falava, balanço a cabeça positivamente.

-Certo, vamos lá!

Enquanto meu corpo se movimentava com o máximo de velocidade que conseguia, meus olhos se cerravam e a minha mente tentava estrutura alguma forma criativa de realizar esse ataque, afim de construir uma confiança que eu ainda buscava, a confiança de ser um guerreiro em desenvolvimento e não mais um "playboy sortudo".

[Off: Teste realizado com o gasto de 1 Ponto de Força de Vontade]

Retomando minha ação de ataque, fazia um novo avanço, buscando atacar o escudo pela lateral direita do mesmo.
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MensagemAssunto: Re: Ato I - Narrativa de Henrik - Solas a ’deàrrsadh   Ato I - Narrativa de Henrik - Solas a ’deàrrsadh I_icon_minitime25/2/2021, 02:06

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MensagemAssunto: Re: Ato I - Narrativa de Henrik - Solas a ’deàrrsadh   Ato I - Narrativa de Henrik - Solas a ’deàrrsadh I_icon_minitime26/2/2021, 16:02

Novamente a parede de madeira escura se colocava entre você e Âse, por cima desta parece os olhos amarelados da troll o observavam com calma, atenta a todos os seus movimentos era claro que aqueles olhos aquilinos mediam a eficiência de cada respiração sua, um categoria de inteligência que você só havia visto em lutadores profissionais.

Na postura correta você tomava seu próprio tempo para atacar novamente, desta vez a lança que havia brincado com o vento encontrava certa resistência, embora suas mãos sentissem a arma inquieta e talvez até afoita, quando a arma encontrava com sua outra metade o baque acontecia de maneira desengonçada e a lança recuava como seu braço para atrás.

Ainda em postura a grande troll movia o corpo para atrás enquanto lhe dizia:

– Nada mal, não tão bom quanto o primeiro, mas nada mal. Abra um pouco mais a perna e quando se mover dívida melhor o peso entre elas, sua postura vai ser mais móvel assim. Agora suas mãos estão tensas, relaxe os pulsos, caso contrário quando você o choque entre arma e escudo acontecer a arma vai escapar da sua mão.

Retirando o escudo do braço Âse o girava com rapidez para cravar a proteção no chão enterrando-o até a metade, a madeira por sua vez vibrava se expandindo para crescer como um tronco forte, quando o tronco atingia sua altura a troll dava um pequeno tapinha na madeira, fazendo-a parar de crescer.

Voltando-se para você ela abria espaço para que você se aproximasse enquanto flexionava as próprias pernas lhe mostrando a postura correta de como usar a lança.

– A espada usa as pernas muito mais unidas, a lança tende a ser menos móvel, mas com um alcance maior, esse alcance se bem usado pode acabar com a mobilidade de qualquer guerreiro com boa mobilidade. Lutar é como uma dança, vence quem lembra dos passos com mais precisão.

Indicando que você deveria atacar o tronco de madeira, a grande troll se afastava para lhe dar espaço.

Off: Teste de Armas Brancas + Destreza dif. 6
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MensagemAssunto: Re: Ato I - Narrativa de Henrik - Solas a ’deàrrsadh   Ato I - Narrativa de Henrik - Solas a ’deàrrsadh I_icon_minitime14/3/2021, 16:15

-Os treinos tem surtido efeitos, mas devo admitir, antes de vir para cá eu nunca tive nenhum tipo de treinamento direcionado para esse tipo de dança...

Dizia enquanto tentava centralizar meus pensamentos e equilibrar minha respiração.

"Certo, nada mal Hendrik, nada mal! Vamos tentar nos manter assim, sem passar vergonha!"

As palavras ditas pela Troll a respeito das características das armas, seus movimentos e possibilidades eram novidades para meus ouvidos, até mesmo a comparação da luta com uma dança era algo novo, afinal para minha vida até então, dança era parte de um trabalho e lutar o resultado inevitável após uma falha ou exagero de bebidas.

"Acredito cada vez mais que o que eu aprendi na minha vida que era lutar com alguém ou por alguém tem um significado completamente diferente entre os Kiths, preciso me encontrar logo aqui e me fazer pertencer, não só por mim, mas também por esses que acreditam em mim, é a primeira vez que tenho tantas pessoas fazendo isso..."

Respirando fundo, balanço a cabeça positivamente me esforçando para retomar uma postura mais correta e firme, para então olhar diretamente para o tronco de madeira e me movimentar na direção do mesmo na intenção de atacá-lo da forma correta, mas dessa vez, tentava fazer de uma forma mais natural, menos tensa e apavorada.

[Off: Teste de Destreza+Armas Brancas]
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MensagemAssunto: Re: Ato I - Narrativa de Henrik - Solas a ’deàrrsadh   Ato I - Narrativa de Henrik - Solas a ’deàrrsadh I_icon_minitime14/3/2021, 16:15

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MensagemAssunto: Re: Ato I - Narrativa de Henrik - Solas a ’deàrrsadh   Ato I - Narrativa de Henrik - Solas a ’deàrrsadh I_icon_minitime17/3/2021, 19:06

Mais afastada a grande troll sorria em um breve aceno para responde-lo em um tom simples e calmo:

– Acredite, antes da crisálida são poucos que estão preparados para aprender a lutar. Mas faz parte da nossa natureza aprender o manejo de uma arma, com um pouco de esforço você também será capaz.

A voz potente de Âse era calma, mesmo que os olhos amarelados desta continuasse a estuda-lo de maneira crítica, a sensação que a troll lhe passava não era em nada parecida com as velhas críticas sofridas em sua vida mundana, vida que agora se mesclava com o maravilhoso de sua natureza feérica.

Mais calmo e menos afoito do que anteriormente a lança parecia relaxar em sua mão, quando seu corpo se movia a arma de madeira se mantinha firme em sua mão ao atingir o tronco de madeira bem no meio, algo que fazia Âse sorrir ao se aproximar de você comentando.

– Viu esse golpe foi tão bom quanto o primeiro, grande parte do trabalho está na postura, o resto está em como nos movemos e um pouco em como nos sentimos. Nighea na gaoithe responde bem aos seus movimentos, é um sinal de que você tem talento.

A pronúncia do nome em gaélico fazia com que a arma vibrasse em suas mãos, aquele era com toda a certeza o nome da lança que voltava a se acalmar, mas antes mesmo que você pudesse perguntar Âse, a grande troll o fazia entrar em postura indicando no que você deveria prestar mais atenção ao se mover e atacar.

O treino continuava até seus braços começarem a arder, neste momento um farfalhar de asas e a sombra gigantesca do grifo de Manchesto chamavam sua atenção e a de Âse, o sobrevoar em círculo da quimera era rápido e mais rápido ainda era seu pouso, as longas asas negras do grifo se fechavam em um mergulho direto até o chão, já quase tocando o solo as asas deste se abriam parando em um pouso suave e gentil.

Oiteag:

A grande quimera fazia Âse parecer pequena diante das penas e pelagem negras do grifo que era uma mistura de lobo e águia, mas até mesmo grifo parecia reconhecer a força da troll, e diante desta se aproximava balançando o rabo em uma alegria contida. Já nas costas da quimera era a figura da pequena Tordis que você observava, a jovem de cabelos prateados parecia cansada, mas se mantinha firme na sela que prendia as pernas em uma espécie de correias, a jovem sorria na sua direção enquanto Âse se adiantava para o grifo puxando as orelhas da quimera enquanto reclamava em uma voz quase brincalhona.

– Oiteag seu grifo destrambelhado, Tordis não é o Manchesto para você ficar dando esses mergulhos!

A resposta da grande quimera era uma simples lambida na face de Âse, enquanto isso a jovem ria ao comentar de maneira animada enquanto soltava as próprias pernas da sela.

– Juro que ele se comportou direito a manhã inteira, só ficou feliz de ter ver aqui nos campos.
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MensagemAssunto: Re: Ato I - Narrativa de Henrik - Solas a ’deàrrsadh   Ato I - Narrativa de Henrik - Solas a ’deàrrsadh I_icon_minitime22/3/2021, 16:16

"Acho que até levo mais jeito pra isso do que imaginava!"

Treinar até meus braços arderem não eram uma novidade tão grande, minha infância foi marcada por muitos momentos desses e bem estressantes, todavia, a novidade ali era a forma que essa dor muscular se manifestava. Tanto que no final do treino, quando a sombra daquele enorme grifo se apresentava, eu aproveitava para respirar fundo e abaixar a cabeça para liberar a maioria das caretas de dor que eu estava segurando durante todo o treino, para então me sentar e fechar os olhos, levando as mãos no rosto e tomando alguns segundos para me recompor enquanto o grifo pousava e a interação entre as mulheres ocorria.

"Eu nem sabia que eu tinha músculo aqui, acho que preciso encontrar alguns momentos pra malhar direito, se não vou virar pó!"

Sorrindo pra mim mesmo por causa dos meus pensamentos, eu me levantava e esfregava as mãos para então me aproximar, fazendo um aceno simples de saudação para a figura da jovem que havia acabado de chegar.

-Me desculpem a pergunta, mas... Grifos são bem normais ou é algo da nossa região?

Perguntava com um sorriso simpático no rosto, tentando sempre aprender coisas novas com todas as interações sociais com novas faces feéricas.
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MensagemAssunto: Re: Ato I - Narrativa de Henrik - Solas a ’deàrrsadh   Ato I - Narrativa de Henrik - Solas a ’deàrrsadh I_icon_minitime24/3/2021, 17:15

Ainda sentado no chão escondendo as caretas de dores que até então lhe eram velhas amigas, mas que agora lhe apresentavam novas facetas, você observava a grande troll de pele azulada tratar a quimera como um filhote comum de cão.

Puxando o gigantesco grifo pelas orelhas Âse balançava a cabeça deste de um lado para o outro enquanto o animal balançava o rabo gostando da atenção que recebia, já a pequena jovem que ainda estava nas costas do grifo se concentrava na tarefa de desamarrar as pernas que estavam firmemente atadas a sela de couro nas costas do animal.

– Está certo vou considerar que ele se comportou bem longe de Manchesto.

Comentava a grande troll para a jovem enquanto você se levantava e se aproximava das duas, Tordis respondia seu cumprimento de forma rápida apenas para escorregar da sela até o chão e finalmente se esticar, até então a jovem de cabelos prateados que conseguia ser menor que Katri havia evitado o contato, sempre quieta a garota vivia quase que diariamente em volta do estábulo e de Oiteag o grifo lupino de seu protetor.

Sua pergunta fazia com que Âse soltasse o grande animal que balançava a cabeça e se sentava esperando pela atenção que troll ainda o daria, um sorriso simples nascia nos lábios de Âse quando esta lhe respondia com calma.

– Em qualquer outro condado, reino ou cidade feérico sempre existirá um grifo montado por um troll, aqui por estarmos muito perto dos corações eles são mais abundantes. Por isso é o dever de todo jovem troll aprender a lidar com eles, é nosso dever proteger os mundanos dos perigos que o excesso de quimeras traz.

Batendo de leve no pescoço do grifo era com um movimento rápido que a troll retirava a pesada sela das costas do animal, este batia as assas em um impulso para se afastar e voltar a pousar apenas para se deitar e esfregar as costas contra o chão de pedra.

Colocando a sela no chão a Troll assoviava para a lança esquecida no chão e o grande tronco, às duas partes de madeira vibravam com força ao literalmente voar para mão da troll voltando a ser a gigantesca lança que apenas Âse conseguia manipular, a arma na mão da troll ganhava um tom dourado enquanto ela voltava a falar.

– Protegemos os mundanos porque é deles que vem nossa principal fonte de glamour, o glamour é a energia que mantém nosso fae mim vivo, sem ele morreríamos e estaríamos perdidos, e nossa outra metade, aquela que um dia já foi mundana ficaria incompleta.

Fincando a lança de madeira e pedra no chão Âse recolhia a sela com um gesto simples, dando a entender que era muito mais leve do que aparentava ser, em um convite simples a troll caminhava na direção do estábulo enquanto a jovem Tordis sorria ao segui-la. Esperando que você as acompanhasse a troll continuava a falar com calma.

– Na primeira guerra usamos os grifos para proteger os picos das montanhas, claro que a regência de um Sidhe pode domar um grifo a seu favor, mas não é uma lealdade real, essas quimeras só aceitam um cavaleiro durante sua vida toda, e é preciso de força para manter um grifo jovem na linha.
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MensagemAssunto: Re: Ato I - Narrativa de Henrik - Solas a ’deàrrsadh   Ato I - Narrativa de Henrik - Solas a ’deàrrsadh I_icon_minitime5/4/2021, 02:05

-Entendi, é sobre proteção. A força que vocês tem, os companheiros que possuem, as tradições que mantém. Devo admitir que é um valor cada vez mais raro, especialmente se eu pensar aqui em como eram os meus dias antes da minha... er... crisálida, certo?! É uma mudança muito drástica e saudável.

Comentava de maneira breve enquanto acompanhava as duas mulheres fae que claramente sabiam o caminho para onde estávamos indo. E enquanto andava, não deixava de pensar:

"O curioso é lembrar que quando eu era bem pequeno, ouvia história dessas criaturas fantásticas, como o Manchesto ou até Trolls e outros e me divertia, até tinha medo de algumas, cresci e fui ensinado a não acreditar e agora, é um processo reverso, é difícil fingir que todas essas coisas são normais, elas não são e sinceramente, não acredito que eu vou me acostumar totalmente com esses conceitos e bem, talvez isso seja até mais saudável pra mim, afinal, assim não corro o risco de pirar e esquecer que a dualidade é fundamental nessa nova vida mágica e encantada."

Caminhando atrás de Ase e Tordis, eu colocava as mãos nos bolsos enquanto respirava com calma, observando com atenção e curiosidades os meus arredores, porém, o assunto sobre a guerra me chamava muito mais atenção do que qualquer outra coisa.

-Guerra? Você está falando das Guerras mundiais ou houveram reais guerras entre os povos feericos? E como os mundanos não notaram nada? É muito curioso isso, sei que várias guerras são travadas as escuras, mas não consigo imaginar uma batalha entre dois grifos passar totalmente despercebida!
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MensagemAssunto: Re: Ato I - Narrativa de Henrik - Solas a ’deàrrsadh   Ato I - Narrativa de Henrik - Solas a ’deàrrsadh I_icon_minitime6/4/2021, 18:05

Suas palavras que assinalavam sua compreensão sobre a importância do trabalho que os trolls da região desempenhavam fizeram com que Âse sorrisse de leve, a seus olhos era claro que a grande troll tinha orgulho de sua força e principalmente de seu trabalho.

- Correto o termo é crisálida, é quando nosso fae mim desperta do casulo que o protege dentro do nosso eu mundano.

Comentava a troll que os guiava, logo a aparência simples do grande estabulo que servia de abrigo para o grifo lupino se apresentava e com o ritmo rápido para acompanhar a troll e a jovem sidhe você adentrava o local.

Estábulo:

A construção de madeira se revela ser forrada de pedras por dentro deixando o lugar cinzento e iluminado, as janelas altas abertas faziam com que o vento continuamente circulasse e com as portas abertas na entrada e na lateral qualquer brisa ganhava força se tornando um soprar continuo, as longas baias que separavam os grifos estavam vazias e limpas, apenas uma central demonstrava ter sinais de uso, principalmente porque ao invés de feno a baia era forrada com peles e penas.  

Sua pergunta fazia com que Âse o encarasse por alguns instantes, voltando os olhos para Thordis em um pedido de ajuda era a jovem ao seu lado que o respondia.

– Somos protegidos pelas brumas, da mesma forma que o glamour é usado como nossa força vital, ele é também nossa proteção. As guerras que a senhora Âse fala são as guerras entre Nobres e Comuns, elas aconteceram depois da reabertura dos portões de Arcádia, quando as casas nobres voltaram para essa realidade. Entenda que o sonho a qual pertencemos nasceu em Arcádia, e quando os humanos passaram a acreditar mais na ciência do que nas lendas os portões se fecharam, os nobres Sidhes abandonaram todos aqueles que não eram da nobreza a sua própria sorte aqui, sem saber o que fazer ou como sobreviver a banalidade, os changelins aprenderam a mesclar sua essência aos mundanos e assim sobreviver, com a partida dos nobres nossa sociedade teve que se adaptar, porém, quando o mundano voltou a sonhar os portões antes fechados voltaram a se abrir, e os nobres que antes haviam abandonado seus súditos, retornaram para clamar aquilo que não mais os pertencia, então a guerra se travou e sangue de nobres e comuns foi derramado de ambos os lados.

Respondia a jovem com presteza e rapidez, Âse apoiava a grande cela na separação de baias enquanto ouvia as palavras de Tordis, arrumando a cela esta concordava com cada palavra que lhe era dita, apenas para complementar por fim.

– Mesmo que o glamour proteja nossos atos dos mundanos, expor uma pessoa normal a muito glamour é perigoso, então durante a guerra nós levamos as batalhas para as montanhas, florestas e mares. Mesmo com esse cuidado houve acidentes, muitos se feriram e muitos pereceram, para nós os kiths comuns isso não significa um fim, aprendemos que nossa morte é um recomeço, que nosso fae mim vai escolher um novo hospedeiro e alguém novo irá nascer. Já para os sidhes não existe certeza deste caminho, o maior medo de sidhe é morrer e não saber o que acontece com seu fae mim.

Terminando de arrumar a sela esta sorria com o trabalho para se virar na direção de vocês dois e com as mãos na cintura continuar.

– De qualquer forma nós lutamos a primeira guerra para defender o que era nosso, o Reino da Noruega sempre foi regido por comuns, no verão pelo seelie trolls e no inverno pelos unseelie redcaps, quando os recém-chegados sidhes chegaram nossas defesas já estavam montadas para a batalha, fizemos o que tinha que ser feito e protegemos nossa tradição. Com sorte na segunda guerra não houve derramamento de sangue em solo norueguês, os outros reinos não tiveram tanta sorte. Hoje a paz que temos é fruto de muito sangue derramado, então é essencial que ela seja protegida pelas novas gerações de changelings.
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MensagemAssunto: Re: Ato I - Narrativa de Henrik - Solas a ’deàrrsadh   Ato I - Narrativa de Henrik - Solas a ’deàrrsadh I_icon_minitime12/4/2021, 02:28

"É como aquele filósofo francês concluiu após os períodos de guerra da época dela...Quando os ricos fazem a guerra, são sempre os pobres que morrem."

Em silencio e observando os detalhes do estábulo, especialmente as ferramentas ali contidas e imaginando como seria encontrar aquele mesmo lugar recheado de grifos armadurados, famintos e agitados em uma noite chuvosa de guerra.

"Existe um orgulho nas palavras de Âse. Esse assunto é certamente uma memória delicada para nobres e comuns, nunca vou conseguir imaginar como ela pode ter sido cruel. Assim como também nunca vou conseguir entender a dimensão das guerras que varreram a Europa na época dos meus avós... Mas aprendi com meus pais a ser grato pela paz e pela manutenção dessa. E pelo visto, essa paz também é muito valorosa aqui, entre os encantados."

Tocando de leve nas baias com a mão esquerda, seguia em silêncio e atento a tudo que era dito, eram momentos como esses, onde eu não precisava me provar ou me esforçar para estar a altura das expectativas dos antigos que havia a real oportunidade de aprender. Meus olhos então se concentravam, havia algo na frase da experiente Troll e eu não poderia deixar de comentar:

-Curioso... Vocês, membros comuns que ficaram aqui e sobreviveram as mudanças dos mundanos acabaram por se distanciar do maior pesadelo e fraqueza dos mundanos, já os nobres que retornaram depois de tanto tempo, compartilham dessa sensação terrível que assola a consciência de todo humano consciente, a morte. Muitos filósofos, cientistas, artistas, enfim, muitos dedicam suas vidas inteiras na procura da resposta sobre o fim e a falta de certezas gera um medo único, talvez o maior medo da vida de um mundano seja exatamente o seu fim... Eu mesmo que pouco tempo tive, pude flertar com esse medo algumas vezes.

Respirando fundo, desenhava um sorriso nos lábios após o término da reflexão para então esfregar as mãos e comentar.

-Enfim, me desculpem por falar essas besteiras eu ainda estou aprendendo sobre tudo. Mas posso garantir que as explicações de vocês foram bem ilustrativas! E cada vez consigo entender melhor a surpresa que todos tem quando ouvem a minha história de crisálida, afinal, eu sou um Sidhe que não foi e tão pouco retornou, um essência nova. Interessante não é!?

Sorrindo, eu colocava as mãos nos bolsos e fazia um sinal positivo com a cabeça, indicando que estava tudo certo e que ainda estava de bom humor. Para enfim, apenas adicionar.

-Ah, me desculpem pelo tom. Eu não pretendia falar nada severo ou sombrio, nasci bem ao norte, nosso humor é assim mesmo, não é intencional!
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