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Narrativas De World of Darkness Estruturadas Nas Versões de 20 Anos
 
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 Ato II - Narrativa de Henrik - Slighean Tarsainn

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Jess Narradora

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MensagemAssunto: Ato II - Narrativa de Henrik - Slighean Tarsainn   Ato II - Narrativa de Henrik -  Slighean Tarsainn I_icon_minitime25/4/2021, 20:44

Data: 24 de Junho de 2000 - Quarta-feira – Castelo Manchesto

Os nomes antes mencionados por Âse ainda lhe eram conhecidos, mas uma coisa era certa, aqueles nomes lhe despertavam a curiosidade, principalmente considerando a forma que a grande troll os mencionava. Quase correndo para acompanhar os passos de Âse, vocês atravessavam o campo verde que separava o estabulo do castelo, sem cerimônia a própria troll seguia para a entrada da frente abrindo-a enquanto as criaturas de madeira acompanhavam todo seu caminhar.

Adentrando pelas grandes portas, sua visão embaçava por alguns instantes, a sombra das duas realidade se cruzavam lhe dando as dimensões da casa e do grande salão, por fim era sob a visão feérica que seus olhos enxergavam embora o contorno suave do mundano estivesse ali para guia-lo.

Salão de entrada/Sala de estar:

O grande salão madeira se apresentava iluminado e quente, a brisa fria do lado de fora parecia não entrar com a luz ou simplesmente respeitavam o fogo que reinava no centro daquela grandiosa construção, o espaço amplo parecia se ajustar ao tamanho de Âse fazendo com que a grande troll pudesse circular com liberdade, uma liberdade que era acompanhada de Tordis, a jovem não escondia o encanto que sentia pelos detalhes talhados nas pilastras.

Apesar de toda a iluminação do lugar, havia uma figura escura esperando, com ela o cheiro da seiva verde se fazia presente pelo salão deixando clara sua presença, mesmo que os olhos amarelados da figura já o fizessem sozinho, ainda assim era o som dos cascos do estranho que mais lhe chamavam a atenção, por de baixo da escura roupa que este usava era possível ver dois cascos partidos, e antes mesmo que você pudesse reagir à voz profunda do estranho se pronunciava.

Estranho:

– Senhora Âse, eu vim a pedido do Barão Magnar, espero não ter chegado em um mau momento.

O ser de voz profunda se aproximava alguns passos revelando as longas pernas de carneiros, embora os olhos amarelados dele estivessem voltados para a troll era possível sentir-se observado pelo homem, ainda assim Âse sorria diante deste apenas para colocar as mãos na cintura e comentar de maneira divertida.

– Chega Niklas, eu já lhe disse que o Lorde desta casa é Manchesto, não eu. Agora me diga, já tomaste teu café antes de assumir as responsabilidades que Magnar o atribuiu?

O estranho fae sorria diante das palavras da grande troll, esfregando as mãos de forma lenta um leve concordar de cabeça que este respondia de maneira educada a troll.

– Já sim Âse, tive sorte de passar pelo porto e pude dividir a mesa com os selkies que estão mantendo os rebanhos de kelpies longe das praias.

Voltando os olhos para você a figura negra dava um passo para atrás fazendo uma mensura educada, algo que lhe lembrava muito os diversos filmes aturianos que já havias visto, mas nem por um momento o homem abaixava a cabeça demonstrando que aquele era apenas um ato educado.

– Você deve ser o aprendiz do Lorde Manchesto, eu sou Niklas Hammer, membro da casa Aesin. É um prazer conhece-lo rapaz.

Neste momento antes que alguma reação fosse esperada de você, era Tordis que tomava a frente a pequena fae se colocava diante do homem ao cruzar os braços e cobrar por algo que fazia o estanho rir.

– Carvão você me prometeu que traria amoras da última vez que nos encontramos, e já fazem semanas isso!

Rindo este dava de ombros para responde-la.

– Perdão lady Siem, os dias estão um pouco mais atribulados do que eu esperava, mas lhe prometo que se nos encontrarmos no Salão das Canções as levarei.

Um grave coçar de garganta era feito por Âse deixando claro que o momento das conversas pararelas havia terminado, o homem entendendo isso voltava seus olhos para a grande troll comentando sobre seus motivos de estar ali.

– Perdão, eu vim avisar ao Lorde Manchesto sobre a chegada na neta de Thomas, o Barão Magnar irá tomar a jovem redcap sobre sua tutela e assim espera que um dia ela possa ocupar seu lugar de direito quando estiver pronta. Por isso ele a levou aos pântanos para que ela pudesse jurar lealdade a casa Aesin e continuar com o legado que Thomas Sgiath Cnàimh deixou com estas terras. Além disso, eu vim pedir para que Lorde Manchesto dê ordem para que os trolls que estão trabalhando nas áreas montanhosas sejam retirados de seus serviços. O coração que se esconde nas montanhas parece estar trocando de lugar e eu temo que as quimeras fiquem mais ariscas do que o comum.

Enquanto Niklas se pronunciava Tordis se colocava ao seu lado lhe dando um pequeno cutucão ao comentar baixinho.

– Não se preocupe, o Carvão gosta de assustar, mas ele não tem um coração mal.
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MensagemAssunto: Re: Ato II - Narrativa de Henrik - Slighean Tarsainn   Ato II - Narrativa de Henrik -  Slighean Tarsainn I_icon_minitime27/5/2021, 12:27

Acompanhando as duas figuras femininas, era com calma que eu apenas observava os detalhes curiosos e antigos que se juntavam para trazer os significados aos meus novos faericos que de maneiras interessantes, contrastavam com os mesmos ambientes na realidade mundana. A sensação era uma mistura de viagem ao passado e uma visita ao set de filmagem, então antes mesmo de qualquer interação ocorrer, eu já me sentia empolgado e curioso com todos os detalhes ao meu arredor. Até que a figura de pelagem negra, chifres e cascos adentrava a minha visão!

"Mas que incrível! Porque eu não sou assim também? Fiquei parecendo um elfo ou príncipe dos contos de fadas, mas eu me sinto muito mais parecido com esse sátiro! Deve ser muito prático ter cascos e chifres, que interessante!"

Ao invés de sentir medo ou receio da figura estranha que mantinha contato social com as duas mulheres as quais eu havia seguido até essa sala, eu sentia uma verdadeira euforia em ver com meus próprios olhos uma criatura tão fascinante! Pronto para falar e provavelmente fazer perguntas, eu respondia primeiro a mesura dele, tentando replicar o movimento, para inflar os pulmões e ser interrompido antes mesmo de falar pela cobrança feita outra Sidhe. Segurando o riso, desistia de falar inicialmente e seguia a observar a todos.

"Ainda não desvendei todas essas formas de relação e interlocução entre as fadas, as vezes elas parecem infantis, as vezes, verdadeiros aristocráticos. Ela parece gostar muito dessas tais amoras, será que meu paladar mudou e agora eu também prefiro coisas doces?! "

Intrigado com meus próprios pensamentos, eu olhava um pouco surpreso para a fala de Tordis e a respondia em um tom baixo:

-Tudo bem, eu não me senti assustado. Achei mesmo interessante! Mas, me desculpe a pergunta, o que seria esse coração escondido nas montanhas?
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MensagemAssunto: Re: Ato II - Narrativa de Henrik - Slighean Tarsainn   Ato II - Narrativa de Henrik -  Slighean Tarsainn I_icon_minitime9/6/2021, 18:37

A suave impressão de viver entre o passado e um set de filmagem o dominava sem maiores problemas, as mudanças que seus olhos lhe proporcionavam apenas não eram maiores que a surpresa de encara a figura negra de chifres e cascos mais escuros do que a noite em breu.

A curiosa linha de pensamentos que lhe invadiam a mente atiçava sua curiosidade, mas antes que ela pudesse ganhar vazão era a jovem sidhe que tomava a sua frente, sendo assim se limitando a observar a cena você podia notar o cuidado e educação que a figura de chifres negros tinha com a grande troll, aquela era uma clara interação de alguém que nutria respeito pela figura de Âse, e a troll parecia entender bem isso.

Já ao seu lado Tordis o encarava por alguns segundos antes de concordar com um breve aceno e comentar em um tom baixo.

– Verdade, você é novo... É... Os mais velhos falam dos corações como se eles estivessem vivos ou simplesmente fossem criaturas, mas eu não tenho certeza então, ao que parece essa parte específica do Reino da Noruega tem uma ligação antiga com as partes mais selvagens do Sonhar, essa ligação é feita pelos corações, ao todos são três, um deles fica no mar, um nas montanhas e um nas florestas... Parece que toda vez que um deles se move ou simplesmente decide trocar de lugar, as quimeras ficam mais agitadas.

A falta de certeza nas palavras de Tordis a faziam desviar o olhar, uma clara reação de quem deveria ter prestado a atenção na aula, mas simplesmente estava com a mente em outro lugar, balançando a cabeça esta respirava fundo ao claramente se lembrar de algo de suma importância, interrompendo a conversa dos mais velhos que se desenrolava com naturalidade, a jovem sidhe levantava a mão ao falar com certa preocupação.

– Hamm Âse, eu passei no poleiro da lagoa Loga e a Aspen estava levando o Kohen para as trilhas perto da lagoa, parece que o senhor Edvin os mandou verificar os ninhos próximos do poleiro.

Os dois faes mais velhos que até então mantinham a conversa de forma educada se entreolhavam de forma preocupada, a figura negra respirava fundo ao responder de maneira rápida, e mesmo seu corpo já demonstrava a urgência de suas ações.

– Certo, eu vou ver as crianças nas trilhas perto do poleiro, com sorte eles não foram longe ou não encontraram nenhuma quimera mais violenta. Com sua licença Âse.
Sem esperar por respostas o sátiro de pele negra andava até a porta de entrada, ali batendo três vezes na madeira com as costas da mão e girando a maçaneta pelo lado oposto você via o arco da porta brilhar, quando este abria o pórtico não era a costumeira paisagem do campo que você via, mas uma floresta escura e viva, o sátiro não olhava para atrás quando adentrava a floresta fechando a porta atrás de si.

– Obrigada por avisar pequenina, mas preciso que você voe até Edvin e peça para que ele chame de volta os grupos de resgate. Vamos evitar novos, acidentes desnecessários.

Comentava Âse na direção da jovem sidhe, Tordis por sua vez apenas acenava de forma positiva e seguia pela porta, desta vez quando o objeto era aberta a velha paisagem de campo aberto se apresentava, sem se lembrar de fecha-la a jovem sidhe corria na direção do estábulo enquanto a troll ao seu lado suspirava de forma audível. Andando até seu lado Âse colocava a mão sobre seu ombro comentando de maneira simples e calma.

- Venha, em qualquer outro dia eu lhe deixaria livre pelo resto do dia, infelizmente temos convidados importantes chegando e é bom que você esteja seguro. Ou pelo menos execute a função de escudeiro de forma correta.

Sem esperar por sua reação a grande troll tomava a frente, andando até a porta esta cruzava o pórtico apenas para olhar os campos e o estabulo enquanto te esperava do lado de fora.


Última edição por Jess Narradora em 5/9/2021, 15:07, editado 1 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: Ato II - Narrativa de Henrik - Slighean Tarsainn   Ato II - Narrativa de Henrik -  Slighean Tarsainn I_icon_minitime7/8/2021, 01:37

"Três corações um deles fica no mar, um nas montanhas e um nas florestas, o que será que esses corações realmente significam? Será que eles são criaturas? Até ontem tudo que eu sabia eram os shows, fãs e confusões. Agora tem criaturas mágicas, infinitas possibilidades, porque não acreditar que realmente existem três corações? Talvez corações sejam só alegorias para fontes de origem..."

Perdido em meus próprios pensamentos, afinal, a explicação apesar de didática havia causado um verdadeiro turbilhão de pensamentos e racionalizações improvisadas dentro da minha cabeça. Era só quando o toque da forte e experiente Troll pesava em meu ombro que eu me libertava da minha própria imaginação, para olhar atento na direção de Ase.

-Tudo bem, sinceramente eu não lido muito bem com dias livres. Vamos!

Adiantando meus passos eu seguia a altíssima mulher que andava a minha frente.

"Nossa eu nem me despedi das pessoas! Preciso tomar mais cuidado com isso, a K sempre diz que eu pareço esnobe quando faço essas coisas, espero que eles não tenham ficado com essa impressão de mim! Aliás, o que será que a K está fazendo por agora eim?"

Era com atenção que eu seguia para cruzar o caminho liderado por Ase, já tentando imaginar quem poderiam ser esses convidados tão importantes.
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MensagemAssunto: Re: Ato II - Narrativa de Henrik - Slighean Tarsainn   Ato II - Narrativa de Henrik -  Slighean Tarsainn I_icon_minitime5/9/2021, 15:41

Sua resposta simples apenas fazia com que Âse sorrisse ao comentar de maneira simples:

– Por sorte são poucos os dias realmente livres que temos.

Sem esperar por sua reposta os passos longos da grandiosa troll o guiavam até um dos carros da família, ali o carro simples que provavelmente em sua realidade antiga nunca teria lhe chamado a atenção, agora brilhava entre o contraste da realidade feérica e mundana, o carro prateado de alguns anos atras se revelava como em enorme veiculo azulado que se assemelhava muito a um besouro.

As portas se abriam lembrando o esticar das assas do inseto, o longo chifre que deveria ser sua arma de defesa brilhava com os faróis multicoloridos, e no lugar das longas pernas haviam 6 rodas dando uma sustentabilidade única para o veículo.

Âse sentava no lugar do motorista apenas para se esticar e abrir a porta para você, a grande troll ainda empurrava uma pequena escadinha embutida na porta para auxiliar na sua subida, já que o veículo claramente era feito para comportar trolls.

– Não se esqueça de subir a escada, da ultima vez a Tordis esqueceu e isso ficou arrastando o caminho todos. Sorte que o Viggo gosta de coisas destruídas, caso contrário aquele nocker teria comido meu couro! Ou pelo menos tentado.

Esperando por você, Âse colocava o cinto se segurança, as correias do cinto mais pareciam ser as mesmas de um paraquedas deixando claro que se aquele besouro metálico batesse em alguma coisa os passageiros e motorista não seriam afetados.

Assim que você finalmente escalava o besouro, Âse o ajudava a colocar as correias de segurança, em silencio a grande troll ligava o veículo que para sua surpresa parecia ganhar vida, levantando um pouco mais e até batendo um segundo par de asas antes de se colocar em movimento.
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MensagemAssunto: Re: Ato II - Narrativa de Henrik - Slighean Tarsainn   Ato II - Narrativa de Henrik -  Slighean Tarsainn I_icon_minitime2/3/2022, 02:53

"Será que todos os carros são assim? Será que eles também tem aquelas competições malucas de carros se destruindo? Uma arena de besouros desse tamanho se quebrando nas chifradas certamente seria um entretenimento de uma vida! Ou não né, vai que são criaturas vivas! Seria terrível!"

Um pouco distraído com os meus próprios pensamentos, seguia a figura da grande mulher que guiava a direção. Assim que ela mencionava a escada, eu prontamente procurava por ela, para então conseguir fazer a escalada necessária no besouro-carro.

-Escadas é? Ah sim, claro! Vamos evitar uma situação dessas né, tens razão! Aliás, esses veículos são criaturas vivas ou são como carros? Tipo, máquinas mesmo?!

Questionava enquanto me atentava a todos os menores detalhes, para não causar nenhuma confusão ou estrago, aceitando toda ajuda possível para não sofrer nenhum acidente. Verificando duas vezes as travas de segurança, eu fazia um sinal de "ok" com o dedão, indicando que estava pronto para o deslocamento que se seguiria.

"Tomara que não façamos nenhum voo muito alto!"

Ainda olhando para a minha atual tutora, eu perguntava:

-E desculpe a falta de educação, mas, estamos indo onde mesmo? Acho que não entendi totalmente, ainda estou me recuperando do treinamento!
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MensagemAssunto: Re: Ato II - Narrativa de Henrik - Slighean Tarsainn   Ato II - Narrativa de Henrik -  Slighean Tarsainn I_icon_minitime17/3/2022, 14:07

Sua pergunta sobre o veículo fazia com que a grande troll sorrisse com um movimento negativo de cabeça, com um breve soquinho na lataria do grande besouro a troll, por fim, respondia.

– Não, os carros, motos e qualquer outro veículo feito de metal não está vivo. Pelo menos não pra nós, já para um nocker sempre haverá uma implicação natural, para eles sim, é como se qualquer pedaço de metal em que ele possa criar está vivo apenas para contrariá-lo.

Rindo das próprias palavras como se estivesse rindo de uma piada, Asê só ligava o grande besouro quando você estava seguro e a escada de subida alçada para dentro, contrariando qualquer expectativa que você tinha do besouro se movimentar por patas, grande estrutura deslizava por rodas macias que esmagavam o cascalho do caminho amarelado que levava até uma longa estrada tão amarelada quanto o caminho que o besouro seguia.

Um breve período tomava o espaço entre você e Asê, mas sua pergunta fez a troll desviar brevemente os olhos da estrada na sua direção, diante dos olhos amarelados da troll que em muito lembravam os olhos de uma ave de rapina era possível ver o cuidado que esta tinha em responder seus questionamentos.

– Bem você não pode ser um escudeiro sem um escudo, e tenho certeza que você não daria conta de segurar o escudo de Jesper, não que eu duvide de sua força, é porque aquele escudo é pesado e até mesmo Oiteag reclama dele. Além disso eu não me sinto segura de deixá-lo perambulando por aí sem um meio de defesa.

Comentava a Troll que voltava a olhar para a estrada de tijolos amarelos que se confundia com o cinza do asfalto de sua visão mundana, as estradas curvas logo deixavam claro que vocês se dirigiam ao centro da pequena cidade, ainda assim as palavras de Asê retornavam a ganhar o espaço entre vocês.

– Não que eu pense que você vai ser atacado no meio da rua, mas é sempre bom deixar claro que você tem condições de se cuidar, principalmente quando teremos a visita da princesa do inverno, nem sempre nossa contraparte é a mais agradável no inverno.

Dizia a troll quando finalmente o besouro chegava as ruas da cidade, diminuindo a velocidade Asê dirigia aquele enorme besouro azulado com maestria, e seus olhos podiam muito bem brincar entre as simples casas brancas com enormes quintais para um multicolorido mundo onde casas de madeira com pernas descansavam nos quintais cheios de arbustos e flores tão coloridas quanto o próprio arco iris.

Já mais próximo do centro de Flekkfjord, os prédios baixos davam lugar a torres altas e desengonçadas, os veículos em muito se pareciam com joaninhas brilhantes e desengonçadas, ainda assim Asê tomava o caminho para os estaleiros, a estrada amarela que circundava uma das margens do rio logo revelavam uma grande movimentação de navios com flâmulas coloridas e vivas, as grandes carrancas dos quebras ondas chegavam a se mover deixando claro que a força do sonhar ia muito além do que você já imaginara.

Ao fim do caminho era possível ver um grande estaleiro, e os esqueletos de navios a serem montados e consertados, a força de trabalho que se dividia entre inúmeros faes e até mesmo humanos simplesmente parecia não perceber a aproximação do grande besouro, ainda assim Asê olhava para você ao comentar.

– Nós vamos ver o Viggo, é só ignorar a boca suja dele ou o fato que ele é irritante, no fundo eu sei que ele é um bom nocker e posso afirmar que nenhum escudo é tão bom quanto os que ele faz.

Adentrando com o grande besouro nas imediações do estaleiro, a troll estacionava ao lado de outros veículos que batiam as asas em sinal de saudação ao grande besouro, descendo do veículo Asê se esticava pronta para ajudá-lo a sair.

Referencias:
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