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Narrativas De World of Darkness Estruturadas Nas Versões de 20 Anos
 
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 1º Arco: Ato III da Narrativa de Korina Mitrouli

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Lugo Narrador

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MensagemAssunto: 1º Arco: Ato III da Narrativa de Korina Mitrouli    1º Arco: Ato III da Narrativa de Korina Mitrouli  I_icon_minitime2/4/2023, 17:08

1º Arco: Ato III da Narrativa de Korina Mitrouli

18 de Abril de 2021 - Melbourne


O pássaro parecia se divertir às suas custas. Quando você chacoalhava a cabeça, ele batia as asas apenas para voar por um momento para cair no mesmo canto e lhe bicar mais uma vez. Apesar das bicadas não machucarem, elas incomodavam e até mesmo Viktoria ficava desconfortável com o comportamento do espírito.

Apesar dos seus esforços para tirá-lo da sua cabeça, o espírito não saía. Ele pulava da sua cabeça para o pescoço e para suas costas enquanto se esquivava das tentativas de derrubá-lo. Porém, foi com o seu latido, ou quase isso, que ele verbalizou o deboche.

- Mas que fofinha ela latindo. Vocês tem que ensinar a ela a ser uma loba. Eu não quero um cão de guarda no meu território, mocinha, quero um lobo feroz que extermine as cobras para mim, entendeu?

O latido que você fazia soava diferente do que qualquer latido que você já havia ouvido antes. Basicamente você fazia um barulho que era similar a um latido, mas não chegava a ser exatamente. Felizmente, após abaixar a cabeça em concordância e terminar mostrando as presas, o espírito voava de volta para o braço de Grigoria somente para olhar na sua direção antes de falar.

- Muito bem, nós temos um contrato! Agora vamos ao que interessa antes que aquela ali me coma.

Assim que ele falava, Viktoria olhava mais uma vez na direção do espírito, mas não fazia nada. Em poucos segundos, o espírito saltava do braço de Grigoria para voar ao redor de vocês. Mesmo com os olhos treinados de um lobo, era difícil de acompanhar a velocidade que ele se movia, portanto, o que você conseguia ver mesmo era o rastro de luz que ele emitia e deixava para trás.

Enfim, sem falar mais nada, o espírito disparava em velocidade em uma direção diferente da que vocês haviam vindo e indo direto contra a barreira de árvores que cercavam vocês. Viktoria olhava para você apenas para lhe dar um olhar intenso antes de se mover na mesma direção do espírito.

- Vamos rápido, você vai atrás dela e eu vou por último.

Diferentemente de Viktoria, a outra grega ainda se mantinha na forma humana para lhe dar uma última instrução e finalmente mudar de forma. Sem perder mais tempo, você começava a perseguição, mas ainda tinha tempo de ver Grigoria mudar.

A grega começava a correr e em um piscar de olhos ela mudava. Em um movimento natural, o corpo da mulher mudava de uma forma suave e mágica. Nenhum osso se quebrava para que ela mudasse, como algumas histórias humanas contavam, muito pelo contrário, a mulher literalmente saltava como uma humana e terminava o movimento como uma loba em uma mudança extremamente rápida e graciosa.

Diferente de Viktoria que tinha uma camada de pelos brancos na sua pelagem, Grigoria era uma loba completamente negra. Tão negra que por um momento tudo que você via era o brilho dos olhos dela.

Enfim, correndo os seus primeiros metros como uma loba, você sentia uma certa dificuldade em acompanhar o ritmo no começo. Por conta disso, acompanhar Viktoria era uma tarefa difícil, para um humano. Felizmente seus olhos ainda conseguiam ver o rasto da loba com certa facilidade, mas o que mais ajudava era o fato de que você literalmente conseguia sentir o cheiro da loba.

Por mais que você não tivesse ativamente tentando cheirar loba, só de ter ficado no mesmo campo que ela por algum tempo já era o suficiente para você reconhecer o cheiro único dela. Não só o de Viktoria, mas também o de Grigoria que emitia um cheiro completamente. Depois de conseguir se adaptar à movimentação básica da sua nova forma, você finalmente começava a acelerar o passo até que após alguns segundos conseguia ver Viktoria se movimentando pela floresta.

E por falar em floresta, para sua surpresa a floresta em que estavam parecia ser um pouco maior do que você esperava, afinal, não era comum esse tipo de vegetação na Austrália, principalmente perto de Melbourne, pois tudo que circulava a cidade eram as inúmeras fazendas.

Foi somente quando começaram a ativamente descer enquanto seguiam o espírito que você notava que estava descendo uma montanha. Depois de seguir o espírito por alguns minutos vocês começaram a se aproximar dos primeiros sinais de civilização e encontram a primeira estrada de terra e pedras que eram geralmente usadas por carros e que continuariam a ser usadas, pois o espírito ignorava a estrada por inteiro e seguia cortando a floresta.

Por mais que tenha demorado um pouco para você alcançar Viktoria, vocês agora se moviam como uma matilha pela primeira vez. Com Viktoria na frente, seguindo o espírito, você no meio e Grigoria atrás, vocês se moviam em ritmo muito bom, muito mais até do que você esperaria de si mesma até que finalmente deixaram a floresta para trás e encontraram com a primeira estrada de asfalto.

Parando por um pouco, dando um pouco de tempo para recuperar o fôlego, você via o espirito sobrevoar a estrada de um lado para o outro. Ele parecia esperar pela aproximação de você para falar com a mesma voz chata.

- Vamos acelerar um pouco, já que é uma linha reta.

Como resposta, Viktoria grunhiu como se estivesse confirmando e logo o espírito se colocava em movimento mais uma vez, porém dessa vez não havia floresta, mas sim a típica vegetação de grama alta e seca em conjunto com grandes fazendas.

Apesar do espírito voar sobre a estrada, Viktoria não o seguia pela estrada, mas sim pelo acostamento dela. Andar sobre a estrada talvez fosse mais fácil para um humano, mas para as patas de um lobo não.

Vocês corriam uma velocidade razoável e conseguiam manter o ritmo durante vinte minutos, porém, logo o cansaço começava a bater cansaço bater. Apesar de ser mais fácil se mover como o animal quadrúpede, você ainda não estava completamente preparada para se locomover por um tempo prolongado.

Foi então que o espírito parou mais uma vez, mas dessa vez não era porque ele estava esperando vocês, mas para olhar na direção de uma grande torre de fumaça que subia e se perdia nas nuvens do céu. A fumaça tinha a mesma forma que você tinha visto quando o incêndio havia começado, porém, olhando para ela você não via apenas fumaça, mas sim alguns pássaros voando ao redor dela.

Vocês não estavam muito longe dela, talvez mais alguns minutos, porém algo mais acontecia e deixava todos em alerta. Rapidamente sua atenção era atraída pela movimentação de algo no mato que ocupava o outro lado da estrada que vocês estavam. Grigoria e Viktoria imediatamente assumiram uma postura defensiva e mostravam suas presas e garras, porém a reação delas mudava completamente quando um lobisomem ferido saía do mato.

Aquela era sua primeira vez vendo um lobisomem de verdade. Literalmente um monstro em formato de lobo mas que andava sobre duas pernas longas, possuíam garras maiores do que facas e presas que saltavam a boca. O monstro saia da camuflagem do mato mas sem apresentar perigo, afinal, um ferimento extenso na barriga o derrubava novamente quando ele tentava caminhar na direção de vocês.

Grigoria e Viktoria imediatamente se moviam e iam até o lobisomem que se deitava cansado e expondo um grande ferimento na barriga. Assim que as duas viam o ferimento, Grigoria imediatamente mudava de forma, voltando para a forma humana enquanto Viktoria imediatamente assumia a mesma forma e entrava em sua forma de combate.

Enquanto o lobisomem desconhecido tinha pelos cinzas com laranja, Viktoria seguia o mesmo padrão de pelos predominantemente pretos com manchas brancas.

- Cole! O que aconteceu? O que te atacou?

Se ajoelhando perto dele, Grigoria começava a analisar o ferimento enquanto questionava. O lobisomem primeiro arquejava de dor antes de falar com uma voz gutural.

- Maldição!

Apesar do lobisomem falar muitas palavras, ele parecia falar em uma língua completamente diferente e você apenas entendia uma das palavras. Assim que ele falava, Viktoria respondia e se levantava, mostrando toda a estatura e músculos que aquela forma dava, mas era Grigoria que falava algo que você finalmente entendia.

- Você enlouqueceu de vez? Quer levar ela para enfrentar uma maldição? Não sabemos nem mesmo que tipo de maldição é. Nós temos que tirar o Cole daqui e encontrar a matilha dele para podermos lutar.

A resposta de Viktoria era como o esperado, um rosnado muito mais aterrorizante te dava calafrios e você conseguia sentir a presença ameaçadora de Viktoria demandando obediência. No entanto, a mulher lobo recuava e se transformava mais uma vez, assumindo sua forma humana e despida de qualquer roupa para falar na sua direção.

- Não sou mais a alfa na nossa matilha, portanto você está livre para fazer suas escolhas, mas Korina não faz parte de nenhuma matilha e deve escolher por si só! Então Korina, o que você quer? Ir atrás da maldição que fez isso ou ir atrás de ajuda?
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Jess

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MensagemAssunto: Re: 1º Arco: Ato III da Narrativa de Korina Mitrouli    1º Arco: Ato III da Narrativa de Korina Mitrouli  I_icon_minitime2/4/2023, 22:11

Era segurando a vontade de rosnar para Tulu que me sujeitava as pequenas humilhações que o pássaro abusado me infligia, guardando aquelas pequenas brincadeiras para um outro momento eu me balançava por uma ultima vez antes de rosnar baixo em resposta as palavras da ave.

“Nota mental, eu vou arrancar as penas da bunda desse malaka uma por uma quando puder!”

Observando os movimentos rápidos do espirito era com certa surpresa que compreendia a velocidade que ele podia tomar, tendo dificuldades em acompanhar seus movimentos eu agia quando as palavras de Grigoria atingiam minha audição em uma explicação simples.

Impulsionando meu corpo para frente, era possível sentir toda a estranheza de me locomover em quatro patas, a pouca velocidade e a onda de cheiro que me atingiam me deixavam tonta por alguns segundos, isso até a transformação de Grigoria, ali eu de alguma forma sorria me entregando a corrida.

Sentindo as garras cravarem no chão com força, eu colocava as orelhas para atras sentindo o vento da corrida no focinho, deixando que Viktoria nos guiasse era quase libertador correr em matilha, mas havia urgência e mais ainda eu estava desacostumada a minha nova forma.

Sentindo o peso da corrida eu arfava puxando o ar na pequena paradas que fazíamos, era mais do que depressa que eu voltava a seguir a liderança de Viktoria naquela longa corrida, notando que esta evitava a estrada eu seguia seu exemplo sem pestanejar.

Antes que minhas pernas pudessem começar a sentir o peso daquela corrida Tulu parava, a cortina de fumaça que anunciava o incêndio me fazia perder o restante do diminuto folego que eu tinha, porém minha atenção se voltava para o estranho movimento e para a reação das duas mulheres que me acompanhavam.

A figura grandiosa do lobisomem teria me assustado, se Grigoria e Viktoria não mudassem e se dirigissem ao caído, a grande ferida deste vinha acompanhada do cheiro ferroso do sangue que me deixava em alerta, o som grutural que ele soltava em resposta apenas fazia com que minha postura se mantivesse na defensiva, principalmente com a única palavra que eu consegui compreender.

“O que diabos foi capaz de abrir essa ferida?!”

A clara desavença de Viktoria de Grigoria me colocava na parede, aquela era uma escolha para qual eu não tinha preparo nenhum, mas era certo que de certa forma eu também era responsável por aquele incêndio.

“Se não fosse por mim a Layla não teria feito essa merda toda... Malaka! Mais uma vez eu vou ter que arcar com as merdas dela!

Voltando a cabeça para o incêndio eu rosnava deixando claro que já havia escolhido, andando até a figura caída de Cole era com cuidado que dava uma leve esfregada de cabeça em seu ombro, para então me sentar de frente para o incêndio esperando que Viktória fosse a frente.

“Droga, eu vou me sentir responsável pelo resto da vida se mais alguém sair ferido dessa história... Espero não ta fazendo merda nesse instante”
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MensagemAssunto: Re: 1º Arco: Ato III da Narrativa de Korina Mitrouli    1º Arco: Ato III da Narrativa de Korina Mitrouli  I_icon_minitime8/4/2023, 16:24

A decisão que você teria de tomar não era fácil. De um lado tinha Viktoria e sua sede de sangue em conjunto a sua própria batalha com as consequências das ações Layla. Do outro lado, Grigoria e o lobisomem ferido que precisava de ajuda e precisava ser levado para sua matilha. Por mais que você fizesse uma decisão, alguma das duas mulheres iria sair decepcionada e neste caso era Grigoria.

- Ha! Mesmo não sendo uma Ahroun você é uma mulher abençoada com a coragem das filhas de pegasus! Talvez seja o sangue de sua avó que esteja falando mais alto, mas você se mostrou uma verdadeira Fúria Negra, minha garota!

Viktoria ficava extremamente feliz com a sua decisão e não perdia tempo em bradar seus pensamentos. Grigoria por outro lado balançava a cabeça negativamente, mas não na sua direção e sim na de Viktoria.

- Você está levando uma filhote para uma batalha! Tem noção do que está fazendo! - Grigoria retrucava.

- Ela já tomou a decisão. Vamos Korina, temos um maldito para caçar!

Assim que a mais experiente das mulheres falava, Grigoria fazia um sinal para o lobisomem caído esperar e o deixava com cuidado para ir até você. Apesar de ter uma expressão fechada, a grega se aproximava de você sem más intenções e se ajoelhava para te olhar diretamente nos olhos.

- Preste atenção, Korina. Não se deixe levar pela sede de sangue dela. Viktoria é uma guerreira experiente, mas ela é só isso! Ela não liga para o resto, portanto, tenha cuidado e não ataque o inimigo de frente. Seja inteligente!

Após falar aquilo, Grigoria se levantava para virar de costas e caminhar na direção do lobisomem caído. No caminho até ele, a mulher novamente mudava de forma, assumindo sua forma de combate e se tornando um monstro peludo e musculoso de quase 3 metros de altura. Imediatamente após chegar no outro lobisomem caído, Grigoria o ajudava a levantar e olhava uma última vez na sua direção para começar a andar com o lobisomem ferido na direção oposta que Viktoria estava.

Se virando para a guerreira, a mulher desnuda havia andado na direção da fumaça para apenas ficar esperando por você. Quando você se aproximava, a mulher cruzava os braços e sorria com o canto do rosto.

- Você tomou a decisão correta e será honrada por isso. Vamos continuar a seguir o espírito até encontrarmos o maldito. Por agora, você terá de mudar de forma novamente. Você deve mudar para Crinos, da mesma forma que Grigoria mudou. A partir daqui, temos de estar prontas para qualquer ataque.

Depois de falar aquilo, Viktoria se virava de costas para andar dois passos e mudar de forma. Um pouco maior do que a outra grega, Viktoria assumia sua forma de guerra com uma mudança ameaçadora. As garras da mulher eram extremamente longas. Seus músculos eram muito mais visíveis do que os de Grigoria e as marcas de batalha eram muito mais do que você esperava.

Ao se virar novamente na sua direção, você via os olhos dela vermelho sangue, presas enormes que não cabiam na boca e um focinho também muito marcado. Grigoria não estava mentindo quando falou que a mulher era uma experiente guerreira, mas ninguém havia lhe mostrado qual era o custo para tal.

Por fim, um enorme lobisomem na sua frente estendia o focinho para cima e um uivado gutural era emitido. Muito mais alto do que o que ela mesmo havia feito anteriormente. Aquele som arrepiava seus pêlos novamente e te fazia ficar com a calda espichada, imediatamente assumindo uma posição de atenção. Mas não era só isso, toda a vegetação ao redor de vocês sentia o uivo da mulher. A folhagem seca ao redor da estrada parecia dançar agitada pelo vento frio da penumbra enquanto a luz da lua se intensificava, como se estivesse respondendo ao chamado de guerra da mulher.

[Teste de Vigor + Instinto primitivo]
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Jess

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MensagemAssunto: Re: 1º Arco: Ato III da Narrativa de Korina Mitrouli    1º Arco: Ato III da Narrativa de Korina Mitrouli  I_icon_minitime11/4/2023, 10:16

Com a decisão tomada eu sentia um peso cair por cima de meus ombros, o peso era tão grande quanto a decepção de Grigoria, o que me fez ganir baixo sem um real controle sobre o som que soltava.

“Eu teria gostado a Grigoria como minha mãe... Desculpa Grigoria, mas você não entende.”

Sentada diante da discussão interminável das duas mulheres, minha atenção se voltava para Grigoria e suas palavras, assentindo com um breve aceno eu colocava as orelhas para trás e mostrava de leve os dentes deixando claro que daria meu melhor para seguir suas palavras, mesmo que naquele instante estivéssemos indo por caminhos diferentes.

Levantando-me para ver a transformação de Grigoria, eu me aproximava de Viktoria ouvindo suas palavras, ver sua própria transformação me inquietava e deixava claro o caminho que a lupina havia escolhido seguir, um pelo qual eu não pretendia singrar.

“Vou resolver essa situação... Mas eu não sou a Viktoria e não pretendo ser uma máquina de matar... Eu não sou a minha avó!”

O uivo que mais se assemelhava a um chamado de guerra me fez estremecer por completo, mostrando os dentes eu sentia meu corpo responder ao chamado enquanto minha mente lutava para se manter no controle do que faríamos, assim fechando os olhos eu respirava fundo antes de uivar profundamente em busca de minha própria mudança.

OFF: Teste de Vigor + Instinto primitivo = 7d10
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MensagemAssunto: Re: 1º Arco: Ato III da Narrativa de Korina Mitrouli    1º Arco: Ato III da Narrativa de Korina Mitrouli  I_icon_minitime11/4/2023, 10:16

O membro 'Jess' realizou a seguinte ação: Rolagem de Dados


'D10' : 2, 8, 2, 3, 4, 5, 4
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MensagemAssunto: Re: 1º Arco: Ato III da Narrativa de Korina Mitrouli    1º Arco: Ato III da Narrativa de Korina Mitrouli  I_icon_minitime25/4/2023, 22:58

A transformação dessa vez não foi tão fácil quanto a primeira. Você não sabia exatamente o porquê, mas sentia que a transformação não havia sido tão natural quanto se transformar em uma loba. Talvez por conta da mistura de sentimentos que você sentia no momento ou talvez pela dificuldade em se transformar em uma criatura mitológica, era impossível dizer exatamente o que havia mudado pois poderiam existir inúmeras razões pela qual você teve mais dificuldade daquela vez, mas algo que claramente te ajudou a transformar foi o uivo de guerra de Viktoria.

Por mais que o som gutural transmitisse uma onda de medo em seu primeiro contato, você sentia seu corpo e espírito reagir ao chamado de Viktoria de uma forma inspiradora Com seus ouvidos treinados, você conseguia sentir uma entonação diferente e com o seu olfato extremamente aguçado um novo cheiro dominava o ar: o cheiro da guerra e do sangue!

Inspirada pelo uivo de batalha da Garou, você se concentrava e aos poucos você sentia seu corpo morfar. Passando de um ágil animal quadrúpede para um pilha de músculos bípede. Seus membros e seu tronco se alongavam e adquiriam uma movimentação mais humana, mas ainda com algumas características lupinas. Suas garras e presas, que já eram grandes na forma de loba, cresciam ainda mais e se saltavam incontrolavelmente, revelando armas naturais que colocariam qualquer um ou qualquer coisa a baixo com um simples balançar de braços.

Por fim, você sentia uma força não fisica dentro de você lhe aquecendo como um gole de chocolate quente no inferno, mas dessa vez não havia um gosto adocicado e sim amargo, muito amargo, mas extremamente bom! O que era aquilo? Bem, você ainda não sabia, mas sentia em sua totalidade aquele poder que ressoava dentro de ti e ao abrir os olhos você via um mundo diferente, de uma altura diferente e com uma perspectiva diferente: a de um monstro de mais de 2 metros de altura e uma vontade latente de algo que você ainda não havia sentido.

Assim que você se erguia sob o asfalto morto da estrada, Viktoria olhava na sua direção e sorria, ou melhor, exibia as presas de uma forma satisfatória. Assim que ela confirmava que você havia se transformado e que não havia nenhuma falha, a guerreira se virava na direção do pilar de fumaça, que estava a alguns quilômetros, e começava a andar na direção do mesmo, saindo do asfalto e entrando no mato seco que crescia ao lado da estrada. Quase que ao mesmo tempo que Viktoria se movia, o espírito da Cucaburra que havia guiado vocês aparecia na sua frente novamente para lhe falar com a mesma voz irritante.

- Agora você está parecendo mais com uma Garou de verdade!

Depois de falar, o pássaro imediatamente batia suas asas e seguia na direção de Viktoria, passando pela mesma e parando na frente dela para falar na direção da experiente Garou.

- Que fique bem claro que irei apenas levar vocês até a fonte, mas não vou ajudá-los em nada mais.

Ouvindo o pássaro, Viktoria emitia um rosnado para o espírito, que apenas respondia com a risada típica daquela espécie e você conseguia entender, sabe-se lá como, que eles haviam chegado a um entendimento. Olhando para trás, Viktoria conferia se você estava pronta para acompanhá-la e assim que tinha a confirmação, a lobisomen se colocava em suas quatro patas e disparava em uma velocidade impressionante e brutal. O espírito também não ficava para trás e assim que a lupina se movia, o animal rapidamente batia suas asas e voava também em uma velocidade impressionante.

Apesar de confirmar se você estava realmente pronta para partir, Viktoria parecia não esperar e nem olhava para trás uma segunda vez para conferir se você estava acompanhando. Portanto se você quisesse segui-la, deveria se decidir rapidamente pois logo você a perderia de vista se continuasse parada.
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MensagemAssunto: Re: 1º Arco: Ato III da Narrativa de Korina Mitrouli    1º Arco: Ato III da Narrativa de Korina Mitrouli  I_icon_minitime27/4/2023, 22:58

Fazer algo que nunca havia feito antes estava começando a se tornar um habito, mesmo assim a mudança de forma se fazia mais difícil e complicada, como se aquilo não fosse natural ou comum, chegando ao ponto de ser levemente desconfortável.

Mesmo assim ela acontecia e sentir as mudanças me deixavam surpresa e até mesmo assustada, principalmente quando Viktoria mostrava os dentes em uma ação de aprovação, algo que fazia meus pelos se erissarem mais em resposta, sentindo os efeitos que o uivo me inspirava eu respirava fundo diante da mudança.

“Mantenha a cabeça fria e centrada. Aquela coisa abriu um garou quase no meio!”

Sem tempo para me acostumar com a nova forma, eu me focava na figura de Viktoria que sem esperar se colocava a caminho do que enfrentaríamos, surpresa com o aparecimento da ave eu não escondia o rosnado alto em resposta a sua provocação, mas suas palavras me deixavam claro que a ajuda do espirito era limitada.

– Faça como o combinado Tulu!

Era minha única resposta para a ave abusada, antes de começar a seguir Viktoria com me colocando nas quatro patas eu me esforçava para seguir a garou mais velha, já não havia mais tempo de recuar diante da escolha que havia feito.

“Perdão Grigoria, mas eu preciso cuidar disso... Eu não me perdoaria!”
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MensagemAssunto: Re: 1º Arco: Ato III da Narrativa de Korina Mitrouli    1º Arco: Ato III da Narrativa de Korina Mitrouli  I_icon_minitime29/4/2023, 21:40

Deixando para trás qualquer dúvida que você pudesse ter sobre as suas escolhas, você prontamente alertava Tulu antes de tomar a rumo de Viktoria. Apesar de tentar expressar uma frase simples, ali você sentia o peso da forma que havia assumido e o que era uma simples sentença a ser pronunciada se mostrava algo completamente diferente do esperado.

As palavras engasgavam em seu aparelho vocal lupino e pronunciá-las era praticamente impossível, mas com muito esforço ainda era possível falar a palavra “combinado”. A palavra saia com um som gutural e com algumas pausas para que conseguisse pronunciar corretamente.

Tulu, que já estava pronto para seguir Viktoria até fazia uma pausa antes de partir para ouvi-la. Provavelmente somente pela palavra que tinha emitido não seria possível entender sua fala, porém não só de palavras as criaturas na terra se comunicavam. A intenção era uma parte fundamental para a comunicação e com os lobos não era diferente, na verdade era muito mais explícita. A sua frustração e raiva com o comportamento do espírito eram claramente transmitidas e faziam com que o mesmo soltasse um grito agudo antes de partir.

Vendo o espírito e Viktoria se distanciar, você finalmente se colocava em suas quatro patas e começava a seguir o caminho que os mesmos faziam. Por mais que andasse sob duas penas, a forma dos seus membros inferiores ainda era bem parecida com as de um lobo e por isso correr sob as quatro patas não era um difícil. Na prática a corrida não era exatamente igual a de um lobo e sim uma mistura de corrida lupina com alguns saltos.

Na nova forma era tão rápido quanto era a forma lupina, mas de uma forma diferente. Enquanto na forma lupina você tinha uma grande agilidade em um corpo muito mais leve, na forma atual usava da força bruta para te impulsionar e por isso os saltos eram ainda mais agressivos. Inclusive, exatamente por conta disso que era mais fácil seguir o caminho de Viktoria sem nem mesmo vê-la, pois as marcas de que a Garou havia passado por ali eram muito visíveis.

À medida que vocês corriam na direção do incêndio, ou o que parecia ser pelo menos, também era possível reparar nos detalhes ao seu redor. Seguindo principalmente por um caminho reto, sem estradas ou algo do tipo, vocês cortaram a vegetação, que era basicamente uma longa planície de vegetação rasteira natural e algumas árvores, e depois de correr por algum tempo, vocês finalmente passavam por algumas estradas que literalmente ficavam no meio do nada.

Era algo estranho que te fazia pensar se estavam mesmo em Melbourne ou não, afinal a cidade era grande e bastante ocupada, então ruas vazias e cercadas por vegetação não eram fáceis de se encontrar na cidade, porém não demorava muito para que as primeiras construções maiores aparecem e para que você percebesse que já estava caminhando pela cidade.

Ficava claro que, por mais que você já estivesse andando na cidade, nem tudo que havia no mundo físico era refletido no mundo espiritual. A maioria das casas e prédios não apareciam, enquanto que construções maiores e mais importantes acabavam aparecendo, mas de uma forma diferente, ou com menos vida que o normal.

Os prédios tinham um tom acinzentado morto e um aspecto muito mais escuro do que o esperado. Além disso, prestando um pouco mais de atenção, ainda era possível ouvir sons estranhos que a “cidade” emitia e que eram completamente diferentes dos som dos carros ou das pessoas na rua. Os sons eram animalescos e alguns nem mesmo pareciam ser algo natural, mas o que mais te chamava a atenção era a imagem de um dos prédios a distância.

Na zona da cidade que o parque Brimbank ficava havia uma das maiores torres da cidade. A torre era vista de quase todas as residências da região e era um famoso centro comercial no mundo físico. Já no mundo espiritual, a única semelhança era o tamanho dela, mas o brilho e o aspecto futurista era substituído por uma paisagem de destruição e uma sensação de que algo ruim lhe aguardava por lá. Felizmente você não estava indo na direção dela e sim do acampamento de trailers que era conhecido por ti como casa, mas que agora era apenas uma nuvem de fumaça.

Não demorava muito para que o cheiro da fumaça dominasse o seu olfato e muito menos para que seus olhos enxergassem a magnitude do fogo que se alastrava pela vegetação e construções da região. Olhando bem para a destruição, era possível se situar e notar que vocês ainda não haviam chegado tão perto do acampamento, o que indicava que o fogo já tinha se alastrado muito além do esperado.

Por conta do incêndio, Viktoria finalmente parava sua corrida e se colocava novamente em pé para observar. O pássaro espírito também parava no ombro da Garou e ambos ficavam observando por alguns minutos até o que o próprio espírito apontava com o bico e emitia mais um som agudo que chamava a atenção de vocês.

Olhando na direção que o pássaro apontava com o bico, você e Viktoria imediatamente viam um vulto caminhando por entre a fumaça à uma distância de pelo menos algumas centenas de metros. Não era possível ver exatamente o que era e você apenas conseguia perceber o tamanho da criatura e um pouco do formato do corpo dela. Um pouco maior do que vocês, com um corpo alongado, o que quer que fosse aquilo se movia de uma forma errática e lenta.

Enquanto seus olhos tentavam buscar por mais detalhes da criatura que caminhava por dentro da fumaça espessa, Viktoria dava um passo à frente para falar mais uma vez.

- Seguir… Distrair!

Da mesma forma que você, porém com mais facilidade, a mulher praticamente urrava as palavras enquanto usava um tom imperativo para indicar que era uma ordem. Assim que ela falava, a Garou uivava novamente, apontando seu focinho para a lua e emitindo mais um uivo de guerra. Dessa vez você sentia seu espírito ser tocado pelo som da guerra e seu sangue rapidamente fervia com o desejo da carnificina. No entanto, você não era a única a ouvir o uivo.

A criatura que caminhava a distância também ouvia e imediatamente reagiu ao som, se movendo na direção de vocês e rapidamente saindo da fumaça do fogo. Cortando a cortina de fumaça, uma criatura de mais de 3 metros se mostrava a algumas centenas de metros de vocês.

Criatura:

O corpo da criatura era algo bem único. Composto de árvores e galhos que saiam do corpo, ela era alongada, possuía uma espécie de garras gigantescas feitas de madeira mas totalmente queimada. Os olhos, a boca e o buraco que ficava no centro da barriga dela brilhavam vermelho, como brasa viva, e assim que ela via vocês duas, a criatura imediatamente soltava um som grotesco e inexplicável.

- Agora!

Mais uma vez gritando as palavras de uma forma não natural, Viktoria ordenava e sem pensar duas vezes iniciava uma corrida para cima da criatura, que respondia da mesma forma.
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Jess

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MensagemAssunto: Re: 1º Arco: Ato III da Narrativa de Korina Mitrouli    1º Arco: Ato III da Narrativa de Korina Mitrouli  I_icon_minitime29/4/2023, 23:25

O tempo de duvidas havia ficado para trás e a certeza disso reverberava em meu corpo, a raiva que transbordava por cada poro e por meio da pelagem negra me assustava, mas no fim era a mesma raiva que sempre me acompanhara durante a infância.

Incapaz de compreender totalmente as mudanças pela qual havia passado, a tentativa de falar acabava por me frustrar de maneira única, ainda assim era claro que ao menos o espirito havia compreendido o mínimo do que eu tentar comunicar.

Me apressando em seguir os dois, eu sentia a completa diferença de correr na forma lupina e na forma garou, se antes eu era ágil e rápida, agora eu parecia um tanque de guerra abrindo caminho, o que por sorte já estava aberto já que era possível claramente ver a trilha deixada por Viktoria.

“Com o estrago que se deixa pra trás essa com toda a certeza não é a melhor forma de correr na cidade!”

Era o que ocorria em minha mente quando meu corpo se esforçava para acompanhar o ritmo ditado pela garou mais velha, a distancia percorrida me fazia perder a noção da onde estávamos, principalmente pelos sons estranhos que me alcançavam com força e a visão do reflexo do que seria a cidade fazia minha pelagem se eriçar, principalmente com a visão brilhante e inquietante da torre.

Por sorte aquele não era meu destino, mas o cheiro da fumaça tomava conta do meu olfato me fazendo rosnar baixo em meio a corrida, derrapando nas próprias patas quando Viktoria parava bruscamente, eu me mantinha em alerta para a figura da garou mais velha, vendo que ela e Tulu encontravam o destino eu observava na direção indicada e lá as cenas de destruição eram um contraste com a criatura.

O uivo de Viktoria fez meu corpo estremecer, juntamente com suas palavras que indicavam ações simples do que deveria ser feito, mas o uivo que me inspirava a atacar sem pensar despertava a atenção do ser de madeira queimada, firmando minhas patas no chão eu respirava ao seguir as ordens de Viktoria.

Correndo em semi circulo eu tentava me manter em paralelo a figura de Viktoria afim de alcançar as costas da criatura e dali procurar uma brecha para atacar da melhor forma possível.

“Você tem garras e presas Korina! Seja uma caçadora e não a caça!”
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MensagemAssunto: Re: 1º Arco: Ato III da Narrativa de Korina Mitrouli    1º Arco: Ato III da Narrativa de Korina Mitrouli  I_icon_minitime1/5/2023, 22:01

Cortando a fumaça com seus longos braços de madeira queimada, a criatura que havia sido chamada de Maldito pelo lobisomem ferido se mostrava pela primeira vez. Feita de árvores queimadas, aquele ser emanava uma energia negativa intensa e aterrorizante, até mais do que o próprio uivo de Viktoria.

Olhando na direção de vocês, enquanto vocês se aproximavam, a criatura parecia se contorcer para andar e gritava sons aberrantes e altos como uma resposta ao uivo de sua companheira de batalha. Assim como vocês, ela não se mantinha parada e imediatamente avançava na direção de vocês, mesmo que em uma velocidade mais lenta, com uma movimentação errática e perigosa.

Se aproximar da criatura não era algo fácil. Além daquela ser sua primeira experiência de batalha, era também uma experiência que parecia vir dos piores pesadelos que você já teve e apresentava um novo perigo: o calor! Quente como se o próprio incêndio estivesse se movendo em sua direção.

Apesar da onda de calor ser um fator a mais para evitar a aproximação, você conseguiu ficar a uma boa distância da criatura para correr ao redor dele e procurar uma oportunidade de atacar. Já Viktoria, está não parecia executar o mesmo plano que havia mencionado e sua primeira ação era pular diretamente contra a criatura.

A primeira investida era feita simultaneamente por Viktoria, que sem pensar duas vezes avançava com uma velocidade sobrenatural, e pelo monstro. Saltando como se fosse atacar sua presa, a Garou “voava” e desviava em pleo ar do braço massivo que passava no vazio.  Mirando nas pernas do monstro, ela executava um golpe violento com suas garra e não se contentava somente com isso. Usando antes mesma velocidade anormal, a Garou aproveitava da diferença de tamanho e velocidade entre ela e o Maldito para circulá-lo e desferir outros dois golpes que faziam madeira e brasas voarem.

Sentindo os golpes, a criatura berrava mais uma vez mas em um movimento inesperado ela finalmente conseguiu revidar. Quando Viktoria cortava um peçado da perna dela, uma pequena explosão de fogo atingia a Garou no rosto, tirando-a de concentração e abrindo um espaço para contra-atacar. Balançando o braço - que era um tronco massivo - o maldito acertava a Furia Negra com força e a arremessa contra o fogo.

A Garou que era pesada e forte como tanque agora voava como um inseto e se perdia na fumaça que cercava vocês. O golpe era forte e você conseguia ate mesmo ouvir o impacto do golpe e do corpo de Viktoria caindo na fumaça, mas não conseguia ver o que havia acontecido com a mesma. No entanto, aquilo abria uma oportunidade de ataque.

Sem ter como prestar atenção em você por ter que se focar em Viktoria, você se via nas costas da criatura e com a possibilidade de atacar enquanto ela olhava para a direção onde a Garou tinha sido arremessada e iniciava uma lenta caminhada na mesma direção.
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MensagemAssunto: Re: 1º Arco: Ato III da Narrativa de Korina Mitrouli    1º Arco: Ato III da Narrativa de Korina Mitrouli  I_icon_minitime5/5/2023, 16:12

Eram os mais puros instintos que me guiavam naquela estranha situação, a onda de calor fazia tudo ficar mais difícil de se compreender, principalmente quando a criatura feita de árvores e chamas urrava, isso fazia com que meus pelos estremecessem por alguns segundos.

Mas havia algo queimando dentro de meu peito e isso era mais forte do que eu podia imaginar, a velha fúria e raiva pareciam ter finalmente encontrado uma vazão para escapar pela antiga muralha que eu havia construído, e agora jorravam de maneira descontrolada, assim cabia a minha mente se manter focada no que deveria ser feito.

Enquanto meus músculos se impulsionavam em torno do ataque direto de Viktoria meus olhos observavam o resultado do embata, o som do impacto me fez piscar, inquieta eu via a enorme garou ser arremessada para longe em meio a fumaça, enquanto a criatura parecia estar intacta apesar da chuva de garras que Viktoria havia feito sair sobre esta.

“Não vou remoer minha escolha! Esse monstro precisa cair!”

Um rosnado seco escapava de meu pulmão quando meu corpo respondia aos instintos, avançando pelas costas da criatura meus pensamentos simplesmente silenciavam deixando que a fúria que eu sentia fluísse por meu corpo, ignorando as chamas e o calor, minhas presas miravam o que poderia ser a nuca do monstro, enquanto meus braços e suas garras procuravam se cravar em suas costas e iniciar o movimento de me jogar para trás, era firmando a mandíbula que eu esperava maximizar o estrago possível.

OFF: Gasto 2 pontos de Fúria pra fazer 3 ações:

- Ação 1: Ataque de mordida no pescoço.
- Ação 2: Ataque nas costas da criatura com o intuito de ganhar impulso para a próxima ação.
- Ação 3: Me jogar para trás e ganhar espaço para próxima rodada.

Ação 1: Ataque Mordida. Destreza + Briga = 8 dados
Ação 2: Ataque Garra. Destreza + Briga = 7 dados
Ação 3: Impulso para se afastar. Destreza + Esportes = 4 dados
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MensagemAssunto: Re: 1º Arco: Ato III da Narrativa de Korina Mitrouli    1º Arco: Ato III da Narrativa de Korina Mitrouli  I_icon_minitime5/5/2023, 16:12

O membro 'Jess' realizou a seguinte ação: Rolagem de Dados


#1 'D10' : 6, 4, 1, 1, 9, 6, 9, 8

--------------------------------

#2 'D10' : 5, 3, 8, 9, 10, 4, 7

--------------------------------

#3 'D10' : 5, 3, 3, 7
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MensagemAssunto: Re: 1º Arco: Ato III da Narrativa de Korina Mitrouli    1º Arco: Ato III da Narrativa de Korina Mitrouli  I_icon_minitime5/5/2023, 16:37

Dano do ataque de mordida = Força + 3

Dano do ataque de garra = Força + 4
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MensagemAssunto: Re: 1º Arco: Ato III da Narrativa de Korina Mitrouli    1º Arco: Ato III da Narrativa de Korina Mitrouli  I_icon_minitime5/5/2023, 16:37

O membro 'Jess' realizou a seguinte ação: Rolagem de Dados


#1 'D10' : 10, 6, 9, 4, 8, 3, 1, 4, 8

--------------------------------

#2 'D10' : 7, 4, 8, 2, 4, 1, 5, 1, 6, 7
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MensagemAssunto: Re: 1º Arco: Ato III da Narrativa de Korina Mitrouli    1º Arco: Ato III da Narrativa de Korina Mitrouli  I_icon_minitime13/5/2023, 15:54

Observando a cena se desenrolar, você sentia todas as sensações da guerra e do caos ao seu redor. Desde o calor que parecia te abraçar, passando pela fumaça que te sufocava e entorpecia o seu olfato extremamente aguçado, e indo até a sua audição lupina que ouvia o som do corpo de Viktoria se chocar contra galhos e contra o chão. No entanto, nenhuma dessas sensações era mais assustadora do que a sua visão lhe mostrava: um monstro grotesco e gigantesco que emanava perigo a cada movimento.

Ao se transformar na sua forma atual, você havia sentido pela primeira vez o que era ser o predador mais perigoso da natureza, o que era chegar no topo da pirâmide alimentar e se tornar uma máquina de destruição e raiva, mas ver o que a criatura que havia feito com Viktoria te dava um choque de realidade.

Seu corpo reagia ao ambiente e o lobo que te guiava despertava por completo. Apesar da situação claramente assustadora, você imediatamente reconhecia a ameaça à sua frente e não hesitava em agir. Se colocando em suas quatro patas, você soltava um breve rosnado antes de partir na direção do inimigo que ainda procurava por um alvo.

Suas patas tracionavam seu movimento com uma força brutal. Seu corpo se movia em uma velocidade sobrenatural, a paisagem ao seu redor parecia um borrão diante da velocidade empregada em seu movimento e antes que pudesse entender o que estava acontecendo, você se via nas costas da criatura.

Com as garras completamente para fora, você escalava as costas da criatura e notava que, apesar de ser feita de madeira, ela era muito mais resistente do que aparentava. Ainda assim, sem pensar duas vezes, suas presas avançavam para um mordida feroz na nuca da criatura que imediatamente se mexia de um lado para o outro, tentando tirá-la de suas costas.

Muito mais resistente do que você poderia imaginar, suas presas encontram bastante dificuldade para penetrar a carcaça daquele ser que mais parecia estar vestindo uma armadura. Ainda assim você conseguia puxar um pedaço da casca da árvore e força a criatura a urrar de dor. Para finalizar, assim que o pedaço da criatura saia, você usava das suas garras devidamente fincadas para se impulsionar para trás e executar uma saída e se afastar naquela criatura.

Assim que suas patas traseiras tocavam o chão, você levantava os olhos para olhar a criatura se virar lentamente na sua direção. A criatura parecia não se importar com o dano que havia acabado de sofrer e assim que ele olhava em sua direção algo mudou. Te olhando com os olhos em brasa, a criatura então esboçava um sorriso diabólico e dava um passo em sua direção para enfim emitir um som abismal.

- Te… achei… Korina!!

Por mais que a voz assombrosa e sobrenatural estivesse falando aquelas palavras, você sabia exatamente quem que estava por trás dela, mas se isso não fosse o suficiente, a própria Layla aparecia! A madeira se contorcia da forma que um buraco abria na região abdominal da criatura e de lá o rosto de sua irmã de criação aparecia. Completamente pálida com os olhos também em chama, ela te olhava com a mesma expressão facial do monstro e dessa vez a voz de Layla era que surgia enquanto a árvore dava mais alguns passos na sua direção.

- Obrigado por vir, irmãzinha! Queria tanto te ver!

O monstro caminhava lentamente na sua direção e a cada passo que ele dava para se aproximar o calor aumentava. Era como se o próprio incêndio estivesse vindo em sua direção, porém, por algum motivo você não conseguia se mover. Por mais que a sensação de perigo crescesse e seus instintos te mandassem correr, os seus olhos estavam presos nos dele e seu corpo não reagia aos seus comandos.

Por um breve momento, você sentiu o medo te consumir e tirar as suas forças. Era como se os olhos daquele monstro estivessem te deixando mais fraca e menor a cada segundo, porém, antes que seu corpo desabasse por completo, uma sombra negra emergia por trás da criatura.

Grande, com asas negras e carregando um enorme machado duplo, a sombra que emergia não era mais um monstro ou uma criatura desconhecida, era nada mais nada menos do que a própria Viktoria, mas dessa vez com asas e uma arma tão grande quanto a própria Garou.

Aproveitando que o Maldito estava distraido com você, a guerreira voava por trás do Maldito e, antes que ele pudesse reagir, a Garou o fazia gritar de dor com um poderoso golpe na retaguarda. Um corte descendente abria as costas do monstro que cambaleava para trás na tentativa de tirar a Garou de suas costas.

No entanto, a Garou era muito mais rápida, mesmo carregando uma arma enorme, e com a mesma agilidade sobrenatural, ela descia para circular a criatura, ainda se mantendo fora do campo de visão dele, para arrancar uma das pernas do monstro com mais um golpe feroz.

Igual uma árvore sendo cortada por um lenhador, Viktoria derrubava o maldito e massacrava a criatura com uma sequencia infinita de golpes. Tudo que você conseguia ver era uma Furia Negra despejando golpe atrás de golpe e a criatura gritando de dor enquanto tentava escapar, mas não demorava muito para que ela fosse destruída. O que antes era um monstro de três metros pegando fogo, agora era nada mais do que uma pilha enorme de madeira queimada e repartida no chão.

Vitoriosa, a Garou recuperava o fôlego e observava o estrago que havia feito enquanto você a observava de costas. Olhando-a bem, você notava que as asas que ela tinha, desapareciam como poeira sendo carregada pelo vento e o machado duplo que ela portava também sumia quando ela encostava a mão no ombro esquerdo.

Enfim, ela se virava na sua direção, caminhava até você e mudava para sua forma natural, a de um lobo. Aparentemente muito cansada, Viktoria se aproximava para enfim desabar ao seu lado e ali você notava que algo não estava certo. A loba não estava ofegante, ela estava com uma clara dificuldade de respirar e muito abatida, porém, o que mais chamava a atenção era um ferimento imperceptível na forma de combate.

Olhando para o torso dela, você enfim notava que parte das costelas dela estavam afundadas. Apesar de não ser nada exposto, você conseguia dizer com facilidade que os ossos dela pareciam ter sido esmagados, talvez pelo golpe que ela levou, mas claramente a situação era muito mais crítica do que você esperava.
Arma:
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MensagemAssunto: Re: 1º Arco: Ato III da Narrativa de Korina Mitrouli    1º Arco: Ato III da Narrativa de Korina Mitrouli  I_icon_minitime15/5/2023, 18:17

O misto de sentimentos e sensações de uma batalha inundavam minha mente tornando qualquer pensamento um poço de caos, ainda assim o medo parecia se sobressair ao turbilhão que minha mente enfrentava, e justamente para fugir do medo eu deixava que os instintos falassem mais alto.

Porém mesmos os instintos naturais da caça se deparavam com a imparável realidade e ela era abrasadoramente cruel, mesmo toda a força que minhas garras e presas desprendiam não eram capazes de ferir a criatura, pelo menos não da maneira que eu esperava, embora o urro desta deixasse claro que ela não esperava pelo ataque pelas costas.

Ainda sem compreender bem como meu corpo havia conseguido desprender tais façanhas o medo por fim vencia a luta contra meus pensamentos, e ali diante da criatura feita de galhos e chamas era a voz de Layla que me fazia estremecer, rosnando quando o maldito virava na minha direção eu me mantinha abaixada pronta para avançar, mas a voz me paralisava, principalmente quando a face de Layla aparecia sobre o abdomem da criatura, ali o rosnado cessava.

“Eu sabia!”

Lutando contra meu medo eu sentia todo meu corpo pesado, incapaz de reagir eu observava o ser andar na minha direção, mas por sorte era a figura de Viktoria que ressurgia da fumaça, as grandiosas asas só não eram mais chamativas do que o enorme machado duplo em sua mão, a fúria e velocidade da garou não perdiam tempo em se fazer presentes.

O grito da criatura quebrava o medo por completo, recuando um pouco eu virava o rosto deixando que a força de Viktoria fizesse seu trabalho, sentindo meu corpo tremer eu rosnava baixo atenta a qualquer sinal que pudesse indicar que Viktoria precisava de ajuda, porém quando esta terminava e suas assas sumiam carregadas pelo vento assim como o machado, já não havia mais criatura para ser batalhada.

Encarando a garou mais experiente eu esperava por suas ações pacientemente, a volta a sua forma natural e sua queda me deixavam preocupada, já que a respiração desta deixava claro que a batalha havia cobrado seu preço, identificando o local da ferida interna eu olhava em volta a procura de Tulu, por mais que quisesse voltar a forma humana e tentar conter aquele estrago, eu era muito mais rápida e forte na forma que estava naquele momento.

“Cadê aquela ave folgada! Malaka!

Voltando meus olhos para as estrelas eu levantava a cabeça em um longo e urgente uivo, era uma tentativa clara de alertar a qualquer garou que pudesse estar por perto, afinal Viktoria precisava de ajuda e eu talvez demorasse demais para conseguir chegar em um lugar onde ela pudesse te-la.

Ao final do uivo era com cuidado para não tocar na região ferida que tomava o corpo de Viktória em meus braços, me colocando em cima de minhas pernas, eu usava um dos braços para carrega-la enquanto o outro estava livre para proteger seu corpo de qualquer coisa que pudesse esbarrar em nós, voltando meus olhos para a trilha de destruição que a nossa passagem havia aberto até ali, era aquele caminho que eu seguia sem medo.

“Se conseguirmos sair da fumaça eu posso tentar rastrear o cheiro da Grigoria!”
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MensagemAssunto: Re: 1º Arco: Ato III da Narrativa de Korina Mitrouli    1º Arco: Ato III da Narrativa de Korina Mitrouli  I_icon_minitime23/5/2023, 21:30

Com o fim da luta entre Viktoria e o Maldito, a vencedora daquele combate acabava por não sair ilesa e, assim que a luta acabava e o maldito virava carvão e cinzas, Viktoria se deitava ao seu lado para expor o ferimento da batalha.

Visivelmente com a respiração ofegante, a Garou deitava ao seu lado, de costas para você, e não fazia mais nenhuma reação. Não grunhiu, não rosnou, não fez absolutamente nada, no entanto, você sabia que algo teria de ser feito ou Viktoria não iria sobreviver.

Portanto, sem pensar duas vezes no que fazer, você imediatamente tomava uma ação e estendia seu focinho para cima para soltar um uivo longo e alto com a intenção de atrair qualquer Garou na região, no entanto, nenhuma resposta imediata era ouvida. Os únicos sons que você ouvia eram dos galhos quebrando e caindo ou dos últimos pedaços de madeira estalando com o resto do fogo que te cercava, porém nada que indicasse a presença de outro Garou.

Por mais que você quisesse por ajuda, ela não parecia que iria vir e, por isso, você começava o seu plano B e pegava Viktoria da forma mais gentil que podia. Mesmo estando em uma forma bestial que não tinha o menor traço de gentileza você conseguia segurá-la e abraçá-la sem maiores problemas para finalmente começar a procurar uma saída daquele local.

Apesar de ser sempre muito falante e expressiva, a Garou não reagia muito ao seu toque e se limitava a apenas emitir um leve som de dor quando era tocada, mas quando finalmente estava segura em seus braços, ela se limitava a tentar respirar. Você sabia que a situação da experiente Garou não era nada boa e por isso você tinha que agir rapidamente.

Sem esperar por mais nenhum segundo, você finalmente se colocava em movimento e usava dos recursos de sua forma para tentar se guiar pela fumaça que ficava cada vez mais densa e mais entorpecente. Após a queda do Maldito, o calor havia abrandado mas em seu lugar a fumaça parecia aumentar cada vez mais força, o que dificultava seus movimentos, entorpecia os seus sentidos e gradativamente inundava até mesmo o seu raciocínio.

Tentando sair dali o mais rápido possível, mas não tão rápido para não machucar Viktoria, você caminhava com cuidado por alguns minutos, mas sem sucesso não conseguia encontrar a saída daquele labirinto sem paredes. Viktoria que pouco reagia antes, agora não fazia mais nenhum movimento nem emitia nenhum som. Seu corpo que antes ainda tinha alguma resistência estava cada vez mais fraco e a sensação que ela poderia escorregar pelos seus braços ficava maior a cada passo.

E por falar em passo, a cada um que você dava para sair dali e que não te levava até o fnial da fumaça te deixava ainda mais aflita. Por um momento, você se via presa e confusa, traída pelos seus próprios sentidos, até que um ponto luminoso surgia ao longe.

Com o olhar nublado pela sufocante fumaça, você não conseguia dizer ao certo o que era aquilo, nem o verdadeiro tamanho ou a distância que estava, porém, olhar na direção dela te dava uma sensação positiva e familiar, mas o que mais chamava a atenção não era a luz em sí e sim o que vinha logo em seguida.

Um longo uivo cortava a fumaça como um raio caindo numa árvore. Aquele era claramente um chamado. Você não sabia como os uivos funcionavam ainda, mas instintivamente seu corpo reagia ao vários uivos que você havia ouvido nesse último dia e esse era mais um daqueles. Ainda assim uma dúvida ficava na cabeça, seria aquele um uivo de um aliado?
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MensagemAssunto: Re: 1º Arco: Ato III da Narrativa de Korina Mitrouli    1º Arco: Ato III da Narrativa de Korina Mitrouli  I_icon_minitime24/5/2023, 11:39

O peso da realidade me chocava, por um lado Viktoria havia saído vitoriosa, mas por outro sua vida estava em minhas mãos quase que literalmente, inquieta pelo silêncio que recebia em resposta a meu longo uivo, eu agia antes que meus pensamentos pudessem avaliar a situação com cuidado, não havia tempo pra isso.

"Malaka! Cadê aquela ave maldita quando se precisa dela?!"

Ganindo diante do gemido de Viktoria eu tentava me encontrar em meio a fumaça, era como se o corpo do maldito ainda sendo consumido pelas chamas tentasse me deter, e por sorte ou vontade eu continuava em frente com cuidado, afinal a leve Viktoria estava em meus braços.

"Ela parece pequena agora, mas é muito mais forte do que eu jamais poderia imaginar!"

O uivo escutado ao longe me fazia parar, meus olhos logo enchergavam a luz longicua, e ali tanto o medo quanto a esperança tomavam minha mente, imaginar que poderia ser algum perigo novo me paralizava, porém aquela era a melhor chance de Viktoria, principalmente quando seu corpo se tornava cada vez mais mole.

"Malaka!"

Respirando fundo eu uivava mais uma vez antes de segurar com firmeza o corpo frágilizado de Viktoria e correr na direção da luz.
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MensagemAssunto: Re: 1º Arco: Ato III da Narrativa de Korina Mitrouli    1º Arco: Ato III da Narrativa de Korina Mitrouli  I_icon_minitime31/5/2023, 22:04

A cada minuto que se passava a sua esperança sumia e o nervosismo aumentava. Em seus braços Viktoria estava à beira da morte e somente você poderia ajudá-la naquela situação mas na procura da saída daquele labirinto de fumaça, era um uivo e a luz que surgia a distância e lhe dava um suspiro de alívio.

Mesmo que você não tivesse certeza se quem tinha uivado era amigo ou inimigo, você não pensava duas vezes, você imediatamente reagiu com um uivo em resposta enquanto corria com Viktoria em seus braços. Cada segundo naquele momento contava e justamente por isso você não poupava nenhum esforço para se aproximar daquela luz que também parecia vir em sua direção.

À medida que você se aproximava, a expectativa para saber se os desconhecidos eram amigos ou inimigos crescia, mas logo essa expectativa sumia pois não demorava muito para o responsável aparecer, ou nesse caso os responsáveis.

Pouco depois de entrar em uma clareira e da fumaça abrandar, quatro lobos extremamente grandes apareciam da floresta. Dentre eles tinham lobos com pelagens diferentes, mas todos exibiam presas e garras extremamente grandes que eram compatíveis com o tamanho anormal deles.

Assim que eles te viam, imediatamente assumiam uma posição ofensiva, mostrando os caninos e rosnando em sua direção, porém, isso mudava quando uma loba de pelo negro surgia por trás. Se a primeira sensação que você sentia dos outros lobos era de perigo, ao ver aquela loba negra você imediatamente a reconheceu e a mesma se movia para corrigir os outros lobos. Pulando na sua frente e se virando para os outros lobos, Grigoria se transformava em sua forma humana e imediatamente falava para os demais.

- Parem imediatamente! Ela é a filhote que falei.

No mesmo momento que a Garou falava aquilo, todos os lobos cessavam a intenção agressiva na sua direção e se aproximavam lentamente, mas ainda sem mudar de forma. Grigoria então se aproximava de você e rapidamente começava a olhar para a Garou em seus braços para perguntar.

- Korina, o que aconteceu? Cadê o maldito? Nós encontramos o Tulu enquanto estávamos vindo e imaginamos que algo ruim tinha acontecido.

Mesmo com as desavenças entre as gregas, você conseguia ver que Grigoria estava com uma legítima cara preocupada no rosto e não pensava duas vezes em ajudar. Assim que Grigoria começava a analisar a loba, você conseguia ouvir as suaves vocalizações da loba em seus braços à medida que Grigoria tocava e tentava entender o que havia acontecido.
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MensagemAssunto: Re: 1º Arco: Ato III da Narrativa de Korina Mitrouli    1º Arco: Ato III da Narrativa de Korina Mitrouli  I_icon_minitime3/6/2023, 11:12

Inquieta e sem saber ao certo o que fazer eu me agarrava com todas as forças na pequena fagulha de esperança que os uivos e luz significavam, correndo com a maior velocidade que eu conseguia e seguia naquela direção.

O medo de estar indo de encontro a novos inimigos parecia me perseguir, mas numa tentativa de deixa-lo para atras eu corria, era a única coisa que eu podia fazer e era exatamente o que estava fazendo naquele instante.

O ar puro da clareira quase me fez tossir, mas a preocupação e a falta de tempo me impediam, parando abruptamente eu olhava em volta a procura de um caminho ou dos donos dos uivos escutados a pouco tempo, e para minha surpresa logo quatro enormes lupinos se apresentavam, suas cores variadas me deixavam em alerta, principalmente quando estes se apresentavam de forma ofensiva.

Recuando alguns passos eu me colocava sobre três patas rosnando baixo enquanto minhas orelhas iam para trás e meu pelo se eriçava de forma defensiva, tentando parecer maior do que realmente era instintivamente eu me preparava para lutar se houve a real necessidade disso.

“Malaká!”

Os movimentos de uma loba negra me faziam abrir a guarda, era impossível não reconhecer Grigoria e com isso minha postura mudava, ali quando ela voltava a forma humana e impedia o ataque eu me colocava novamente em pé, aproximando-me eu colocava com cuidado o corpo de Viktória no chão.

Atenta ao meu redor eu voltava meus olhos para a mulher a minha frente apenas para responder como uma palavra em grego, afinal saber que aquela forma não era a melhor para conversar me deixava inquieta, mas Viktória começava a vocalizar um pouco e isso era um sinal de que ela ainda não havia parado de lutar.

– Nekrós.

Dizia ao apontar para Viktória indicando que ela havia feito o trabalho, ainda tentando fazer com que Grigoria entendesse a situação era com cuidado que tomava uma das mãos dela para colocar em cima do lugar que eu sabia onde a maior ferida havia sido feita na combatente.

“Se eu sair dessa forma, não posso garantir que consiga voltar... Pelo menos assim eu ainda não sinto o cansaço...”
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MensagemAssunto: Re: 1º Arco: Ato III da Narrativa de Korina Mitrouli    1º Arco: Ato III da Narrativa de Korina Mitrouli  I_icon_minitime9/6/2023, 00:42

Colocando a loba no chão, Grigoria se abaixava para analisar a situação e com sua ajuda ela facilmente conseguia ver o ferimento. Ouvindo seu breve relato enquanto tentava entender a situação de Viktoria, a grega em forma humanoide se demonstrava claramente confusa e desconfortável com alguma coisa. Por um momento ela ficava em silêncio, apenas observando até que um dos lobos atrás dela se aproximava e faziam a Garou humana virar o rosto para falar.

- Eu não entendo Ulf, porque ela está assim…

Com a aproximação do lobo e com a situação já controlada, você finalmente parava para ver os lobos que havia encontrado. Todos eles eram muito maiores do que qualquer lobo, talvez até mesmo maiores do que você em sua forma humana. Além disso, todos eles tinham uma aparência brutal, com caninos extremamente avantajados e saltando da mandíbula, porém, dentre todos eles, o que se aproximava era o maior e mais forte.

Apesar da pelagem laranja bem espessa, era possível ver o quão musculoso era aquele animal, mas o que mais chamava a atenção não eram os caninos, as garras ou o tamanho dele e sim uma coleira que o mesmo usava. Sim, uma coleira de cachorro.

Se aproximando lentamente, o lobo gigante abaixava a cabeça até o ferimento de Viktoria para cheirá-la por inteiro. Saindo do ferimento e indo até a cabeça da loba ferida, ele cheirava mais uma vez até que ela mostrava as presas e fazia o lobo recuar. No entanto, a reação do lobo não parecia esclarecer muita coisa e fazia Grigoria ficar ainda mais confusa.

- O que aconteceu? Nós precisamos fazer algo se não ela…

À medida que a grega falava, ela começava a se inclinar para pegar a loba nos braços até que o lobo ao lado erguia a pata para bloquear a ação da mulher. Surpresa, Grigoria ficava mais uma vez sem reação e apenas observava, os outros lobos se aproximarem.

Enquanto o primeiro lobo assumia uma posição relaxada, como se estivesse sentado, os outros lobos iam até Viktoria para lamber o rosto dela e em seguida se sentarem em uma forma de semicírculo ao redor dela e bem à sua frente. Logo em seguida, um depois do outro, eles erguiam o focinho para cima e soltavam mais um longo uivo.

Dessa vez você sentiu um profundo tom melancólico naquele uivo. Diferente dos demais que havia ouvido até então, aquele coro te fazia sentir a dor da perda e ao olhar na direção de Grigoria você notava que lágrimas escorriam pelos olhos da mulher.

- Era isso que você buscava e foi o que encontrou…

No mesmo tom melancólico a mulher pronunciava aquelas palavras para então ficar em silêncio e ouvir o som dos lobos atrás dela. Um atrás do outro, sem parar, os lobos continuavam uivando por um longo tempo e a cada uivo você via que Viktoria ficava cada vez mais fraca até que ela parava de se mover por completo e os lobos também paravam de uivar.

Assim que os uivos cessavam, você notava que a luz da lua sob vocês se intensificava e algo começava a sair do corpo da loba caída. Começando com um pequeno rasto de poeira branca, você logo percebia que aquilo era muito mais do que poeira ou resto de pelo saindo da loba, afinal, ela começava a literalmente se dissolver em um pó branco que brilhava e subia em direção a lua. Sem poder fazer mais nada, Viktoria sumia diante dos seus olhos, ascendendo aos céus guiada pela luz da lua e deixando vocês.

Por alguns minutos Grigoria e os demais lobos ficavam calados, até que Grigoria começava a se levantar para, em seguida, limpar os olhos do resto das lágrimas e enfim falar.

- Devemos voltar por agora. Quando chegarmos no abrigo irei explicar o que aconteceu… mas saiba que isso não é culpa sua, Korina. Ela era uma guerreira e o desejo dela sempre foi morrer como tal.

Ao terminar de falar, a mulher esperava pela sua resposta antes de se virar junto dos outros lobos e seguir o caminho de volta.
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MensagemAssunto: Re: 1º Arco: Ato III da Narrativa de Korina Mitrouli    1º Arco: Ato III da Narrativa de Korina Mitrouli  I_icon_minitime10/6/2023, 17:09

Dando espaço para que Grigoria pudesse entender o que havia acontecido eu me mantinha em silencio, ainda assim era aproximação do grandioso lobo avermelhado que me fazia cravar as garras no chão demonstrando certa impaciência. Era claro que a grega a minha frente estava se esforçando, mas o tempo de Viktória estava se tornando cada vez mais curto.

Quando o grande lobo se aproximou para farejar a loba caída, eu abria espaço atenta, a coleira canina em seu pescoço me gerava questionamentos, que naquela forma e situação eram impossíveis de serem feitos, principalmente diante do que estava acontecendo a Viktória.

Um som seco era solto por minha garganta enquanto o lobo a farejava, ainda assim eu evitava movimentos bruscos ou ações agressivas, o cansaço da noite conturbada começava a cobrar seu preço e eu precisava me manter em atenta.

“Droga! Estamos perdendo tempo aqui!”

Me arrumando nas quatro patas quando Grigoria fazia menção a pegar o corpo de Viktória no chão, era com dificuldades que evitava o rosnado quando aquele que parecia atender pelo nome Ulf a impedia, era os movimentos dos outros lobos que me chamavam a atenção e em respeito eu permanecia quieta, ainda assim quando os outros lobos assumiam suas posições e o melancólico primeiro uivo se fazia ouvir a compreensão do que estava acontecendo só se revelava com as palavras de Grigoria.

Sentando-me eu abaixava a cabeça enquanto a tristeza assumia seu lugar em meu coração, a luz lunar que parecia nos acompanhar brilhava mais forte e o desvanecer do corpo de Viktória me inundavam de uma dor quase incompreensível.

“Ela teria ido sozinha no final, teria morrido sozinha e esmagada por aquele monstro...”

Sentindo o quente das lagrimas silenciosas que escorriam por minha pelagem contrastar com o frio noturno, era com um breve aceno que concordava com Grigoria, não havia sobrado corpo da garou para ser levado, ainda assim era um vazio pesado e amargo demais.

Levantando-me ao lado de Grigoria eu acenava de maneira simples a suas palavras, por mais que compreendesse o que havia acontecido e os desejos de Viktória, era a figura de Layla que ainda me assombrava e aquela noite pareceria que eu simplesmente nunca conseguiria me livrar completamente da figura distorcida da minha irmã de criação.

Balançando a cabeça para afastar as lagrimas eu olhava por uma última vez o local em que Viktória estivera até pouco tempo atrás, antes de indicar a Grigoria que eu estava pronta para segui-la.
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MensagemAssunto: Re: 1º Arco: Ato III da Narrativa de Korina Mitrouli    1º Arco: Ato III da Narrativa de Korina Mitrouli  I_icon_minitime11/6/2023, 22:54

A dor da perda tomava conta de todos e principalmente de você que havia compartilhado dos últimos momentos que a guerreira grega havia vivido, mas mais pesada do que essa dor era a culpa que você carregava pelo que havia gerado aquela situação. Layla mais uma vez tinha conseguido tirar algo de você, algo que você nem mesmo tinha criado um vínculo tão grande, mas que tinha sido o suficiente para te machucar.

Enquanto as lágrimas escorriam pelo seu rosto, Grigoria também compartilhava daquela sensação enquanto os lobos finalmente cessaram a canção de uivos da partida de Viktoria. Assim que ela era levada pela lua, os lobos olhavam uma última vez para os céus, e se viravam para começar uma lenta caminhada de volta pelo caminho que vieram.

Assim como você, Grigoria tomava um pouco mais de tempo e ao terminar seu momento de luto, a mulher se levantava, limpava o rosto das lágrimas que havia deixado cair e lhe indicava o que iria acontecer. Quando você enfim sinalizava que havia entendido, a grega que tinha sido uma espécie de mentora até então, se virava para também começar uma caminhada na direção que tinha vindo.

Seguindo a grega, você começava a sair da clareira, porém, fazendo uma pausa para relembrar dos últimos momentos de Viktoria, você se voltava mais uma vez para o local onde o corpo dela estava e encontrava algo que não esperava. De pé em sua forma humana, porém bem mais jovem, a guerreira te olhava em uma postura imponente, trajando uma armadura ornamentada e apoiando o cabo do grandioso machado duplo no chão.

Apesar de parecer muito real, a mulher aparecia com uma cor não natural. Totalmente branca, quase translúcida, e com um brilho ao redor que relembrava a lua, ela te olhava com um sorriso confiante e um olhar penetrante para então falar algo baixinho, mas que você ainda conseguia escutar.

- Leve-a de volta à nossa tribo.

Mesmo que baixa, você conseguia distinguir aquela como a voz de Viktoria, porém, antes que pudesse fazer qualquer pergunta para a mulher, você notava que uma segunda mulher aparecia por trás dela. Também vestindo uma armadura, a mulher aparecia tocando no ombro de Viktoria, fazendo-a desviar o olhar e desaparecer.

Ao mesmo tempo que elas desapareciam, uma forte rajada de vento batia contra o seu rosto, fazendo até mesmo um barulho que relembrava o uivo de um lobo e carregando as imagens das mulheres. Porém, após o vento passar, algo permanecia no local onde Viktoria havia aparecido: o machado dela!

De alguma forma o machado da guerreira havia ficado na mesma posição que ela segurava: com o cabo apoiado no chão e completamente imovel, como se ela ainda estivesse segurando. Além disso, olhando direito, você notava que o machado não tinha aquela coloração estranha e parecia ser de fato um machado e não uma ilusão.
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MensagemAssunto: Re: 1º Arco: Ato III da Narrativa de Korina Mitrouli    1º Arco: Ato III da Narrativa de Korina Mitrouli  I_icon_minitime13/6/2023, 16:12

O silêncio que tomava a clareira me fazia sentir o vazio das perdas, naquela noite eu havia perdido o pouco que no último ano conseguirá conquistar com muito esforço, e por mais que o tempo ao lado de Viktória tivesse sido curto, até sua vida havia sido perdida, com isso o vazio dava lugar a culpa, afinal era a figura de Layla a grande causadora de tantas dores e destruição.

Era esse peso que se abatia sobre meus ombros nos breves momentos de silêncio ao lado de Grigoria, quando a mulher ao meu lado por fim se recuperava o suficiente eu me levantava, ainda insegura sobre o que aconteceria dali para frente.

“Quanto mais coisas eu vou perder?”

Sentindo o peso da nova vida que o destino me reservava, eu olhava para onde deveria existir o corpo de Viktória, ali em meio a tantas surpresas da noite eu me via surpreendida novamente. A guerreira que havia caído a pouco tempo se apresentava jovem e forte, trajando uma armadura e em posse de sua fantástica arma.

“Viktória!”

A translucidez da figura altiva da mulher me deixava claro que aquilo poderia ser só uma peça da luz lunar, mas as palavras carregadas pela brisa e o som longicuo do uivo assim como a segunda presença me diziam que aquilo não era um sonho, deixada ali sozinha novamente meus olhos não podiam ignorar o gigantesco lábrys deixado em pé.

Respirando fundo eu me colocava de pé nas patas traseiras, andando até a arma era com cuidado que tocava no cabo desta para com cuidado segurar com firmeza o cabo de madeira, afim de segurar a arma impedindo-a de cair no chão.

– Farei sua última vontade irmã.

Rosnava baixo em respeito a antiga dona daquela arma, voltando a cabeça para a direção que todos haviam seguido, eu respirava ao colocar a lâmina do labrys por cima do ombro e apressar o passo na direção de Grigoria e os outros lobos.
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MensagemAssunto: Re: 1º Arco: Ato III da Narrativa de Korina Mitrouli    1º Arco: Ato III da Narrativa de Korina Mitrouli  I_icon_minitime24/6/2023, 21:17

Em silêncio, você apreciava a última aparição de Viktoria e da desconhecida guerreira que deixavam a poderosa arma que a Garou empunhava. Deixando Grigoria e os demais lobos seguirem o caminho, você se virava e começava a andar de volta na direção do machado duplo.

Se aproximando da arma, você notava que ele estava apenas apoiada com a ponta do cabo no chão mas nada o prendia para fazê-lo ficar naquela posição. Ainda assim, o machado estava firme e não exibia nenhum sinal que iria tombar. Com cuidado, você se abaixava e colocava suas duas enormes mãos peludas no machado e ao puxar você sentia uma resistência inicial.

Não se deixando abalar pela resistência que encontrava para levantar a arma, você se apoiava corretamente e fazendo um movimento forte você finalmente conseguiu sacar a arma da posição mágica que estava. Com o machado em mãos, você o erguia com dificuldades por conta do tremendo peso daquela arma. Muito mais pesado e difícil do que você poderia esperar, a imponente arma se mostrava um desafio à parte, mas ao segurar aquela arma você conseguia sentir uma força incomum emanar dela.

De alguma forma a arma em suas mãos parecia responder ao seu toque e as palavras que você tentava pronunciar em sua forma de combate, mas que novamente eram apenas rosnados. Ainda que você não conseguisse se expressar verbalmente da forma que queria, a arma em suas mãos entendia e, como um toque de mágica, o peso do machado sumia.

A mudança drástica de peso quase te fazia cair para trás, mas sem muita dificuldade você conseguia se equilibrar e enfim tomar o seu rumo para seguir os demais Garous que já começavam a se distanciar. E por falar em Garous, praticamente na mesma hora que você começou a andar, Grigoria falava e se virava para ter a surpresa.

- Korina, nós vamos… Korina!?

A Garou começava a falar achando que você estava a seguindo, porém ao perceber que você estava bem mais atrás ela chamava seu nome uma segunda vez e se virava para olhar você segurando a Labrys.

- Por Gaia! Korina, onde você conseguiu isso!

A reação de Grigoria era genuína e audível, o que fazia todos os outros lobos se virarem para entender o que estava acontecendo. Nesse meio tempo, a grega se aproximava de você para observar a arma e continuar a perguntar.

- Esta é a Labrys de Isthmene? Como ela veio parar nas suas mãos? A última guerreira que a carregava era… a Viktoria!

Enquanto Grigoria estava claramente empolgada por estar vendo a arma que Viktoria empunhava, os demais lobos encaravam vocês em silêncio e com curiosidade, mas sem fazer nenhuma intromissão na conversa e apenas esperando a resolução da mesma.
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MensagemAssunto: Re: 1º Arco: Ato III da Narrativa de Korina Mitrouli    1º Arco: Ato III da Narrativa de Korina Mitrouli  I_icon_minitime

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