Ato VIII - Até Logo, parte I

A chegada ao Malefice acontecia em torno das nove horas da noite. Vocês naturalmente escolhiam por adentrar pela galeria e após as saudações já esperadas as queridas faces que lá habitavam, era finalmente chegada a hora de apenas você e Evangeline. Sua musa pediu por alguns minutos, afinal ela ainda estava a usar o vestido da noite passada, assim ela se despediu brevemente para ir até o quarto dela.

Restou à você então uma entrada solitária em seu quarto, já haviam se passado duas noites des de seu ultimo adormecer ali! Algo bem raro e que a ajudava a já imaginar uma despedida tranquila daquelas paredes que a protegeram por tantos anos... Assim você adentrava o quarto, para ser surpreendida por uma mobília inteiramente nova! Só para variar, uma típica obra de Thesa que já havia se enraizado profundamente em seu coração e de lá ninguém a tiraria.

Tomando seu tempo para conhecer seu novo quarto, alguns minutos se passaram e você ainda aguardava por Eva. Uma espera que felizmente não tardou, pois a porta que separava seus dormitórios era aberta e por ela adentrava a sua linda musa. Com um vestido novo, era um corte diferente e não parecia ter sido feito por nenhuma mão que você conhecia. Entretanto, o mesmo parecia carregar uma certa nostalgia, aquele tom de azul era a cor favorita de Bernard, o amado sobrinho de Evangeline!

-Mon amour...

Cantarolava Eva ao adentrar no quarto, a linda loira estava com os cabelos soltos e umedecidos, descalça e claramente sem nenhuma outra peça de roupa além do vestido. Suavemente ela caminhava na direção da cama e lá ela se deitava.

-Venha aqui, me ame um pouquinho e me diga. Por onde vamos começar? Pelo Lorde ou pelo Cello?! Mas por favor, me dê um pouquinho do seu carinho e me responda algo importante...

Aguardando a sua aproximação, ela sorridente a questionava.

-Eu ainda sou o seu maior amor querida? Eu sei que você nunca seria capaz de deixar de me amar, mas eu entenderia se a nossa relação acabasse por mudar sabe? Afinal eu era o sopro de juventude e instabilidade que tua alma precisava... Não pergunto isso por insegura, pergunto apenas para saber me posicionar. Eu também estou aprendendo o que é verdadeiramente amar alguém e sei que sinto isso por ti, por Fredy e inesperadamente pelo teu irmão. Ainda é correto chamá-lo assim? Me responda isso e puxe o assunto seguinte está bem? Faremos disso a nossa dança particular e intima...

Foi com alegria que Pietra cumprimentou todos aqueles que faziam parte da vida cotidiana da Galeria, ali havia sido por muito tempo seu refúgio e casa, agora seria a casa de Caroline e isso deixava a italiana feliz.

Se separando de Eva para que está pudesse se trocar, Pietra sorriu de forma carinhosa ao entrar em seu quarto, a nova decoração claramente feita por sua Theresa a surpreendeu, assim como o espaço que a jovem aos poucos conquistava em seu coração.

“ Enzo vai ama-la! Tenho certeza que vai!”

Retirando os sapatos para deixa-los ao lado da porta, Pietra passeou por seu novo quarto se acostumando com a decoração deste, fazia duas noites que não repousava ali, e de certa forma isso não incomodava a cainita em nada.

A presença de Eva em seu belo vestido fez Pietra suspirar, sua Musa parecia nunca se cansar de encanta-la com sua beleza. Sorrindo a italiana a viu subir na cama, retirando o casaco e as meias Pietra a seguiu para se deitar em seus braços ouvindo-a atentamente.

- Mia Belezza. Sempre serás meu sopro de juventude, és minha tempestade e aquela que me anima todas as noites. Não creio que seja mais correto chamar Alfie de meu irmão, não depois da noite anterior Bella. Sei que será estranho o começo, mas confio que logo estaremos os quatro entrosados.

Comentava a cainita ao beijar de leve sua amada, arrumando os travesseiros Pietra se deitou enrolando suas pernas as de Eva com carinho, usando os pés para sentir o toque da pele de sua amada a italiana suspirou com o conforto.

- Huummm porque não começamos com nosso Lorde? Ele parecia desesperadamente faminto esse começo de noite. O que você fez com ele Bella?

Evangeline sorria após receber aquele suave beijo dado por ti, mantendo o sorriso alegre ela ouvia suas palavras e gentilmente, usava uma das mãos par puxar as suas pernas para mais perto e ajustá-las ali sobre ela.

-Certo, vamos falar do nosso Lorde! Nada de esconder o rosto ou com crise de vergonha mocinha! Foi especial!

Comentava a francesa com um sorriso maroto na face, animada ela mordiscava o próprio lábio e fechava os olhos para começara contar em seguida:

-Tudo começou quando nós entramos no meu quarto, ele parecia nervoso e até bem seco comigo, respostas rápidas e pouca atenção dada entende? Mas quando entramos no quarto, decidi atacar. Não sei porque, mas aquela postura dele me irritava e eu usei minhas garras para talhar uma ferida na face de Fredy! Ele me olhou incrédulo e assustado! Pressionei o homem, exigindo explicações e ele finalmente se declarou, foi lindo! Chorei feito uma boba...

Ela abria os olhos e exibia um doce e aprazível sorriso.

-Foi ai que nós começamos, ordenei a ele que deitasse na cama e tirasse as roupas. Subi ainda totalmente vestida e comecei a dançar na frente dele, tirando peça por peça. Vendo ele se retorcer de vontades e desejos, me diverti enquanto me exibia aos olhos de Fredy... Sorte dele que eu não uso muitas roupas né!

Ria a francesa que se ajeitava nos travesseiros e seguia contando a história:

-Ele já estava bem duro sabe? Eu sentia com os pés e provocava ele, acho até que peguei pesado! Porque ele literalmente me derrubou na cama e subiu por cima de mim para me morder forte, quase desmaiei com a dor daquela mordida! E com uma voz fraquinha eu disse: "Eu já sou sua Freddy, me deixe amá-lo, seja meu!". E funcionou! Tomei o vitae dele, me alimentei do pescoço, das pernas, dos braços, do pênis... Alias ele não sabe ejacular, achei muito fofo! Tive que aliviar ele literalmente fazendo furinhos que quase mataram o homem de dor e tomar o excesso de vitae da região! Foi um sexo especial, ele se entregou totalmente a tudo que eu queria fazer com ele! Foi por isso que ele ficou tão sem sangue tadinho, eu devorei ele todinho!

Empolgadíssima, Eva seguiu falando.

-No dia seguinte, eu e Luh invadimos seu quarto né! Nossa eu quase morri de tesão quando o Alfie me dominou daquela forma, eu queria que ele me possuísse ali mesmo, mas o malvado só ficou me provocando! Então eu fui até o Fredy de novo, ele estava dormindo quando eu arranquei as cobertas e agarrei com as mãos o pênis dele, o homem acordou assustado e eu engoli ele inteiro! Era divertido ver como ele não sabia reagir! Depois eu montei nele até cansar, usando toda minha força corporal,até os poderes de Caim eu usei! Mas notei coisinhas divertidas! Primeiro, ele sofria por não ser capaz de ejacular. Segundo, o membro dele se modificava por causa do excesso de vitae, ficava mais grosso sabe?! Terceiro, o Fredy pedindo clemência é lindo! E foi assim que ele ficou faminto, eu tive que beber todo o vitae que estava pulsando naquela região!

Eva não poupava nenhum detalhe! Claro que ela evitava alguns palavreados e exageros, mas ela ilustrava tudo com as mãos ou deixava evidente como era divertido para ela atraves de sorrisos. Enfim, ela terminava a história.

-Sua vez!

Ali abraçada a Eva, Pietra sentia todo seu corpo relaxado e feliz, o cuidado de sua musa de ajeitar as pernas entrelaçadas arrancou um suspiro leve da italiana, puxando umas das mechas douradas a cainita ficou ali brincando de enrola-la nos dedos.

- Prometo bobinha!

Brincando com a mecha de Eva, Pietra ria conforme sua musa contava a história, descobrir que Friedrich tinha problemas para se aliviar fez com quem uma onda de pena tomasse Pietra, afinal aquilo deveria ser bem incomodo, apesar de Eva ter claramente resolvido o problema com suas presas.

- Isso explica porque ele estava tão exausto hoje no começo da noite. Tadinho Eva você secou ele! Duas vezes!

Rindo com isso a cianita beijou sua musa se apertando contra os braços dela em um claro pedido de carinho e atenção.

- Bom vejamos. Eu entrei no quarto de Alfie e ele estava se lavando na pia, tadinho ele achou que ia passar o resto da noite sozinho. Nós conversamos um pouco e ele se ofereceu pra cuidar dos meu pés, já que eu tinha tirado os sapatos, foi quando ele estava fazendo massagem neles que eu o abracei e beijei seus lábios.

Começava a cainita sorrindo de maneira suave e feliz, a simples lembrança da forma que havia surpreendido Alfie ainda a fazia rir com carinho.

- Ele pediu para que eu não insistisse porque ele não conseguiria se controlar, eu respondi que não precisava então subi no colo dele, nos beijamos ali no sofá mesmo. Tiramos nossas camisas e ele me carregou até a cama. Bella ele é muito forte, adorei descobrir isso. Deitada ele tirou minha calça e abriu minhas pernas me fazendo bem feliz com a língua e os dedos.

Encarando sua amada de forma suave a cainita sorriu revelando as presas que insistiam em nascer com aquela lembrança ainda viva em sua mente e memória.

- Quando ele me fez gozar, foi minha vez de cuidar dele. Alfonsus não tem nada de pequeno em nada dele, isso incluiu seu pênis, mas você já sabe né! Ele ficou envergonhado de pedir, mas eu fiz questão de engolir tudinho que saiu dele, foi quando nos abraçamos e ele me perguntou se eu estava pronta. Depois que eu afirmei que sim, Alfie me deitou de maneira confortável e me tomou, ficamos trocando beijos enquanto ele me penetrava, mas no momento que o ápice estava perto ele me colocou por cima e fui eu que guiei. Depois que você e Luh saíram do quarto nós tomamos um banho juntos, ele lavou minhas costas e meus cabelos, você tem razão em dizer que ele adora meus cabelos. Só que o bobinho ficou me provocando, antes de sair do quarto eu apertei a bunda perfeita dele e sai correndo pro meu quarto!

Encerrava Pietra rindo sem nenhum remorso por ter provocado Alfonsus daquela maneira.

“ A culpa foi dele! Não mandei me provocar daquele modo! “

- Você viu o beijo entre Alfie e Fredy! Eu amei isso!

Seus olhos castanhos podiam assistir a cada reação que a sua história causava em Evangeline. Já que ali na sua frente ela não fazia os clássicos jogos de sedução e provocação, era cristalina como a nascente de um rio.

Uma feição preocupada era feita quando essa ouvia você contar sobre o começo do seu encontro com Alfie, ela parecia ser capaz de imaginar e até sentir a angústia que o gigante estaria a passar por imaginar passar a noite só.

O avanço da história removia a preocupação e fazia uma felicidade surgir, empolgada ela ouvia cada detalhe e concordava com a cabeça sobre não haver nada pequeno no corpo de Alfonsus. Mas os olhos dela desviavam para suas presas, encantada por elas, Eva as admirava e sem sequer notar também estava a exibir as próprias.

A parte mais intima da história arrancava suspiros de sua Musa, essencialmente quando você mencionava que havia ficado por cima. Terminando com uma risada divertida, ela finalmente falava:

-É sem mais "irmão" nessa história, definitivamente! E é claro que eu vi aquele beijo, nossa! Estou super curioso pra ver Alfonsus tomar Fredy, nossa acho que eu perco a noção de realidade! Aliás, imagina o rostinho do Fredy se ele aprender a se aliviar como o Alfie faz! Ai que lindo!

Eva dizia essas palavras com um tom apaixonado e eufórico, chegando a esconder a face com uma das mãos e rindo baixinho com a própria imaginação.

-Ah Pita, o Alfie foi tão carinhoso contigo! Fiquei com inveja! A primeira vez eu não consegui ir muito, mas teve frenesi. A segunda eu tive que me esforçar muito, haviam muitos muros e limites a serem quebrados sabe? E quando ele me possuiu por trás eu cheguei a ficar com medo dele me quebrar em duas! Antes do jantar foi a melhor, ele parecia mais confortável com o toque sabe? Me deixou até olhar nos olhos dele... O gigante estava com muitas feridas, principalmente a besta dele! Mas fico muito feliz, muito! Mas muito mesmo! Em ouvir essa história... Só deixa eu entender uma coisinha!

A sua musa esticava um dedo para tocar no seu nariz e indagava:

-Você saiu correndo e deixou ele na vontade? Que Deus tenha piedade do seu corpo essa noite!

Brincava Evangeline que caia na risada de novo.

Olhando nas faces de Eva, Pietra entendia cada pequena expressão de sua Musa, sozinhas não havia porque a francesa usar seu charme e joguinhos, isso de certa forma encantava Pietra que conhecia sua amada como ninguém.

“ Temos muito que aprender uns com os outros, ao que parece Alfonsus será uma boa ponte entre nós.”

Rindo ao ver as presas de sua Musa, Pietra sentia a felicidade por ve-la tão animada, afinal havia sido Eva que mais brincara com o gigantesco Cello, a preocupação desta e a forma como falava sobre Alfonsus retirava qualquer medo da italiana sobre a relação dos dois.

- Não de agora em diante não somos irmãos, minha besta ainda o vê como irmão, mas aceitou bem a outra face de nosso Gigante.

Passando a mão de leve sobre os belos cabelos de Eva, Pietra riu com a brincadeira desta, ronronando de leve a cainita sorria feliz.

- Será lindo ver Fredy chegar ao ápice sem nenhuma dor! Acho que se os dois aprenderem um com o outro seremos as mulheres mais sortudas do mundo! Eu não tenho culpa se ele provocou! Nosso Cello não pode me apertar na banheira e achar que sairia ileso!

Abraçando Eva, Pietra deu pequenos beijinhos em seus lábios para responde-la de forma suave e marota.

- Sorte minha que eu tenho uma protetora não é mesmo Bella? Afinal ele é grande e provavelmente consegue lidar com nós duas ao mesmo tempo.

Seus beijos eram todos retribuídos, Eva seguia a sorrir até ouvir a sua frase final, que primeiro atraia a curiosidade da francesa e depois parecia causar uma enorme explosão dentro da mesma.

-Nós duas ao mesmo tempo? Quem é você e o que você fez com a minha delicada rosa?! Aliás, nem responde porque eu adorei!

Dizia a sua musa em frances com sorrisos vibrantes e radiantes! Animada ela não disfarçava as presas expostas e tratava de encher a sua face de vários beijos estalados e divertidos. E em meio aquela felicidade ela parecia finalmente notar algo que fazia os olhos dela brilharem!

-Ele te fez o que?

Com agilidade ela pulava na cama, não indo para longe mais sim se sentando sobre as pernas e com elas viradas na sua direção. De tão animada ela chegava a bater algumas vezes de mão aberta contra as próprias coxas.

-Eu sei que você passou por mudanças, tem a sua besta que Eddie me explicou. Notei que seus cabelos estão diferentes e que sua respiração automática voltou. Mas quando você fala em gozar... Não tá molhando só com vitae?! Meu deus eu tenho uma deusa do meu lado! Uma deusa, um gigante e um lorde! Eu morri e ninguém me avisou?

Rindo como poucos vezes você havia a visto rir em todos esses anos em Berlim, Eva se atirava contra os seus braços para poder simplesmente a envolver com um amoroso e forte abraço.

-Minha vida, meu amor! Vamos juntas enfrentar o gigante, tadinho ele não sabe o que o espera! Aliás, lembrei de outra coisa que queria te falar a várias noites! Mas você não parava quieta, brincando de anciã pra cima e pra baixo!

A linda francesa de cabelos dourados então sussurrava no seu ouvido:

-Eu só queria dizer que... eu sinto muito por todos os exageros que cometi. Você mudou, é mais humana.... E eu também mudei, aprendi a amar!

Os beijos de Eva sempre faziam o coração de Pietra se perder em amor, mas ali a felicidade e curiosidade desta a faziam rir. Fazendo um pequeno gesto de que manteria a boca fechada, Pietra ria com seu amada.

Sentando-se na cama a cainita observava toda a animação de sua Musa, mas ter seu pequeno segredo descoberto daquela maneira fez Pietra gemer de vergonha e tentar se esconder no colo de Eva.

- Ele viu que eu estava com vontade e apertou minha bunda pedindo que eu aguentasse por mais tempo.

Comentava Pietra ao olhar de leve para sua Musa com carinho, voltando a sentar esta riu com Eva e sua animação.

- Nem eu sei ao certo até a onde vão essas mudanças, mas posso garantir que foi constrangedor quando nós dois descobrimos que não era sangue. E sim faremos uma surpresa digna para nosso gigante, afinal ele merece e ficaremos por um tempo sem ele.

Sorria a italiana com carinho, conversar daquela forma com Eva era um passatempo maravilhoso, Pietra havia sentido falta daquilo, mas imaginava que aquelas conversas se tornariam mais frenquentes.

“ Eva cresceu muito nos últimos dias, eu também mudei. Espero que nós duas possamos nos adaptar a isso e continuar juntas.”

O abraço e as palavras de sua Musa, arrancaram um suspiro de Pietra, puxando Eva para si a italiana beijou o mar dourado que eram os cabelos de Eva com carinho.

- Sempre serás minha luz Bella, me desculpe se te exigi muito sem pedir. Mas lembre-se sempre, eu te amo e estou aqui para você.

Ela pulava sobre a cama, ficando de pé sobre a mesma e sendo ousada ao ponto de atender a ligação:

-Boa noite, você ligou para o telefone de Pietra Rafaldini, ela está ocupada agora me amando, gostaria de deixar algum recado?! Ah sim, claro...QUEM? REPETE SEU NOME! QUE? Mentira! Sério? Tá eu vou abrir uma exceção! Nossa você tem uma voz bonita...

As expressões de Evangeline variavam drasticamente. Inicialmente ela parecia se divertir e pouco se importar com quem conversava com ela do outro lado da linha. Mas algo era dito e ela tomava um enorme susto! Empolgadíssima ela não poupava os gritos e os saltos sobre a cama, finalmente ela te entregava o telefone:

-Pietra... é seu irmão mais novo!

Presa nos olhos claros de Eva a italiana simplesmente sorria, não havia nada que aqueles olhos não pedissem a Pietra que está não lutaria para dar a sua amada, afinal Eva era sua mais amada tempestade.

“ Minha Bella, como eu te amo. Te amo com todos seus defeitos e qualidades.”

Ouvindo cada palavra de sua Musa, Pietra suspirou ao primeiro toque de Eva, os beijos e as caricias fecharam os olhos da italiana que aproveitava cada pequena demonstração de amor entre as duas, abraçando Eva de encontro ao seu corpo a Pietra riu feliz quando seu ombro foi exposto pela mulher, os beijos e mordidas ali depositados arrancaram um leve ronronar da italiana.

Ali abraçada a sua Musa, Pietra sentia o perfume desta com vontade amor, quando suas palavras marotas foram escutadas a italiana riu com a proposta.

- Eu adoraria receber ele assim, mas ele quer conhecer o lugar, não só nossa cama Bella. Eu nunca vou me esquecer de você Evangeline, nunca mio amore.

Rindo quando sua Musa pulou para fora da cama correndo até seu celular, curiosa Pietra não se opôs quando Eva atendeu brincando daquela maneira, sentando-se na cama a italiana viu sua besta e Musa pularem alegres na cama antes que está lhe estendesse o telefone dizendo finalmente quem era.

Então foi a vez de Pietra pular feliz, rindo com isso a italiana se sentou na cama puxando Eva para se sentar junto, fazendo um sinal para que está ficasse em silencio Pietra apertou o botão de alto falante para enfim falar.

- Yer é você mesmo?

-Sim, sou eu mesmo! Fazem muitos anos irmã!

Eva arregalava os olhos, afinal, era de fato o seu irmão mais novo do outro lado da linha. Você identificava imediatamente o italiano diferenciado do rapaz, afinal ele havia o aprendido com um tutor de veneziano ainda na Inglaterra. Uma linda mistura do italiano de florença com o de veneza, assim ele seguia a falar:

-Alfonsus me entregou ontem esse número, afirmando que eu deveria ligar quando me sentisse confortável... Aquele cabeça de vento não me deu contexto algum! Está tudo bem, foi o que ele me disse! O ar rarefeito por passar muitos anos naquela altura toda devem ter feito ele... Desculpa, estou bastante nervoso! Pietra...que saudade de ti irmã! Ainda está ai?!

Eva não se aguentava e dizia:

-Ela está sim, mas só fala uma coisinha rápido enquanto sua irmã se recompõe! Diga: My beloved Evangeline, no seu melhor inglês!

O homem respondia inocentemente do outro lado:

-My Beloved Evangeline...

Eva quase derretia em um lindo suspiro seguido de uma queda sobre a cama com as mãos sobre a face. Afinal, o inglês britânico de seu irmão era de fato uma maravilha! Fora que a voz dele era muito mais linda do que você se lembrava!

-Pita?! Está tudo bem? Eu sei que esse número é de Berlim, soube que coisas terríveis ocorreram ai!

O som da voz de Sebastian fez lagrimas escorrerem pelo rosto de Pietra, aquela voz fazia seu coração vibrar da mais pura saudades e amor, afinal Sebastian havia sido um raio de luz na solidão.

Rindo enquanto as lagrimas escorriam, Pietra não se importava ao se deliciar com cada pequena palavras de Soyer, a forma com a qual ele reclamava de Alfonsus lhe era tão familiar e gostosa.

“ Meu bambino! Ele me ligou! Ahh Yer como eu quero te abraçar!”

O som que até então não conseguia escapar de Pietra, se soltou em uma longa risada quando Eva se deitou na cama devido ao sotaque maravilhoso de Sebastian, ainda rindo a cainita beijou sua musa com carinho.

- Estou aqui Yer! Me desculpa eu não consegui conter as lagrimas mio bambino! Sim esse é um numero de Berlim mio amato, e por felicidade do destino estou bem. As noites passadas foram pesadas, mas agora está tudo em paz!

Comentava a cainita dando o telefone para que Eva o segurasse, puxando a cabeça desta para seu colo Pietra sorria de forma natural, um sorriso carinhoso e saudoso.

- Yer mio fratello! Quero tanto te abraçar, tenho tanta coisa pra te contar mio amato, tanta! Quando você vem me visitar?

Eva apoiava a cabeça em suas pernas e segurava o telefone com a mão direita, mantendo-o a uma boa altura para que vocês duas pudessem falar e ouvir as palavras de seu querido irmão mais novo.

-Não vale chorar! Se não eu também começo e já era a ligação!

Afirmava o homem do outro lado da linha, Eva escondia a face mais uma vez, agora só com a mão esquerda. Ela claramente segurava o choro de felicidade por aquele momento especial.

-Ah, Pita! Saudades não definem a falta tu que me faz! Estou agora a espera de uma reunião em Veneza, aparentemente sou o novo Justicar Toreador! Dá pra acreditar? Eu queria ir te visitar agora! Chegaria amanha e entraria em fascínio a noite inteira, sem nenhuma vergonha! Seria maravilhoso! Soube que finalmente removeram aquela injusta punição sobre teu nome, Alfonsus me explicou algumas coisas. Mas Elsa não parou de tagarelar! Fico feliz que ela tenha aceitado minha dica! Faremos assim, prometo ir à Berlim em Dezembro! Passaremos o natal juntos! O que acha?

Eva quase derrubava o telefone! Rindo animada, sussurrando sim várias vezes como se implorasse pela sua resposta.

Enxugando as lagrimas que teimavam em escorrer, Pietra ria feliz com as palavras de seu amável irmão, beijando a testa de Eva, a italiana se segurava para não pular ou fazer barulho e estragar aquela linda ligação. Já a besta pulava e corria pelo quarto animada e feliz, ela mais do que nunca queria causar inúmeros fascínios em seu irmão só para morde-lo e sair correndo.

- Ah Yer! Isso não vale, que culpa eu tenho se você sempre foi meu anjinho! Tudo bem sem choros, mas por favor diga que me ama porque eu sinto tanta falta disso!

Comentava a italiana ao segurar o riso de felicidade, até mesmo o choro alegre de Eva era belo e maravilhoso quando a voz de Sebastian estava presente.

“ Esses dois vão se amar! Vão se grudar como carne e unha e vão ser lindos irmãos! “

Ouvindo as palavras de seu amado e irmão Pietra acenou positivamente com a cabeça, mesmo sabendo que este não a veria.

- Sim Elsa deve ter movido mundos para retirar essa acusação! Eu fui a dama dela no Baile de Coração e até ganhei uma linhagem dentro do livro Yer! Quero tanto te apresentar a meus filhos! Esse natal será maravilhoso! Se você não vier eu vou te buscar mio bambino e te deixo sem presente e roubo seu nariz! Juro que faço Yer!

Respondia Pietra antes de beijar Eva nos lábios rindo de felicidade, voltando-se para o telefone está sorria ao pedir para o irmão.

- Agora diga que acha a Eva linda com seu melhor sotaque inglês Yer! Ela vai amar isso.

Eva ria adorando o que ouvia, fechando os olhos para receber o seu beijo, ela tinha que se segurar para não sair pulando feliz pelo quarto! Soltando até alguns gemidos abafados, agudos e delicados, que indicavam extrema alegria.

-Me escute bem senhorita Pietra Rita Rafaldini. Eu a amo profundamente e com todo meu coração! Sempre! E saiba que eu tenho três proles! Duas delas são harpias na Toscana e a outra, minha querida Nina está para ser aceita sob a tutela da Madame! Aliás eu a amo tanto, que irei sim estar presente nesse natal! Não precisa ameaçar meu nariz!

Tomando um tempo para conter as próprias risadas alegres, Sebastian enfim voltava a falar em inglês:

-Minha linda Evangeline, já me encanto por tua voz. Anseio pelo nosso encontro para poder homenagear a tua beleza e deleitar-me-ei nos incontroláveis fascínio pela sereia que ama minha querida irmã.

Era uma declaração tão linda que arrebatava Eva! A face dela ficava paralisada e perdida dentro do fascínio sonoro que acometia as serais, a sua musa adentrava um fascínio lindo que era acompanhado por um chorar feliz.

-Acho que exagerei! Mas é tudo verdade! Irmã, fico muito feliz de verdade em poder finalmente encontrá-la! Me aguarde está bem? Tenho que ir agora, serei coroado Justicar! Me deseje sorte!

A felicidade compartilhada com sua Musa fazia Pietra rir, ambas estavam exultantes devido aquela ligação inesperada e todo o carinho de Sebastian apenas reforçava ainda mais a alegria das cainitas.

“ Ele não mudou nada! Continua sendo mio bambino angelical e fofo!”

- Isso não foi uma ameaça Yer, foi uma promessa! Ah mio amato esse natal será magnifico, posso te prometer! Quero tanto conhecer suas filhas.

Fazendo carinho nos cabelos de sua musa, Pietra ouviu a bela frase de seu irmão dita em seu melhor inglês, para a surpresa e amor da italiana Eva sucumbia aos raros fascínios das sereias, sem se importar Pietra beijou-a nos lábios segurando o choro alegre que escorria por seu rosto.

- Passou um pouquinho sim, mas ela vai amar te fazer pagar na mesma moeda mio amato! Eu sei que é verdade Yer, eu sei que é. Agora se cuide direito, nós manteremos contato devido ao nosso gigante de cabeça de vento. Boa sorte mio amato fratello.

Se despedia Pietra com carinho de seu adorado irmão mais novo.

-Finalmente poderei ver a chuva sem ter a vontade de chorar... Deus como é bom ouvir a tua voz irmã! Até logo e que esse logo venha rápido!

Despedia-se o homem do outro lado da linha. A ligação enfim terminava e o silêncio só não tomava conta do quarto por causa do choro alegre e contido de Evangeline, totalmente entregue ao fascínio que as seriais sofriam, aquele efeito cacofônico inexplicável que vinha através de fontes sonoras e arrebatava toda a vontade e a força delas. Eva era fortíssima contra esses estímulos devido ao caminho de moral que trilhava, todavia a felicidade era incontrolável e a francesa se entregava à sensação por vários minutos! De olhos fechados, um largo sorriso na face e algumas lágrimas a escorrer dos olhos:

-Ele quer se fascinar pela por mim!

Murmurava Eva várias vezes durante aquele longo e maravilhoso encantamento. A frase de seu irmão parecia ecoar em um looping perfeito dentro da mente de sua amada. Assim você teve tempo suficiente para fazer o que quisesse com a tua musa, até ela finalmente começar a se recompor quando uma suave batida à sua porta se fazia presente.

-Pietra? Boa noite, um convidado acaba de chegar. Albert o levou para o seu escritório e me pediu para vir chamá-la...

Era a voz de sua vassala do outro da porta, mas ela não adentrava o quarto demonstrando um enorme respeito, afinal, ela imaginava que você e Eva estavam sozinhas dentro do cômodo.

Rindo com as palavras de Sebatian, Pietra enxugava as lagrimas que teimavam em escorrer por sua face sem permissão.

- Até logo mio amato!

Respondia Pietra antes que a ligação se encerrasse por completo, respirando profundamente a italiana não segurou o riso ao ver Eva entregue ao fascínio, aproveitando-se disso Pietra tirou algumas fotos de sua Musa, afinal era raro sua amada entrar naquele estado já que a música era a causadora do fascínio de uma sereia.

“ Se só a voz dele fez isso, imagina como ela vai reagir ao ver Sebastian pessoalmente?”

Rindo com seus pensamentos, Pietra cuidou para que Eva ficasse o mais confortável possível, deitando-se do lado de sua Musa a italiana ficou ali observando-a com carinho enquanto a mesma frase era murmurada por Bella.

A batida na porta e a voz de Thereza, fizeram Pietra dar um beijo na testa de Eva para se sentar na cama, passando a mão sobre as madeixas douradas desta a italiana sorriu ao sussurra-lhe de forma carinhosa.

- Bella, Alfie chegou. Porque você não se recompõe e nos encontra depois. Eu vou apresentar a Galeria para ele enquanto isso.

Levantando-se com cuidado, Pietra vestiu os sapatos para se retirar do quarto, esperando encontrar Theresa ainda ali a italiana a abraçaria com carinho e amor.

-Está...bem...tenho que...nossa! Encontro vocês em dez minutinhos...

Dizia Evangeline ainda perdida na cama, retornando do poderoso fascínio a linda loira se sentava para ainda levar um tempo para se relocalizar dentro da realidade. Dessa forma, você saia do quarto e era prontamente recebia por Thesa, a jovem com roupas confortáveis sorria alegre e a tomava em um abraço forte.

-Duas noites sem dormir em casa! Já estava ficando com medo de você ter visto a nova mobília e desaprovado! Essa insegurança ainda me mata!

Brincava a jovem que prontamente desfazia o abraço e apontava a direção para o escritório, calmamente andando ao seu lado enquanto dizia.

-É um homem enorme! Bem formoso e pelo jeito que o Albert o tratou deve ser alguém importante, não sabia exatamente como tratá-lo, espero não ter feito nenhuma desfeita. Mas ele parecia surpreso ao me ver, como se eu... Ah, não sei explicar Pietra! Eu deveria me desculpar?

Questionava a jovem quando vocês se aproximavam da porta do escritório, a mesma era prontamente aberta pela figura de Alfonsus. O alto homem as observava com um sorriso na face, mas você podia notar que ele se esforçava para disfarçar uma vergonha, sem saber exatamente como deveria lhe saudar!

-Boa noite... Pita!

Dizia Alfie dando um passo na sua direção e beijando-lhe a face. Thesa parecia finalmente entender o que estava acontecendo e segurava um breve riso, o gigante imediatamente olhava na direção dela. Quase implorando para que ela não risse da vergonha dele.

-Então o senhor é o Alfie que todos estão à falar!

A face de Alfonsus parecia arder em vergonha! Provavelmente os castanhos dos olhos e dos cabelos de Thesa estavam a provocar um efeito poderoso no homem, chegando a causar uma breve paralisar das ações do homem.

-Bem...sim...eu mesmo. É, bem, Alfonsus Masdela Materazzi ao seu dispor senhorita!

Se despedindo de Eva com um leve beijo, Pietra sorriu para sua musa com carinho, afinal sair de um fascínio as vezes levava seu próprio tempo, ainda mais quando se passava tanto tempo sem ser acometido por um.

Do lado de fora do quarto, Pietra não se conteve em abraçar e beijar Thesa com carinho, sorrindo com as palavras desta a cainita passou as mãos sobre os belos cabelos da jovem apertando de leve o nariz desta com as pontas dos dedos.

- Desculpa mia amata, eu tive noites bem agitadas. Eu amei o quarto, ele está simplesmente lindo! Quero que você repita a formula quando nos mudarmos para o castelo. Ok?

Seguindo para o escritório de braços dados com Thesa, Pietra riu com a clara descrição de Alfonsus, ouvindo sobre a pequena confusão ali a italiana levantou as sobrancelhas curiosa, mas a chegada a porta do escrtório logo solucionou o problema, rindo com isso Pietra balançou a cabeça.

- Alfonsus está é minha vassala, Theresa Brückner. Ela não é adorável mio amato?

Perguntava Pietra de forma carinhosa depois de receber o beijo do homem, pegando de leve na mão de Thesa, a italiana a beijou na testa pedindo de forma suave.

- Thesa você poderia me arranjar uma maçã verde e uma pêra? Estou com vontade de comer um pouco de doce, não se preocupe em corta-las sim.

Esperando sua amada vassala se retirar, Pietra não conseguiu segurar o riso carinhoso ao abraçar com força o corpo de Alfonsus.

“ Ele se confundiu! Isso é um elogio a nós duas? É bom que seja!”

- Seu bobo, você deveria ter dado algumas explicações pro Yer! Não só um número de telefone!

A jovem quase não se continha quando ouvia sobre o castelo, dano pequenos saltos alegres e concordando positivamente! Posteriormente, tendo o seu nome anunciado, Thesa fazia uma reverência formal, simulando inclusive a presença de um vestido com as mãos. Era algo divertido,mas ao mesmo tempo perfeitamente executado! Tão bem feito que surpreendia os olhos de seu velho conhecido.

-Irei buscá-las senhora, com vossa licença!

Dizia a animada jovem que sorria para você e formalmente se despedia de Alfie com uma breve tchau com a mão esquerda, retirando-se e fechando a porta do escritório. O gigante retribuía o abraço e brincava:

-Ah! Então Bash de fato ligou! Mas me diga, qual seria a graça se eu explicasse todos os pormenores à ele? Aposto que ele estava tremendo de nervosismo! Mas me diga, gostou da surpresa?

Questionava o homem com um sorriso mais confortável na face, para posteriormente comentar sobre a pequena confusão que havia cometido.

-Agora, sobre sua vassala! Um breve toque também ajudaria né! E não vale usar meu argumento contra mim! É uma jovem encantadora e me lembra tanto você em sua juventude...

Rindo com a reação de Theresa, Pietra não se conteve em beija-la nas faces, o senso de humor suave da jovem em muito agradava a anciã, diante da pequena reverencia e da despedida a italiana suspirou.

- Ligou sim, Eva o atendeu achando que era você com outro número. Digamos que foi uma surpresa e tanto para os dois. Adorei muito esse presente, Yer até prometeu vir me visitar no natal.

Comentava Pietra ainda nos braços de Alfonsus, rindo deste a cainita o puxou para baixo o suficiente para beija-lo com suavidade nos lábios e rir por te-lo feito sem nenhum medo.

- Desculpa, você tem razão Thesa é linda, encanadora e esforçada. Ela tomou o lugar de Lorenz e vem se adaptando bem as tarefas. Mesmo assim quando Bella abraçar Albert, Lena já deve estar tão adaptada quanto Thesa.

“ É o tom dos cabelos são bem parecidos, mas ela é um pouco mais baixa do que eu. Deve ter sido a felicidade. “

Soltando-se de Alfia apenas para deixar sua besta agarra-lo, Pietra riu ao se sentar em um dos sofás perguntando.

- Então o que achou do lugar à primeira vista?

-Vejo que Francesco caberá perfeitamente entre essas tuas duas lindas vassalas!

Comentava o homem que tomava um pequeno susto com o beijo que lhe era roubado, liberando um sorriso bobo na face. Era surpreendente como cada pequena ação sua conseguia causar um forte impacto em Alfonsus, em seguida ele ria com a ação da sua besta que era prontamente abraçada pelos braços fortes dele. Tirando-a do chão naquele movimento para soltá-la após alguns instantes e brincar de bagunçar os cabelos dela.

-Engraçado, de fora o lugar parece comum. Mas a galeria me surpreendeu bastante! Presumo que do outro lado existe o famoso clube certo? Você construiu um lindo refúgio, eu não poderia estar mais orgulhoso...

Terminado a própria frase e entendendo o que havia dito na mesma, Alfie desviava os olhos tentando disfarçar o pequeno deslise, imediatamente ele encontrava o piano e caminhava na direção do mesmo, esforçando-se para mudar de assunto.

-Um lindo piano, mas até onde me recordo você não o domina correto? É para Eva ou alguma outra pessoa especial?!

O homem tocava suavemente pela superfície do piano, simulando uma profunda respiração e confessando.

-Me desculpe querida, eu estou um pouco fora de mim. É uma mistura de novas sensações, uma felicidade que me apalerma e uma ansiedade inexplicável, como se houvesse um formigamento em minha barriga... Bash diriam que são as borboletas... Eu não sei exatamente definir, só consigo me sentir eufórico. Isso faz algum sentido?!

O beijo roubado de Alfie e a reação do gigante fez Pietra rir do cainita, era incrível ver como este reagia ao pequeno gesto, gesto que se tornaria frequente durante a nova convivência dos dois.

- Sim, Francesco será bem recebido pelas duas. Ainda pretendo ter ao menos mais três vassalos, nosso jardim é grande e eu não quero sobrecarregar ninguém.

Comentava Pietra feliz ao ver Alfonsus brincar com sua besta, a besta claramente se divertia com a presença do Gigante seguindo-o de perto e sempre pronta para chamar a atenção deste.

- Alfie, não estás fazendo nada de errado mio amore. Sim do outro lado fica o Club, é lá que muitos membros da Espada vão para socializar e encontrar alimento. Digamos que passar despercebido sempre foi a ideia inicial, por sorte consegui manter isso na fachada também.

Levantando-se a cainita se aproximou de Alfonsus para tocar na mão deste.

“ Mio amato Cello. Como eu quero ve-lo feliz em qualquer lugar. “

- O piano foi uma surpresa de Lorenz e Luana, acho que ele está aqui para todos que eu considero especiais. Isso inclui você Alfie. Faz sim, eu fiquei assim quando te beijei pela primeira vez na noite passada, é como se o ar não fosse o suficiente e só a presença daqueles que amamos pudesse compensar.

Colocando a outra mão sobre a tua que já estava em contato com a pele do homem, Alfonsus fechava os olhos para simplesmente poder ouvir as suas palavras e sentir o toque da sua mão. Exibindo um pequeno e tímido sorriso na face, mas transbordando alegria como você nunca o havia visto fazer antes.

-Por muitos séculos eu acreditei sofrer de uma maldição cruel, muito pior do que essa herança de Caim que nós compartilhamos. A maldição de sobreviver das migalhas... Aos poucos eu consigo ver que por me alimentar apenas dessas, eram apenas elas que eu ofereci a minha filha e neta, a meus amigos e aliados. E agora eu posso ouvir que você me ama! Não haverão mais migalhas, enfim!

Abrindo os olhos e procurando por ti, Alfonsus encontrava-se finalmente confortável. E aproveitando-se disso ele seguia a falar em um tom de confissão e pura sinceridade:

-Ele me impediu de tê-la como minha prole, me fez perdê-la e me transformou em um monstro aos seus olhos. Por sorte dele, meu coração está dominado por esse forte desejo de amar! Eu havia preparado tudo Rita, absolutamente tudo... Mas aquela criança mimada tinha que tomar, era a única coisa que ele fazia, tomava o que não o pertencia! E veja só, no fim o destino havia traçado que você seria de fato minha... Não minha prole, mas meu amor!

Alegremente ele se aliviava de um potente peso que parecia feri-lo a muitos anos! Muito mais leve e finalmente radiante como você havia visto no começo dessa mesma noite, Alfonsus soltava as suas mãos para beijá-la com todo o amor que possuía dentro daquele enorme corpo.

-Falando em amores, onde está nossa Musa?

Indagava o gigante, ofegante após o final daquele longo e amável beijo.