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Narrativas De World of Darkness Estruturadas Nas Versões de 20 Anos
 
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  Ato II - Narrativa de Ulrich: Deixe queimar!

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Danto
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MensagemAssunto: Ato II - Narrativa de Ulrich: Deixe queimar!     Ato II - Narrativa de Ulrich: Deixe queimar! I_icon_minitime16/12/2015, 00:37

Março de 2002, Berlim.



Capela Tremere
  Ato II - Narrativa de Ulrich: Deixe queimar! 3008001862_5e3a9ae921

A capela Tremere ficava no interior da biblioteca estadual de Berlim, uma biblioteca realmente antiga que foi dividida assim como a cidade a qual ela pertencia. Grande parte dela ficou na porção Ocidental de Berlim e durante toda a sua reconstrução, o clã Tremere recebeu do Príncipe de Berlim Ocidental o direito de posse e construção. Assim, a capela foi estabelecida por uma passagem secreta através das vastas estantes de livros do local. A passagem só é ativada pelo vitae Tremere reconhecido pelo Regente, uma espécie de tradição/medida de segurança que Ulrich havia aprendido com sua Senhora. Ao passar pela entrada, logo seus olhos se depararam com o primeiro cômodo da capela, nele sua Senhora o esperava de braços cruzados e com um olhar severo que sempre carregava consigo.

-Boa noite, conte-me tudo a caminho da sua sala de estudos.

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MensagemAssunto: Re: Ato II - Narrativa de Ulrich: Deixe queimar!     Ato II - Narrativa de Ulrich: Deixe queimar! I_icon_minitime16/12/2015, 12:17

Ulrich em seu intimo não concordava com a medida de segurança já que deixava seu sangue no local para poder acessa-lo, porém, o cheiro da madeira e dos livros ali era agradável, a iluminação era perfeita para a leitura, o mesmo sempre imagina os olhos de sua irmã brilhando vendo tudo aquilo, seus passos eram calmos e o mesmo se pedia ao passar por algumas prateleiras e tentar ver alguns títulos, o mesmo ao chegar próximo de sua mentora lhe acenou com a cabeça como de costume e falou de forma educada.
- Boa noite Senhorita Valerius.
O jovem tremere fechou os olhos por um segundo ao ouvir as palavras de Maggie e soltou um sorriso amargo, odiava aquele olhar e odiava ainda mais o jeito que ela sempre falava com todos...o mesmo retirou o capuz de sua jaqueta da cabeça e acenou para a mesma começar a caminhar ao seu lado, Ulrick deixava a mesma andar um passo a sua frente, o tom era baixo e parecia demonstrar um certo cansaço.
- Tive uma visita inquietante ao acordar, nossa Algoz Viktoria Blucher adentrou em minha casa de uma forma um tanto quanto brutal, terei que arrumar aquela porta, ela estava com uma cainita, era parecida com uma punk, cabelos azuis, olhos verdes claros, alguns piercings em seu rosto, era acusada de ter realizado um diablerir, a Algoz exigiu que eu descobrisse se era verdade ou não se ela era uma diablerista, o sangue era escasso, 11ª geração de sua linhagem, rosas, tinha um leve e doce toque de rosas no sangue...mas depois veio aquela sensação de querer cortar a linguá com o gosto a seguir, era amargo, grosseiro e podrido...
Ele havia dado uma pausa em sua fala e olhou para sua senhora, sabia que a mesma deveria o estar olhando da mesma forma de sempre, ele abria uma porta para a mesma passar e dar continuidade ao caminho da sala.
- Confirmei as suspeita de Viktoria e ela por sua vez eliminou a mulher ali mesmo em minha sala, após o ato questionei o fato dela saber onde eu residia e ela me informou que sabia onde todos passavam suas noites...fiquei desconfiado, mas não prolonguei o assunto, creio que ela viu que não havia gostado nada daquilo, por fim ela mencionou "ele", o Xerife está recrutando alguns cainitas para derrubarem o Príncipe louco...eu disse que estava disposto a ajudar! Mas também disse que ela não mencionasse o ocorrido com ninguém, preferi falar primeiramente com a Senhorita para que o regente seja informado.
As ultimas palavras foram ditas mais apreensivas, qualquer motivo de discórdia ali seria algo ruim, as paredes ouvem, os livros veêm, era assim que ele imaginava as coisas, ainda mais com Maggie ali, era como ser sufocado.
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MensagemAssunto: Re: Ato II - Narrativa de Ulrich: Deixe queimar!     Ato II - Narrativa de Ulrich: Deixe queimar! I_icon_minitime17/12/2015, 17:23

O caminho que Valerius indicava era muito conhecido por Ulrich, um caminho que certamente deixaria sua irmã profundamente feliz e empolgada. Escadarias a cima, pela espiral de livros empoeirados e vários símbolos e talismãs místicos, herméticos e arcanos. O caminho sempre terminava na mesma porta de mogno de maçaneta de ouro, a sala de estudos do antigo Belenus, onde o mesmo aprendeu sobre os mistérios da magia de Sangue, onde a capela Tremere foi fundada e onde a senhorita Valerius havia sido abraçada, onde sua irmã havia sido abraçada... A porta se abriu assim que vocês dois se aproximaram e o interior foi novamente revelado aos olhos de Ulrich.

Spoiler:
Sala de Estudos da Linhagem de Belenus Fenrir Luchtaine

Meggie caminhou até a mesa, parando em frente a mesma, cruzando os braços e olhando diretamente para você. Assim ela começou a falar.

-Viktoria tem a autorização do Príncipe para destruir qualquer membro da cidade, nada na sua história me surpreende. Apenas recomendo que tome cuidado ao aliar-se o clube de caça do Xerife, eles não são eruditos ou conhecidos por suas vastas habilidades táticas e teóricas. São pilhas de raiva, não se perca como eles...
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MensagemAssunto: Re: Ato II - Narrativa de Ulrich: Deixe queimar!     Ato II - Narrativa de Ulrich: Deixe queimar! I_icon_minitime17/12/2015, 17:58

Era um corredor de tortura para Ulrick, as memorias que eram criadas em sua mente no caminho eram diversas, sua irmã demonstrando todo o interesse possível em todos aqueles livros desejando sugar todo o conhecimento que neles havia, todos os Tremeres que já passaram ali desejam aquilo ou buscam algo, o jovem desejava apenas vingar a memoria de sua irmã, concluir aquilo que ela não pode concluir.
Ao adentrar na comodo o rapaz encostou em uma parede ficando de frente para sua senhora, pegou um livro qualquer e começou a folear o mesmo, não por curiosidade ou algo do tipo, ele deseja realmente entender o que realmente atraia os demais que lhe rodeavam, afinal, ele era o que menos merecia estar ali.
-...uhm...realmente pensei o mesmo, ao ouvir o nome "dele" não me contive, quando me dei por mim já havia utilizado minha vitae e os livros estavam com as folhas esvoaçando, é um ódio que chega a ser doentio de minha parte.
O livro era fechado e colocado de volta para no lugar, suas mãos se puseram nos bolsos da jaqueta e seu caminhar foi lento até ficar mais próximo de sua mentora.
- Sei que você me deu uma chance por algum motivo, algo que eu tenha feito ou Sofie tenha lhe dito sobre mim, sei que nunca fui um simbolo a ser seguido por ninguém...sei que quando cair nisso tudo nada mais vai me parar! Porém sei do respeito que minha irmã tinha por tudo isso e é por esse motivo eu vim avisar sobre isso, desejo a aprovação sua e do nosso clã.
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MensagemAssunto: Re: Ato II - Narrativa de Ulrich: Deixe queimar!     Ato II - Narrativa de Ulrich: Deixe queimar! I_icon_minitime21/12/2015, 21:05

Meggie era reconhecida dentro do clã, da capela e da própria Camarilla. Sua Senhora não era um membro qualquer da sociedade imortal de Berlim, você sabia muito bem disso e era óbvio que a mesma também tinha tal conhecimento em mente. Dessa forma, ela sempre se colocou acima, a relação entre vocês dois sempre foi restrita a relação de Senhor e Prole, Criador e Criação. Nunca houve qualquer palavra de explicação a cerca das razões que levaram ao seu abraço, nem sequer uma menção a sua irmã foi feita por Meggie durante todos os anos que você se tornou um Tremere... Mas todo silêncio foi criado com uma duração específica.

-Você deveria esquecer seu passado, de uma vez por todas. Me escute, atentamente porque esta será a primeira e única vez. Eu não escolhi você como minha prole por causa de sua irmã, muito menos porque ela disse algo ou desejou algo. O vitae que corre em suas veias é meu e não dela, você é o herdeiro do meu legado, esqueça as suas frustrações mortais e suas falhas como irmão ou homem. És da noite em que meu vitae desceu pela tua garganta até o dia que tua carne retornar ao pó, um Tremere, prole de Maggie Aartrox Valerius. A missão do nosso clã nesta cidade é de combater a tirania de Gustav e suas atitudes maquiavélicas e imprudentes... Eu o escolhi por uma única razão, você é similar ao meu criador. Acredito que o clã precisa de guerreiros, você tem sim a minha permissão.
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MensagemAssunto: Re: Ato II - Narrativa de Ulrich: Deixe queimar!     Ato II - Narrativa de Ulrich: Deixe queimar! I_icon_minitime21/12/2015, 22:39

Ulrick arregalou os olhos em espanto ao ouvir as palavras de sua Mentora, aquelas palavras o deixaram realmente sem saber o que fazer, não era como em um livro ou algo que ela havia lhe mandado ler, o que ele pode fazer ao termino daquelas palavras foi apenas abaixar a cabeça e agradecer com esse gesto, ele permaneceu naquela postura alguns segundos.
" Você vê em mim aquilo que não consigo enxergar, meu laço mortal ainda é muito forte...os seculos causam esse tipo de esquecimento ao cainitas? Por qual motivo negar aquilo que me faz querer continuar? Incendiaria o mundo por Sofie e minha mãe...suportaria tudo por elas...me desculpe Maggie, mas minha irmã vive em mim!"
Sua mão se fecha rapidamente, e ao lembrar de Gustav a mesma sensação que anterior voltava, seus dedos começavam a estralar ao ponto de quase os quebra-los, se a dor fosse presente em seu corpo e não um sentimento amargo ele talvez esquecesse de algumas coisas.
- Senhorita Valerius, agradeço suas palavras e compreendo-as, e acima de tudo, agradeço sua colocação como similar ao Senhor Salamander, mesmo que como eu me veja apenas como uma sombra fosca ao que ele é e foi.
O Jovem Tremere esticava e fechava a mão de forma constante, seus olhos se viraram para os livros.
- Reconheço que sou uma criança imatura aos olhos dos antigos, desejo mais conhecimento, desejo adquirir as respostas que procuro, desejo novas dúvidas! Não serei a bucha de canhão que eles querem, serei o fogo que acende o pavio.
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MensagemAssunto: Re: Ato II - Narrativa de Ulrich: Deixe queimar!     Ato II - Narrativa de Ulrich: Deixe queimar! I_icon_minitime5/1/2016, 11:06

Meggie se aproximou enquanto você falava, ela sempre foi uma mulher culta e de educação formal o que sempre dificultava qualquer tipo de relação mais próxima, algo que sempre parecia estranho para as suas percepções de convívio humano moderno. Mas dessa vez, a mão esquerda da sua Senhora tocou a sua mão que nervosamente se movia, um toque gélido como o mármore, mas suave como seda.

-Desejos são as ruínas da nossa condição imortal, assim, não se iluda na esperança de derrotar Gustav com as suas próprias mãos. Seja o condutor dessa nova oportunidade, não seja um tolo em chamas na praça central.
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MensagemAssunto: Re: Ato II - Narrativa de Ulrich: Deixe queimar!     Ato II - Narrativa de Ulrich: Deixe queimar! I_icon_minitime5/1/2016, 22:43

Aquela noite estava estranha aos olhos do jovem Tremere, não que ele não pudesse entender aquelas coisas, sua consciência e instintos estavam se confrontando, aquilo o deixara irritado, ele mordia o canto do lábio, sentia o gosto do ferro que ali continha. Sua cabeça estava em meio há pensamentos perturbadores e que nem mesmo ele sabia o que era. Era como se ele estivesse no centro de um furacão, ali ele estaria seguro, mas sabia que se desse um passo cairia no caos, seus olhos se voltaram lentamente para Maggie, e por poucos instantes o mesmo olhou para a mão de sua mentora que lhe tocava.
- No fundo sei que não posso contra "ele"...desejos, instintos, sentimentos e lembranças, creio que uma hora isso tudo irá sumir, o que vai restar é minha divida com o sangue que corre em minhas veias na noite que fui criado. Senhorita Maggie...desculpe-me, Senhorita Valerius, juro pelo conhecimento que você me concebeu, eu irei dar o meu melhor nessa investida contra o falso príncipe, estava pensando em testar Gus...Gustav! Saber seus limites e o forçar a se expor!
Ulrich estava se concentrando em cada palavra no final de sua frase, era como se alguém estivesse pregando um prego em sua nuca, o mesmo tentava conter seu ódio, e diminua com esforço as dores criadas por si mesmo.
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MensagemAssunto: Re: Ato II - Narrativa de Ulrich: Deixe queimar!     Ato II - Narrativa de Ulrich: Deixe queimar! I_icon_minitime9/1/2016, 23:33

A sua Senhora observou em silêncio todas as suas palavras, ela então se distancia como naturalmente fazia. Meggie não era uma mulher efusiva ou afetiva. Caminhando em direção a uma estante de livros, sem sequer olhar diretamente para você, as palavras dela saem e ecoam por toda sala de estudos em que os dois Tremeres se encontravam.

-Não há necessidade de fazer juramentos. Se o meu sangue é o que mantem você vivo, significa que em você e em sua capacidade eu confio. Agora, use seus sentimentos de motivações mortais e seus desejos de vingança para aprimorar suas magikas, leia este livro. Irei levar as suas palavras ao regente e retorno para lhe dar respostas definitivas.

Maggie tira um livro antigo, grande e velho. Ela então faz um leve movimento para retornar a caminhar na sua direção, colocando o livro a sua frente e virando-se para sair da sala de estudos.
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MensagemAssunto: Re: Ato II - Narrativa de Ulrich: Deixe queimar!     Ato II - Narrativa de Ulrich: Deixe queimar! I_icon_minitime11/1/2016, 03:31

Ulrick observou todos os passos de sua mentora, o mesmo manteve sua postura normal, sua cabeça se movimentou lentamento em sinal positivo e seus olhos se fecharam quando sua senhora saia da sala, o mesmo ao abrir eles, deu uma leve respirada, não que precisasse mas ainda processava as informações em sua cabeça, caminhou calmamente até uma bancada onde sempre ficava um dicionario tão antigo e pesado que ele mesmo desejava queimar aquela coisa, o deixou na mesa de estudos e pegou alguns papeis em branco e uma pena com seu tinteiro.
" Da ultima vez que falei que deveríamos usar canetas aqui quase que vi o proprio diabo nos olhos de Maggie, essa coisa só faz sujeira...mas não estou aqui para isso, dessa vez devo ser grato pela ajuda com os estudos, não saberia nem por onde começar, agora vejamos sobre o que se trata esse livro!"
O jovem tremere colocava seu capuz novamente e deixava sua perna esquerda por debaixo da direita, sua mão esquerda ficava apoiada sobre a mesa enquanto servia como apoio para o peso de seu rosto que sua mão segurava, era assim todas as vezes que ele ia estudar algo, não permanecia em uma postura correta para ler, caso o fizesse não conseguia se concentrar na leitura, talvez aquilo fosse uma forma sutil e discreta de demonstrar que ele realmente odiava as teorias dos livros.
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MensagemAssunto: Re: Ato II - Narrativa de Ulrich: Deixe queimar!     Ato II - Narrativa de Ulrich: Deixe queimar! I_icon_minitime12/1/2016, 12:46

Você teve muito tempo para ler, praticamente três horas seguidas sem nenhuma interrupção. Infelizmente não foi tempo suficiente para uma leitura complexa ou profunda, mas uma leitura superficial e sintética pode ser realizada. E assim foi feito. O livro era antigo, escrito em alemão e provavelmente pela própria Meggie enquanto ela ainda era uma jovem cainita, assim como você é hoje. As páginas explicavam e exemplificavam a utilização do caminho das chamas taumatúrgicas, com cálculos complexos de temperaturas, exposição de objetos e pontos de combustão de vários seres vivos diferenciados.

Por fim, a porta da sala de estúdios se abre. Um carniçal mensageiro, um homem de aproximadamente 33 anos, cabelos castanhos claros e olhos da mesma cor, suas vestes eram longas e negras, sem nenhum detalhe específico ou estampas. Ele adentra os primeiros metros após a porta de entrada e anuncia brevemente:

-O Regente convoca a sua presença.
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MensagemAssunto: Re: Ato II - Narrativa de Ulrich: Deixe queimar!     Ato II - Narrativa de Ulrich: Deixe queimar! I_icon_minitime12/1/2016, 22:50

Ulrich lia e relia as mesmas paginas do livro antigo escrito a mão, por vezes o mesmo se pegava criando esboços humanos e animais e marcava partes do corpo, o velho dicionario lhe ajudava há entender e formular as frases que pouco lhe faziam sentido, já estava acostumado com aquilo e por vezes até mesmo se cogitou se estava ficando bom naquilo. Seus pensamentos foram interrompidos pelo som da porta, seus olhos procuraram o relógio mas não havia nenhum, ele ergueu a manga de sua jaqueta e ficou surpreso com a hora, não era muito tempo que estava ali, mas havia passado rápido de mais, pela primeira vez ele desejava continuar lendo.
- Obrigado pelo recado senhor! Só meu deixe pegar esses papeis.
As anotações formaram um tubo em sua mão, ele arrumou os livros em um canto da mesa e as deixou ali, caminhou até a porta e fez um gesto com a cabeça para o mensageiro.
" Creio que a queda do falso príncipe é de grande interesse para os anciões, mas não acho que vai ser apenas uma simples conversa...nunca foi!"
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MensagemAssunto: Re: Ato II - Narrativa de Ulrich: Deixe queimar!     Ato II - Narrativa de Ulrich: Deixe queimar! I_icon_minitime13/1/2016, 12:32

O mensageiro esperou pacientemente por você, então, quando finalmente estava pronto o carniçal virou-se e seguiu em frente pelos tortuosos corredores no interior da capela Tremere. Essa era a primeira vez que você iria se encontrar com o regente, apesar de saber seu nome e até mesmo ter visto o homem em algumas oportunidades, nunca havia ocorrido a necessidade de um encontro ou até mesmo de uma simples troca de "boa noite". Dos corredores até uma escadaria de madeira em espiral, essa escadaria subia entre estantes altíssimas de livros velhos, tomos e pergaminhos, vocês caminham por essa escada por quase vinte minutos e a noção espacial lógica não fazia mais tanto sentido, era impossível existir fisicamente tamanha altura dentro do museu onde a Capela era localizada. Por fim, a escada termina em um breve corredor de madeira envelhecida e negra, a frente uma porta da mesma cor da madeira do chão, maçanetas de ouro e detalhes em marfim. Símbolos, runas e inscrições estavam cravadas por toda a madeira da porta. Na maçaneta o símbolo hermético de "Regente".
-Ele aguarda por ti, faça duas batidas leves no canto esquerdo da porta e ele saberá quem é. Boa noite.

Disse o mensageiro que se virava para descer as escadas e deixa-lo sozinho no local.
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MensagemAssunto: Re: Ato II - Narrativa de Ulrich: Deixe queimar!     Ato II - Narrativa de Ulrich: Deixe queimar! I_icon_minitime13/1/2016, 13:51

Ulrich acompanhou o mensageiro, sabia que os anciões de seu clã eram rigorosos, muito mais que Maggie, por vezes sua senhora o alerdava sobre isso quando ele era rebelde de alguma forma nas primeiras noites, ele observou todo o caminho e admirou a escada que aos seus olhos não eram tão grande, ali havia uma variedade de livros e conhecimento vasto de mais para se imaginar o que estava por trás de cada palavra, se passando cerca de 5 minutos subindo o mesmo olhava para baixo e sorria.
" Nunca que sem a permissão do Regente se poderia subir aqui, é uma especie de labirinto, que tipo de ritual ele deve ter usado para tal ato!?...Gostaria de saber pelo menos o básico para iniciar uma conversa, mas o quê eu diria para ele!? Senhor regente fez um bom trabalho com o ritual na escada!...Quanta asneira, ele me mandaria imediatamente para Maggie e mandaria que ela me ensinasse o básico novamente!"
Os olhos do jovem Tremere se perderam nos detalhes do corredor, imaginou que deveria haver alguma fonte de água por perto, um filtro natural para que os livros, tomos e pergaminhos não mofarem ou se desfazer com o tempo. O mesmo olhou atentamente para o mensageiro e o agradeceu com um gesto simples com a cabeça, não havia saliva em sua boca, mas o mesmo engoliu o nada e bateu a porta em espera de uma confirmação. Duas leves batidas no canto esquerdo da porta, um pouco acima de seu ombro.
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MensagemAssunto: Re: Ato II - Narrativa de Ulrich: Deixe queimar!     Ato II - Narrativa de Ulrich: Deixe queimar! I_icon_minitime14/1/2016, 14:33

A grande porta de madeira negra rangeu levemente, abrindo com bastante dificuldade e arranhando o chão abaixo da mesma. Um movimento lento e sem nenhuma origem lógica de início da movimentação, ou seja, ninguem a abriu ou a forçou a se movimentar dessa maneira. A porta simplesmente abria por vontade própria, reconhecendo o comando que foi dado a mesma, um encantamento magnífico aos olhos do Tremere neófito que se encontrava a frente da mesma.

O interior era singular, praticamente indescritível pelas suas palavras. Haviam tantas informações aglomeradas, livros sobre livros, pergaminhos sobre livros, estantes empoeiradas e cheias de objetos obscuros, assustadores, curiosos, laminosos e espelhados. Jarros e frascos com líquidos de diferentes cores e densidades, ossos humanos e animais empilhados por debaixo de cadeiras de madeira velha e ruídas por cupins. Alias, cupins consumiam vários móveis de madeira que ali estavam. O local era uma espécie de laboratório/biblioteca, construído de forma circular e alto ao ponto de precisar de escadas para ter acesso aos livros e objetos pendurados ou cravados nas paredes e teto.
A sua frente, haviam várias engrenagens redondas e vários tamanhos, elas rodavam em sincronia. Mas não estavam ligadas a nenhum mecanismo ou objeto, eram apenas engrenagens que rodopiam e se encaixam, levitando do chão. Cada engrenagem é feita de um metal específico, único e puro.

-Que horas são quando o relógio bate 13 horas?

Pergunta uma voz assexuada que era projetada por todo o local após os seus olhos repousarem sobre as engrenagens. A pergunta se responde e voce procura por sua origem, encontrando-a em um cranio humano pendurado a um filtro dos sonhos que pendia no teto, no canto esquerdo do local.

-Que horas são quando o relógio bate 13 horas? Responda corretamente e será recebido. Erre e terá seus desejos negados.
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MensagemAssunto: Re: Ato II - Narrativa de Ulrich: Deixe queimar!     Ato II - Narrativa de Ulrich: Deixe queimar! I_icon_minitime14/1/2016, 18:16

Ulrick ficou de olhos arregalados com o que via, pela primeira vez em sua não vida estava empolgado com algo, deseja consumir aqueles livros e a Magika que circulava no lugar era como se seu espirito fosse arrancado de seu corpo e levado ao seu, poder, era isso que vinha há sua cabeça, as coisas pilhadas e deixadas a esmo ali eram coisas únicas, matérias de estudo únicos e com historias fascinantes, sua mão quase tocava nas engrenagem quando ouviu a voz, seus olhos se voltaram para cima e o mesmo sorriu para o cranio que lhe diria a palavra, não como um cumprimento, era uma mistura de euforia por ver algo novo, fascinante, fascinante, era isso que circulava a cabeça do jovem tremere.
- Fascinante, simbolicamente fascinante, separando os sonhos negativos dos sonhos positivos, além de trazer sabedoria e sorte para quem o possui, juntamente com um Cranio humano simbolizando mudança, transformação, renovação, início de um novo ciclo, ou seja, puramente sabia!
O jovem Tremere olhava para todos os lados praticamente perdido em sua euforia banal e juvenil, tantas possibilidades, tantas maneiras de aprender e sugar as informações, o maior tesouro de um homem esta em sua mente...mas um pingo de racionalidade lhe voltou a mente, ele olhou novamente para a caveira e retirou o capuz, sua voz era calma.
- Agradeço por este momento. Creio que a pergunta seja literal e não simbólica, quando o relógio bate 13 horas, é hora de comprar um novo relógio, esse já quebrou!
Após sua resposta apenas um "crack" agudo se ouviu vindo da mão do amaldiçoado, era ele estralando os dedos demonstrando sua preocupação com o que estava por vir.
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MensagemAssunto: Re: Ato II - Narrativa de Ulrich: Deixe queimar!     Ato II - Narrativa de Ulrich: Deixe queimar! I_icon_minitime15/1/2016, 14:22

As engrenagens param de girar quando a sua resposta é dada ao crânio. Um silêncio mórbido inunda o ambiente e um minuto exato de hiato e de uma agonizante espera se completa, assim, a porta atrás de você se abre rangendo muito alto, era um ranger completamente diferente do que a porta fez quando você a abriu. Por ela passa um homem de estatura mediana, roupas vitorianas e um sorriso pequeno no rosto, ele tira a cartola que estava em sua cabeça e a coloca no crânio que havia feito a pergunta para voce. O nome do homem era Maxwell Ladescu, o Regente da Capela Tremere de Berlim.

-Vejo que conseguiu responder a essa pequena brincadeira, não poderia esperar menos da prole de Meggie. Seja bem vindo aos meus aposentos, jovem Ulrich.

Regente da Capela:
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MensagemAssunto: Re: Ato II - Narrativa de Ulrich: Deixe queimar!     Ato II - Narrativa de Ulrich: Deixe queimar! I_icon_minitime15/1/2016, 14:55

Ulrick ficou atento, aquele silencio por menor que fosse o consumiu, ele pressionava o dedo indicador com força quase o fazendo encostar na palma de mão, não tinha mais como estralar o dedo, seus olhos se voltaram para a porta e o mesmo fixou seus olhos no cainita que agora andava em sua direção e parecia ser simpático, mas o jovem Tremere estava quase que congelado por dentro, era diferente de estar com Maggie.
- Muito boa noite Senhor regente, agradeço o convite e me desculpe por perder o foco ante-hora com o questionamento do seu guardião se assim eu puder lhe chamar!
O mesmo fez uma leve reverencia como Maggie havia lhe ensinado, não que ele gostasse daquelas formalidades, mas era necessário, não desejava ser motivo de piadas ou até mesmo que Maggie tivesse sua atenção chamada para com ele.
- Tento responder á altura os ensinamento da Senhorita Valerius.
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MensagemAssunto: Re: Ato II - Narrativa de Ulrich: Deixe queimar!     Ato II - Narrativa de Ulrich: Deixe queimar! I_icon_minitime16/1/2016, 06:02

O regente observava você falar, mas não ficava quieto em nenhum momento. Hora ele estava caminhando em direção as estandes e encostava-se na grande escada que dava acesso aos objetos superiores, outrora ele atravessava a sala para colocar as engrenagens novamente em movimento.

-Desculpar? Você apenas respondeu uma breve charada infantil. Se você tivesse errado, assim sim, desculpas teriam que ocorrer. Bom, jovem Ulrich tenho duas noticias para você e a primeira é positiva. A partir dessa noite você fará parte do segundo ciclo de mistérios da capela Tremere de Berlim! Isso inclui uma parceria de estudos, essa pode ser a notícia positiva ou negativa, Kastner será sua parceria, ela é teóricamente sua prima de sangue. Curioso não?
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MensagemAssunto: Re: Ato II - Narrativa de Ulrich: Deixe queimar!     Ato II - Narrativa de Ulrich: Deixe queimar! I_icon_minitime17/1/2016, 23:49

Ulrich observou o regente enquanto ele lhe explicava o motivo da demora para responder, o mesmo era curiosamente diferente e inquieto, mudou completamente o que o mesmo esperava de um regente, alguém completamente frio e antipático, talvez por isso a algoz ante-hora havia lhe dito que ele era diferente dos demais de sua linhagem, mas aquele homem ali também era, parecia tão despreocupado e avoado que nem mesmo lhe parecia um superior.
- Sei que seu tempo é precioso senhor Maxwell Ladescu, por este motivo achei que minhas desculpas eram validas, fiquei de certa forma eufórico de mais ao adentrar em seus aposentos, como assim a senhorita Kesther seria poderia ser uma noticia negativa?
O jovem Tremere ficou atento ao regente consertando as engrenagens, seus olhos ficavam fixos observando como ele faria aquilo.
" Como assim uma prima de sangue? Será que o Sir Salamander amaldiçoou outra pessoa!...Maggie nunca comentou nada sobre isso!"
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MensagemAssunto: Re: Ato II - Narrativa de Ulrich: Deixe queimar!     Ato II - Narrativa de Ulrich: Deixe queimar! I_icon_minitime18/1/2016, 21:46

-Negativa? Pense por alguns instantes e a resposta será sua...

Responde o Regente que sorria olhando diretamente para você, logo em seguida ele se vira bruscamente e atravessa a sala inteira em passos largos e rápidos, seus sapatos estalavam contra o assoalho de madeira e ele para em frente a própria mesa, pegando um cálice na mão esquerda. Virando-se para olhar para você mais uma vez e estendendo o cálice na sua direção.

-Quando todo novo Tremere é abraçado, gotas dos criadores do clã são postas em cálices como este aqui. Enviados de terras distantes para cá, eles chegam, todos sabem sobre sua chegada e nada é um mistério... Mas como pode algo tão chamativo ser um segredo? Sua prima é mais antiga do que você, porque jovens almas da mesma linhagem não poderia entrar em contato natural? Nem sequer serem apresentadas?
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MensagemAssunto: Re: Ato II - Narrativa de Ulrich: Deixe queimar!     Ato II - Narrativa de Ulrich: Deixe queimar! I_icon_minitime19/1/2016, 03:16

Ulrich observou e escutou o regente, ele olhou para o cálice na mão do senhor Ladescu, recordou do dia que teve que beber o sangue que lacraria e abriria ao mesmo tempo suas escolhas, ele piscou e olhou novamente para as engrenagens e as imaginou girando perfeitamente, sem pausa ou interversão de terceiros, era como a vida, algumas coisas são apenas interligadas por terceiros, continuam a girar sem o conhecimento de onde se inicia.
- Os novos não sabem ao certo quem são todos os antigos de nossa casa, os sete assim passando de certa forma um pouco de conhecimento, nós unindo e quase como um único pensamento, igual as engrenagens...algumas peças não precisam saber qual inicia a rotação, mas sabem que devem continuar. E se não fomos apresentados diretamente ou indiretamente meu senhor, é por que um dos dois ainda não estava pronto, creio eu, sei que ela por ser uma Tremere de linhagem mais antiga que a minha me veja como apenas uma criança recém nascida da noite, por esse motivo talvez um fardo para se carregar, ou algo mais intimo que eu desconheça...Senhorita Valerius nunca mencionou nada sobre, me perdoe, tenho o péssimo habito de falar de mais...
O jovem Tremere era desconfiado por osmose com sua mentora, sabia que só lhe era permitido algo se alguém o deixasse o fazer, talvez ela ou alguém por trás, a rigidez de Maggie deixava Ulrich rígido com sigo mesmo. Seus dedos pressionaram sua glabela.
" Pensei alto de mais...!"
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MensagemAssunto: Re: Ato II - Narrativa de Ulrich: Deixe queimar!     Ato II - Narrativa de Ulrich: Deixe queimar! I_icon_minitime21/1/2016, 01:04

Enquanto você falava o Regente se mantinha parado olhando diretamente para os seus olhos, ao termino das suas palavras ele abre um enorme sorriso e caminha na sua direção, colocando as duas mãos nos seus ombros e esboçando uma felicidade que voce nunca havia visto no rosto de Meggie ou qualquer outro Tremere da capela.

-Você deveria aproveitar melhor o mundo que o cerca, nem toda a rigidez e certeza desses livros entregará a você o que você precisa saber e consumir. Necessidades são únicas, jamais serão transcritas ou ensinadas. Você as tem e elas o regem. Vamos ao que interessa certo? O anuncio da sua ascensão foi dado, você precisa procurar pela sua prima ao sair daqui! Agora, sobre juntar-se ao grupo de caça do Xerife... Porque?
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MensagemAssunto: Re: Ato II - Narrativa de Ulrich: Deixe queimar!     Ato II - Narrativa de Ulrich: Deixe queimar! I_icon_minitime21/1/2016, 02:39

Ulrick ficou espantado com a atitude do regente, aquilo o deixou constrangido de certa forma, as palavras e seu ato por mais sutis e ricas em conhecimento, vinha de uma forma que o novato desconhecia, era como estar em uma imensa fogueira com o crepitar da madeira queimando em seu rosto e não sentir o ardor das chamas, apenas o conforto e a clareza. Mas nem tudo eram flores e a noite apenas estava se demonstrando difícil em cada palavra citada. Seus olhos se desviaram dos do regente, era como se desejasse esconder a verdade.
" Vingança...puramente vingança, mas não posso lhe dizer isso ou me será negado esse desejo. Como irei me explicar sobre isso...devo me acalmar e colocar as palavras de uma forma clara!"
- Eu irei lhe procurar assim que terminarmos senhor, agradeço pelo conhecimento absorvido aqui hoje em primeiro lugar. Ao inicio dessa noite nossa Algoz senhorita Blucher veio me visitar em meu refugio, não da forma que se deseja ou espera, na verdade não que eu desejasse sua presença, mas foi feita, ela adentrou com uma cainita, exigiu a minha presença para que eu avaliasse a situação e lhe confirmasse um Diableri, assim eu o fiz, não sabia como reagir as ordens dela apenas o fiz. Foi confirmado e assim se teve o fim de uma não vida, ela me questionou sobre Gustav...bom meu senhor, creio que não é difícil de notar minha antipatia por aquele ser, ele roubou minha mãe e retirou os sonhos de minha irmã juntamente com sua vida como se fosse uma erva daninha de seu quintal. Ele não respeita a Camarilla e muito menos os seus membros, age como se fosse um Deus, Deuses param de ser poderosos quando seu povo para de acreditar em suas facetas, decidir dar uma direção á minha não vida e ao circulo de caça, direcionar suas forças ao que é importante no momento, não irei mentir meu senhor, desejo a morte do Falso príncipe tanto quanto qualquer cainita nessa cidade, mas, no fundo desejo que sua queda seja um exemplo para a retaliação que ele causa contra nós.
O punho do jovem tremere de tão serrado que estava chegava a tremer um pouco, por fim, seus olhos tristes e demonstrando dor voltavam-se para o regente.
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MensagemAssunto: Re: Ato II - Narrativa de Ulrich: Deixe queimar!     Ato II - Narrativa de Ulrich: Deixe queimar! I_icon_minitime22/1/2016, 00:16

-Ulrich, você fala de mais.

Disse o Regente que tirava as mãos dos seus ombros e virava-se mais uma vez para caminhar pela própria sala, indo dessa vez até o filtro de sonhos e a caveira, uma peça curiosa que já havia chamado bastante a sua atenção minutos atrás. Ele toca levemente o crânio e lança um olhar misterioso, começando a falar.

-Por consideração a Meggie, você tem autorização da capela Tremere para juntar-se a pilha de músculos que serve ao xerife. Se tiver alguma dúvida pergunte, se não, saia e vá fazer o que lhe foi ordenado. As próximas noites reservam um futuro obscuro para você, jovem Ulrich, lembre-se do teu passado e evite os mesmos erros...
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MensagemAssunto: Re: Ato II - Narrativa de Ulrich: Deixe queimar!     Ato II - Narrativa de Ulrich: Deixe queimar! I_icon_minitime

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