Primeiro Arco de Loretta: Ato IV - O Festival

Sorria para Letízia notando o quão feliz ela estava. "Agi de forma parecida com a Grazi quando ouvi dela um apelido profundamente especial. Entendo sua alegria, minha querida." Quando recebia o forte abraço não conseguia me controlar para não soltar uma gostosa gargalhada. Terminando, eu dava um beijo no nariz dela antes de me soltar. Ainda com uma expressão sorridente enquanto considerava sobre a opinião dela em relação as cores do meu cabelo.

- Apenas me surpreenda, Acácia! Confio em você.

Imediatamente íamos até a mala dela escolher roupas para nos vestir. Em total animação logo segurava o vestido branco a mim oferecido. Antes de mais nada o levava ao meu nariz e inspirava profundamente enquanto esticava a coluna. Rapidamente após isso, começava a me vestir. Para só então começar a apreciar de fato as belezas dos seus detalhes. Usando minhas mãos para explorar cada parte da costura, sentido o refinamento com meu tato. A respondia com uma voz animada enquanto isso.

- Essa roupa é linda! E nem preciso falar nada sobre a sua, pois ela vai combinar com você de forma espetacular! De fato alguns anéis e brincos combinariam bem. Talvez aqueles maiores mais extravagantes se destacassem melhor nesse conjunto.

Enquanto ela ia em busca das sapatilhas e joias, eu sentava na borda da cama. Apenas a esperando enquanto meditava um pouco sobre o resto da festa. Havia muitas coisas para serem feitas e eu me sentia muito rejuvenescida para poder prosseguir meu evento com um ótimo sorriso no rosto. Assim, enquanto a Letízia voltava com os complementos da vestimenta, começava a falar de nossa estratégia para o resto da noite.

- Certo! Então consolidando um plano de ação. Hoje conversarei com os outros convidados e você com meu amado genro. Amanhã cedo, antes de sua filha chegar, sentaremos para debater sobre o que conseguimos e finalmente lhe passo informações detalhadas sobre Benito. Então eu me encontro com sua prole e você com a minha. Está uma boa conduta?

-Minha Loretta...

Murmurou Letizia enquanto se abaixava para pegar as suas sapatilhas que haviam ficado próximas a porta de entrada do quarto. Virando-se sem sequer ter notado que havia dito algo em voz alta, a loira exibia um alegre sorriso na face.

-Você ficará linda com um par de brincos dourados e vamos brincar de modernizar essas suas lindas mãos! Vários anéis são bem vindos agora, ainda bem que não há mais a cultura de beijar o anel de seu anfitrião né!

Ela brincava ao se colocar ajoelhada a sua frente, para delicadamente iniciar a ação gentil de vestir as sapatilhas em seus pés, enquanto isso ela afirmava:

-Certo, mas antes de falarmos sobre nossas proles ou até mesmo Benito, deixe-me colocá-la dentro do meu plano de ações. Matteo, o jovem desaparecido de minha família está em Milão, são e salvo! Já as figuras de Agostino Abbiati e Conrrado Sforza, estão sob meu controle em Madrid. Sim todos os desaparecimentos que ocorreram na região foram feitos por minhas ordens! Tudo para forçar a raiva entre as famílias e eclodir uma batalha diante dos olhos da Arauto, fiz porque eu sinceramente não acreditei por nenhum único segundo nas boas intenções dela para com essa nossa amada terra! E é aqui que entra a destruição de Amadeo, o Gangrel algoz da Camarilla... Porque ela acontece duas noites antes do anuncio formal de Benito de seu não apoio a Camarilla! Não é coincidência em demasia? E agora a primogenita Gangrel vem bater à tua porta!

Suavemente, ela terminava de falar e depositava um beijo em cada um dos seus pés e se colocava novamente de pé para iniciar a ação de se vestir, aguardando notoriamente pelo teu auxilio naquela tarefa.

Ficava com uma face sorridente ouvindo aquelas palavras automáticas e delicadas da Letízia. Basicamente em seguida correspondendo a alegria dela com minha expressão. Então dava uma curta risadinha com o comentário dela sobre anéis e assim a respondia.

- Estou animada para ver que tipo de anel você vai me oferecer! Afinal seu bom gosto me conquista de uma forma inexplicável.

Então a escutava. "Isso realmente faz bastante sentido. Estou vendo uma oportunidade de ouro aqui!" Dava uma breve arregalada de olho com as informações passadas por ela. Havia ali duas informações bem complexas para absorver. "Logo já tenho alguma ideia de qual caminho a conversa com a Sabrina pode levar. Vou precisa compreender melhor sobre a morte de Amadeo." Ia então ajudando com movimentos dos meus pés ela calçar minhas sapatilhas. Para no final soltar um risinho ao receber aqueles beijos. Prontamente ia respondendo a última fala dela.

- Então nós temos uma excelente jogadora aqui. Fico contente em ser informada sobre seus planos. Como surpresa também. Foi de uma excelente sagacidade sua. E acredito que posso deixar o seu plano mais suculento. Pois no final desta noite irei simular o desaparecimento da minha irmã. Estou pensando em por a culpa em um terceiro partido para colocar Benito com mais de um alvo em sua empreitada às cegas. Podemos tirar muita vantagem da situação se conseguirmos colocar um suspeito que não você na mente dele, alguma sugestão?

Ao mesmo tempo que eu estava falando, já ia a dando suporte para ela colocar aquele belo vestido. A ajudando com total delicadeza e cuidado. No fim da minha pergunta, a dava espaço para responder enquanto ia pegar a fragrância de acácia no estojo de maquiagem dela para aplicar na mesma. Após passar, repetia a mesma ação que ela fizera em mim. A calçando as sapatilhas após me ajoelhar. Não perdendo a oportunidade de dar um beijo em cada sola dos pés dela sem esconder mais meus desejos excêntricos. Só quando pronta, me levantava e voltava a sentar na cama a espera dos brincos e anéis. Paralelamente soltava mais uma frase para ela, fazendo um tom um pouco mais sério e pensativo.

- Imagino que precisarei compreender mais sobre a morte do Algoz. Não ocorreu amaranto, mas algum ritual nefasto pode ter sido realizado.

-Não há nada de inexplicável, é na verdade algo bastante natural. Nossos caminhos se encontraram, trocamos olhares e amamos o que vimos! E pode se preparar tá, eu ainda nem comecei!

Afirmava Letízia logo após exibir um divertido sorriso quando recebia aqueles carinhos ofeceridos por ti nos pés dela, já de pé e tirando de dentro da mala um pequeno estojo de cetim roxo, dentro desse haviam vários conjuntos de aneis de diferentes quilates, peças preciosas e muito mais. Enquanto escolhia, ela afirmava:

-Tenho sim uma sugestão! Veja só, os Sforza não teriam razão alguma afinal são velhos aliados; os Ulfilia estão preocupados com a estruturação de uma teia de alianças para colocarem o patriarca deles no comando da Torre de Marfim; Os Verrochio não atacam ninguem! Restou os Abbiati e a minha família, eu já estou claramente o agredindo frontalmente, afinal, queimei uma vila! Acredita nisso?!

Abrindo um sorriso maroto, Letízia tomava as suas mãos para encaixar os anéis escolhidos nelas.

-Nos resta apenas, por uma razão estratégica de eliminação, os Abbiati. Mas eles exigem requintes, requintes que nós duas não estaríamos dispostas a cometer. Todavia, quando as portas do abismo se abrem, o que de lá sai não é nada simpático! Minha sugestão é: Usamos alguns tufos dos cabelos de sua irmã, talvez até uma unha. Nada que não seja curado rapidamente após um sono apropriado e deixamos junto de um corpo dispensável! Eu removo os limites do abismo de dentro do veículo e que o caos faça seu serviço! Que tal?

Escutava com atenção as palavras dela. Concordando com cada parte da análise dela. Tudo que ela dizia fazia mais que puro sentido e agir daquela forma se mostrava mais viável possível. Meu olhar agora estava totalmente sério e concentrado. Único momento que minha feição mudava era a cerca do comentário sobre o incêndio de Acquaviva. Onde fazia um curto sorriso malicioso antes de regressar á minha postura original. Apenas calculando os preparativos que deveriam ser feitos. Assim me pronunciava com calma.

- Concordo plenamente Acácia. Quando os convidados estiverem se retirando, começaremos os preparativos. Esse plano pode ser arriscado, mas trará muitas vantagens. Incluindo segurança para minha irmã. A qual posso assegurar que desertou escapando da Dominação.

Em seguida desviava um pouco do assunto apreciando os anéis recém colocados nas minhas mãos. Esticava meus dedos levando minhas mãos para o alto enquanto os contemplava sorridente. Logo exclamando.

- Estes anéis estão maravilhosos! Vamos usar conjuntos combinando?

Minha feição terminava alegre. Para então gradativamente voltar para o tom concentrado de antes. Já avaliando algo mais complexo sobre minha própria natureza. "Benito está muito forte. Preciso crescer, e isso não significa apenas possuindo mais proles. Necessito desenvolver minha forças internas." De tal forma, regressava a falar mais uma vez em tom cauteloso e analítico. Já me levantando agora com nós duas totalmente prontas para voltar para a festa.

- Como você consegue mexer com forças tão poderosas e escuras sem ferir sua alma? Eu apenas aprendi o básico de Necromancia como ferramenta de defesa. Contudo meu sangue é relativamente forte, se eu conseguisse aprender a controlar essa essência ocultista sem me corromper, acho que eu conseguiria crescer bastante.

Correspondendo a sua postura mais séria, Letízia apoiava a mão esquerda na própria cintura e se ajustava a sua frente para fechar brevemente os olhos e pensar em algo referente a sua primeira frase.

-Minha relação com a sua irmã é difícil, não tenho de fato nenhuma amargura direta contra ela. Todavia, acredito em suas palavras e se ela está ao nosso lado, temos um trunfo valioso em mãos. Mas imagino que ela deva estar fragilizada, gostaria de poder ajudá-la para que as informações dadas por ela sejam mais claras e menos ofuscadas pela amargura do trauma. Todavia, essa função só pode ser executada de fato por ti... Afinal se ela veio ao seu encontro significa que foi a sua presença que a deu forças para se libertar!

Abrindo os olhos, a mulher apenas sorria brevemente demorando ainda alguns instantes para abandonar a postura de liderança que ela executava com maestria:

-Você é fascinante, sabia disso? É como se uma linda e inocente garota vivesse dentro da uma fortaleza de rochas pesadas e antigas. As vezes essa linda moça espia por cima das muralhas, mas o conforto e a segurança das paredes a mantiveram ausente... E repentinamente a pequena jovem resolveu abrir os portões desse castelo afim de colher algumas acácias!

Brincando com a metáfora para conseguir se livrar de toda a seriedade da primeira argumentação apresentada. A linda loira relaxava os ombros e terminava de escolher as joias que vocês iriam usar, para caminhar finalmente até a porta, segurando a maçaneta e respondendo à sua ultima questão.

-Como eu consigo? Eu reencontrei o caminho de volta para o meu castelo e dessa vez, me certifiquei de iluminar a estrada... Mas não se preocupe eu irei ensiná-la! O preço é baixinho e você vai adorar!

Ela aponta diretamente para os seus pés e com um sedutor tom de voz e um lascivo olhar, a matriarca Lasombra finalizava o assunto:

-Você me dará autoridade sobre eles. Se eu quiser tê-los, eu terei. E o reciproco irá se aplicar... Agora, venha! Vamos as nossas missões!

[Off: Ultima ação para o final do ato]

Escutava a primeira fala dela com muita atenção. Demonstrando bastante preocupação com o assunto. Enquanto já pensava em inúmeras formas de conduzir o plano para manter a Elena segura. Para em seguida a responder.

- Ela vai precisar de tempo para se recuperar. O baque foi muito forte e intenso. Realmente espero que ela consiga se recompor. Senão... Terei de horar o pedido que ela me fez...

Fazia uma pequena pausa dando uma esticada na coluna.

- Felizmente se tudo der certo, teremos a carta mais forte de todas contra nosso inimigo.

Em seguida esticava mais uma vez a coluna. Pondo aquele pensamento totalmente de lado e avaliando a resposta de Letízia sobre a visão que ela tinha de mim. Sorria legitimamente com a metáfora dela. Para então a responder, inicialmente com alegria. Para depois ir desenvolvendo um olhar lascivo.

- Ficarei muita feliz com sua ajuda! Hum... Eu sou uma mulher para dar ordens. Mas agora que você sabe do meu potinho fraco. Você pode me mandar a vontade com sua autoridade sobre "eles", que vai tê-los sempre.

Finalmente, já do lado da porta, concluía minha linha de raciocínio. Para então dar um último beijo empático na Letízia antes de prosseguirmos com o evento.

- Vamos pra festa minha Acácia.